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10 perguntas que eu queria fazer para Arminio Fraga (mas ele não quis responder)

Estou convencida de que nós, que não entendemos nada de economia, precisamos fazer um esforcinho extra, porque este é o principal assunto nesta eleição, ao lado das questões morais. Escolher entre dois modelos econômicos distintos, que definirão qual é o Brasil que queremos: é isto que vamos fazer no segundo turno. O problema, a meu […]

(Arminio Fraga e Guido Mantega em debate promovido pela GloboNews. Foto: divulgação)
Cynara Menezes
14 de outubro de 2014, 13h00
(Arminio Fraga e Guido Mantega em debate promovido pela GloboNews. Foto: divulgação)

(Arminio Fraga e Guido Mantega em debate promovido pela GloboNews. Foto: divulgação)

Estou convencida de que nós, que não entendemos nada de economia, precisamos fazer um esforcinho extra, porque este é o principal assunto nesta eleição, ao lado das questões morais. Escolher entre dois modelos econômicos distintos, que definirão qual é o Brasil que queremos: é isto que vamos fazer no segundo turno. O problema, a meu ver, é que falta transparência ao projeto do PSDB. O do PT a gente já conhece. Obviamente são necessários ajustes (o ex-ministro Bresser-Pereira falou muito bem aqui), mas, na pior das hipóteses, será mais do mesmo. Enfim, sabemos qual é o projeto econômico do PT, mas não sabemos qual é exatamente o projeto econômico do PSDB. A não ser pelo que os mais velhos já vivenciamos, o que não é nada animador.

Pensando nisso, resolvi colocar mãos à obra e decidi procurar a melhor pessoa para esclarecer minhas dúvidas: o principal assessor econômico de Aécio Neves, ex-presidente do Banco Central de Fernando Henrique Cardoso e cotado como futuro ministro da Fazenda se o tucano for eleito. O carioca Arminio Fraga, 57 anos, brasileiro com dupla nacionalidade norte-americana, não possui assessor de imprensa. Sua assistente me disse que escrevesse um e-mail solicitando a entrevista, com os meus contatos. Foi o que fiz.

“Olá, Márcia, tudo bom? Acabei de falar contigo pelo telefone. Então, como te expliquei, fiz há poucos dias uma entrevista com o ex-ministro Bresser que repercutiu muito no meu blog. E gostaria muito de fazer algo semelhante com o dr. Arminio Fraga. Ou seja, uma entrevista para ‘leigos’ em economia, para tentar entender mais ou menos qual é o projeto econômico do PSDB.

Um abraço e obrigada,

Cynara”

A resposta chegou em exatos 13 minutos:

“Prezada Cynara,

O Dr. Arminio Fraga lhe agradece, porém não poderá atender sua solicitação de entrevista.

Cordialmente,

Márcia”

Claro que ele tem todo o direito de não querer me atender, só acho uma pena. Reforça a impressão de que o PSDB esconde alguma coisa. Nada me impede, porém, de divulgar aqui as perguntas “leigas” que gostaria de ter feito a Arminio. E que, tenho certeza, milhões de brasileiros gostariam de ver respondidas:

1. Quando o senhor assumiu o Banco Central no governo FHC, aumentou os juros para 45% (hoje os juros brasileiros ainda estão entre os mais altos do mundo, mas na casa dos 11%). Isso vai acontecer novamente?

2. O senhor falou que acha que o salário mínimo “cresceu muito”. E, no entanto, alguns economistas apontam o aumento do salário mínimo nos anos que o PT governa como uma das principais razões para a diminuição da desigualdade social no Brasil, mais até que o bolsa-família. Qual será a política econômica do PSDB em relação ao salário mínimo? Vocês pretendem acabar com o reajuste automático?

3. Existe um áudio circulando nas redes sociais em que o senhor fala que está provado que os bancos públicos não são um “modelo que favorece o crescimento” e que iria reduzir as funções deles até que “não sobrasse muito”. O que o senhor quis dizer com isso? O que vai acontecer com a Caixa, o Banco do Brasil e o BNDES em um virtual governo Aécio Neves?

4. Volta e meia o PSDB acena também com mudanças nas leis trabalhistas. Quais seriam elas exatamente?

5. O jornal Financial Times publicou um artigo recentemente dizendo que o senhor decepcionou no debate com Guido Mantega, ministro da Fazenda de Dilma, porque “precisa achar uma forma de desconstruir a crença que o que é bom para os mercados é ruim para as pessoas e vice-versa”. Mas o que é bom para os mercados pode de fato ser bom para as pessoas? Como, se em geral o que é bom para os mercados faz concentrar ainda mais a renda?

6. O modelo que vocês propõem é, de acordo com o candidato Aécio Neves, retomar o crescimento de “forma sustentável”. Para mim isso soa como “embromation”. O que significa crescer de forma sustentável?

7. O senhor pode garantir que, com o modelo do PSDB em prática no governo, não haverá arrocho, recessão e desemprego no País?

8. Este crescimento “sustentável” irá continuar ajudando a diminuir a desigualdade social ou isto não é o foco?

9. A área social do governo sofrerá cortes? Seriam cortes na área social as medidas que o candidato Aécio diz que serão “decisões impopulares” de um provável governo seu?

10. A experiência do PSDB no governo– fora a estabilização da moeda, que vem do governo Itamar Franco– é de triste memória para os brasileiros que a viveram. Desemprego alto, recessão e também inflação na casa dos 12%. O que vocês fariam diferente agora?

Silêncio.


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antonio carlos em 14/10/2014 - 14h12 comentou:

Cynara, se você conseguir falar com ele, por favor agregue minhas perguntas: 1) Quando o Aécio o chama de "Aeroporto de Mosquito" o senhor não fica preocupado com o fato dele estar a ameaçar uma apropriação indevida da sua careca com dinheiro público? 2) Se o salário mínimo está muito alto, o senhor não quer ir lavar as minhas roupas lá em casa e deixar o Ministério com a Dona Ceci, que cuida da minha casa há dez anos?; 3) Se a crise financeira acabou em 2009, daria pro senhor avisar o Passos Coelho lá em Portugal? 4) Se a crise financeira acabou em 2009, que tal pedir para os gregos pararem com aquele carnaval todo? 5) O senhor andou tomando muito Soros na veia? 6) Já que o senhor é amigo do Zé Serra, façamos uma pergunta a respeito de paraísos fiscais: diga-nos se as Ilhas são Virgens porque o vento é fresco ou se há outra razão 7) O senhor gosta de ser careca? Se não, faça uma coligação como o Coronel Telhada. 8) Dá para o senhor ir ver se eu estou lá na esquina? Se eu não estiver, não volte!

Responder

    Rafael em 14/10/2014 - 18h31 comentou:

    Uma pena não poder curtir seu comentário aqui no site.. Rs

    Danny em 16/10/2014 - 14h20 comentou:

    Aplausos! Inclui essas perguntas pelamor!

zé eduardo em 14/10/2014 - 14h20 comentou:

É evidente que, supondo o teor das tuas perguntas e questionamentos, o melhor que ele poderia fazer é 'agradecer', mas não atender a solicitação de entrevista. Deixarias o Fraga na maior 'saia justa', porque estas perguntas ele não poderia responder antes das eleições sem lançar mão de mais uma desmascarável 'embromation'… Além disso, elas são excelentes dicas para compor os debates que vêm por aí. Mais uma vez, parabéns pela lucidez da matéria e pela 'pontaria' (na mosca!).

Responder

Klaytonn em 14/10/2014 - 14h44 comentou:

É mesmo muita pretensão achar que o Armínio iria ceder entrevista a uma "blogueira" da Carta Capital, ou seja, tendenciosa ao máximo e já disposta a ser do contra antes mesmo da entrevista…. Quer dizer que se eu pedir uma entrevista ao Obama ou ao Papa e eles não me fornecerem, então eles escondem algo??? Tá se auto-hiperestimando demais, Cynara….
Se você não "sabe exatamente" qual é o projeto econômico do PSDB é porque na melhor das hipóteses está com má vontade de entender…. Agora, dizer que sabemos qual é o projeto econômico do PT é forçar demais, pois qualquer pessoa minimamente informada e honesta sabe que não há a menor previsibilidade, subsídios são decretados aqui e ali sem critério nenhum, protecionismo inconsequente e intervencionismo burro…

Leia um autor chamado Ludwig von Mises antes que qualquer tentativa de escrever sobre economia, ok??

Responder

    morenasol em 14/10/2014 - 15h55 comentou:

    quem não deve, não teme. nem blog nem jornalão

    silvana lucarelli em 14/10/2014 - 18h02 comentou:

    Claro… Porque isenta e imparcial só a Veja. Me poupe.

    Fernando em 15/10/2014 - 02h25 comentou:

    Veja isenta. A mafia civita. Acorda. ..

    @charlin25 em 14/10/2014 - 18h15 comentou:

    http://oglobo.globo.com/brasil/dilma-veta-pergunt

    né morenasol

    Fernando em 15/10/2014 - 02h24 comentou:

    Globo. Ta de sacanagem?

    Klaytonn em 17/10/2014 - 13h36 comentou:

    Fernandinho, Fernandinho…… Falar mal da Veja e da Globo já virou clichê…. Você ao menos sabe porque faz isso?? Pois está me parecendo um tremendo de um embalão…. Vê os outros fazendo e pensa: "isso é legal, vou fazer também"

    Erico Lanza em 14/10/2014 - 18h22 comentou:

    Concordo com você que não foi legal ele não responder, agora isso faz parte da estratégia política. Isso aconteceria se o Reinaldo Azevedo fizesse algumas perguntas para Mantega, acha mesmo que ele responderia? E sobre a pergunta um, o aumento era necessário vide o tanto que estava a inflação na época. Então seria preocupante não darem nenhuma entrevista, como o Aécio e o Arminio deram na Istoe e não para site que já tem ideologia contrária. (O mesmo vale com o PT e Veja).

    Philipe Albuquerque em 14/10/2014 - 18h35 comentou:

    Mandou ler Mises … já sei que é alienado .

    Klaytonn em 16/10/2014 - 14h30 comentou:

    Usou a palavra "alienado" gratuitamente…. Já sei que é burro.

    Geth Borati em 14/10/2014 - 18h40 comentou:

    Escola Austríaca? Tá brincando? Você já leu mesmo? Lê em alemão para ficar extasiado com o quanto o pensamento é datado. Me poupe, Arrota conhecimento moderno. Ele fazia elogios ao fascismo italiano.
    Pelo amor de Deus!

    Fernando em 15/10/2014 - 02h23 comentou:

    Perfeito Geth.

    Klaytonn em 16/10/2014 - 14h32 comentou:

    Sim, já li…. Enquanto você lia O Capital no original e tinha orgasmos múltiplos…. Deixa só eu te lembrar que Marx era de familia abastada e nunca trabalhou na vida….

    Tulio em 16/10/2014 - 14h32 comentou:

    Mises defendia tanto o fascismo que teve de fugir… do fascismo. Foi perseguido pelos nazistas pelas suas idéias liberais.
    Claro, se você pegar apenas aquele recorte no texto em que ele fala sobre fascismo, fica parecendo que ele defende, mas para quem lê todo o capítulo onde tem esse recorte, fica bem claro que ele era totalmente contra qualquer tipo de fascismo ou controle do estado na vida das pessoas.

    Fernando em 14/10/2014 - 20h53 comentou:

    Infelizmente minha amiga existem ainda pessoas com muito preconceito e odio no coração. Pessoas que nunca tiveram dificuldades na vida e ganham dinheiro facil. Nao se deixe abater. Muita força.

    Klaytonn em 16/10/2014 - 15h32 comentou:

    "Não se deixe abater". "Muita força"….. Fala sério, cara….. Você dá palestras de motivação profissional também??? Escreve livros de auto-ajuda??? Eu espero mesmo que a Cynara seja madura o suficiente para não se abalar apenas porque alguém não concorda com ela…. Isso é normal no debate de idéias, Fernandinho….. Chega de bajuladores e baba-ovos nesse mundo, gente….

    Felipe em 14/10/2014 - 18h04 comentou:

    Então o senhor entende tudo de economia, e não quer uma entrevista tendenciosa, mas ao meu ver o senhor está sendo tendencioso pro outro lado. Em vez de ler a escola austríaca, porque o senhor não lê um pouco de social democracia alemã.

    Klaytonn em 17/10/2014 - 13h42 comentou:

    Leio também…. Minha mente é aberta e livre de preconceitos…. Não escuto só a opinião de gente que vai dizer apenas o que eu quero ouvir…. Posso não concordar, mas quero conhecer para ter uma opinião própria, que pode ser contra ou a favor….. Ler um livro sobre o nazismo ou sobre o stalinismo não me tornará um genocida….. Isso é coisa de gente influenciável e de cabeça fraca…. Ou tão insegura em suas crenças que tem medo de que possa ser abalada com opiniões contrárias….

    dvl em 14/10/2014 - 18h20 comentou:

    Ok agora você vai menosprezar a blogueira que pensa com a cabeça dela porque você pensa com fragmentos de pensamentos de Mises. Tá serto.

    Klaytonn em 16/10/2014 - 14h52 comentou:

    Não menosprezei a blogueira… Só afirmei que já era previsto que essa solicitação de entrevista não seria atendida…. E foi jogado o verdade para colher o maduro….

    E outra: seguir a cartilha socialista/comunista de séculos atrás é pensar com a própria cabeça??? E só porque eu leio e concordo com Mises, eu penso com fragmentos de pensamentos dele???

    Tá bem fraco de argumentos, hein camarada….

    Renata em 14/10/2014 - 18h32 comentou:

    Olá Kaytonn, a Cynara fez perguntas pertinentes ao público leigo, exatamente como ela descreve no início do artigo. E se vc gostaria que ela lesse sobre economia, deveria dizer para ler vários autores e definir sua própria opinião, e não utilizar apenas uma vertente da economia que é a do Mises e a escola Austríaca.

    Fernando em 15/10/2014 - 02h22 comentou:

    Boa Renata.

    Klaytonn em 16/10/2014 - 15h27 comentou:

    Olá Renata, mas fazer uma entrevista ao público leigo não significa que a entrevistadora deva ser leiga…. E se vai entrevistar um economista, não deveria ir apenas minuda de uma visão tão fraca e sem sustentação quanto a economia socialista…. Por isso indiquei que conhecesse a Escola Austríaca (Mises é apenas sua figura mais conhecida) para poder pelo menos entender as colocações e os pontos de vista do entrevistado….. Não que ele siga a linha Austríaca, mas para ela ter uma visão ampla da economia de mercado livre que é o contraponto do intervencionismo estatal que os socialista tanto idolatram e o Armínio não…. E para não repetir algo parecido com a entrevista com Bresser Pereira que foi algo bem patético…

    Cláudio em 17/10/2014 - 12h15 comentou:

    E, se o Bresser que tem um currículo muito maior que o do Ermínio, aceitou responder a entrevista, porque o careca barbudo no, que não tem nem assessoria de imprensa, recusou? A indicação da escola austríaca como recurso de autoridade é tão ridícula, como a recomendação da teoria marxista, como o agravante de que a primeira é mais chegada aos acostumados com sucrilhos. Eu prefiro uma teoria econômica que dê conta do cuscuz e do pastel de feira.

Nilton em 14/10/2014 - 15h46 comentou:

Gostei das perguntas, na minha opinião o Arminio é um excelente economista mas aqui só responderia bem a 1a pergunta o restante ele seria impopular.

Responder

Leonard em 14/10/2014 - 17h59 comentou:

Espero que privatizem tudo.

Responder

    Fernando em 15/10/2014 - 02h21 comentou:

    A começar por você. Pois assim nai poderia pensar mais.

    Klaytonn em 16/10/2014 - 15h38 comentou:

    Acho que tem gente que não ganhou sua Peppa Pig no dia das crianças…..kkkkkk

    Se discorda do Leonard apresente argumentos contra ao invés de ficar com raivinha boba….

    E não precisa ir correndo contar pra sua mãe, hein Quico…..

Gabriel Batista em 14/10/2014 - 18h09 comentou:

Achei bem decepcionante essa matéria. O fato de a própria autora não entender de economia, dizer que a pior das hipóteses do plano econômico do PT seria continuar fazendo mais do mesmo e ainda criticar, demagogicamente, o Arminio Fraga mostra a deturpação que ela e muitos favoráveis ao PT nessas eleições estão cometendo. Isso não é bom para a democracia e, muito menos, para o desenvolvimento do país. Pois eu acho que essa moça, e toda a galera que condena as práticas realizadas no governo do FHC na área econômica, deviam dar uma boa estudada em história e – obviamente – em economia. O governo do PSDB baixou a inflação em mais de 1000%, como é possível haver tanta ingratidão? Talvez não é nem gratidão que falta, mas sim o conhecimento.

Responder

    Fernando em 15/10/2014 - 02h20 comentou:

    O PSDB DA ONDE?

    Antonio C. Conceição em 15/10/2014 - 02h34 comentou:

    Ei!
    Fomos gratos. Elegemo-no duas vezes no primeiro turno.
    Ele foi majoritariamente bem votado no nordeste, a região dos desinformados segundo o próprio FHC.
    Mas acabou. O governo dele não ofereceu mais nada a esse povo que por duas vezes deu-lhe um senhor voto de confiança e gratidão.
    O povo sabe votar. Sabe reconhecer os acertos, mas também sabe a hora de mudar e se for agora que seja, se não, deixa para a próxima.

    Rogério Zanuto em 15/10/2014 - 23h53 comentou:

    Desculpa Gabriel, mas são os que compraram a preço de banana a Vale, Embratel e tantas outras empresas e que ficaram milionários de uma hora para outra, e não por competência e sim por ser amigo, ser do partido, ser do esquema. Eu passei anos desempregado. Assim é fácil diminuir a inflação, você desemprega a população, ela fica sem renda e deixa de consumir e os preços caem. Assim, até eu que sou da escola de economia do cidadão que se f… com o recesso da economia de FHC. Obrigado Príncipe da Privataria FHC.

Rodrigo em 14/10/2014 - 18h10 comentou:

Então….poderia perguntar para o Ministro do Lulla/Dilma o que eles irão fazer e principalmente porque não fizeram até agora nessa década do governo do PTista. Para mim PT é melhor na oposição pois no poder é mais fisiologista que a própria direita.

Responder

    Rubens em 15/10/2014 - 19h52 comentou:

    Isso seria animal!
    Pelo menos um blog/site que faria umas perguntas focadas em plano de governo.

    E acho que o Mantega (ou outro, pq a Dilma está acenando para mudança de pessoal nessa pasta) responderia.

    O que acha?

Sandro Silva em 14/10/2014 - 18h19 comentou:

10/08/2002 – 08h07
PT quer ajuda de Armínio Fraga em governo de Lula

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FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo

Integrantes do alto escalão da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva defendem a colaboração do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, em um eventual governo do PT, no mínimo como um consultor informal.

Petistas com voz ativa na campanha consultados pela Folha vêem o presidente do BC como peça importante para o período de transição e para a fase subsequente à hipotética posse de Lula.

Há quem sugira até a criação de uma espécie de "conselho" para assessorar o governo, do qual Armínio poderia constar. Não há ainda posicionamento formal do partido quanto a isso, entretanto.

Já a manutenção de Armínio no cargo pelo PT é definida por um líder partidário como "difícil".

O presidente do BC, cuja indicação, em 1999, foi recebida com críticas ácidas por lideranças petistas, hoje é respeitado dentro do núcleo moderado do partido.

É tido, inclusive por Lula, como técnico competente, que se preocupa mais com a economia do que com posicionamentos partidários. Acima de tudo, é considerado bom negociador, mantendo relação estreita com um dos porta-vozes econômicos do PT, Aloizio Mercadante (SP).

Tais características destoam radicalmente, segundo o PT, da personalidade de figuras como o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o ex-presidente do BC Gustavo Franco, vistos como arrogantes e com tendência a politizar demais suas ações.

Segundo a Folha apurou junto ao alto escalão petista, existe pontualmente no partido o desejo de que Armínio permaneça à frente do BC pelo menos no início do governo Lula, para emprestar credibilidade ao governo e sinalizar ao mercado que mudanças de rota bruscas não serão feitas.

Simbolismo
As mesmas lideranças que admiram Armínio se dizem conscientes, contudo, de que mantê-lo no BC seria simbolicamente negativo para um partido que faz campanha com o discurso de mudança na política econômica.
Teme-se inclusive comparação com o ex-presidente argentino Fernando de la Rúa, que se elegeu prometendo reformas e acabou trazendo para o governo um dos artífices do modelo então vigente, o ministro Domingo Cavallo.

As chances de o PT manter o presidente do BC no cargo são pequenas, mas não podem ser descartadas totalmente, porque o assunto ainda não foi discutido formalmente pelo partido. "Manter ou não Armínio, bem como definir o grau de autonomia do BC, são temas que rondam a campanha em conversas informais, mas ainda ninguém as colocou na mesa", disse um líder petista.

Lula e o presidente do PT, José Dirceu, afirmam internamente no partido que o presidente do BC será trocado, porque acham Armínio muito identificado com a atual política econômica. Mas eles têm sinalizado que seu auxílio, mesmo informal, num eventual governo seria positivo.

Múltiplas frentes
O PT enxerga em Armínio qualidades que o colocariam em condição de atuar em várias frentes. Além de ajudar no dia-a-dia da operação do BC no início do governo, poderia atuar como uma espécie de embaixador econômico informal do Brasil, por ter vasta rede de contatos com a diretoria de organismos multilaterais -FMI, BID e Banco Mundial- e de bancos estrangeiros.

Dificilmente o PT o colocaria em um cargo formal num governo Lula, do tipo negociador junto ao FMI. Esta é vista como uma função exclusiva do governo.

O PT ainda não tirou posição oficial sobre Armínio nem o sondou, até porque o partido de Lula não sabe quais serão os planos do presidente do BC após deixar o governo. Ele já sinalizou publicamente que está disposto a colaborar com o futuro presidente.

O que o PT já tem claro é que quer continuar contando com quadros do atual governo, de segundo e terceiro escalões. Funcionários graduados de instituições como Itamaraty e Banco Central -mesmo alguns diretores de perfil técnico- deverão ser mantidos, o que seria uma forma de dar tranquilidade à transição. Uma renovação total na administração está descartada.

Outra idéia para acalmar o mercado que já foi aventada, a de antecipar nomes da equipe econômica ainda durante a campanha presidencial, tem chance remota de vingar.

Veja também o especial Eleições 2002

Responder

Daniel em 14/10/2014 - 18h29 comentou:

Arminio perdeu a chance de bater em Mantega. mantega, me desculpem, ou é muito incompetente ou estava fazendo o que o governo ordena.Pois não tem como destruir um pais em tão pouco tempo,com medidas descabidas como baixar o preço da energia faltando agua, baixar impostos de veiculos para aumentar arrecadação em vez de diminuir "O TAMANHO DO ESTADO". Aumentar impostos de refrigerantes, agua, suco, cerveja e muitos outros que não vou citar pois tomaria todo o comentário.
Margareth Thatcher já dizia nos anos 80: O socialismo e muito bom até acabar o dinheiro de quem produz.

Responder

    Fernando em 15/10/2014 - 02h19 comentou:

    Entra pra política. Tu sabe tudo. .

    Klaytonn em 16/10/2014 - 15h41 comentou:

    Sim…. porque pessoas que não sabem nada igual a você a política já não aguenta mais……. rs

    Antônio C. Conceição em 15/10/2014 - 02h37 comentou:

    E por que os países nórdicos não quebraram enquanto o sul da Europa e América Latina que abraçaram o neoliberalismo quebraram?

    Rogério Zanuto em 15/10/2014 - 23h56 comentou:

    Diminuir o tamanho do estado para mim, povão e aumentar para banqueiros e empresários incompetentes não é? Obrigado, prefiro hoje como as coisas estão evoluindo.

Fernanda em 14/10/2014 - 18h34 comentou:

Cynara, acho que deveríamos fazer um twittaço com a hash tag #FragaRespondaACynara!! Porque suas perguntas são ótimas!!! Vamos viralizá-las!!

Responder

Ivo em 14/10/2014 - 19h10 comentou:

Isso daria muito trabalho responder ponto a ponto, partindo do princípio de que você disse não conhecer a fundo as tendências nas relações econômicas. Você assume pressupostos nas perguntas que para mim já seriam passíveis de alguma revisão teórica, por exemplo. Se me permite, tomarei a arrogante liberdade de responder algumas questões que "não dependam muito" da posição individual do economista em questão.

1- Para compreender os juros na era FHC é fundamentalmente necessário compreender como se deu a estabilização da moeda, a taxa de juros não foi aumentado "por acaso". Fazia parte do remédio para a situação; um efeito colateral (se for o caso, pode ser elucidado em outro comentário). E no período final do governo, a alta do juros estava também diretamente relacionada à potencial perda de credibilidade do governo brasileiro diante dos agentes do mercado dada possibilidade de vitória do candidato da oposição, Lula.

2- Não posso responder por eles, mas a visão de que o salário "cresceu muito" se pauta na comparação do aumento do salário com o ganho de produtividade real da economia. Caso o salário cresça sem nenhuma compensação real na geração de riquezas, o trabalhador simplesmente se tornará mais oneroso ao empregador, que tenderá a contratar menos, além disso ser prejudicial quanto à competitividade dos produtos e serviços internos em relação aos internacionais.

3- Para analisarmos essa pergunta, precisamos considerar o tamanho da participação que os bancos públicos assumiram nos últimos anos em relação à oferta de crédito. Hoje corresponde a aproximadamente metade do crédito disponível, mas não é um crédito "saudável", pois não é oriundo de poupança prévia, é apenas o Estado jogando liquidez no mercado. Trata-se de um uso político desse sistema financeiro para estimular a economia artificialmente.

5- A 5 é quase que respondida na própria pergunta. Efetivamente, é uma crença de que o desenvolvimento de um mercado livre e pautado nas decisões de seus agentes não seja bom para as pessoas. Quanto mais condições forem fornecidas para que os agentes econômicos se articulem dentro da dinâmica do mercado, maior o nível de liberdade e de renda dessas pessoas. Ou seja, se mesmo as classes consideradas mais baixas participarem de alguma forma do processo de geração de riqueza efetiva (seja na produção de bens, serviços, desenvolvimento tecnológico, ou o que for), maior será o nível de renda dessas pessoas. Países desenvolvidos distribuem riqueza em caráter de exceção, a prosperidade vem da integração da sociedade nesse processo de geração de riqueza efetiva.

6- Aqui podemos aproveitar um gancho da resposta anterior. Crescer de forma sustentável significa gerar um crescimento pautado no lado real da economia. Um crescimento estimulado por políticas de incentivo a consumo, distribuição de dinheiro ou maior oferta de crédito tendem a ser um crescimento de tiro curto, que após algum tempo se satura de si mesmo e tende a ter como consequência apenas aumento de preços, pois a suposta riqueza criada não tem valor legitimado pelos agentes econômicos. É como se toda população passasse a receber o dobro do salário. Após um tempo, todos bens e serviços teriam também o dobro do preço, não se refletindo em nenhum ganho real; a "sensação de crescimento" é apenas ilusória, não é sustentável.

7- Garantir isso seria impossível, se a análise fosse de que a economia está demasiado suflada, e precisaria de ajustes. Nesse caso específico, poderia haver sim um período de desintoxicação para retornarmos o seu patamar real. Entretanto, visto que o peso político disso é muito grande, duvido muito que o Aécio, Armínio ou PSDB arquem com essa possibilidade. A tendência é de que não haja.

8- A tendência é de que sim. Com crescimento sustentável, no longo-prazo a espera-se que a situação econômica da sociedade em geral tenha progresso.

10- Aqui vale o mesmo da questão 1. Alta de juros inibe o nível de investimentos, que por sua vez inibe o nível de empregos. Foi parte do preço a se pagar, o tal do "efeito colateral" para a estabilização da moeda que permitisse a inflação ser "só de 12%" (o que comparativamente ao período anterior é um progresso expressivo). Dessa forma, não parece provável que tais fatores se reproduzam novamente na mesma intensidade. Quanto menos doente estiver a economia atualmente (e parece estar menos do que a dos anos 80/começo dos 90), menor é a dosagem do remédio, menores são as "medidas impopulares", e menores são os efeitos colaterais.

Para as duas questões restantes, acredito que a resposta não possa ser terceirizada.

Resumindo o pensamento econômico por trás de todos esses argumentos: "Não se cria riqueza do nada, apenas dando canetadas. É preciso produzir algo de fato."

Responder

    Vitor em 15/10/2014 - 17h49 comentou:

    Excelente Ivo, eu nem costumo levar a sério esses economistas de campanha eleitoral que acham que simplesmente comparar números de diferentes períodos e realidades é suficiente, mas suas respostas foram bem didáticas para o entendimento de todos. Parabéns!

    Darlan Junior em 16/10/2014 - 00h17 comentou:

    Qual a parte que "economia para leigos" você não entendeu?

    Vitor em 20/10/2014 - 16h04 comentou:

    Se você não entendeu isso, seu problema não é de economia, é de interpretação de textos… Mais claro, impossível…

Fernando em 15/10/2014 - 02h17 comentou:

Não leia Mr Von mises conforme alguém sugeriu. Trata-se um economista austriaco que em determinado momento pretendeu ser filósofo fazendo uma miscelânea sem fim. Nascido no século 19 faleceu em 1973. Deixou una grande quantidade de textos confusos onde mistura liberalismo, socialismo, liberdademas no fundo se encaixaria hoje como um neo liberal. Não perca seu tempo. Tambem nai de muito ouvido ais preconceitos de pseudos economistas que nao conhecem a linguagem mais objetiva. Mas se desejar ler leia Adruani Benayon que põe i dedis nas feridas…

Responder

    Klaytonn em 16/10/2014 - 15h45 comentou:

    "Nascido no século 19, faleceu em 1973"…. Me diga, você foi correndo no Wikipédia só para conseguir publicar esse comentário, né?? Profundo….

João Gomes Filho em 15/10/2014 - 13h49 comentou:

Cynara, eu te amo! Muito obrigado…

Responder

Luciano em 15/10/2014 - 17h19 comentou:

Pelas suas perguntas e o viés dado se ve que realmente não entende nada de economia

Responder

    João Gomes Filho em 15/10/2014 - 19h40 comentou:

    Luciano, o viés dado atende as necessidades das pessoas e, salvo melhor juízo, o cidadão comum não tem que entender de economia; tem que entender de gente! Quem entende de economia é econômico de sentimento, o que põe o cidadão em segundo plano e o plano (econômico) em primeiro. Este viés impede que os menos favorecidos ascendam na sociedade. Continue pensando assim e vc será um grande economista, mas seguirá péssimo para tratar de gente – que é a obrigação primévia do homem público.
    EM TEMPO: Foda-se a teoria (afinal, ela é cinzenta), verde é a árvore dourada da vida. É nóis e eu continuo amando a Cynara!

Fernando Ferreira em 15/10/2014 - 19h34 comentou:

A Carta Capital é uma revista honesta: não esconde as suas preferências. Talvez desse mais resultado se mudasse o nome para PT News.

Responder

Donaldo M Dagnone em 15/10/2014 - 23h32 comentou:

Eu respondo esta: "1. Quando o senhor assumiu o Banco Central no governo FHC, aumentou os juros para 45% (hoje os juros brasileiros ainda estão entre os mais altos do mundo, mas na casa dos 11%). Isso vai acontecer novamente?" Vai acontecer se for necessário. Isto se chama Política Econômica. E nada nos diz que será necessário nos próximos anos – espero.

Responder

    Herbert em 16/10/2014 - 04h27 comentou:

    Quer dizer q vc responde por ele. Então tudo não passa de políticas necessárias, né?
    Quer dizer que só vai privatizar se precisar, só vai desempregar se precisar, só vai arrochar se precisar….

    Você concorda também que o trabalhador vive com dignidade com um salário mínimo inferior a U$ 100,00? Ah, vc também deve achar que o salário mínimo está muito alto, né?

    Deve ser muito difícil ver pessoas saindo da extrema pobreza, ascendendo de classe social, viajando de avião como nunca, comprando casa própria e carros como nunca, dando dignidade aos filhos como nunca. Tudo isso deve ser muito chato de ver, né?

    Farinha pouca meu pirão primeiro. Chega desta realidade.

    #MelhorComDilma13

Fritz Gronchi em 15/10/2014 - 23h36 comentou:

A srta realmente é bem fraquinha em economia, como confessa, e em política, por estar na contra-mão das vontades dos brasileiros, demonstrada em junho/2013.

Responder

    Fritz Gronchi em 15/10/2014 - 23h37 comentou:

    Será que já estou sendo censurado?

Robertha em 16/10/2014 - 06h54 comentou:

Como esquerdista assumida achei que as perguntas são mais tendenciosas do que esclarecimentos para leigos, como eu. Logo penso, será que o Ministro Guido Mantega aceitaria responder 10 perguntas tendenciosas formuladas por um direitista?

Responder

ejedelmal em 16/10/2014 - 08h58 comentou:

BRAZILEIROS, LUTEMOS POR UMA DEMOCRACIA OLIGARCA! http://www.youtube.com/watch?v=qvTy3ufmbIE

Responder

Dann em 16/10/2014 - 17h07 comentou:

A cartilha do PSDB é contraria ao trabalhador, quando FHC assumiu o poder logo fez um casamento politico com o PFL (Demo-cratas) que é um partido ultra-liberal comandado por empresarios grandes e coroneis nordestinos, fazendeiros, etc, a politica do PT é criar uma sociedade equilibrada de classe media, mas isso sem causar inflacao, só é possivel a longo prazo, ja tivemos 12 anos de crescimento da distribuição de renda, hoje o salario minimo pode comprar bens que antes eram exclusivos de classe media, sem falar no impacto economico dessa injeção de renda crescente na economia, que gerou muitos negocios e postos de trabalho qualificados, ampliando por tabela a classe media alta, que era de 13 milhoes e hoje chega a 30 milhoes de pessoas no pais, em apenas 12 anos de PT. Pra se ter uma ideia, o melhor economista dos tucanos, Luiz Carlos Mendonça de Barros, um cara realmente inteligente, neutro na sua profissão, elogiou publicamente a politica salarial do PT de crescimento anual da massa salarial, sem grande impacto inflacionario, gerando todo ano um suave aumento de demanda e por tabela, de produção, de investimentos. Ao contrario dele, esse renomado, instruido, douto, culto, Arminio Fraga, com tantas qualidades porem um grave defeito, a insensatez, defende a redução do minimo pra desonerar os custos dos gulosos empresarios nacionais, que ja trabalham com margens de lucros fora do padrao internacional,. como ja bem comentado sobre a industria de automoveis, sem pensar no impacto favoravel que gera o minimo crescente, nos lucros dos bancos, na arrecadacao de impostos, etc. e principalmente, na vida de milhoes de pessoas que levam uma vida penosa todos os dias, cheia de carências, de problemas. Pelo seu discursos, Arminio Fraga não quer e não está nem aí pra melhor distribuição de renda, é conservador, quer um país de pobres e ricos, sem credito, sem demanda, seguir o modelo do brasil colonia, das capitanias, foi pra isso que o Brasil foi criado, pra ser uma grande fazenda exportadora com mao de obra escrava, e é isso que esses ricos querem, o deles ta salvo e a velha pimenta nos olhos dos outros é refresco. Este Sr é uma pessoa realmente odiável, um parasita da economia de mercado, insensivel, frio, desumano, não deveria dar as caras e dizer o que pensa pois está contrariando a maioria dos eleitores que ganham o minimo, como alguem pode se eleger desagradando e prejudicando a maioria dos eleitores? Só enganando, mentindo, ta na hora de dar nome aos bois, de dizer quem é quem, de mostrar que temos ainda um candidato envolvido ha muito tempo com uso e possivelmente o trafico de drogas, porque ninguem divulga isso? o povo vai ser enganado até quando?

Responder

Adans em 17/10/2014 - 12h44 comentou:

Pelo que entendi, a recusa de entrevista veio antes mesmo de saber o conteúdo das pesquisas. Foi isso mesmo?! Porque se a recusa se deu após ter contato com os questionamentos, realmente levanta a possibilidade de covardia (ou falta de agenda, são pessoas muito ocupadas), semelhante à recusa de entrevista da candidata Dilma ao Jornal da Globo, que se recusou apenas após saber do que viria pela frente.
De qualquer forma, alguns dos seus questionamentos são bastante interessantes.

Responder

Jorge Barros Santana em 17/10/2014 - 14h22 comentou:

Também não entendo de economia, mas li um artigo muito interessante que vale a pena se fazer uma boa reflexão, no qual o articulista no final do seu texto diz:
…"Os oito anos da era FHC foram marcados por 4 crises internacionais. Ainda assim, a economia cresceu a taxas muito próximas dos países comparáveis e sustentou uma inflação cadente, que apenas voltou a ficar pressionada na iminência da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
A candidata Dilma resolveu fantasiar sobre o quadro econômico do governo FHC. Insiste em repetir que o PSDB teria “quebrado o país em três ocasiões”, quando os dados são muito claros. Até as pedras sabem, presidente Dilma, que o país só pôde crescer mais de 4%, no governo Lula, porque FHC deixou uma herança bendita:
– a consolidação da estabilização monetária;
– a abertura da economia;
– o ajuste das contas públicas;
– as privatizações;
– a atração de investimentos externos para fins produtivos;
– a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal;
– o saneamento do sistema financeiro (com o Proer);
– a renegociação da dívida dos estados;
– a liquidação dos bancos estaduais;
– a criação do Bolsa Escola, que já atendia a 22 milhões de pessoas;
– a instituição do regime de metas para a inflação e tantos avanços na área econômica e da área social que poderíamos continuar a listar.
Uma árvore foi plantada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo PSDB. Era frondosa e dava muitos frutos. O presidente Lula soube colhê-los, rapidamente, mas a presidente Dilma preferiu não mais cultivá-la e, pior, nada plantou em seu lugar.
Agora, às vésperas das eleições, quer convencer os brasileiros de que a tomada de empréstimos, no governo FHC, junto ao FMI, seria a evidência definitiva de que o país teria quebrado naquele período. A verdade que qualquer economista que se preze conhece (Dilma, infelizmente, mostra que não honra o seu diploma de economista) é uma só: nenhum país consegue, por três vezes (1999 – crise cambial; 2001 – crise argentina e 2002 – risco-país explodindo em razão da iminência da eleição de Lula), acesso a empréstimos em condições tão boas, como o governo FHC conseguiu, se não for uma economia sólida, com condições de pagar o financiamento e fundamentos macroeconômicos de boa qualidade".

Responder

    Jorge Barros Santana em 17/10/2014 - 14h24 comentou:

    OK. Concordo.

Robson Lopes em 17/10/2014 - 15h25 comentou:

Respondendo as suas perguntas:
1. Quando o senhor assumiu o Banco Central no governo FHC, aumentou os juros para 45% (hoje os juros brasileiros ainda estão entre os mais altos do mundo, mas na casa dos 11%). Isso vai acontecer novamente?
Olhe Cara Morena, eu sou pragmático, se for necessária uma medida impopular, sim, os juros terão que subir, mas não sei se isso será necessário, haja vista a solidez dessa economia do autoconsumo criada por Lula e Dilma, mas não me furtarei a ajustar a economia para que o mercado volte a ter lucros e a crescer.
2. O senhor falou que acha que o salário mínimo “cresceu muito”. E, no entanto, alguns economistas apontam o aumento do salário mínimo nos anos que o PT governa como uma das principais razões para a diminuição da desigualdade social no Brasil, mais até que o bolsa-família. Qual será a política econômica do PSDB em relação ao salário mínimo? Vocês pretendem acabar com o reajuste automático?
O salário mínimo realmente virou um instrumento eleitoreiro, quem já viu o salário mínimo estar atrelado ao PIB? Isso é uma aberração, está tirando toda a possibilidade de lucro dos empresários e são eles que são os grandes responsáveis pelo crescimento do país, essa política terá de ser revista sim, o mercado tomará conta do resto, se autorregulará.
3. Existe um áudio circulando nas redes sociais em que o senhor fala que está provado que os bancos públicos não são um “modelo que favorece o crescimento” e que iria reduzir as funções deles até que “não sobrasse muito”. O que o senhor quis dizer com isso? O que vai acontecer com a Caixa, o Banco do Brasil e o BNDES em um virtual governo Aécio Neves?
Bancos são uma entidade originalmente privadas, quem já viu colocar banco público para concorrer com banco privado? Isso vai contra os ideiais do pensamento de direita, vamos ter que rever isso, BNDES, Caixa e Banco do Brasil se resumirão ao papel que lhes cabe, que ainda não defini, mas com certeza esse modelo onde só fazem ajudar os mais pobres, isso não faz sentido, banco é para dar lucros e nesse sentido que vamos intervir.
4. Volta e meia o PSDB acena também com mudanças nas leis trabalhistas. Quais seriam elas exatamente?
Isso não é óbvio Morena? Os empresários estão sufocados com esse modelo Petista, onde os empregados podem tudo e o empresário não pode nada, então a ideia é dar a César o que é de César, vamos fazer uma lei meritocrática, ganhos por hora e produtividade, diminuir esse período de férias, 13o salário? Temos de estudar qual a vantagem, mas enfim, a ideia é renovar tudo, o brasileiro já amadureceu para saber que para o país crescer tem que fazer alguns sacrifícios.

Responder

Robson Lopes em 17/10/2014 - 15h26 comentou:

5. O jornal Financial Times publicou um artigo recentemente dizendo que o senhor decepcionou no debate com Guido Mantega, ministro da Fazenda de Dilma, porque “precisa achar uma forma de desconstruir a crença que o que é bom para os mercados é ruim para as pessoas e vice-versa”. Mas o que é bom para os mercados pode de fato ser bom para as pessoas? Como, se em geral o que é bom para os mercados faz concentrar ainda mais a renda?
Isso é uma falácia, o que é bom para o mercado é bom para as pessoas sim, afinal o mercado é quem emprega é quem dá as pessoas o direito de receber seu salário, agora o problema no Brasil é que as pessoas se tornaram meio egoísta, querem tudo, mais vantagens do que têm direito, por isso precisamos ajustar essas relações.
6. O modelo que vocês propõem é, de acordo com o candidato Aécio Neves, retomar o crescimento de “forma sustentável”. Para mim isso soa como “embromation”. O que significa crescer de forma sustentável?
Investir nas indústrias, nas empresas, não nas pessoas, que ideia foi essa que começou no governo Lula, de investir nas pessoas e elas puxarem o crescimento? Quem produz são os empresários, são os responsáveis pela riqueza do país, então o dinheiro tem de ir para eles, nada mais natural, vamos inverter essa perversa lógica do mercado.
7. O senhor pode garantir que, com o modelo do PSDB em prática no governo, não haverá arrocho, recessão e desemprego no País?
Eu posso garantir que o país irá crescer, que a inflação será baixa, e isso terá consequência, infelizmente alguém tem de pagar a conta, é melhor que seja os trabalhadores, afinal os empresários já est'ão muito preocupados tentando gerar lucro para o país crescer.
8. Este crescimento “sustentável” irá continuar ajudando a diminuir a desigualdade social ou isto não é o foco?
Morena, não acredito que você acredita nessa balela? O que diminui a desigualdade social é o esforço próprio, você acordar cedo todo dia e trabalhar duro, estudar bastante, fazer seu curso de inglês, seu intercâmbio, ter experiências internacionais, isso sim diminui a desigualdade, o modelo atual com essas ajudinhas, só ajuda o indivíduo a virar um descansado, e tira o investimento de quem mais merece, a parcela da população que produz mais riqueza, que por coincidência e mérito, são os mais ricos.
9. A área social do governo sofrerá cortes? Seriam cortes na área social as medidas que o candidato Aécio diz que serão “decisões impopulares” de um provável governo seu?
Vou repetir o que disse antes, quem diminui a desigualdade é o mercado, ele se autorregula, parece que você nunca leu um livro de economia, ajudar o próximo é coisa de igreja católica, no governo crescer quem trabalha, o nosso governo será assim, quer deixar de ser pobre, se esforce.
10. A experiência do PSDB no governo– fora a estabilização da moeda, que vem do governo Itamar Franco– é de triste memória para os brasileiros que a viveram. Desemprego alto, recessão e também inflação na casa dos 12%. O que vocês fariam diferente agora?
Vocês só olham um lado da moeda, pergunte aos bancos se eles não estavam felizes, aos ricos, desemprego é consequência para o país crescer, tudo bem, não cresceu e a inflação subiu devido a perspectiva da eleição do Lula, mas agora que as esse governo do Lula e Dilma ajustou muita coisa, temos como retribuir melhor ao mercado, devolver a eles tudo que lhe foi tirado para usar nesses programas eleitoreiros como bolsa família, mais médicos e minha casa minha vida, faremos uma gestão profissional do país com méritos, colocando apenas pessoas de nossa extrema confiança, assim como nosso candidato já fez em Minas, colocou seus familiares para lhe auxiliar, quer pessoas de maior confiança do que a própria família? Nosso governo será o governo dos melhores, banqueiros, industriais, empresários a nata da elite, e qualquer pode se candidatar, se tiver mérito, a entrar nesse grupo, é um modelo democrático, além de tudo, voltado para a família. Nos encontramos em 2015

Responder

Marcelo Medeiros em 21/10/2014 - 03h24 comentou:

Prezada Cynara,

Sem a pretensão de ser dono da verdade, mas apenas retomando fatos históricos e atuais, além de conceitos básicos, tentarei esclarecer tuas dúvidas:
1- As taxas de juros anuais do Governo FHC eram inferiores às taxas de inflação anuaisl da época. No máximo, pouco superiores. Hoje, os juros do governo Dilma estão na ordem de 11 % (x) Inflação atual na ordem de 6 % Ou seja, juros são o dobro da inflação. Quem está lesando mais o trabalhador e repassando mais dinheiro aos bancos? Matemática não se contesta.
2- Salário mínimo inicial no governo FHC: R$ 70,00 . Final: R$ 200,00. Crescimento de R$ 186 % em oito anos. Taxa de aumento anual de 23,2% . (x) Salário-mínimo inicial de Lula: R$ 200,00 (x) Salário-mínimo final de Dilma: R$ 724,00. Crescimento de 162 % em doze anos. Taxa de aumento anual de 13,5 %. Velocidade de crescimento no governo PSDB praticamente o dobro que no governo PT. Matemática.
3- Por favor, seriedade. Áudio de baixa qualidade sem que se comprove a autoria da fala. Lamentável.
4- Favor prestar mais atenção nos horários políticos e manifestações públicas do candidato Aécio. Sempre informando que os direitos trabalhistas serão preservados e incrementados.
5- Agora as opiniões do Financial Times servem? Quando acusa o governo atual de corrupto ele estava a serviço do capital, segundo Dilma. De qualquer forma, Guido Mantega já está moralmente afastado por Dilma, podendo afirmar qualquer coisa, sem comprometimento. E foi assim que fez, pelo que se pôde ver na matéria do FT. E mais: o que é bom para o mercado, incentivando a economia, é ruim para o trabalhador? E os empregos, vão para o ralo? Ou vai todo mundo ganhar cargo junto da companheirada?
6- Crescimento sustentável: baseado não só em competitividade, mas em um aproveitamento racional dos recursos finitos. Com foco no respeito aos direitos sociais e às questões energéticas e ambientais. Aliás, "embromation" é a prática de certas candidatas que não conseguem articular 2 frases em sequência sem se perder na própria embromação.
7- Um governo que valoriza a herança da estabilidade econômica de FHC, Ministro da Fazenda e depois Presidente, que deixou a mesa posta para outros se banquetearem, não iria contra seus próprios princípios. É verdade que o DesGoverno dos últimos 12 esculhambou a economia (vide inflação e crescimento ridículo do PIB), mas quem ensinou uma vez certamente ensinará de novo.
8- Já respondido em 6, que um dos focos do crescimento sustentável não pode deixar de ser o social.
9- Como já coloquei em 4, Aécio diz sempre que os direitos sociais serão valorizados e incrementados. Por favor, não te abraça nas mentiras repetidas do PT, ou, cedo ou tarde, vais ficar com a carta Mico na mão.
10- Itamar Franco, sim. Com Fernando Henrique, PSDB, Ministro da Fazenda. Solução será encontrada, com certeza. Afinal, FHC elaborou o Plano Real, implantado em jul/94, com inflação do ano acumulada em 763,12 % e 5.153,50 % nos doze meses anteriores. O índice de inflação caiu para 3,23 % já em novembro, do mesmo ano de 1994. Sei que pode parecer simples, mas tem que saber fazer. E não somente estragar tudo.

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