Socialista Morena
Direitos Humanos

A abominável arte de impedir pessoas sem-teto de dormir na rua e pedir esmolas

E as novidades mais quentes no setor de criminalização da pobreza pelos governantes de direita no Brasil e no mundo

Dormeurs à la corde. - deux sous la nuit: sem-teto dormindo sobre uma corda em Paris. Honoré Daumier, 1852
Cynara Menezes
01 de fevereiro de 2018, 21h33

A perseguição aos sem-teto é tão antiga quanto a pobreza em si. Leis assinadas pelos poderosos para punir pessoas que vivem nas ruas existem pelo menos desde o século 14. Na Inglaterra, por exemplo, ao longo da história os sem-teto já foram condenados a serem escravizados, presos e até executados por “vagabundagem”. As principais “acusações” contra eles permanecem as mesmas: dormir na rua e pedir esmolas.

No final dos anos 1920, George Orwell, o célebre autor de 1984, escreveu o que é considerado a primeira obra de jornalismo “gonzo” da história: Na Pior em Paris e Londres. No livro, seguidamente rejeitado pelas editoras e publicado apenas em 1933, o jovem Orwell se coloca na pele de um trabalhador do mais baixo escalão em um restaurante da capital francesa e vive literalmente como mendigo entre seus conterrâneos britânicos. Em um dos trechos, o escritor conta como as leis londrinas eram duras em relação aos moradores de rua. Sentar nos bancos das praças até era permitido, mas ai do pobre sem-teto que fosse flagrado pela polícia dormindo neles…

Os governantes de direita em todo o mundo continuam a se esmerar na criatividade para fazer o que parecia impossível: tornar a vida dos sem-teto ainda mais dura

Para driblar a proibição de dormir na rua, os mendigos tinham que recorrer a lugares como o Caixão e suas “coffin beds”, ou “camas-caixão”, que eram, como diz o nome, caixões onde as pessoas sem-teto podiam, pagando alguns centavos, deitar e, quem sabe, aproveitar para morrer logo. “No Caixão você dorme numa caixa de madeira, com uma lona como cobertor. É frio, e a pior parte são os percevejos. Estando preso numa caixa, você não tem como escapar deles”, conta Orwell.

As “camas-caixão” londrinas. Foto: The Geffrye, Museum of the Home

O escritor descreve o “Twopenny Hangover”, que consiste num banco com uma corda, onde os mendigos, pagando, podiam dormir dependurados durante a noite. “Há uma corda na frente, e eles se inclinam sobre ela como se estivessem debruçados numa cerca. Um homem, graciosamente chamado de camareiro, corta a corda às 5 da manhã. Eu nunca fui, mas Bozo dormia lá com frequência. Perguntei a ele como alguém podia dormir nessa posição, e ele disse que era mais confortável do que parecia —melhor, sem dúvida, do que dormir no chão duro. Há lugares parecidos em Paris, mas eles cobram só 25 cêntimos (meio penny) em vez de dois pence.”

Reprodução internet

90 anos depois, em vez de tratar com compaixão as pessoas que vivem nas ruas, os governantes de direita em todo o mundo continuam a se esmerar na criatividade para fazer o que parecia impossível: tornar a vida dos sem-teto ainda mais dura. O objetivo número um é tirá-los da vista —se você não pode acabar com os pobres, desapareça com eles. Em vez de “combater” a miséria”, o conservadorismo investe na gentrificação de vizinhanças inteiras, como acontece em São Paulo desde que João Doria, do PSDB, assumiu. Na chamada “cracolândia”, o prefeito mandou derrubar casas e expulsou moradores para que a especulação imobiliária traga gente “melhor” para a região.

Os tucanos, aliás, são especialistas na arte de inventar “soluções” para tirar a pobreza da vista da burguesia incomodada. Quando era prefeito, o atual senador José Serra incrementou o combate aos sem-teto colocando “rampas antimendigos” sob os viadutos da avenida Paulista, em 2005. O piso era chapiscado, tornando-o mais áspero e incômodo para quem tentasse dormir no local.

Sucessor e aliado de Serra, Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações de Temer, inovou lançando os “bancos antimendigos” da praça da República, dividido por barras de ferro para que ninguém pudesse deitar neles.

Foto: site Vermelho

Os bancos antimendigos são um “must” na arte de infernizar a vida do sem-teto das grandes cidades. Designers quebram a cabeça para engendrar o banco mais desconfortável do mundo utilizando pedras pontiagudas ou simplesmente tornando-o roliço, capaz de acomodar bumbuns, porém “indeitáveis”.

Banco antimendigo em Boston, EUA. Foto: Deirdre Oakley

 

Banco “roliço” na Califórnia, EUA. Foto: Providence Christian College

Em Belo Horizonte, o ex-prefeito Marcio Lacerda, do PSB, primeiro pediu à população que não desse esmolas ou comida aos pedintes da cidade. Depois, mandou colocar pedronas sob viadutos para impedir que os sem-teto dormissem ali.

As pedras de Lacerda em BH. Foto: reprodução

No Rio, o emedebista Eduardo Paes não só copiou os “jardins de pedra” do colega mineiro, como sua administração passou a fazer uma ronda especializada durante a madrugada para arrancar os mendigos das calçadas da Zona Sul, bêbados de sono, e enfiá-los em albergues, privando-os de seus pertences. Pela lei, um morador de rua só pode ir para um abrigo se concordar com isso.

E não é só o poder público que faz essas coisas. No ano passado, chegou às redes sociais a denúncia de que um prédio em Copacabana instalou uma espécie de “chuveirinho” na marquise para ensopar os mendigos que tentassem dormir no local.

Entre os governantes, ninguém foi mais arrojado na arte de impedir mendigos de dormir na rua do que Antonio Carlos Magalhães Neto, do DEM, que plantou cactos sob os viadutos de Salvador para espantar os sem-teto. Criticado, disse que era só “paisagismo”.

A nova onda no segmento “impedir os sem-teto de existir” no Brasil é multar os mendigos que se atrevam a pedir dinheiro aos transeuntes. Em dezembro, mostrando todo seu espírito natalino, a Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú (SC) aprovou um projeto para multar sem-teto que estejam pedindo dinheiro nos semáforos, sob a desculpa de “melhorar o trânsito”. Dias depois, o Ministério Público de Santa Catarina denunciou que moradores de rua da cidade estavam sendo abordados pela guarda municipal e forçados a embarcar para outras cidades, principalmente Florianópolis.

A Câmara de Balneário Camboriú nem sequer foi precursora em multar mendigos. Como é comum em se tratando da direita, trata-se de uma cópia do que acontece em outros países. Em Frankfurt, na rica Alemanha, mendigos pagam multas se forem pegos dormindo nas ruas. Na Inglaterra de George Orwell, até hoje é proibido dormir nas ruas e algumas cidades estão cobrando multa de no mínimo 100 libras (451 reais) e que podem alcançar 2500 libras (11300 reais) a quem for flagrado descansando a carcaça no chão.

A nova onda agora no setor da criminalização da pobreza no Brasil é multar os mendigos que se atrevam a pedir dinheiro aos transeuntes

Por incrível que pareça, uma lei britânica de 1824 proibindo dormir na rua e esmolar continua válida, mas as multas sobre os mendigos se intensificaram a partir de 2014, quando o governo conservador do primeiro-ministro David Cameron conseguiu aprovar as PSPOs (Ordens de Proteção ao Espaço Público, na sigla em inglês). Originalmente, as PSPOs foram criadas como parte do Ato sobre Crime e Comportamento Anti-Social, que dá às prefeituras o direito de criminalizar comportamentos que não são normalmente considerados criminais. Parece coisa de 1984, mas é verdade. E as autoridades estão usando as tais “ordens” justamente para punir pessoas sem-teto.

 

O robô antimendigo de São Francisco. Foto: reprodução Facebook Knightscope

Mas a maior novidade no setor de criminalização da pobreza, a mais orwelliana sem dúvida, é o robô fiscal de sem-teto que foi “contratado” por uma Sociedade Protetora dos Animais em São Francisco com a desculpa de evitar roubos e vandalismo e detectar as agulhas descartáveis jogadas nas calçadas que pudessem ferir os “pets” dos com-teto. Não foi assim que os moradores de rua viram o bigbroderzinho de 1 metro e meio de altura equipado com quatro câmeras, e jogaram molho barbecue em seus sensores e até cocô. O robô Knightscope K5 acabou sendo demitido.

Veja mais imagens de como a arquitetura é usada para criar mobiliário urbano contra os sem-teto aqui.

 


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Luiz Carlos em 01/02/2018 - 23h00 comentou:

Niterói, no RJ, que tem bom nível de desenvolvimento econômico e que constantemente foi governada pelo PDT, PT também tem seus bancos irregulares, bonitos mas desconfortáveis para dormir. Só que agora, sem bolsa família, muitos sem teto estão indo espalhados por toda cidade.

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João Junior em 02/02/2018 - 00h43 comentou:

Os primeiros seres humanos eram carniceiros oportunistas. Comiam os restos das caças de predadores que, após se fartarem, abandonavam as carcaças ainda com boa quantidade de carne disponível. O começo do ser humano, segundo a paleontologia, não teve glamour. A encefalização, o desenvolvimento evolutivo do cérebro da espécie humana, tem a ver com essa dieta. Sem isso, pelo que essa evidência indica, não aprenderíamos a dominar o fogo, a construir a roda, ferramentas, caçar e coletar vegetais e, finalmente, plantar. E é justamente o desenvolvimento da agricultura que torna possível o início do processo histórico e civilizatório.

É uma aspiração humana viver longe dos perigos que predadores poderosos, como leões e tigres significam, além da ameaça que os próprios seres humanos representam uns para os outros. Mas a História mostra que a vida para a maioria de nós sempre foi dura e que a civilização ainda não chegou a termo. Muitos foram escravizados, açoitados, perseguidos e mortos por interesses de riqueza de outros homens. Mulheres foram caladas e educadas a serem fiéis e obedientes. A História tem mostrado os percalços de milhares de anos em que a História se repete, com homens que escravizam outros homens, com mulheres que foram despojadas da sexualidade. E quando desde as revoluções burguesas até o século XX a História parece apontar para um avanço civilizatório, o que acontece? A burguesia assume a posição de algoz a que todas as gerações, desde milênios, acabaram submetidas. É importante esclarecer que a desigualdade social não é uma característica atual, ela sempre existiu. Embora note-se avanços como o da Medicina e o da Engenharia, estamos longe de garantir que toda pessoa tenha acesso a essas conquistas. O marco civilizatório é o ponto a partir do qual assumimos o dever de eliminar toda e qualquer brutalidade contra a dignidade humana.

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Vicente Jouclas em 02/02/2018 - 09h27 comentou:

Cynara Menezes; Bom dia.

Há uma garota no “Nocaute” que tem uma certa filiação no seu estilo de discursar; deve ter uma boa Mestra. Enfim, também está numa ótima mídia. Parabéns.
Vou começar a ler seu “A abominável arte de impedir pessoas sem teto de dormir na rua e pedir esmolas” Título extenso e que vale muito. Obrigado.
Fico encantado [se se pode dizer assim, pelo assunto] com sua garimpagem de ilustração.
Realmente é um trabalho completo e que não perde a proposta de sentido social. Merece, e exerço, meu apoio e de muitos e muitos outros.
Parabéns e obrigado.

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    Cynara Menezes em 03/02/2018 - 21h06 comentou:

    obrigada. fazemos questão de todo capricho aqui. é feito com amor.

Joca em 02/02/2018 - 16h20 comentou:

Faltou mostrar as barbaridades da Marta Suplicy em SP que foram denunciadas pelo arquiteto Nabil.

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ari em 03/02/2018 - 20h09 comentou:

“A majestosa igualdade das leis, que proíbe tanto o rico como o pobre de dormir sob as pontes, de mendigar nas ruas e de roubar pão.” (Anatole France)

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Rivaldo Moraes em 03/02/2018 - 22h25 comentou:

O prefeito de SP Jânio Quadros proibiu e mandou demolir as marquises nos edf do centro e mandava lavar durante a noite e madrugada os locais no centro onde os moradores sem teto dormiam. Também mandava recolher os papelões que os catadores guardavam à noite para vender de manhã para comprarem comida. Eu estudava e morava no centro. E assistia estas cenas higienistas com frequência. A Guarda Municipal de SP foi criada por Jânio e agredia aqueles que insistiam em dormir nas ruas do centro paulistano

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Maria Dinorá em 04/02/2018 - 23h16 comentou:

Matéria excelente!!

Se você olhar bem em volta, verá isso acontecer a todo momento e a nosso redor, somos todos humanos e temos as mesmas necessidades!!

Por um mundo melhor, igualitário e justo!!

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Daniel em 09/02/2018 - 00h16 comentou:

Marta Suplicy então no PT foi uma das precursoras das calçadas anti-mendigos. Seria interessante você ser mais honesta e citar uma prefeita do PT que na maior cidade do Brasil faz isso também.
Essa política higienista é bem esquerdista! Haddad ficou bem famoso por tirar cobertores, papelões e tapumes dos moradores de rua em São Paulo também.
A verdade é que esse discurso de solidariedade aos moradores de rua é lindo na hora de ser o bom moço, mas sair de casa e ver um morador defecando em um bueiro três metros depois do seu portão ninguém quer. Falo isso porque aconteceu na minha casa no muro lateral, onde se apropriaram da calçada e ficava o maior fedor e lixo acumulado.

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    Cynara Menezes em 09/02/2018 - 11h51 comentou:

    sobre marta suplicy: simplesmente não é verdade. sobre haddad: assim que ele soube o que estava acontecendo, fez um decreto proibindo que a guarda tirasse os cobertores dos sem-teto. que doria, prefeito de direita, desfez assim que tomou posse. saiu na mídia burguesa

    https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/doria-retira-paragrafo-que-proibia-remocao-de-cobertores-e-colchoes-de-moradores-de-rua.ghtml

    Daniel em 15/02/2018 - 19h30 comentou:

    Cara Cynara, sobre a Marta Suplicy SIM, ela que fez várias obras anti-mendigos, principalmente na região central, Parque Don Pedro e República.
    Mas como ela foi prefeita pelo PT, obvio que vc não vai acusar.
    Sobre o Dória, o que ele fez para a população de rua é admirável com os centros de acolhimento. Não dá para obrigar as pessoas para irem, mas são muito bons. Sei disso pq sou voluntário em ações voltadas para a população de rua. Nem se compara com a época do Haddad ou do Kassab.
    Acho que o geral da esquerda mais militante esse é o erro: Não fazer uma auto-critica própria e nem dos candidatos.

umbixoqualquer em 06/02/2020 - 14h28 comentou:

uau, quanta biografia.
Se dedicou a desenvolver alguma solução? Acho que não…
Mas tudo bem, textão sempre é bem vindo. Continuem assim que algum dia talvez tudo melhore.
Sugestão para outros artigos:
“O que estamos fazendo para atender a população carente”
“Instituições a qual apoiamos e somos voluntários”
“Salvando vidas, conheça aqueles que lhe foram devolvidos o futuro”
Aguardo ansiosa por matérias deste teor

Responder

Luan em 14/07/2020 - 22h43 comentou:

Olá, pessoal!
Estou passando por uma situação com a qual não sei lidar.
Me mudei recentemente e em frente ao novo prédio vive um senhor de rua (ele fez do prédio comercial em frente sua casa).
O problema, na verdade, nem é esse. O problema é que ele passa grande parte da noite e do início da manhã gritando agressivamente palavras muitas vezes ininteligíveis e palavrões.
Fiquei sabendo que algum vizinho chamou a polícia, que o tirou de lá.
Acontece que não acho que essa é a melhor solução.
Ele, ao que tudo indica, tem alguma enfermidade mental e, portanto, deve ser tratado como tal, com todos os cuidados necessários.
E ainda que fosse saudável, não é chamando a polícia que as coisas serão resolvidas.
Apesar de ter uma noção um pouco mais profunda do que seria bom ou ruim, no final do dia não sei o que fazer.
Como ele grita muito alto, a madrugada inteira e boa parte da manhã, tenho receio de que algum outro vizinho faça algo ruim com ele.
Alguém poderia ajudar?
Isso é em São Paulo, perto da Av. Paulista.

Responder

MARCELO em 04/02/2021 - 16h22 comentou:

O CAPITALISMO

O capitalismo é um sistema econômico que visa ao lucro e à acumulação das riquezas e está baseado na propriedade privada dos meios de produção. Os meios de produção podem ser máquinas, terras, ou instalações industriais, por exemplo, e eles têm a função de gerar renda por meio do trabalho.

Há duas classes sociais principais nesse sistema: os capitalistas (ou burgueses) e os proletários (ou trabalhadores). Os capitalistas são os donos dos meios de produção, eles empregam os trabalhadores e a eles pagam salários. Os proletários, por sua vez, oferecem sua mão-de-obra para realizar determinado trabalho em troca de uma remuneração. Podemos dizer que o capitalismo é o oposto do socialismo, pois este defende a propriedade social dos meios de produção – não a propriedade privada” (https://www.politize.com.br/capitalismo-o-que-e-o/).

No Capitalismo temos poucos vencedores e muitos perdedores. Diferentemente do Socialismo, no qual todos são perdedores.

A vida em sociedade exige que todos respeitem todos, independentemente da classe social ou do estado físico ou psicológico.

A mendicância é a ociosidade voluntária. Não existe interferência de terceiros na provocação de tal situação. Ela é culpa, exclusiva, daquele que, não se preocupa com a sua vida, mas quer que os outros se preocupem com sua, como se ela tivesse mais valor que a dos outros.

Esse “ser” que vive na rua, e quer sobreviver às custas dos outros deve se submeter a lei, assim como aqueles que não exercitam a mendicância.

Não é pensamento de direita, mas de tratamento desigual aos desiguais.

A presença de mendigos em determinado espaço geográfico o desvaloriza, porque transmite aos membros do corpo social que é um local de desocupados, ineficientes, imprestáveis e preguiçosos, valores negativos em nível coletivo.

Responder

Sonia Rufino em 31/07/2021 - 18h14 comentou:

aqui no prédio que estou sindico {a } os moradores de rua ao abrigo da marquise defecam ,urinam espalham arros e feijão pela calçada e jogam para dentro da grade do prédio nos moradores ficamos cercados de sujeira e fedor e nem podemos pedir gentilmente licença
para que saiam para poder limpar poque somos ameaçados eu fui ameaçada por um deles de que irá me tacar fogo e me ameaçou na frente do pessoal da prefeitura junto com a equipe de acolhimento e junto com os soldados da PM todos ouviram e viram realmente eles são uns coitadinhos para quem não os tem na sua calçada tenho muitas filmagens guardadas e fotos tambem para quem quizer ver e assistir ai verão como eles barbarizam
aqui na redondesa depois que esses moradores de rua passaram a frequentar a calçada do prédio passou a ter muitos roubos a academia xmartfit foi roubada varias vezes .

Responder

    Cynara Menezes em 04/08/2021 - 20h21 comentou:

    lute para que exista um governo que tire eles da rua

Cissi em 03/08/2021 - 20h01 comentou:

Esse texto é bem alinhado com as supostas “indignações “. Mas gostaria de ver a Sra Cynara não se incomodar com moradores de situação de rua em frente ao seu edifício, ou será no seu condomínio com bela piscina? Mas as grades,os vigias,e seguranças não deixam esses pobres moradores descansarem em paz. Ok,que tal emprega-los em sua linda casa? Pare com esse discursinho todo cheio de hipocrisia. Beira o ridículo.

Responder

    Cynara Menezes em 04/08/2021 - 20h16 comentou:

    se você tem nojo de gente pobre, não pense que todo mundo é igual a você. sou de esquerda porque não quero gente dormindo na rua, quero políticas públicas que os tirem da rua, enquanto você acha que a pessoa está ali porque “mereceu”

JOSi em 09/08/2021 - 17h54 comentou:

São discursos hipócritas de quem nunca fez nada pelos moradores de rua com transtornos mentais e ficam indignados com quem se incomoda com um mendingo q fica na frente da sua casa surtando, gritando, sem deixar ninguém dormir. No dia seguinte precisa trabalhar, levantar cedo…mas o morador de rua fica lá dormindo até meio dia. De fato são pessoas vulneráveis, com transtornos mentais e que precisam de ajuda. E de fato nosso estado tem diversos programas e se o morador de rua quiser ir a prefeitura leva e dá assistência. Mas o problema é q esses moradores que surtam em sua maioria não aceitam ajuda e ninguém os obrigada a se tratar. O problema de fato fica sobre os moradores q ficam com medo quando o mendingo está em crise dizendo q vai matar…pq muitas vezes eles são esquizofrênicos e quando surtam acham q tem alguém atrás dele. Apesar de oferecerem risco a prefeitura fica de mãos atadas porque se tirarem o mendingo a força não vai faltar repórter criticando o governo. Mas resolver q é bom ninguém resolve. Só ficam fazendo discurso bonitinho na internet.

Responder

JOSi em 09/08/2021 - 18h30 comentou:

Me desculpem pela forma que escrevi…lendo agora percebi q fui agressiva nas palavras…se puderem nem postem. Estou muito indignada com os problemas q estamos passando com uma moradora de rua esquizofrenia aqui da minha rua. Não há nada q possamos fazer e sei q governo também não pode fazer nada. Pq esse sistema atual não ajudam os moradores de rua com problemas mentais e nem ajudam os moradores do bairro. O problema fica em nossas mãos. Desculpem a forma ofensiva q falei. Não sou a favor de discussões desconstrutivas que ofendem e nem soluciona o problema. Enfim nada disso vai resolver o atual problema dos moradores de rua q precisam de tratamento. Eles não respondem por seus atos…nem podem cuidar de si mesmos. E como a decisão é deles…voltamos ao ponto inicial.

Responder

    Cynara Menezes em 09/08/2021 - 19h39 comentou:

    tudo bem, josi. mas na verdade você pode chamar assistência para a pessoa, sim. se ela tem problemas e aceitar, pode ser levada para um abrigo. só não pode forçar

JOSi em 10/08/2021 - 13h23 comentou:

Cynara, esse é o problema! Ela não quer! Já vieram…conversaram…A assistência social veio…a prefeitura umas 4 vezes…a polícia diversas vezes quando ela surta…Precisa de tratamento…mas nem sei se o nosso país tem como de fato ajudar.

Responder

. em 01/04/2023 - 13h54 comentou:

Moradores de rua em sua grande maioria só atrapalham a vida das outras pessoas. São porcos, urinam nas paredes e muros, além de usarem droga constantemente, pessoas assim só destroem a comunidade.
Que procurem um abrigo e saiam das ruas.

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