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Brasil ganhou 2 milhões de pobres desde que verde-amarelos tiraram o PT do poder

Segundo o IBGE, número de pobres foi de 52,8 milhões para 54,8 milhões entre 2016 e 2017, ou seja, após o golpe contra Dilma

Moradora de rua em São Paulo. Foto: Maneco Magnesio
Da Redação
05 de dezembro de 2018, 17h50

A Síntese de Indicadores Sociais do IBGE divulgada nesta quarta-feira mostra que a pobreza no Brasil aumentou entre 2016 e 2017, ou seja, após o golpe contra Dilma Rousseff, quando o PT foi tirado do poder. Segundo a linha de pobreza proposta pelo Banco Mundial (rendimento de até 5,5 dólares por dia, ou 406 reais por mês), a proporção de pessoas pobres no Brasil era de 25,7% da população em 2016 e subiu para 26,5%, em 2017. Em números absolutos, esse contingente variou de 52,8 milhões para 54,8 milhões de pessoas, no período: 2 milhões de pobres a mais. Dilma foi afastada do cargo em maio de 2016.

Nessa mesma análise, a proporção de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos com rendimentos de até 5,5 dólares por dia passou de 42,9% para 43,4%, no mesmo período. Os miseráveis, o contingente de pessoas com renda inferior a 1,90 dólar por dia (140 reais por mês), que estariam na extrema pobreza, de acordo com a linha proposta pelo Banco Mundial, representavam 6,6% da população do país em 2016, contra 7,4% em 2017. Em números absolutos, esse contingente aumentou de 13,5 milhões em 2016 para 15,2 milhões de pessoas em 2017, quase 2 milhões a mais desde que o PT deixou o governo.

Os números mostram que o desemprego começa a subir exatamente quando os meios de comunicação comerciais, aliados aos políticos de direita e extrema-direita, começam a sabotar o governo Dilma. No final de 2014, o Brasil batia recorde de pessoas ocupadas. Em janeiro de 2015, quando o então presidente da Câmara Eduardo Cunha já era questionado pela imprensa sobre impeachment, o IBGE mostrava que a taxa de desemprego havia atingido uma mínima histórica, com 4,3%.

O desemprego começa a subir exatamente quando os meios de comunicação comerciais, aliados aos políticos de direita e extrema-direita, começam a sabotar o governo Dilma. No final de 2014, o Brasil batia recorde de pessoas ocupadas

Entre 2014 e 2017, o número de pessoas desocupadas cresceu em 6,2 milhões, atingindo uma taxa de 12,5%, assim como o trabalho informal, que alcançou 37,3 milhões de pessoas ou 40,8% da população ocupada. Isso significa que dois em cada cinco trabalhadores do país estão no mercado informal, um aumento de 1,2 milhão de pessoas desde 2014, quando representava 39,1% da população ocupada.

Quando o IBGE faz o corte por raça e gênero, a situação é ainda mais triste, tanto em termos de emprego quanto de moradia.  Em 2017, os trabalhadores brancos (2.615 reais) ganhavam, em média, 72,5% mais que os pretos ou pardos (1.516 reais) e os homens (2.261 reais) recebiam 29,7% a mais que as mulheres (1.743 reais). O rendimento-hora dos brancos superava o dos pretos ou pardos em todos os níveis de escolaridade, e a maior diferença estava no nível superior: 31,9 reais por hora para os brancos contra 22,3 reais por hora para pretos ou pardos.

Entre os pretos ou pardos, 13,6% estavam entre os 10% da população com os menores rendimentos. No outro extremo, porém, apenas 4,7% deles estavam entre os 10% com maiores rendimentos. Já entre os brancos, 5,5% integravam os 10% com menores rendimentos e 16,4% os 10% com maiores rendimentos. Por faixa de renda, os pretos ou pardos representavam, em 2017, 75,2% das pessoas com os 10% menores rendimentos, contra 75,4% em 2016. Na classe dos 10% com os maiores rendimentos a participação de pretos ou pardos aumentou: de 24,7% em 2016, foram para 26,3% em 2017. Apesar dessa evolução, a desigualdade permanece alta.

O rendimento-hora dos brancos supera o dos pretos ou pardos em todos os níveis de escolaridade, e a maior diferença está no nível superior: 31,9 reais por hora para os brancos contra 22,3 reais por hora para pretos ou pardos

Do total de moradores em domicílios em que a pessoa de referência era uma mulher sem cônjuge e com filhos de até 14 anos, 56,9% estavam abaixo da linha de pobreza. Se a responsável pelo domicílio era uma mulher preta ou parda (igualmente sem cônjuge e com filhos no mesmo grupo etário), essa incidência subia para 64,4%.

Nos domicílios cujos responsáveis são mulheres pretas ou pardas sem cônjuge e com filhos até 14 anos, 25,2% dos moradores tinham pelo menos três restrições às dimensões analisadas (acesso à educação, à proteção social, à moradia adequada, aos serviços de saneamento básico e à internet). Esse é também o grupo com mais restrições à proteção social (46,1%) e à moradia adequada (28,5%).

A SIS 2018 mostrou que 27 milhões de pessoas (13,0% da população) vivem em domicílios com ao menos uma das quatro inadequações analisadas. A inadequação familiar que atingiu o maior número de pessoas foi o adensamento excessivo ou domicílios com mais de três moradores por dormitório: 12,2 milhões, ou 5,9% da população do país em 2017. O ônus excessivo com aluguel (quando o aluguel supera 30% do rendimento domiciliar) afetou 10,1 milhões de pessoas (4,9%), num contexto em que 17,6% dos imóveis residenciais são alugados. Essa inadequação foi mais presente no Distrito Federal (9,1%) e São Paulo (7,1%), as duas unidades da federação com maior renda média.

Em domicílios cuja responsável era uma mulher preta ou parda com filhos de até 14 anos, 64,4% estavam abaixo da linha de pobreza. Esse é também o grupo com mais restrições à proteção social (46,1%) e à moradia adequada (28,5%)

Em 2017, 5,4 milhões de pessoas (2,6% da população) viviam em domicílios sem banheiro de uso exclusivo. Da população com renda inferior a 406 reais por mês (5,5 dólares por dia), 28,6% tinham pelo menos uma inadequação domiciliar (contra 13,0% da população em geral). Ainda entre as pessoas abaixo dessa linha de pobreza, 57,6% tinham restrição a pelo menos um serviço de saneamento (contra 37,6% da população em geral).

A proporção da população com acesso à internet no domicílio passou de 67,9% em 2016 para 74,8% em 2017. Entre a população com renda domiciliar per capita inferior a 406 reais por mês (5,5 dólares por dia), a alta foi mais intensa, de 47,8% em 2016, para 58,3% em 2017. A desigualdade de acesso entre o total da população e aqueles abaixo da linha da pobreza é mais marcante no acesso por computador, 40,7% contra 14,5%, do que no acesso por meio de outros equipamentos como tablets, celulares e televisores, 73,7% frente a 57,5%.

A concentração de renda também aumentou. No Distrito Federal, campeão em desigualdade, os 10% das pessoas com os maiores rendimentos (de todas as fontes) do país acumulavam 43,1% da massa total desses rendimentos, enquanto os 40% com os menores rendimentos detinham apenas 12,3%. alma. Os 40% dos moradores do DF com os menores rendimentos acumularam 8,4% da massa e os 10% das pessoas com os maiores rendimentos detinham 46,5%. Em 2017, a razão entre esses dois valores chegou a 5,57 no DF, e superou as outras 26 unidades da federação.

A pobreza e a miséria tendem a piorar no governo ultra-liberal de Bolsonaro. E você pode nem saber disso: quem, em sã consciência, acredita que a ditadura militar eleita vai deixar o IBGE continuar independente?

Os indicadores educacionais mostram um crescimento da participação dos estudantes pobres no ensino superior durante os governos petistas: a proporção de matrículas por cotas triplicou nos últimos 7 anos: de 2009 a 2016, esse percentual subiu de 1,5% para 5,2%. Nas instituições privadas, no mesmo período, o percentual de matrículas com PROUNI subiu 28,1%, passando de 5,7% para 7,3%. Ainda assim, a taxa de ingresso ao ensino superior dos alunos oriundos da escola privada era 2,2 vezes maior dos que estudaram na rede pública. Entre os que concluíram o nível médio na rede pública, 35,9% ingressaram no ensino superior, contra 79,2% dos que cursaram a rede privada.

E se preparem, porque a pobreza e a miséria tendem a piorar no governo ultra-liberal de Jair Bolsonaro. E você pode nem ser informado disso: quem, em sã consciência, acredita que a ditadura militar eleita vai deixar o IBGE continuar fazendo suas análises de forma independente? Ele já andou questionando a metodologia do instituto e defendeu que ela “deve ser modificada”.

Com informações da Agência de Notícias do IBGE


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Sergio em 06/12/2018 - 15h17 comentou:

Vamos dar as mãos e torcer para que tudo piore. 6 milhões ingressem na miséria. Indústrias fechem as portas. O governo não consiga pagar aposentadorias. Os homicídios bata na casa dos 100 mil. É torcer para isso! E depois se muda nas eleições ou impeachment nele!

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Pedro Alfredo em 10/12/2018 - 10h50 comentou:

Bom…,
Mudando de assunto:

Sim sou machista. Sou um macho notável. E as mulheres apreciam bastante isso.
Sou um macho alfa.
Sim, eu assusto. Igual ao trovão. Igual ao abismo. Igual a montanha grandiosa. Sou um macho sublime.

Ilustre.

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    Cynara Menezes em 10/12/2018 - 19h38 comentou:

    uiuiui quem muito se afirma… desconfie

Renato em 10/12/2018 - 15h51 comentou:

desde que lúcio costa projetou sua utopia urbanística, Brasília ou plano piloto como queira, o DF só aumenta a população de pobres. pois a cidade comunista projetada pelo simpatizante do comunismo do Niemayer, não pode ter pobres, pois foi tombada para elite estatal do governo. Se aumenta os pobres no DF se deve mais ao fato do estúpido projeto urbanístico de cidade do seu queridinho lúcio costa.

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Renato em 10/12/2018 - 15h56 comentou:

para a socialista morena não existe um processo em continuo, mas sim um passe de mágica: saiu Dilma o desemprego aumentou, simples assim…. Não seria mais fácil aceitar que o processo (eu disse o processo) do desemprego começou com a lambança econômica da Dilma e foi crescendo até desembocar na tragédia petista?

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FELIPE RODRIGUES DE SOUZA em 18/12/2018 - 19h10 comentou:

UIIII QUE MACHUDO HEIN AMORE

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Marcel em 25/12/2018 - 16h10 comentou:

O PIOR

Não é o aumento da pobreza. É o recuo, sob o Governo Neoliberal, do sistema de proteção social aos vulneráveis, representado pela Segurança Social que, por certo, sofrerá alterações constitucionais.

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Luan em 20/02/2019 - 15h15 comentou:

Meu Deus. A pobreza já estava aumentando antes mesmo da Dilma sair,isso sem falar que isto é uma falácia da falsa causa bem cagado. Não apoio o Bolsonaro e muito menos o Temer mas vcs falaram mta merda

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José Ricardo em 06/05/2020 - 19h12 comentou:

Melhor dizendo: houve um aumento nos 52,8 milhões de pobres que o PT criou no Brasil. Passamos para mais 2 milhões, criados no atual governo. A maior quantidade de pobres surgiu no governo de esquerda, anterior, certo? É preciso informar de forma correta.

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