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Câmara agora tem sua própria agência de checagem de notícias falsas

Objetivo é, segundo Rodrigo Maia, evitar que informações falsas gerem "ódio ao Parlamento" e desejo de "ir contra as instituições"

Foto: reprodução
Da Redação
26 de setembro de 2019, 17h05

Para combater o ódio à política motivado pelas fake news que proliferam pelas redes, a Câmara dos Deputados lançou sua própria agência de checagem de notícias falsas. O projeto, batizado de Comprove, vai receber demandas de cidadãos e parlamentares, apurar e apresentar uma versão sobre fatos relacionados à Casa e seus integrantes. O recurso foi apresentado no seminário Fake News, Redes Sociais e Democracia, e é realizado em parceria com os institutos E se fosse você?, da ex-deputada Manuela D’Ávila, e Palavra Aberta.

Por meio do número de WhatsApp (61) 99660-2003, o usuário poderá consultar a veracidade de informações relacionadas à atividade, estrutura e administração da Casa e aos deputados federais no desempenho de sua função regimental. Não serão checados atos praticados pelos deputados em âmbito privado, em atividades nos estados de origem ou anteriores ao mandato. Também não serão objetos de checagem conceitos amplos, opiniões e tendências.

“Uma informação falsa em relação a uma votação gera ódio ao Parlamento e vontade de alguns de ir contra as instituições do Estado democrático de direito”, disse Rodrigo Maia

Além de enviar a resposta ao cidadão por WhatsApp, a Câmara também publicará as demandas de maior interesse na página do Comprove, no Portal da Câmara, e nas redes sociais, facilitando o processo de verificação das fake news e promovendo maior transparência. Cada ocorrência levará os selos “É fato”, “É falso” ou “É impreciso”, acompanhado da explicação.

O atendimento será restrito a notícias, ou seja, matérias que possuam características do gênero textual jornalístico. Os interessados deverão enviar links da internet, fotos, capturas de tela, vídeos ou áudios das informações que necessitem de checagem.

A iniciativa define fake news como informações com características noticiosas que não correspondem à realidade, amplamente compartilhadas por meios de comunicação com o objetivo de atrair a atenção das pessoas, na medida em que provocam reações inflamadas e irrefletidas –em geral, contra uma pessoa, uma instituição, um fato ou uma ideia.

Na página do Comprove serão disponibilizadas as checagens, que poderão ser replicadas por quem desejar. O serviço também apresenta dicas e orientações sobre como evitar, não acreditar ou reproduzir esse tipo de conteúdo.

“É um instrumento que a Câmara vai oferecer à sociedade em defesa da democracia e contra notícias falsas. Para enfrentar este fenômeno é necessário redobrar a confiança na liberdade de expressão e ter mais educação midiática para livrar este mal”, declarou o secretário de Participação, Interação e Mídias Digitais, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

A conferir se os deputados também serão checados quando faltarem com a verdade, tanto em relação às calúnias que espalham sobre colegas (como alguns faziam contra Jean Wyllys) como em relação ao que propõem para o Brasil

O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a importância do combate à conteúdos enganosos e ressaltou como a prática atinge a democracia e instituições democráticas, como o Parlamento. A disseminação desse tipo de mensagem, acrescentou Maia, prejudica a imagem dessas estruturas juntamente à população.

“Uma informação falsa em relação a uma votação gera ódio ao Parlamento e vontade de alguns de ir contra as instituições do Estado democrático de direito. Quando o Congresso derruba veto ao projeto de abuso de autoridade, vem a fake news: políticos vão julgar os juízes”, exemplificou, em referência à derrubada de parte dos vetos à Lei de Abuso de Autoridade.

A conferir se os deputados também serão checados quando faltarem com a verdade, tanto em relação às calúnias que espalham sobre colegas (como alguns faziam contra Jean Wyllys) como em relação ao que propõem para o Brasil.

Atendimento

– Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h (horário de Brasília), exceto feriados.
– Ligações: o canal é exclusivo para recebimento de mensagens via WhatsApp. Por isso, não serão atendidas ligações para o número informado.
– Cadastro: para o adequado atendimento da demanda, alguns dados serão requeridos durante o atendimento, como: nome completo, cidade, estado e e-mail pessoal.

Com informações da Agência Brasil e da Agência Câmara

 


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