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Fake news: MBL é condenado pelo TRE da Bahia por postar mentiras sobre Jaques Wagner

Quando você compartilhar alguma "notícia" divulgada pelo MBL, cuidado: a chance de ser falsa é altíssima

Mais uma vez MBL é pego na mentira
Da Redação
24 de agosto de 2018, 16h27

No dia 12 de agosto, a página do MBL (Movimento Brasil Livre) no facebook, conhecida pela propagação de notícias falsas nas redes sociais, divulgou um vídeo onde supostamente o ex-governador da Bahia e candidato ao Senado pelo PT Jaques Wagner era vaiado em um shopping de Salvador. As imagens, porém, não mostravam o rosto de ninguém, e Wagner protestou dizendo que não estava no local e que se tratava de mais uma mentira do movimento reacionário. “Acionaremos a Justiça exigindo direito de resposta contra o MBL, que vem ganhando notoriedade pela sistemática fabricação de fake news”, disse o candidato.

O advogado da campanha de Wagner, Pedro Scavuzzi, reafirmou que o candidato ao Senado não esteve no local. “Jaques Wagner não esteve naquele dia no Shopping Barra. Notícia deve ser apurada antes de ser divulgada. Adotamos os procedimentos judiciais cabíveis para inibir esse tipo de notícia falsa” , disse, em nota. Diante das evidências da falsidade, o grupelho acabou excluindo ou ocultando a postagem da página do MBL e de dois de seus líderes, Kim Kataguiri e Fernando Holiday, mas apenas três horas depois e sem nenhuma retratação.

Embora fosse visível que o ex-governador não aparece em nenhum momento na gravação, o grupo resolveu publicar o vídeo mesmo assim. Ou seja, a mentira não foi involuntária, mas proposital

Pois o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia acatou a queixa e condenou o MBL, Kim e Holiday a publicar direito de resposta de Wagner em suas redes. “A crítica amparada em fatos e opiniões reais, exposta de maneira regular, é parte da disputa democrática, no entanto, quando o ponto de vista exposto ao público destoa destas balizas, compete ao Poder Judiciário, quando provocado, reparar os danos eventualmente causados às partes”, disse a juíza Gardenia Pereira Duarte em seu despacho. “Não há dúvidas de que altercações desta natureza têm poder suficiente para afetar uma candidatura.”

O pior de tudo é que o MBL, em sua defesa, admite que percebeu que o conteúdo divulgado era falso após a publicação, mas, além de ter demorado três horas para tirar do ar, argumentou não ser o autor original da postagem e que apenas compartilhara de outro site reaça, o Antagonista. O ex-ator pornô e atual candidato a deputado federal Alexandre Frota também postou a mentira. Todos deveriam ter sido acionados na Justiça.

Nesta sexta-feira, Wagner comemorou pelo twitter.

A origem da notícia falsa do MBL, na verdade, é o extremo recalque da direita em relação às manifestações espontâneas em favor de Lula que vêm surgindo em todo o país. No dia em que Wagner foi “vaiado”, havia acontecido no local um trompetaço gigantesco pela libertação do ex-presidente.

Enquanto uma multidão se manifestava por Lula Livre, meia dúzia de antipetistas xingava, do terceiro andar do shopping. Foram as imagens deste grupo que o MBL inventou ser contra Wagner. Embora fosse visível que o ex-governador não aparece em nenhum momento na gravação, o grupo resolveu publicar o vídeo mesmo assim. Ou seja, a mentira não foi involuntária, mas proposital. Confira.

Portanto, quando você compartilhar alguma “notícia” divulgada pelo MBL, tome cuidado: a chance de ela ser falsa é altíssima.

 


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(1) comentário Escrever comentário

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Angelica Della Monica em 24/08/2018 - 23h25 comentou:

Esses caras sao mediocres e nao tem credibilidade.

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