Socialista Morena
Politik

Fala, Yoani, fala

Quando Darcy Ribeiro imaginou o socialismo moreno, um socialismo à brasileira, adaptado à nossa realidade e ao nosso jeito de ser, sem seguir modelos, tenho certeza que uma das condições que tinha em mente era a liberdade de divergir. Portanto, para ser coerente com a proposta deste blog de homenagear Darcy, aqui Yoani Sánchez tem […]

Cynara Menezes
25 de fevereiro de 2013, 14h11

(Charge de Carlos Latuff)

Quando Darcy Ribeiro imaginou o socialismo moreno, um socialismo à brasileira, adaptado à nossa realidade e ao nosso jeito de ser, sem seguir modelos, tenho certeza que uma das condições que tinha em mente era a liberdade de divergir. Portanto, para ser coerente com a proposta deste blog de homenagear Darcy, aqui Yoani Sánchez tem vez e tem voz. Como cidadã cubana e habitante da ilha, considero legítima sua opinião, concordemos ou discordemos dela. Mas para discordar ou concordar é preciso OUVI-LA.

Reproduzo, a seguir, a íntegra da entrevista que fiz com Yoani na semana passada em Feira de Santana, na Bahia. Não vou me manifestar sobre o que achei das palavras da blogueira para não influenciar a opinião de vocês. Só digo que são palavras que fazem refletir. Boa leitura.

***

“Não creio que em Cuba haja socialismo”, diz Yoani Sánchez

–Você é de esquerda ou de direita?

–Me considero uma pessoa pós-moderna, ou seja, considero que os limites e as fronteiras entre os fenômenos que vivemos não estejam tão claros. Quando alguém me pergunta se sou jornalista, digo que estou no meio do caminho entre o jornalismo, a literatura, o ativismo cívico, talvez algo de informática. Isso faz com que o produto final do meu trabalho seja um híbrido. O mesmo ocorre a respeito de temas que definem as posições ideológicas. Por exemplo: sou uma defensora da liberdade de expressão, sobretudo da liberdade de imprensa. Para muitas pessoas isso me colocaria ao lado dos liberais, do liberalismo. No entanto, também sou uma grande defensora desse setor que há em toda sociedade, mais desfavorecido. Nasci num solar de Havana, uma casa coletiva. Um solar é uma casa que foi linda, mas que com os anos foi dividida e vivem muitas famílias, com banheiros coletivos e cozinha coletiva.

–Aqui dizemos cortiço.

–Ainda hoje digo a meu marido: ‘Posso ir ao banheiro?’ E ele responde: ‘Mas é claro, vai. Precisa pedir?’. Porque quando eu era pequena tinha que perguntar se podia ir e sempre estava ocupado… Minha família é de ferroviários, por isso me preocupo muito com as pessoas pobres. Me preocupa a situação que vivem agora os mais desfavorecidos do meu país com todas estas reformas de corte neoliberal que Raúl Castro está fazendo. Por um lado estão abrindo espaços, estão criando oportunidades para o setor privado –em Cuba se diz ‘setor por conta própria’, mas é o setor privado. Por outro, estão criando grandes diferenças sociais, muita gente está ficando desprotegida materialmente, gente que está perdendo seus trabalhos, que não tem acesso à moeda conversível. Vou contar uma pequena história: em Cuba, temos muitos problemas com o tema da qualidade da educação, porque os salários dos professores são muito baixos e pouca gente quer ser professor. Então está acontecendo um fenômeno, as famílias estão pagando ‘repassadores’, professores extras nas horas que os estudantes não estão na escola. E já começa a se notar, do ponto de vista acadêmico, a diferença entre os estudantes cuja família tem dinheiro para pagar um professor adicional e a família que não tem. A compra e venda de casas, uma medida largamente desejada, no entanto está provocando a redistribuição classista dos bairros. Gente que tem mais dinheiro vai para os melhores bairros e os que tem menos, para a periferia, aos piores edifícios. Isso está se fazendo sem levar em conta uma política de transparência e sem uma política de proteção a essas pessoas. Se continuar assim, teremos uma Cuba tão neoliberal quanto qualquer outro país, com as grandes diferenças e os grandes abismos. Nesse ponto, eu poderia ser tachada de esquerda. Creio que o Estado tem a obrigação de proteger as pessoas mais desfavorecidas materialmente, para que não entrem na competição da vida com desvantagens. O Estado tem a obrigação de garantir um ensino público de qualidade pelo menos até determinado nível escolar. Tem também o dever de garantir uma ajuda aos familiares. Agora, eu não creio que em Cuba haja um socialismo. Quando era pequena, tive que estudar muito as teorias marxistas, leninistas, a economia socialista, manuais que eram muito abundantes até alguns anos –agora diminuiu. E recordo que praticamente a primeira página desses manuais dizia que uma sociedade socialista ou comunista era onde os meios de produção estavam nas mãos do proletariado. Era como uma fórmula. O que acontece em Cuba? Temos um só patrão que se chama Estado ou governo ou Partido Comunista ou como você queira chamá-lo. Esse patrão tem os meios de produção em suas mãos, contrata os operários e lhes toma uma enorme mais-valia: entre o valor da produção e o salário que recebe o operário há um abismo. Imagine que em Cuba existem pessoas que trabalham confeccionando charutos e cada charuto pode custar depois, no mercado, um mínimo de 30 pesos conversíveis, mas essa pessoa recebe por mês um salário abaixo disso. Ou seja, a mais-valia é total, com o agravante de que você não pode protestar. Nós temos um patrão capitalista, a diferença é que nosso patrão é uma família, um grupo de militares que tem um discurso aparentemente de esquerda. Mas quando você observa bem, há muito de capitalismo selvagem e inclusive de feudalismo medieval.

–Você preferia que a revolução cubana não tivesse acontecido?

–Não, não. Penso que a revolução foi um bom detonante para a energia. O problema foi quando a revolução se devorou a si mesma e deixou de ser uma revolução.

–Quando isso ocorreu?

–Essa é uma grande discussão. Por exemplo: meu marido, que é jornalista e é mais velho do que eu, diz que a revolução terminou em 1968, porque neste ano Fidel Castro aplaudiu a entrada dos tanques soviéticos em Praga. E isso foi determinante: como uma revolução rebelde permite que um império –ainda que seja comunista é um império– termine com um processo nacional de rebeldia, de transformação? Outras pessoas dizem que a data foi 1980, com o êxodo de Mariel, quando mais de 120 mil cubanos disseram ao regime: ‘Não gostamos deste sistema’. Essa foi uma maneira de votar. Minha mãe diz que para ela a revolução terminou em 1989, o ano em que fuzilaram o general Arnaldo Ochoa, que estava vinculado ao narcotráfico, mas também foi um julgamento político. Um julgamento a um setor que poderia, dentro dos próprios militares, provocar uma mudança. Ou seja, as datas são muitas. Eu não conheci a revolução. Nasci em 1975, sob muito estatismo, sovietização, rigidez. Aqueles rebeldes descidos da Serra Maestra, que pareciam tão jovens, com seus escapulários, tão reformistas, tão sonhadores, no momento em que nasci já eram uns burocratas de abdômen avantajado e muito cuidadosos cada vez que davam um passo para que nada lhe fugisse do controle. A revolução, sim, a revolução foi uma necessidade de muitas pessoas. E muita gente acreditou na revolução e muita gente se sentiu traída com a derrota final da revolução.

–Mas e se não tivesse ocorrido o embargo norte-americano? Poderia ser diferente, não?

–O embargo, sem dúvida, fez com que a revolução se radicalizasse e deu ao governo um argumento para explicar tudo. Mas eu não creio que realmente o tema das liberdades fosse diferente sem o embargo. Simplesmente vivemos sob um sistema pensado para que o indivíduo não possa ser livre, porque se é livre, começa a perguntar, a questionar, a se associar, a buscar informação e o sistema não funciona, porque é um sistema que está baseado em que o mundo é um inferno e Cuba é um paraíso. ‘Você tem que se conformar com o zoológico porque lá fora é a selva’: essa é a dicotomia que explora o governo cubano. Quando a pessoa abre os olhos, lê outra literatura, contacta com outras pessoas, essa dicotomia começa a ruir, já não funciona.

–Para nós, o que parece injusto é que um país gigante tente esmagar durante anos uma ilha pequena só porque decidiu fazer diferente e ser comunista.

–Esse é o símbolo de Davi contra Golias. Mas o Davi que eu conheço se chama povo cubano. E o Golias que faz a minha vida difícil é o governo de Cuba.

–Você não teme que acabe o regime dos Castro e Cuba caia em mãos dos cubanos de Miami, que são políticos da pior direita inclusive para os Estados Unidos? Ou seja, pular da frigideira direto para o fogo?

–A Cuba do futuro tem muitos riscos, mas não é por isso que vamos nos conformar com o presente. Não é uma atitude de esquerda se paralisar por temor ao futuro. A atitude de esquerda é: vamos à mudança! E depois encontraremos soluções para os problemas que irão surgindo. Não tenho esse temor, mesmo porque o exílio de Miami também é um estereótipo. Agora mesmo é um exílio muito plural. Passaram-se 54 anos desde que começou o exílio, os que se foram em 1959 ou nos anos 1960 já são octogenários. Ao exílio ou à emigração, como chamam agora, chegou uma nova geração com outra mentalidade. Inclusive, nas últimas votações para presidente, um amplo setor da Flórida votou em Barack Obama. No último ano, 400 mil cubanos viajaram à ilha, vindos principalmente dos EUA. É um sinal que lhes importa mais agora os vínculos familiares do que o tema político ou econômico. Não tenho esse temor realmente de que ocorra a miamização de Cuba, primeiro porque não creio que o dilema nacional seja os Castro hoje ou Miami amanhã. Em meu país há gente talentosa, com muito critério e muito patriotismo. O patriotismo não tem nada a ver com o governo atual ou o sistema comunista. Amar Cuba é outra coisa, não é amar uma ideologia, é amar os coqueiros, José Martí, a música, viver ali. É preciso diferenciar isso. E penso que o desafio do futuro será aproveitar esse conhecimento, esse capital que tem os mais de 2 milhões de emigrados cubanos que hoje não tem nem mesmo o direito ao voto em seu país natal, conseguir que esse exílio se integre à vida nacional, mas sem que esmaguem a nós, os cidadãos que vivemos ali. Um dos grandes temas da Justiça do futuro será o tema das devoluções de propriedades. Outro será como estruturar o tema empresarial para que os emigrados não tenham vantagens sobre os nacionais que não temos capitais. Mas de verdade não temo isso. Tem muita gente que diz: ‘você não teme que chegue o McDonald’s em Cuba?’ Não, não temo, chegará. O que me preocupa muito agora é que o operário cubano, para comer um hambúrguer, precise trabalhar dois dias completos. Não me importa que se chame McDonald’s ou McCastro, mas que as pessoas tenham a oportunidade de ter um salário digno que lhes permita escolher entre comer vegetais ou um hambúrguer.

–Você fala muito de direitos humanos. O que acha dos presos norte-americanos em Guantánamo?

–É um horror dos EUA, uma ilegalidade. Infelizmente não posso fazer nada quanto a isso.

–O que é o melhor que pode acontecer em Cuba? Haver eleições?

–Acho que sim. Mas é importante que a pressão venha da cidadania, que as próprias estruturas que estão nascendo, os grupos –todos pacíficos– da oposição, da sociedade civil, o jornalismo independente, consigam pressionar o governo. Isso seria o ideal. Pressionar para que comecem logo uma série de reformas não só no plano econômico como político. Creio que o principal é despenalizar a divergência. Me dizem: ‘bom, isso não é uma lei’. Mas é importante. Em Cuba tem muita gente talentosa que tem iniciativas e programas de mudança pensados na nação, mas que agora tem medo de divulgá-los. Conheço economistas que tem projetos para sanear a economia, para eliminar a dualidade monetária, mas dizem: ‘eu não posso mostrar isso porque vão me acusar de ser da CIA, do império’. Muita gente tem medo de dizer suas propostas. Quando o governo cubano, Raúl Castro, tome o microfone e diga ‘neste país nunca mais ninguém vai ser nem encarcerado, nem golpeado, nem estigmatizado por pensar diferente do governo, por ter outra tendência política ou outra opinião sobre a economia ou as finanças’, nesse dia tudo começa a mudar porque as pessoas vão começar a se atrever a dizer o que pensam.

–Se Cuba vai tão mal, por que as pessoas não se revoltam?

–As pessoas em Cuba se rebelam emigrando. A revolta cubana não está na praça Tahrir, está do lado de fora dos consulados. É muito diferente. No Egito e na América do Norte se acumulou uma massa de jovens inconformados com o sistema, com essas ditaduras de muitos anos. Em Cuba temos um grande déficit de jovens, de natalidade. Cuba tem a natalidade um país de primeiro mundo e a emigração de um país de terceiro. Ou seja, a população está entre duas tendências. Uma, parece, muito positiva, e outra, muito negativa. Não há essa população jovem tão grande. Por outro lado, a tecnologia está num estado muito rudimentar. Para a primavera árabe, foram determinantes as redes sociais, os telefones celulares, blackberries.

–Isso, sim, tem a ver com o embargo… A tecnologia não chega a Cuba.

–Mais ou menos. Por um lado, sim, pela possibilidade de comprar tecnologia. Mas a tecnologia é vendida na China, no Japão, no Panamá. Há um monte de telefones chineses. O problema tem a ver com os custos da telefonia celular em Cuba. O telefone celular se paga com pesos conversíveis, não se paga com moeda nacional. Um SMS que se envia a um celular estrangeiro custa um peso conversível em Cuba, enquanto o salário médio mensal são 20 pesos conversíveis. É uma limitação econômica. Há cerca de 1,8 milhões de celulares para uma população de 8 milhões. Essa infra-estrutura de convocatória online, que funcionou muito na primavera árabe, está em estado muito primitivo em Cuba. Outra limitação é que as pessoas não têm consciência cívica. Durante anos o Estado se ocupou tanto de tudo que muitas pessoas, contemporâneas minhas, sentem que o país não lhes pertence. O país é do governo, é do partido, de Fidel. Estão apáticas. Quando têm um pouco de rebeldia, não a usam para enfrentar um repressor na rua, mas para enfrentar um tubarão no estreito da Flórida. Creio que nós, cubanos, votamos com os pés. Não protestamos, mas votamos indo-nos do país.

–Você crê que agora que mudaram as leis migratórias pode haver um êxodo?

–Há muita gente planejando ir embora. Inclusive nos dias em que estive organizando os vistos, vi muita gente jovem do lado de fora dos consulados. É difícil, porque há muitos requisitos para conseguir um visto, mas os cubanos são engenhosos. Então o que estão fazendo? Vendem suas propriedades, a casa, o automóvel, e com esse dinheiro compram uma passagem para um país que não pede visto. Um dos primeiros sinais é que na Aeroflot, que voa de Cuba a Moscou, se esgotaram todos os bilhetes na primeira semana. Por que? Porque a Rússia não pede visto para os cubanos. Então vão para aí e usam este país como trampolim para ir a outra parte. Sim, vai haver uma saída em massa.

–Além da liberdade de expressão, o que mais você inveja no capitalismo?

–Eu vivo sob um capitalismo de Estado. Vivi também em outras sociedades, passei dois anos na Suíça, e lembro que me impactava muito o acesso à informação, poder escolher um jornal ou outro. E também o estímulo que o cidadão tem para prosperar. Em meu país, as pessoas sabem que trabalhar mais não vai lhes dar uma vida melhor. Então há muita apatia para trabalhar. Um pouco de competição não é ruim, faz a pessoa tentar se superar, melhorar, subir. Em Cuba vivemos todo o contrário. Tem gente que pensa: ‘para que trabalhar, se de todas as maneiras com o subsídio alimentar posso viver, muito mal, mas posso?’ Foi desestimulada a criação de riqueza nacional e pessoal, e isso me parece que tem que ser estimulado. Com a empresa privada, a pequena e média empresa, o cooperativismo, que será muito importante para a transição em Cuba. A criação de cooperativas de trabalhadores, agrícolas e industriais.

–Escutei você falar relativamente bem de Mariela Castro. Poderia ser uma saída ao regime que se tornasse presidenta, sucedendo seu pai?

–Eu não acredito que ela queira. Me parece que está mais focada na sexualidade e em seu trabalho no centro de educação sexual. Sim, poderia ser uma maneira de moderar o regime. Mas creio que criaria muito inconformismo nas pessoas, seria uma evidência de nepotismo muito clara: do irmão mais velho ao caçula e à filha deste. Nos deixaria um sabor tão amargo na boca que, por melhor que fosse sua presidência, sempre nos ficaria a impressão de que somos um reino que se herda consanguineamente.

–E se fossem convocadas eleições e ela se candidatasse?

–Eu não votaria nela. Ainda que faça um trabalho muito bom do ponto de vista da sexualidade e do respeito às diferenças, me parece uma pessoa com sérias dificuldades para dialogar. Todas as vezes que tentei um debate de ideias, recebi respostas muito agressivas. Quando um político age assim, tem muitas possibilidades de se converter em um ditador.

–Você falou que em Cuba a imprensa é monopólio estatal, já que só há um jornal, o Granma. Você sabe que no Brasil seis famílias detêm 70% da imprensa? Também é monopólio, não?

–Me parece uma boa razão para que os brasileiros lutem para mudar essa situação. Eu estou lutando no meu país para mudar a minha.


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(69) comentários Escrever comentário

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Lenir Vicente em 25/02/2013 - 14h21 comentou:

Leva a mal ,não, Cynara, mas pra mim ela continua uma boa biscate em quem não deve acreditar.Esse dados todos que ela dá ai, sobre educação , capitalismo de estado (sic) não passa de trololó.Concordo com vc. sobre ela ter o direito de dizer o que quiser, quando quiser, onde quiser,Mas esta é uma via de duas mãos. Tem os prós e os contra.TÔ nos contra.

Responder

    sonia amorim em 25/02/2013 - 22h28 comentou:

    Leva a mal, não, Lenir… mas você pode criticar, sem ofender, sem denegrir. "Biscate"???!!! Tem dó! Qualquer cidadão de bem deveria repudiar as agressões que a cidadã cubana sofreu no Brasil. Felizmente foi uma minoria. E a blogosfera suja, claro. Aqueles "progressistas"… e democratas até o segundo capítulo…

    Ana Maria Rodrigues em 04/03/2013 - 20h11 comentou:

    Perfeito representante da desinteligência que nos acometeu com doença terminal. Deus nos ajude.
    Moral e inteligência de vala a ceu aberto.

José Eduardo Cruz em 25/02/2013 - 14h30 comentou:

Gostei da entrevista e da entrevistadora. Tinha dúvidas quanto o papel desta mulher. Ela é inteligente e preparada. Fala coisas que fazem sentido e que concordo. Porque os "esquedistas", como definido pelo Noblat, não deixaram que ela falassem e só fizeram perguntas imbecis. Até Bolsonaro quiz aparecer ao lado dela.

Responder

Um Ser Pensante em 25/02/2013 - 14h31 comentou:

Hummm… nessa entrevista até que ela foi bem imparcial, eu acho… Mas, será que é assim sempre? É assim mesmo que ela pensa? Os dados que ela cita estão corretos?

Responder

    Roger em 03/03/2013 - 19h26 comentou:

    Curioso como um ser pensante não pensa em pesquisar na web e confrontar verdades.
    O que ela diz já esta mais do que documentando e filmado e acessivo as pessoas que sbem para que serve a massa cinzenta.
    Mas vou mostrar umas fotinhos para os Lobotizados de Esquerda http://midiadeofertas.blogspot.com.br/2012/11/o-p

    Ana Maria Rodrigues em 04/03/2013 - 20h21 comentou:

    Pessoas totalmente lobotomizadas se julgam pensantes hoje em dia. Só porque aprenderam a repetir uns chavões, a negar a realidade, a mentir e repetir falácias como uns lunáticos já se autodenominam seres pensantes. Deus nos ajude!

Bruno Ribeiro em 25/02/2013 - 14h38 comentou:

Essa imagem {que imagenzinha mequetrefe, o pior tipo de charge política é essa que é tão óbvia que dó o olho, parece coisa daquele Latuff lá, primário, infantil no pior sentido} sobre a postagem já é totalmente enviesada, coisa que aliás, vocênão precisava tentar esconder, ser franca é melhor que disfarçar uma tendência mentirosa que aceitaria o diálogo com ela em igualdade: não, não aceitaria, você gosta de Cuba e não gosta de Yoani, ponto.

Sobre a entrevista em si, há pergunta lamentáveis, como a pergunta sobre pq as pessoas não se revoltam em Cuba, esquecendo que 1. a Yoani é uma pessoa e 2. ela está revoltada. Há perguntas capciosas que mostram bem a porta que ela é e que toda a mídia que ela recebe é mais pela discordância do que pela qualidade dos argumentos dela.

Responder

Samuel Verona Moreti em 25/02/2013 - 14h39 comentou:

Nessa entrevista, Cynara mostra como a noção e o bom senso do entrevistador acabam por si só a dar credibilidade ao resultado final da entrevista.
Há perguntas diretas de uma jornalista curiosa e conhecedora do assunto (duas coisas difíceis de encontrar hoje em dia) a uma blogueira inteligente, culta e obsecada por mudanças em seu país.
As respostas refletem exatamente o modo de pensar e os argumentos da entrevistada.
Esse é o ideal. Isso deveria ser ensinado e cobrado nas faculdades de jornalismo e na prática do dia a dia. Gostei muito. Parabéns!
Ah, sobre o ponto de vista a respeito do assunto, concordo com o direito que Yoani tem de falar. Não que ela seja uma salvadora da pátria e deva ser elevada a super-heroína, portanto daria menos holofotes. Mas gostei muito de ler a opinião dela. Realmente me fez refletir.
Obrigado pelo texto e coerência, Cynara.

Responder

Ivan Ilitch em 25/02/2013 - 14h43 comentou:

Não acho que a Cynara tenha feito propositalmente para levantar a bola para a entrevistada, mas creio que essa entrevista foi mais para dar um espaço à Yoani do que para realmente questioná-la quanto à coerência de seu discurso.

Responder

afarsasexista em 25/02/2013 - 15h01 comentou:

Péssimo exemplo de jornalismo, totalmente parcial. Para que essa charge?

Responder

    Katia em 27/02/2013 - 03h49 comentou:

    ,concordo plenamente,,,Péssima entrevista, jornalismo parcial, peguntas ingênuas e indutoras.. Sorte que a entrevistada deitou e rolou

Guilherme em 25/02/2013 - 15h01 comentou:

Pensei que estivesse lendo uma transcrição do RODA VIVA!

Responder

Guilherme em 25/02/2013 - 15h07 comentou:

Esqueci de dizer: O RODA VIVA entrevistando alguem da turma deles.

Responder

Sérgio Carlos em 25/02/2013 - 15h07 comentou:

Trecho de sua própria entrevista. Ela está experimentando o Capitalismo e nem percebeu…

Vou contar uma pequena história: em Cuba, temos muitos problemas com o tema da qualidade da educação, porque os salários dos professores são muito baixos e pouca gente quer ser professor. Então está acontecendo um fenômeno, as famílias estão pagando ‘repassadores’, professores extras nas horas que os estudantes não estão na escola. E já começa a se notar, do ponto de vista acadêmico, a diferença entre os estudantes cuja família tem dinheiro para pagar um professor adicional e a família que não tem. A compra e venda de casas, uma medida largamente desejada, no entanto está provocando a redistribuição classista dos bairros. Gente que tem mais dinheiro vai para os melhores bairros e os que tem menos, para a periferia, aos piores edifícios.

Responder

    Thais em 25/02/2013 - 17h21 comentou:

    Realmente, isso é um fenômeno do Capitalismo. Aqui no Brasil professores passam por isso (eu passo por isso), se quiser um salário mais digno é preciso trabalhar dobrado. A diferença dos bairros ricos e pobres, tudo isso que ela descreveu não faz parte de uma estrutura Socialista. São pontos falhos do governo cubano por ceder à ideologia dos EUA.

Luis em 25/02/2013 - 15h08 comentou:

Cara, essa mulher é um engôdo, mentirosa, se faz de vítima, um asco, achei tudo inútil, nunca diz nada concreto essa entrevistá-la não levou a nada. Patética.

Responder

    Bruno em 25/02/2013 - 19h34 comentou:

    talvez não tenha falado o que vc queria ouvir…

Hermes Metraton em 25/02/2013 - 15h17 comentou:

Yoani com suas respostas preparadas mostrou sua superficialidade na análise de seu país, Cuba e na análise do mundo de uma forma geral. É a entrevista de uma pessoa sem conhecimento que se esconde sob o rótulo de pós moderna para denegrir a imagem do próprio país. Temos muitos deles morando aqui no Brasil também A esse tipo de gente chamo Lambe Bo(s)tas de Gringo. Não devemos levar essa gente a sério.

Responder

Danilo Apoena em 25/02/2013 - 15h45 comentou:

Faltou perguntar se ela conhece o caráter de quem a está recepcionando no Brasil. Caiado, Bolsonaro, etc.

Responder

RMax em 25/02/2013 - 15h56 comentou:

Fazer o quê, não é? Duas mulheres juntas conseguem dialogar, com certeza. Parabéns, Cynara! Parabéns, Yoaní.

Responder

José Antonio Rocha em 25/02/2013 - 16h06 comentou:

Dois dias para ganhar o suficiente para um hamburger? Estranho… o CIA Fact Book diz que a renda per capita na ilha é de 9.900 dólares PPP. A Penn University diz que é de 15 mil dólares PPP…

Responder

    Adriano em 09/03/2015 - 01h01 comentou:

    Por ano, gênio!

Junior em 25/02/2013 - 16h20 comentou:

Acho engraçado Comunista playboy julgar o que é melhor pra moça, sem nunca ter pisado em Cuba. Ser Socialista em um país livre é fácil. Quero vê racionar a comida, ganhar 20 dólares por mês, ficar sem o smartphonezinho que a mamãe deu. Se culpam o embargo pelo fracasso da ilha, então os "porcos capitalistas" estavam certos: Livre mercado gera riqueza e bem estar social.

Responder

    Fernando em 26/02/2013 - 22h44 comentou:

    ˜Livre mercado gera riqueza e bem estar social˜… um exemplo real disso, em que não haja um monte de pobre varrido para baixo do tapete?

    Haroldo em 03/03/2013 - 03h06 comentou:

    A Europa inteira.

Paulo Piloto em 25/02/2013 - 16h29 comentou:

Assisti a entrevista dela em um dos veículos de comunicação do PIG ontem domingo 24/02/13, não citarei o nome do canal para não fazer propaganda, talvez ela como cidadã cubana que teve acesso a outros mundos culturas, adversidades viu que seu país precisava de um recomeço, ela deveria ir a china pois lá com seus olhos a blogueira iria ver um socialismo aplicável aos dias atuais e não esse ainda velho modo de governar do Fidel e seu irmão, a china se adaptou a um socialismo controlável e competitivo com índices de desenvolvimentos invejáveis a muitas nações acho que ela enxerga apenas um lado dos fatos, ela precisa se diversificar mais seus conceitos e vivencias a outras nações socialistas que deram certo.

Responder

Helen em 25/02/2013 - 16h47 comentou:

Que pena que você, Socialista Morena, começa o texto dizendo que não vai tomar partido, mas coloca essa charge para lá de parcial, mostrando o que realmente pensa da Yoani, antes mesmo de termos tempo de ler a entrevista. Me parece que você tem medo de que as pessoas leiam o texto com a mente aberta, ouvindo com cuidado o que a Yoani tem a dizer. Senti isso como um insulto à inteligência de seus leitores. "Não vou me manifestar sobre o que achei das palavras da blogueira para não influenciar a opinião de vocês." Mas você já havia feito isso com a charge, não é mesmo? Felizmente li o texto, que prova que a charge está completamente errada.

Responder

    morenasol em 25/02/2013 - 16h56 comentou:

    a charge, como é ÓBVIO, é uma crítica aos EUA, não a yoani… está desenhado, já, mas se você quiser eu explico

    João Tavares em 25/02/2013 - 19h04 comentou:

    Como sei que seu espaço aqui é amplamente democrático, permita-me considerar a charge totalmente injusta. São duas situações totalmente diferentes. Yoani é apenas uma cubana que escreve sobre a realidade do seu país e não possui, desconsiderando teorias conspiratórias, qualquer relação com os EUA. Enquanto Assange publicou documentos públicos (alguns secretos) obtidos ilicitamente.
    Mesmo que você aprove o trabalho do Assange (pessoalmente gosto das criíticas que faz a Obama e seus ataques com “drones”), há de reconhecer que há nos EUA total liberdade de expressão quanto ao caso, haja vista que figuras públicas como Bill Maher e Michael Moore expressam livremente seu apoio ao australiano. O Bill Maher chegou a entrevistar o Assange ao vivo (por vídeo, claro) em seu programa, declarando apoio à sua causa. Acho que nenhum o maior defensor do regime cubano acha que seria possível uma entrevista dessas numa TV cubana com um homem acusado de divulgar documentos secretos do regime castrista.

    Ana Maria Rodrigues em 04/03/2013 - 20h28 comentou:

    Helen, muito bem observado, voce tem toda a razao. A charge diz que ela esta a servico do Tio Sam,

    que esta comprada, que eh venal.

Fernando em 25/02/2013 - 16h48 comentou:

Cynara, tenho a impressão de que a Yoani “joga para plateia”, no sentido de que dependendo do veículo que a entrevista, as respostas mudam, as experiências narradas são diferentes e as posições ideológicas da entrevistada também mudam. Mas que bom que a entrevista rolou num tom cordato, sem agressões verbais!

Responder

    Christiane Maria em 27/02/2013 - 17h16 comentou:

    Concordo com você Fernando. E acrescento que a Cynara fez perguntas que muitos não fizeram.Sabemos das tendências dela, mas em momento algum ela deixou que isso afetasse o tom e a condução da entrevista. Parabéns, Cynara.

Drinds em 25/02/2013 - 17h19 comentou:

Boa entrevista, Cynara.
Ela é bem preparada, bem articulada.
Acho que merece respeito pela sua opinião. Mas me causa estranheza sua relutância em criticar o embargo comercial dos EUA sobre Cuba, ou a prisão de Guantánamo.
E me enche esse povo "que nem é de direita nem esquerda" – isso é senha para não assumir que é de direita.

Responder

Miguel do Rosário em 25/02/2013 - 17h27 comentou:

Oi Cynara, excelente entrevista. Eu sempre fui contra a satanização individual de pessoas, ao invés de uma crítica ao sistema. No passado, tenho sempre ido na contramão de meus colegas e até dos meus leitores, e defendido Yoani Sanchez. Repare que são todos posts antigos. O último é de janeiro de 2012.
http://oleododiabo.blogspot.com.br/2010/04/em-def
http://oleododiabo.blogspot.com.br/2010/05/sarna-
http://www.ocafezinho.com/2012/01/27/yoani-sanche

Nesse último, eu meio que prevejo a armadilha que setores da esquerda armaria para si mesmos. Trecho:

"E torço para que nenhum esquerdista amalucado tente insultar ou agredi-la durante sua estadia aqui. Acho que o Brasil fez muito bem em conceder visto à blogueira, que alguns podem considerar uma odiosa traidora dos ideais socialistas ou de sua pátria, uma vendida aos serviços de inteligência americanos. Entretanto, como não há nenhuma acusação formal contra ela do governo cubano, então devemos considerá-la inocente, seguindo os princípios de nossa Constituição. E devemos tratá-la com todo respeito devido a um estrangeiro em visita ao Brasil. Se demos anistia até a ex-torturadores do regime militar, não faz sentido agredirmos (nem que seja verbalmente) uma jovem blogueira latino-americana. Posso não concordar com seus pontos-de-vista, mas acho que a troca de informações e experiências entre pessoas com visões de mundo diferentes é sempre útil à construção de um mundo mais harmônico e pacífico. Além disso, a esquerda deve tentar se livrar, de uma vez por todas, do estigma de ser favorável à censura. A luta contra esse estigma tem sido levada muito à sério por intelectuais de esquerda em todo mundo, ainda mais porque, de fato, ainda existe violação a esse direito humano básico (a liberdade de expressão) em países comunistas, como China, Coréia do Norte e Cuba. Dilma Rousseff sabe disso e não é por outra razão que tem sido extremamente cuidadosa quando aborda o tema (assim como foi Lula). Uma das razões pelas quais o debate em torno de uma nova regulamentação da mídia no Brasil não vai para frente é porque a discussão ideológica sobre o que é liberdade de expressão e qual o seu significado numa democracia ainda não está madura. "

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Cristian em 25/02/2013 - 17h49 comentou:

Desculpa, esperava mais da entrevista. Talvez alguma lembrança à Wikileaks, aos políticos e empresários que servem como seus cicerones. No final ela falou mais ou menos o que falou em quase toda entrevista que deu aos meios de comunicação daqui, não sei exatamente se por conta de perguntas parecidas ou de respostas prontas (ou as duas coisas). Enfim, mas melhor isso do que nada.

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Claudio em 25/02/2013 - 18h26 comentou:

Excelente entrevista, tanto pela Cynara quanto pela Yoani. De minha parte, já estou de saco cheio do comportamento lunático de setores da esquerda e da direita, com esse papo de PIG, petralhas etc. que serve apenas para inocular veneno e intolerância no debate político. Achei que a Cynara desarmou os ânimos com essa entrevista e acabou revelando uma Yoani que, caso não se trate de jogo pra platéia, pode ser considerada mais à esquerda que muita gente no PT atual, para citar apenas um partido.

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Vinícius em 25/02/2013 - 18h55 comentou:

De meses em meses a direita arruma um herói. Ano passado foi o Joaquim Barbosa, e como o Chávez não morreu agora é a Yoaní. Só não entendo como algumas pessoas da esquerda ainda caem nesses engodos…E geralmente são os esquerdistas oriundos da classe-média-zona-sul, aqueles mais vulneráveis ao moralismo fácil, ao verdismo, gabeirismo, freixismo e etc.

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Renato em 25/02/2013 - 19h41 comentou:

Muito importante que entrevistas como estas sejam publicadas para que as pessoas ESCLARECIDAS saibam quem é a verdadeira Yoani e passem a respeitar a verdadeira LUTA que ela vem travando. Eu já acompanho ela há um tempo e sei que de agente da CIA ela não tem nada. Quando vi alguma acusações feitas contra ela aqui no Brasil fiquei constrangido.

Por exemplo, o "encontro com agentes americanos" vazado pelo Wikileaks. Muito bem, eu fui na fonte, li todos os documentos vazados pelo Wikileaks sobre ela (em ingles). Quem ler vai vê que nào tem nada de conspiração, nao tem armação, nada a esconder. Outro ponto, o "embargo americano". Ela sempre se posicionou contra, inclusive já sustentou discussões acaloradas com alguns membros da comunidade cubana de Miami (direitistas nojentos que seguem a linha do Bush e do irmão dele da Florida). Já teve até deputado americano (que defende e embargo) discursando contra ela no congresso americano por conta justamente da defesa dela do fim do embargo. E ai … vem um monte de desinformado a gritar palavras de ordem e exigir que ela assine um documento contra o embargo. Ou seja, é atestado de ignorância. Pegou muito mal. Desmoralizou.

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Renato em 25/02/2013 - 19h42 comentou:

Uma situação que ela teme muito e que aqui no Brasil ela se referiu como "capitalismo de estado" é Cuba virar uma nova Russia. Ela teme que o regime migre para uma versão caribenha da Russia, onde após o fim da URSS burocratas encastelados tomaram de assalto as estruturas economicas (Petroleo, etc..) e formaram oligopólios multibilionários. Ninguem há de negar que o capitalismo na Russia de hoje é muito pior que o dos EUA. Por isto o foco dela na defesa da LIBERDADE. Ela não é uma pessoa de direita. Ela é uma pessoa DEMOCRÁTICA. Isto que precisa ser compreendido.

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alex cojorian em 25/02/2013 - 20h26 comentou:

não vi outras entrevistas da Yoani, mas aqui me parecem, entrevistadora e entrevista, equilibradas e articuladas – claro, cynara, ela deve gostar mesmo de falar: deve ter ouvido muito discurso de fidel e lido muito carpentier: será talvez um tique caudilhista do sangue hispano-americano…

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eduardo carreira em 25/02/2013 - 20h55 comentou:

Parabéns, Cynara. Pela coragem de ir escutá-la (enquanto a maioria dos "esquerdistas" apenas a apedreja), pela forma objetiva da entrevista (voce sabe como fazer) e pela elegância de evitar um julgamento (embora dê para perceber, creio, o que você achou da moça).

Impressionante é ver que depois dessa entrevista, aqui mesmo nos comentários, os gorilas de sempre continuam a vomitar barbaridades e mentiras. "ela é a favor do embargo", "ela apoia a prisão de Guantámo" etc…

Só mais uma coisa. Acho que a charge não tem nada a ver. Yoani e Assange são coisas completamente diferentes, completamente. Mas disso falamos outra hora.

Beijão.

Responder

    morenasol em 25/02/2013 - 21h13 comentou:

    eduardo, a charge é uma crítica aos EUA, bem procedente: dois pesos e duas medidas para a liberdade de expressão. bom te ver por aqui ; )

André em 25/02/2013 - 23h05 comentou:

Quanta desinformação! O vocabulário é, muitas vezes, bastante revelador. Quando a pessoa se refere à revolução cubana ou ao governo cubano como "o regime dos irmãaos Castro", a coisa tá feia.

Responder

André em 25/02/2013 - 23h16 comentou:

A entrevistada diz que com a imigração cubana os cubanos estão dizendo ao regime(sic): ‘Não gostamos deste sistema’. Acontece que qualquer cubano que consiga chegar em solo estadunidense é aceito pelo governo dos Estados Unidos, independentemente da forma como chegue lá e independentemente do seu histórico de vida. Esse é um caso único. Imagina se a mesma regra valesse para os brasileiros ou para os peruanos ou para os mexicanos, etc. Quantos brasileiros, mexicanos e peruanos estariam dizendo "não gostamos do sistema político e econômico do nosso país"? É muito injusto e desonesto utilizar esse argumento para condenar o sistema político e econômico de Cuba. Aliás, as leis imigratórias dos Estados Unidos contra Cuba são como são exatamente para propiciar esse "argumento" utilizado pela blogueira cubana.

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André em 25/02/2013 - 23h22 comentou:

Diz a blogueira cubana: "A Cuba do futuro tem muitos riscos, mas não é por isso que vamos nos conformar com o presente. Não é uma atitude de esquerda se paralisar por temor ao futuro. A atitude de esquerda é: vamos à mudança!" Pois é exatamente isso que Cuba está fazendo!

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André em 25/02/2013 - 23h33 comentou:

Cynara, você perguntou à Yoani Sánchez: "O que é o melhor que pode acontecer em Cuba? Haver eleições?" Há eleições em Cuba! Eleições livres, diretas e secretas para delegados municipais e nacionais. Quem determina quem serão os candidatos nessas eleições é a própria população. O Partido Comunista Cubano não tem papel no processo eleitoral cubano, nem sequer lançando candidatos. Para ser candidato não é necessário ser membro do partido e de fato, muitos delegados não o são. Os candidatos que vencem as eleições as vencem porque primeiro foram escolhidos como candidatos diretamente pela população e depois porque venceram as eleições sem que se tenha gasto dinheiro em campanhas eleitorais. É um processo eleitoral muito democrático. A Yoani sabe de tudo isso. Porque manteve você pensando que lá não existem eleições?

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André em 25/02/2013 - 23h51 comentou:

Não é bem verdade que em Cuba a imprensa é monopólio estatal. E não é nada verdadeiro que lá só existe um jornal. Existem dezenas de jornais em Cuba. Existem jornais e rádios comunitários também. É sim fato que esses órgãos de imprensa são rigidamente controlados para que não se vá contra a revolução. Sem dúvida esse é um dos fatores que causam um excesso de secretismo e resistência a críticas ao governo. Os próprios cubanos dizem isso, a começar por Raúl Castro e os cubanos discutem muito esse tema e procuram soluções a esse problema. Ninguém melhor do que nós, brasileiros e latino-americanos de um modo geral, sabe como é complicada a questão da imprensa e de como ela é tão facilmente e frequentemente utilizada para desestabilizar e derrubar governos progressistas. Não há a menor dúvida de que se hoje for criado um jornal privado em Cuba amanhã ele já estará recebendo rios de dinheiro e influência dos Estados Unidos para derrubar o governo cubano. Não é a toa que o governo dos EUA e a Yoani fazem tanta questão de imprensa privada em Cuba.

Responder

André em 26/02/2013 - 01h07 comentou:

Segundo Yoani, em Cuba "muita gente tem medo de dizer suas propostas" e os cubanos são "pessoas [que] não têm consciência cívica". Segundo ela, os cubanos não tem liberdade para participar das decisões econômicas nacionais. Isso é falso e eu vou dar um exemplo disso. Antes que as recentes reformas econômicas fossem aprovadas e implementadas houve um amplo e profundo debate popular sobre elas. Cuba tem pouco mais de 11 milhões de habitantes e mais de 8 milhões participaram diretamente em assembleias discutindo sobre essas mudanças. Nessas assembleias projetos de leis apresentados pelo governo foram reformuladas e outras foram apresentadas. Mais especificamente, o resultado dessas discussões em assembleias (que duraram meses) foram os seguintes: dos 291 projetos de lei originais 181 foram reformulados e 39 foram incorporados. Isso é democracia direta. Claro que tem muito que aperfeiçoar e os cubanos são os primeiros a dizer isso, inclusive o governo. No entando, a ilha não é de modo nenhum a grande prisão que pinta a velha mídia e Yoani Sánchez. Imagine se os gregos, espahóis, irlandeses e portugueses tivessem a mesma liberdade que tiveram os cubanos para participar diretamente nas discussões e mudanças da apolítica econômica dos seus países.

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    Adriano em 09/03/2015 - 01h31 comentou:

    Tu é o típico mané que fez visita guiada à ilha, engoliu cega e bovinamente toda propaganda e desinformação que te enfiaram goela abixo e depois vem aqui fazer o trabalho para o qual Raulzito te adestrou para fazer, sem que tu nem se desse conta, né, bobão?? Tu, que nunca lavou uma louça pra ajudar a mãe ou a esposa, lá na ilha cortou cana no sol feito um mané e ainda se emocionou, se achou o máximo…confessa, robô programado para repetir a propaganda mentirosa do governo cubano! Já esqueceu que a proposta do Marxismo verdadeiro é a extinção do Estado?? Mas porque todo grupelho stalinista se faz de santinho durante a Revolução, e, assim que a burguesia está definitivamente derrubada, elimina até fisicamente todos os verdadeiros socialistas e implanta um regime ditatorial onde a "fase de transição para o Comunismo" nunca chega?? Abre o olho, papagaio do Raulzito!

Sandra Marques em 26/02/2013 - 01h57 comentou:

Olá
Por coincidência, voltei de Cuba no dia 19/02. E tudo o que Yoani diz ouvi de muitos cubanos, só que aos cochichos, pois têm medo de falar sobre a realidade.
É muito triste a situação de Cuba. Parabéns à coragem desta moça!

Responder

Bruno em 26/02/2013 - 06h02 comentou:

Então para Yoani os cubanos são encostados que mamam nas tetas de um governo assistencialista e que estimula a vagabundagem do povo e a ilha deveria ser liberalista porque é ótimo competir…Até parece o discurso da nossa classe média. Vi e li outras entrevistas de Yoani mas ainda não tive a oportunidade de ver outro cubano contrapondo as ideias da blogueira, será que todos em Cuba pensam como ela?

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Denilson Félix em 26/02/2013 - 13h00 comentou:

A entrevista dela tá muito boa, tem bons argumentos, gosto quando ela cita algumas percepções do 'fim'da revolução do ponto de vista da família dela, são datas realmente expressivas, principalmente a de Praga, que foi marcante, mas ela não cita os contextos em que essas coisas aconteceram, que aos olhos de hoje, até eu julgaria (essa nossa pretensão em julgar tudo!!) arbitrário, autoritário e etc; ela não nega a importância da revolução, até acha que ela realmente deveria ter acontecido, ela só lamenta o rumo que ela tomou, como ela diz, "quando ela deixou de ser revolução", então, é boa a argumentação dela, mas como todas argumentações, é feita de lados, visões e os escolhidos por ela são dela ou talvez alguém mais, mas fica também o fato da revolução não ter se mantido não somente por causa do peso do embargo, mas também por pessoas como ela, que sabotaram o ideal original cubano, dificultando as coisas para a materialização dos ideais, isso já lá atrás, de forma financiada e brutal, como cupins comendo aos poucos, roendo, indo destruindo, não há ideal que sobreviva ou resista, sem pessoas para sustentá-los, e o que ela faz, do meu ponto de vista, aos olhos de hj tbm, é um deserviço aos ideais, se é que eles existem ainda, de uma sociedade justa e igualitária, pois essa liberdade e democracia que ela preconiza, deseja, é uma farsa, serve de manipulação para poucos sobre muitos, de forma que como podemos comer nossos Lulansburgues sossegados e a hora que quisermos, achamos que temos opções, podemos ler 3, 4 jornais, achamos que temos opções, mas digo, não somos diferentes das limitações que vivem em cuba, pois se nos tirarmos o que é superfluo para a sobrevivencia, para a vida (bens materiais) veremos que somos menores que muitos deles, eu vivi em cuba por um tempo, e vi a cabeça raciocinando de muitos deles em pequenas coisas do dia-a-dia, sem roupas de grife, nem carros, nem i phones, e elas pensam de forma muito bem articulada, o material humano é mais preparado para o pensar, e isso foi fruto da necessidade em usar a mente, e não deixar ela ser manipulada por toda nossa liberdade de acesso… Enfim, sem me alongar mais, creio que em mil anos, essa ilha será lembrada como um lugar como atlântida cidade perdida, e seus ideais será buscado, como um tesouro, que um dia existiu um lugar que quis ser livre e humano, apesar de ter sido destruido por pessoas como essa moça; mas isso deixe ao futuro.

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    Adriano em 09/03/2015 - 01h35 comentou:

    Foi gente como ela que carcomeu a Revolução, né, ô ingênuo?? Por que então mataram o Cienfuegos e tornaram o ambinete insustentável para o Che?? Acorda, cego!

Newton em 26/02/2013 - 14h57 comentou:

Desculpe, Cynara, por querer ensinar o padre nosso ao vigário, mas você deixou escapar uma oportunidade de tirar a máscara da Yoani (no sentido de máscara social que cada ser humano se põe para existir)
Pois senãó vejamos: os solares eram lindos quando eram ocupados pela burguesia cubana e estado unidense. Depois que o povo sem teto, logo após a Revolução ocupou os solares, virou esta coisa feia, cheia de povo pobre, nossa que nojo!
Ela também quer discutir o direito de propriedade. O que é isso? O que ela quer? Devolver os solares, as fazendas, as fábricas para a burguesia, para os reacionários de Miami?
Sinto muito, mas como isto não foi esclarecido e coomo ela é mais lisa que cobra, eu me sinto no direito de pensar que é exatamente isto que ela quer.
O que vem corrobarar uma série de coisas que leio em suas colunas em que liberdade para ela é sinônimo de mercado, mercado e mais mercado.
Me dou o direito de considerá-la uma bela de uma reacionária e não uma reformista como é a mascara com que ela gosta de posar.

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alexandre a. moreira em 26/02/2013 - 21h57 comentou:

beijo na boca esta entrevista. Viva !

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André em 27/02/2013 - 00h25 comentou:

Totalmente falacioso o que disse Yaoni sobre a mais valia com os charuto ao tentar forçar a tese exdrúxula de que em Cuba existe um tal de capitalismo de Estado. A crítica da blogueira teria todo o sentido se os charutos fossem vendidos EM CUBA para supostos cubanos ricos e se, além disso, o salário dos trabalhadores que fabricam charutos não fosse suficiente para ter acesso a produtos e serviços EM CUBA aos quais teriam acesso uma classe de cubanos que fumam aqueles charutos e que lucram com o trabalho dos operários que produzem os charutos. Nada disso ocorre em Cuba, não existe tal classe de fumadores de charutos exploradores em Cuba e isso torna a tese dela simplesmente risívil. Os charutos são vendidos no exterior e a diferença entre o custo de produção dos charutos e o preço de venda dos charutos é socializada. É utilizado para dar educação, saúde, cultura para TODOS os cubanos. Isso não tem nada a ver com capitalismo, isso é socialismo. Qual é a dificuldade em entender isso?

Responder

    Adriano em 09/03/2015 - 01h42 comentou:

    Deixa de ser cego, garoto! Quem criou a expressão "Capitalismo de Estado" foram as oposições anti-stalinistas lá atrás, ainda nos Anos 30, muito antes da pseudo-autocrítica de Krushev em 53! E o Fidel, após 62, moldou Cuba nos moldes stalinistas burocráticos soviéticos, portanto, é lógico que Cuba também se tornou outro "capitalismo de Estado", tão fascista quanto qualquer outro filhote da URSS pós-Stalin! Lembra que outro nome para o stalinismo (que não acabou em 53 e até hoje sobrevive em Cuba, na Coreia do Norte e, em menor grau, também ainda na China, no Vietnã e no Laos) foi criado na década de 30, além de "Capitalismo de Estado"?? Não lembra?? Não estudou?? Foi "Fascismo de Esquerda".

Solange Bastos em 27/02/2013 - 16h23 comentou:

Gostei da entrevista, primeira oportunidade de conhecer um pouco do que a Yoani tem a dizer, já que a grande mídia e os fascistas vermelhos não dizem nada ou impedem que ela diga.
Solange Bastos
jornalista

Responder

João Negrão em 28/02/2013 - 22h29 comentou:

Ah, este fascínio de Cynara Menezes pelos queridinhos da direitona, como me impressiona… Pedro Juan Gutiérrez, Yaoni Sanchez… Quem virá em seguida? Darcy Ribeiro deve estar se revolvendo no túmulo.

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Diogo em 01/03/2013 - 23h43 comentou:

Só pra matemática comunista (que nunca foi boa em lógica), 70% pertencer a 6 famílias/grupos diferentes caracteriza um MONOpólio. Considerando que cada 1 dos 6 grupos/famílias detenha pedaços iguais, cada uma teria pouco mais de 10%, ou seja, MUITO diferente de Cuba que 100% pertence a 1 único grupo.

Mas ensinar matemática pra comunista é mais dificil que ensinar pra cachorro.

Responder

Roberto Murai em 19/03/2013 - 21h57 comentou:

Depois dessa entrevista não é óbvio que o Comunismo é algo ruim? Não sei como há pessoas que ainda defendem essas idéias utópicas de esquerda. Esses jornalistas socialistas, que defendem Cuba, nunca nem puseram o pé la para ver como são de fato as coisas. Falam que a Yoani recebe dinhero dos EUA, mas sem nenhuma prova concreta do que afirmam. Se esquecem de que a Europa é um continente capitalista com ótima qualidade de vida, sem pobreza.
Mas claro, fico feliz por saber que um dia essa Cuba vermelha vai deixar de existir. A geração mais jovem vai abrir o olho e receber com os braços abertos o bom capitalismo americano. CAPITALISMO É LIBERDADE

Responder

    Bob 'mecânico' em 13/11/2013 - 12h30 comentou:

    Roberto é o que eu também percebi nas entrelinhas da entrevistada, ela apenas não se da conta da estreita relação dos resultados lá existentes e o sistema socialista lá empregado – os resultados vem, mas as pessoas não admitem que aquilo ali foi desejado e planejado com afinco, e ficam buscando desculpas e pelo em ovo para desconversar o obvio. Se o socialismo fosse um sistema que trouxesse progresso e conforto para a sociedade e as pessoas em particular, uma Cuba, uma China não teriam que apelar para um capitalismo de estado, que é uma das formas de capitalismo mais atrasado e próximos do socialismo por ser por natureza estar sob as rédeas de um governo ou do estado todo poderoso. Os resultados são ai apenas um pouco diferente, no fundo ocorre a perda de liberdade econômica em alto grau, resultados de geração de riqueza pífios para a população etc.

    Bob 'mecânico' em 13/11/2013 - 13h09 comentou:

    Numa economia de capitalismo de estado, a relação da produção conduzida pelo estado e o governo é de escolha dos campeões e vencedores, jogo de compadres, onde uma pequena parcela do empresariado fica debaixo das asas do governo bem longe da concorrência e da meritocracia. O Brasil está cheio disso.

Bob 'mecânico' em 13/11/2013 - 12h16 comentou:

"– Além da liberdade de expressão, o que mais você inveja no capitalismo?"

"Tem gente que pensa: ‘para que trabalhar, se de todas as maneiras com o subsídio alimentar posso viver, muito mal, mas posso?’ Foi desestimulada a criação de riqueza nacional e pessoal, e isso me parece que tem que ser estimulado. Com a empresa privada, a pequena e média empresa, o cooperativismo, …"
………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

Muito boa a entrevista, tanto do ponto de vista da entrevistada como da entrevistadora. Muito esclarecedor do ponto de vista de certos pontos divergentes entre a economia socialista planificada e dirigista e do liberalismo econômico propriamente dito com o seu livre mercado. A entrevistada dá mostras de que conhece muitos conceitos do capitalismo, mais até mesmo do que a maioria de brasileiros, e obvio do socialismo se já vive num. O interessante é a percepção dela de achar que não vive num país socialista, mas capitalista de estado. Mas o Brasil também vive já há bastante tempo um capitalismo de estado, pena que poucos brasileiros percebe isso, e muito menos compreende o que isso significa na pratica.

O socialismo não poderia deixar de ser diferente, e apesar da entrevistada não fazer a relação inevitável entre uma coisa e outra, talvez por não perceber isso, a verdade é que a logica do sistema econômico que depende do dirigismo e o intervencionismo estatal fatalmente joga por terra todo e qualquer principio e pratica de liberdade econômica por parte dos indivíduos, não há outra forma de praticar o socialismo, todos os regimes desta natureza desembocaram nessa pratica finalmente de engessar a ação e a motivação individual para a geração de riqueza. Não restando outra alternativa a não ser o regime de força ditatorial resultando na perda da liberdade econômica e das outras liberdades que vão na sequencia. Assim tem sido e Cuba não é diferente de nenhum outro país que enveredou por esses caminhos.

A entrevista matou a pau quando descreveu o estado de animo da maioria dos cubanos ao pensar e sentir desestimulado para gerar riqueza, pois eles incorre na velha tese da tragedia dos comuns, onde tudo não tem dono, ninguém tem nada. A ação humana natural não se revoga por decreto ou por vontade politica de um tirano, mas tem que ser deixada livre para produzir o seu melhor.

Responder

    Jose em 24/11/2013 - 23h25 comentou:

    Realmente o capitalismo é liberdade.

Lee em 17/11/2014 - 11h41 comentou:

Ela é muito mais versada nas críticas que faz às políticas empreendidas em Cuba, mas dá respostas rápidas e superficiais quando o assunto são as contradições do sistema capitalista e os atentados aos direitos humanos perpetrados pelo governo estadounidense. As respostas que ela deu sobre liberdade de imprensa são pífias. Como falar em liberdade de imprensa num país onde as comunidades tradicionais não têm vez nem voz?

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Adriano em 09/03/2015 - 01h21 comentou:

Parabéns, Cynara! Mesmo com a charge mais do que parcial do chato do Latuff (queridinho histórico aqui do SindJustiça-RJ, mas reconheço que ele é criativo e desenha bem), e com algumas perguntas meio bobas que me surpreenderam vindas de você. Algumas pareciam coisa de jornal do Diretório Acadêmico, com aquela visão estereotipada e maniqueísta do mundo e do universo socialista que, você bem sabe, vai do trotskyismo ao stalinismo (que é o que vigora em Cuba desde 1962), passando pelo nosso sonhado socialismo moreno, entre outras vertentes e tendências. Gostaria que Jacob Gorender estivesse vivo, Darcy Ribeiro também, e que Daniel Aarão Reis não tivesse se encolhido diante do fanatismo dos "coxinhas politicamente corretos" (também chamados de "Esquerda caviar"). Ainda bem que ainda existe o teu blog! Com ou sem embargo americano, os Castro mataram a revolução há décadas. Primeiro, foi o estranho acidente que matou o camarada Camilo Cienfuegos. Depois, o Che saiu da ilha revoltado com os Castro…todo mundo sabe porque (mas fingem não saber ou ter se esquecido). Mas me espanta e me entristece ver como parte da nossa Esquerda, especialmente a mais jovem, se dogmatizou a tal ponto que não consegue ver que líderes socialistas também são humanos, que erram, que se corrompem pelo poder detido em suas mãos por tempo demais e sem renovação, que perdem o idealismo revolucionário da juventude e vão se tornando burocratas stalinistas típicos, etc, etc… Pra uma parte da nossa Esquerda (e da Esquerda mundial, a bem dizer), os caras são como santos, semideuses, ícones inatacáveis. Qualquer crítica a eles ou qualquer revelação de que deixaram de ser o que um dia foram…só pode ser armação mentirosa da direita!! Pelo amor de Deus, essa galera tá cega, fanatizada, cheia de dogmas e pré-conceitos petrificados, estereotipados e maniqueístas! Que Socialismo é esse?? Volta, Darcy! Volta, Gorender! Aqui no RJ, as maiores "estrelas" do Socialismo são dois mega-mauricinhos: Lindbergh e Freixo. Tamo fu…

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Adriano em 09/03/2015 - 01h49 comentou:

Tem gente nesses comentários que deve ser o típico mané que fez visita guiada à ilha, engoliu cega e bovinamente toda propaganda e desinformação que lhe enfiaram goela abaixo e depois vem aqui fazer o trabalho para o qual Raulzito o adestrou para fazer, sem que ele/ela nem se dê conta! Eles/elas, que nunca lavaram uma louça pra ajudar a própria mãe, lá na ilha cortaram cana no sol feito uns manés e ainda se emocionaram, se acharam o máximo…confessem, robôs programados para repetir a propaganda mentirosa do governo cubano! Já esqueceram que a proposta do Marxismo verdadeiro é a extinção do Estado?? Mas por que todo grupelho stalinista se faz de santinho durante a Revolução, e, assim que a burguesia está definitivamente derrubada, elimina até fisicamente todos os verdadeiros socialistas e implanta um regime ditatorial onde a "fase de transição para o Comunismo" nunca acaba?? Abram o olho, papagaios do Raulzito!

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