NAZIL: cartunistas estrangeiros comparam Brasil de Bolsonaro ao nazismo
Vários artistas nos associaram à suástica na imprensa internacional; outros preferiram associar chegada de Bolsonaro ao poder a tubarões
Em setembro, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou um direito de resposta a Jair Bolsonaro por ter sido comparado a Adolf Hitler em uma charge publicada pelo Blog do Noblat, hospedado no site da revista Veja. Mas colocar o presidente eleito de extrema-direita lado a lado com a suástica não é algo exclusivo dos chargistas brasileiros. Pelo mundo, vários cartunistas fizeram o mesmo. Confira algumas das charges em que o Brasil de Bolsonaro é comparado ao de Hitler.
O mexicano Monero Rapé fez duas charges comparando a “nova fase” do país ao nazismo. A primeira antes da eleição.
Espero que esta bandera no se haga realidad el día de hoy. #Brasil #elenao #elenaoelenunca #elenão #Bolsonaro pic.twitter.com/k4wIyk7Be6
— Monero Rapē (@monerorape) October 28, 2018
E a segunda após a vitória de Bolsonaro:
#Bolsonaro #Brasil #EleNaoEMeuPresidente pic.twitter.com/c8etAcEXOr
— Monero Rapē (@monerorape) October 29, 2018
Internacionalmente reconhecido, o brasileiro Carlos Latuff fez quatro charges com a suástica para a mídia estrangeira e para o site Brasil 247.
Definitivamente #EleNaoEMeuPresidente
Via @MintPressNews @BrasilWire @Mondoweiss e @brasil247 pic.twitter.com/qTAwl9Gfss— Carlos Latuff (@LatuffCartoons) October 29, 2018
O holandês Bas Von der Shot, do De Volkenskrant, mesclou as sandálias havaianas à suástica.
#Bolsonaro wint, morgen in de @volkskrant pic.twitter.com/XQHRLXxE9r
— bas van der schot (@bvdschot) October 28, 2018
Duas revistas também estamparam o NAZIL na capa. A revista Barcelona, da Argentina:
YA SALIÓ EL NUEVO NÚMERO DE BARCELONA
👉 Consígalo en kioscos y en https://t.co/EhQqy8SXN6. pic.twitter.com/IeGGoQQ4VA
— Revista Barcelona (@revisbarcelona) October 25, 2018
E a chilena The Clinic:
Recuerden, en su quiosco más cercano encontrará la edición 770 de The Clinic 📰 #EleNao #EleNunca pic.twitter.com/pLESfBLDQs
— The Clinic (@thecliniccl) October 26, 2018
Alguém dirá: mas isso não é aplicar ao pé da letra a lei de Godwin, segundo a qual “à medida que uma discussão online se alonga, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou os nazistas tende a 100%? Bem, o criador da lei de Godwin, Mike Godwin, liberou a comparação entre Bolsonaro e Hitler.
#EleNão pic.twitter.com/qMi2mxiKMb
— Mike Godwin #EleNão (@sfmnemonic) October 16, 2018
Mas se você é eleitor de Bolsonaro e não gostou da associação com Hitler, também houve cartunistas que preferiam comparar sua chegada ao poder a um tubarão louco para devorar pessoas inocentes.
Kal, na The Economist desta semana, também recorre à imagem do tubarão chegando com Bolsonaro…
This week’s cartoon from KAL pic.twitter.com/RNxwU6K0UT
— The Economist (@TheEconomist) November 1, 2018
O que de bom pode advir daí?
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Sergio em 06/11/2018 - 09h56 comentou:
Com todo o respeito, o que levou Bolsonaro a vencer as eleições, entender os erros cometidos, e onde o país chegou com quase 24 anos de social democracia, é bem mais produtivo e importante do que essas manifestações artísticas. Chamá-lo de nazista, facista, machista, misógeno, ditador, despreparado, louco, lunático, estuprador, torturador… Somada a uma campanha ostensiva da mídia tradicional (Globo, Folha, estadão e Abril) contra ele e pesquisas eleitorais “batizadas”, não funcionaram! Por que ele? Por que foi eleito?
Zeca Rodrigues em 12/11/2018 - 13h37 comentou:
O problema não foi nessessariamente os erros, Sergio.
Se olharmos atentamente para os acertos dos últimos governos, e também para o avanço em muitas discussões sobre direitos de minorias, e não só aqui, mas em muitos outros países, poderemos constatar uma reação da sociedade conservadora com relação a tudo isso. Acho que avaliar dessa forma pode ser muito mais honesto do que ficar focando em erros que, claro, precisam também ser olhados, mas eles muitas vezes acabam se sobrepondo aos acertos e até eclipsando convenientemente os reais motivos de toda essa crise.
Andre em 22/01/2020 - 10h51 comentou:
A esquerda, como sempre, uma piada.
Cynara Menezes em 22/01/2020 - 20h15 comentou:
sentiu?
Lixo De Direita em 28/01/2020 - 12h05 comentou:
Piada é a direita, passa-pano pra nazista.
Conspiracionistas que negam o holocausto
Ediclei Conceição em 25/04/2020 - 01h13 comentou:
O cara claramente não é nazista. Só estão relativizando o termo
Gilberto Pinto da Motta em 16/06/2020 - 12h58 comentou:
O energúmeno não é nazista? Não pode….Tá: ele é esgotista. Pode?
Eduardo em 16/06/2020 - 14h18 comentou:
O cara é claramente fascista. E o nazismo é uma forma histórica do fascismo.
Se ler o livro, A doutrina do fascismo, de Mussolini, perceberá os vários pontos de encontro entre o “mito” e o fascismo. Cito alguns tópicos do livro que vocÊ vai reconhecer no fascismo brasileiro:
“Tradicionalismo”; “Anticomunismo”; “Patriotismo”; “Antiparlamentarismo”; “Ênfase no executivo – ideia que a divisão dos poderes fragiliza o líder e a nação”; “militarismo”; “armamentismo”.
Esses são apenas alguns exemplos dessa identidade.