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O que o governo Dilma precisa fazer para ser de esquerda?

Dados do Incra revelaram que no governo Dilma Rousseff os números da reforma agrária caíram: foram 22 mil famílias assentadas em 2011, a pior marca desde o governo Fernando Henrique Cardoso. Triste notícia para uma administração que se diz de esquerda. Quando a gente vê este tipo de estatística percebe que falta muito, na verdade, […]

Cynara Menezes
07 de janeiro de 2013, 20h03

(A jovem guerrilheira Dilma Rousseff depondo no Rio em 1970)

Dados do Incra revelaram que no governo Dilma Rousseff os números da reforma agrária caíram: foram 22 mil famílias assentadas em 2011, a pior marca desde o governo Fernando Henrique Cardoso. Triste notícia para uma administração que se diz de esquerda. Quando a gente vê este tipo de estatística percebe que falta muito, na verdade, para qualquer governo no Brasil ser rotulado como “esquerdista” –socialista, então, nem se fala. De minha parte, lamento que, há dez anos no poder, o PT não tenha começado a tomar algumas iniciativas ousadas, de confronto. Já está na mais do que na hora!

Não me conformarei se o PT deixar o governo sem ter concretizado medidas que de fato sejam capazes de modificar o status quo no país. Vejam a questão das grandes fortunas: na Europa e nos EUA estão aumentando os impostos dos ricos remediadamente, por conta da crise econômica. Nós temos a oportunidade de taxar as grandes fortunas preventivamente. Por que não fazê-lo? Por que não avançar na reforma agrária? Por que ceder tanto às pressões conservadoras? Por que não regular os meios de comunicação? Coloco estas perguntas na enquete que começa a circular hoje no blog. É uma provocação. E uma reflexão. Vote!


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Ronise Andrade em 07/01/2013 - 20h31 comentou:

Concordo. O que mais incomoda é a falta de apoio à reforma agrário, a alta cobrança de impostos das classes que menos deveriam pagar, o taxamento desproporcional dos ricos e falta total de enfrentamento nos caso da mídia, que deita e rola sobre o PT e eles nada fazem.Leio de Meios já!!!

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Eric em 07/01/2013 - 21h45 comentou:

Sinceramente?
Não consigo acreditar em um governo de esquerda do PT. Apesar de reconhecer todos os créditos dos últimos 10 anos, é inegável que não são de esquerda há muito tempo.

O partido pode ser, mas o governo não é.

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sonoraletrante em 07/01/2013 - 22h26 comentou:

Concordo com você. Se não cobrarmos, as coisas se acomodam. Mas, infelizmente, as pessoas ainda são muito manipuláveis em nosso país, e, como na maioria das vezes, um enfrentamento agora não ia ficar bem na fita. Acho que acontecerá após a reeleição. É lá que acredito, e espero não me decepcionar, que ela realmente agirá. Torço para que isso aconteça, de verdade. Uma pessoa que foi torturada por pensar o que pensava e que nem pode ver o seu carrasco punido, mesmo sendo presidente, e que teve uma doença tão confrontante com a morte como é o câncer, no mínimo vai repensar em modificar o máximo de injustiças que houver e puder, se se dispuser a fazer isso com o seu tempo, a começar pela concentração vergonhosa de renda que faz a latinha solta pelo cara no seu apartamento na Vieira Solto ser catada no ar, antes mesmo de chegar ao asfalto. E só chegaremos nesse máximo se houver alguém cobrando. Então, cobremos e nos façamos ouvir, ou ler. Mas é um tipo de cobrança boa, sabe? Igual ao "vãmolá, vãmolá", dito rápido e insistentemente, pelo personal trainer na academia.

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Adriano Oliveira em 07/01/2013 - 23h43 comentou:

Você tocou em um ponto importante e que nem sempre está em pauta, a tributação das grandes fortunas, eu não só sou a favor de aumentar o tributo de quem ganha mais por aumentar, mas sim porque a conta tributária no Brasil não fecha, ainda temos uma das maiores e mais desonestas cargas tributárias do planeta, acredito que exista uma equação que chegue a um resultado mais justo sem jogar toda a carga aos mais ricos e seja coerente com os menos favorecidos, a impressão que tenho é que faltou e falta empenho para essa ponderação, e digo isso nem para se auto afirmar "esquerda" e sim justiça.

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Cícero em 08/01/2013 - 03h15 comentou:

Realmente, apesar das conquistas e avanços do país nos 10 anos de governo do PT, não se pode dizer, categoricamente, que o Partido dos Trabalhadores tenha sido um partido propriamente de esquerda.

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Stefano Picca Neto em 08/01/2013 - 12h09 comentou:

Desde as alianças que Lula fez para chegar ao poder até a continuidade das práticas corruptas comuns dos governos anteriores, o PT e Dilma demonstram que nunca farão uma gestão de esquerda.

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Raphael Tsavkko em 08/01/2013 - 12h38 comentou:

Reforma agrária, peitar a FIFA, acabar com alianças com bandidos como PAes, Cabral, Maluf, SArney, KAtia Abreu, Collor e cia, fim dos abusos aos DH, fim de Belo Monte, demarcação de terras indígenas, política pública de internet e PNBL estatal, fim das privatizações, re-estatização de setores essenciais como energia, diálogo com movimentos sociais, aumento imediato de salário de professores universitários e outras categorias criminalziadas em suas greves, investimento em educação públcia e fim de subsídio a privadas sem qualidade, fim de redução de impostos a empresas, ao invés forçar que baixem lucros e se preciso for impro teto a preços… Só pra começar.

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leticia milano em 08/01/2013 - 13h27 comentou:

Para que o Brasil aumente a sua taxa de investimentos, como acontece com a China (47% do PIB, e com a India, 37%) é preciso que o Estado Brasileiro perca a vergonha de entrar diretamente, como investidor, na atividade produtiva, no lugar do Governo Dilma ficar usando o dinheiro público do BNDES para financiar multinacionais, e até mesmo estatais estrangeiras, no Brasil. Sobre isso, ver o último artigo do mauro santayana, do JB:
http://www.maurosantayana.com/2013/01/o-dinheiro-

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paulo sergio em 09/01/2013 - 02h16 comentou:

Cynara , eu responderia às suas perguntas , indagando-lhe tbm . Se Dilma resolve bancar todas estas propostas para se identificar como esquerda , nnao correria o risco , exatamente de ser o que vc e Drumond criticam logo acima ? Esquerda autoritária

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Kenny em 09/01/2013 - 13h56 comentou:

Cynara, concordo inteiramente. Mas me bateram algumas dúvidas. Por exemplo: taxar grandes fortunas e criminalizar a homofobia, entre outras, são assuntos de competência do Legislativo. Me perdoe a ignorância, mas como é que o Executivo influencia exatamente nessas questões?

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    morenasol em 09/01/2013 - 14h08 comentou:

    existem duas maneiras: a primeira é o próprio executivo propor projetos neste sentido. a segunda é conseguir aprovar no legislativo, como faz com tantas outras propostas. existem dois projetos sobre taxar grandes fortunas no congresso. um deles é, inclusive, de um deputado do PT. mas pelo visto não existe vontade política. isso depende do executivo

Jeronimo Collares em 09/01/2013 - 15h36 comentou:

O que raios essa imagem tem a ver com o 'o que se precisa fazer'? Algo tipo, ser presa e torturada novamente?

E vc insiste em confundir poder com governo…

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    morenasol em 09/01/2013 - 16h26 comentou:

    a foto está aí porque nessa época a jovem dilma era sem dúvida de esquerda. e corajosa a ponto de enfrentar inimigos bem maiores do que os de hoje

    Jeronimo Collares em 09/01/2013 - 16h38 comentou:

    Na época eram o que eram naquele momento. Hj estão muito mais fortes e com mais armas, embora a crise que os disperse. Ok, forcei no meu coment, concordo. Não nos iludamos com o que existe – sabemos o que aí está – agora, nada nos garante um caminho 'retilíneo' daí para diante. Se me perguntarem assim: 'poderá haver rupturas ou está dado nossa derrota pela capitulação?' Eu não saberia responder nesse momento, Cynara. Me preocupa muito termos ilusões qto ao conteúdo de classe do que aí existe e não estou dizendo que tenho ou não tenho razões nisso ou naquilo. É possível, Cynara, rompermos com o imediatismo na luta política pensando na unidade dos que querem e compreendam a luta, sejam eles de que partidos ou organizações pertencerem da chamada centro-esquerda, (compreendido aí TB os de 'oposição de esquerda')? Eu penso que sim.

Bors em 03/05/2013 - 17h57 comentou:

A resposta é simples: por que não é o governo que controla o país, nem a presidente, nem o PT. Quem comanda o país são as grandes corporações capitalistas, grandes agricultores, grandes multinacionais, enfim, grandes empresas.

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