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Taxar os ricos: um conto de fadas animado

Uma proposta que cria o imposto sobre as grandes fortunas está para ir ao plenário da Câmara dos Deputados. Quando é que os jovens pseudopolitizados que foram às ruas contra a corrupção vão se interessar pelo assunto? E será que a mídia incentivaria e daria a mesma atenção a uma marcha em favor do imposto […]

Cynara Menezes
19 de janeiro de 2013, 23h15

Uma proposta que cria o imposto sobre as grandes fortunas está para ir ao plenário da Câmara dos Deputados. Quando é que os jovens pseudopolitizados que foram às ruas contra a corrupção vão se interessar pelo assunto? E será que a mídia incentivaria e daria a mesma atenção a uma marcha em favor do imposto sobre as grandes fortunas? Duvido. Até porque os donos das empresas de comunicação não são exatamente uns pés-rapados.

O que está acontecendo na Europa e nos Estados Unidos deveria servir de exemplo para o Brasil. É óbvio que os ricos precisam dar uma contribuição maior. Não é possível que continuem a ganhar cada vez mais dinheiro apesar das crises econômicas –e até por causa delas. Veja este filme: em pouco mais de 7 minutos, você vai entender por que o imposto sobre as grandes fortunas tem que ser aprovado. É uma bela bandeira.


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Angelo em 20/01/2013 - 02h42 comentou:

Boa Cynara, muito bom..

Responder

Cícero em 20/01/2013 - 05h35 comentou:

Além dos ricos, também as Igrejas deveriam ser taxadas. As igrejas possuem isenção tributária por serem consideradas entidades "filantrópicas". Porém, hoje, a maioria das Igrejas cristãs se transformaram em uma espécie de comércio bastante lucrativo. Os pastores evangélicos estão comercializando a Fé. Muitos deles, que não possuíam nada, hoje estão milionários à custa da ingenuidade de milhares de fiéis obcecados pelo discurso dos dirigentes dessas Igrejas.

Nesta semana, a Revista Forbes listou os líderes evangélicos mais ricos do Brasil. São eles: Silas Malafaia, Valdemiro Santiago, R R Soares, Estevam Hernandes Filho, bispa Sônia e Edir Macedo. Tais milionários são donos de uma fortuna imensa, favorecidos certamente pela imunidade tributária de que gozam as Igrejas no Brasil.

Todavia, muitas Igrejas atuam como verdadeiras empresas, onde os clientes são os fiéis, o serviço prestado é a cura da enxaqueca, e o produto comercializado é a palavra de deus.

Portanto, além de aumentar os impostos dos ricos, está na hora de tributar as igrejas também !!!

Responder

    Cláudio em 20/01/2013 - 13h04 comentou:

    Apoiadíssimo!!

    Fernando em 21/01/2013 - 12h27 comentou:

    apoiadíssimo (2)!

    @daanlima_ em 22/01/2013 - 16h46 comentou:

    Concordo com você em gênero, número e grau. Além de tributar as igrejas, elas deveriam provar que tipo de filantropia realizam né.

Adriano Oliveira em 20/01/2013 - 13h50 comentou:

Vou um pouco além, o Brasil necessita de uma reforma tributária, em que, não sejam só criados novos tributos, mas também aliviem a barra dos mais pobres, a tributação hoje voltada preponderantemente ao consumo é extremamente injusta… vou deixar um exemplo de uma dessas bizarrices que acontece:
O serviço de telecomunicação hoje é visto como um bem supérfluo (sim supérfluo!!!), geralmente cobrado com a alíquota de no mínimo 25% de ICMS, por outro lado, em um determinado estado do centro oeste (GO), duas marcas de cigarro tem um benefício de redução de base cálculo para o ICMS… tem lógica isso?

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Virginia em 20/01/2013 - 16h07 comentou:

O desenho é ótimo mas isso não se aplica ao Brasil já que o Imposto de Renda é extremamente justo:

– só é obrigado a pagar imposto a partir de uma certa faixa de renda (que aumenta a cada ano)

– é proporcional à renda e, no imposto de renda pessoa física, são permitidas pouquissimas deduções.

Portanto quem recebe mais já paga mais.

Além do que há impostos específicos à atividades onde só os ricos atuam tais como operações financeiras e investimentos.

Eu acho muito difícil que as mulas do Congresso consigam criar um imposto sobre grandes fortunas que não caia na incidencia do Imposto de Renda, o que levaria a bitributação, que é inconstitucional.

Ademais há alíquotas mais altas para aqueles que mantem negocios e dinheiro em paraísos fiscais, chegando a quase o dobro da alíquota normal além de estarem sujeitos a uma fiscalização rigorosa por parte da Receita Federal.

Acho muito importante entender o sistema tributário nacional antes de sair às ruas pedindo o Imposto sobre Grandes Fortunas.

Muito mais eficiente seria fiscalizar melhor o Imposto de Renda e excluir algumas isenções, como o exemplo citado acima, das igrejas.

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@daanlima_ em 22/01/2013 - 16h47 comentou:

Eu duvido que essa proposta saia da Câmara dos Deputados.

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Rafaela F. Kohler em 24/01/2013 - 21h22 comentou:

Um detalhe curioso é que na Brasil tal imposto esta previsto na Constituição de 1988.

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar

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André L. em 22/02/2013 - 23h33 comentou:

Bela falácia! Isso jamais funcionaria no Brasil Não adianta nada aumentar o imposto dos ricos alegando que assim o "sistema" voltaria a funcionar, sabe por que? Porque no Brasil a maior parte do imposto não chega a quem ele deveria, e o governo é INCOMPETENTE na gestão do dinheiro público. O video é muito simplista, um mero veículo ideológico. Não adianta nada, absolutamente nada, aumentar os impostos dos ricos enquanto o governo continua baseando toda a economia em dinheiro virtual, moeda sem lastro e dívidas.

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