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Vai para a Costa Rica: presidente de centro-esquerda e vice negra terão gabinete 50-50

Carlos Alvarado e Epsy Campbell, primeira mulher negra eleita para a vice-presidência na América Latina, terão um ministério paritário

A vice Epsy Campbell e o presidente eleito Carlos Alvarado. Foto: divulgação
Da Redação
03 de abril de 2018, 11h33

Eleito no domingo, 1 de abril, presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado e a vice-presidenta Epsy Campbell terão um ministério paritário, com metade mulheres e metade homens. O gabinete 50-50 foi uma das promessas de campanha do novo presidente e de sua vice, a primeira mulher negra eleita para a vice-presidência de um país na América Latina. A dupla também defende o casamento homossexual, ainda não legalizado por lá.

“Somos um país que precisa fechar as lacunas históricas que há entre homens e mulheres, estamos comprometidos com uma agenda de igualdade, um país que deve dar igualdade para as pessoas com deficiência, idosos e melhorar as condições das nossas crianças”, disse Alvarado. Aos 38 anos, ele foi ministro do atual governo, de Luis Guillermo Solís, e derrotou no segundo turno um pastor evangélico com sobrenome idêntico ao seu, Fabricio Alvarado, por 60,66% a 39,33%.

No twitter, a ONU Mulheres saudou a ideia de um ministério paritário que “fará história” no continente. No Brasil, a única tentativa de fazer algo semelhante aconteceu no primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, que chegou a um terço de mulheres no ministério. Atualmente, o primeiro escalão do governo Michel Temer tem apenas uma mulher, Grace Mendonça, na Advocacia-Geral da União.

Epsy Campbell, a vice-presidenta, é deputada, tem 54 anos e um largo currículo acadêmico: é formada em economia com pós-graduação em Ciências Políticas, é conferencista em temas de igualdade de gênero e desenvolvimento. Ela afirmou que atuará em conjunto com o Instituto Nacional da Mulher, o Ministério do Trabalho e a iniciativa privada para reduzir as brechas salariais entre os gêneros. Epsy também pretende atuar para reduzir a desigualdade entre os indígenas e os afrodescendentes.

A nova vice é uma das figuras mais populares da Costa Rica e já havia tentado se lançar à presidência. Nas redes sociais, o novo presidente parabenizou sua companheira de chapa.

Enquanto isso, no Brasil, uma mulher negra, vereadora campeã de votos, é executada por razões políticas e nem sequer descobrem seus assassinos.

 


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Sergio Souza em 03/04/2018 - 19h31 comentou:

Competência não tem sexo! Tomara que dê certo! E se fosse 100% mulheres? Ótimo também! E se fosse 100% de homens? Ótimo também. Desde que tenham todos competência! Desde que todos sejam pessoas públicas, comprometidas com o bom e correto uso dos recursos públicos! É disso que o mundo precisa!

Responder

    Cynara Menezes em 03/04/2018 - 20h33 comentou:

    “competência não tem sexo”, mas os homens ocupam 99,9% do governo temer

Antônio Carlos Sant Anna de Souza em 05/04/2018 - 14h01 comentou:

Concordo que é relevante uma mulher e negra no poder,mas é fundamental que ela seja honesta e competenta para fazer realmente a diferença, caso contrário será mais uma decepção !

Responder

Domingos em 11/04/2018 - 07h58 comentou:

acho interessante que quando uma mulher alcança um posto de poder importante a primeira palavra que aparece é competência, isso me parece desconfiança, é uma mulher? cuidado, tem competência? é 99,99% de machos no poder? não vem ao caso a competência. tá puxado, viu?

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