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Violência doméstica mata cinco mulheres por hora no mundo

Da ActionAid: Cinco mulheres são mortas a cada hora no mundo por um parceiro ou parente, de acordo com um relatório divulgado pela ActionAid. Para ler o relatório completo, clique aqui. Os dados são resultado de uma análise do estudo global de crimes das Nações Unidas e indicam um número estimado de 43.600 mulheres sendo assassinadas todos […]

Cynara Menezes
08 de março de 2016, 10h20
brancadeneve

(Arte do italiano Alexsandro Palumbo)

Da ActionAid:

Cinco mulheres são mortas a cada hora no mundo por um parceiro ou parente, de acordo com um relatório divulgado pela ActionAid. Para ler o relatório completo, clique aqui.

Os dados são resultado de uma análise do estudo global de crimes das Nações Unidas e indicam um número estimado de 43.600 mulheres sendo assassinadas todos os anos em consequência de violência doméstica, o equivalente a cinco mulheres por hora ou uma mulher a cada 12 minutos.

A ActionAid também estima que mais de 500 mil mulheres serão mortas por seus parceiros ou familiares até 2030, prazo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), assinados em Nova York no ano passado e que incluem como meta a igualdade de gênero e o empoderamento de meninas e mulheres. Apesar disso, quase um quarto dos países do mundo ainda não têm leis que protegem especificamente as mulheres da violência doméstica.

Os resultados estão sendo lançados como parte do novo relatório da organização no Reino Unido “Mulheres e meninas sem medo – liderando o caminho, transformando vidas” que aponta o papel fundamental que organizações de direitos das mulheres desempenham na luta contra a violência.

O documento, inclusive, pede que governos, doadores e a comunidade internacional se unam para priorizar algumas ações que a organização considera fundamentais neste sentido, como a ajuda financeira a coletivos de mulheres que militam contra a violência doméstica, o apoio ao desenvolvimento de leis e planos nacionais de ações para combate à violência de gênero e o aumento da responsabilidade internacional sobre o cumprimento dos ODS. Para o governo britânico, por exemplo, a ActionAid recomenda um investimento de ao menos 70 milhões de libras ao longo dos próximos três anos para serem acrescentados ao orçamento já existente para o apoio a organizações de direitos das mulheres.

Uma pesquisa da Associação para os Direitos das Mulheres em Desenvolvimento mostra que organizações deste tipo são cronicamente subfinanciadas, com uma renda média estimada de pouco mais de 14 mil libras por ano.

“O tipo de violência mais comum enfrentado pelas mulheres é a doméstica. Isso é um sintoma terrível da desigualdade de gênero. Com um terço de todas as mulheres experimentando alguma forma de violência em algum momento de sua vida, esta é uma epidemia global que ameaça as vidas de milhões de mulheres todos os dias, especialmente aquelas vivendo em situação de pobreza e enfrentando outras formas de discriminação. Organizações de direitos das mulheres são muitas vezes a primeira e mais importante fonte de apoio às mulheres vivenciando uma situação de crise, um porto seguro a que elas podem recorrer para pedir ajuda e as principais porta-vozes de duas reivindicações por mudança. A pesquisa mostra que seu trabalho vital é a forma mais eficaz de acabar com a violência contra a mulher. No entanto, elas são cronicamente subfinanciadas”, diz Sarah Carson, coordenadora gestora de Campanhas de Direitos das Mulheres da ActionAid no Reino Unido.

 

 


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