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“Cobrado” pelo governo por limpeza das praias, Greenpeace dá o troco

Ativistas simularam, com plástico azul e tinta preta, um mar poluído por petróleo diante da rampa do palácio

Foto: Christian Braga/Greenpeace Brasil
Da Redação
23 de outubro de 2019, 11h58

“Cobrado” pelo governo pela limpeza do petróleo nas praias do Nordeste (!), o grupo ambiental Greenpeace fez um protesto em frente ao Palácio do Planalto nesta quarta-feira contra a política “antiiambiental” de Bolsonaro, a quem chamam de “inimigo do meio ambiente”. Os ativistas simularam, com plástico azul e tinta preta, um mar poluído por manchas de petróleo diante da rampa do palácio. Também havia troncos queimados simbolizando os incêndios na Amazônia, fora de controle desde que a extrema direita chegou ao poder.

“Desde o fim de agosto, as manchas de petróleo afetam a natureza, os animais marinhos, as pessoas, a pesca, o turismo e a economia de centenas de locais em todos os estados da Região Nordeste. A demora em combater e mitigar o maior desastre de petróleo do país em extensão prova que o governo federal não está preparado para responder a derramamentos como esse, deixando nossos oceanos ainda mais ameaçados”, diz o grupo.

Nos últimos dias, para tentar justificar a inércia do governo, o ministro contra o Meio Ambiente, Ricardo Salles, tem atacado o Greenpeace no twitter, “cobrando” do grupo que participe da limpeza das praias. O ministro do governo das fake news chegou a divulgar um vídeo manipulado para atacar o Greenpeace, que tem divulgado nas redes sociais seus voluntários ajudando na limpeza, ao contrário do que disse Salles.

“Em vez de focar na resolução do problema com eficiência, o presidente Jair Bolsonaro viajou para o exterior enquanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tenta mascarar a sua inação desviando a atenção do problema e jogando a responsabilidade para a população e para as organizações não governamentais.” O presidente está no Japão e fará viagem por outros países da Ásia.

“Enquanto o óleo se espalha, o governo  Bolsonaro segue realizando leilões e oferecendo mais de dois mil blocos de petróleo em diversas áreas sensíveis social e ambientalmente, da costa brasileira à floresta amazônica”, diz Thiago Almeida, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. O grupo cobrou do governo a implementação das ações previstas no Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Água, cujos comitês Bolsonaro extinguiu.

No final da manhã, os ativistas que protestavam em frente ao Palácio do Planalto foram detidos pela Polícia Militar e levados à delegacia. Este post será atualizado para mais informações.

Com informações do site do Greenpeace Brasil

 


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