Socialista Morena
Feminismo

Desculpa, Judith Butler! Nosso país virou um lugar de gente tapada

A toscolândia em que o ódio ao PT transformou o Brasil nos faz sentir vergonha alheia a todo momento; pagar mico diante do mundo virou rotina

Micão: senhora vestida de princesa protesta contra Judith Butler. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Cynara Menezes
07 de novembro de 2017, 18h15

É indescritível a vergonha alheia que sinto diante da filósofa norte-americana Judith Butler. Uma das principais pensadoras do feminismo contemporâneo e da teoria queer, professora da Universidade da Califórnia em Berkeley, ela foi convidada para dar uma palestra no Sesc Pompeia, em São Paulo, no seminário Os fins da democracia. Foi o suficiente para reaças que jamais leram um livro dela e não têm a mais remota ideia sobre o que Judith pensa organizarem um abaixo-assinado para proibir sua fala. Até agora, 367 mil tapados assinaram.

Judith, pelo amor de Deus, não somos todos assim. Vem aqui tomar um café, querida. Eu adoro bruxas

A toscolândia em que o ódio ao PT transformou o Brasil está a todo momento nos fazendo pagar mico diante do mundo. Gente que nunca foi a uma exposição de arte querendo censurar exposições; gente que nunca assistiu a uma palestra querendo proibir palestras. Curiosamente, os que desejavam impedir Judith Butler de falar são os mesmos que vivem exigindo o direito de lançar impropérios contra gays, mulheres e negros em nome da “liberdade de expressão”.

Me encolhi de vergonha alheia ao ver o bando de obtusos que foram para a frente do Sesc Pompeia, crucifixos em punho, bradar coisas como “viva as princesas do Brasil” e “menos bruxa, mais príncipes e mais princesas”. Que micão! Judith, pelo amor da deusa, não somos todos assim. Vem aqui tomar um café, querida. Eu adoro bruxas.

Claro que não podia faltar o atual guru intelectual da reaçada, o ex-ator Alexandre Frota. Imagina a filósofa voltando para casa e dizendo: “Gente, no Brasil fizeram uma manifestação contra mim liderada por um brucutu que nunca leu um livro da vida. Eles queimaram um boneco representando uma bruxa, ou seja, eu, e outro do milionário George Soros, aos gritos de ‘queimem a bruxa!'”. Ai, Judith, perdoa! Juro que nós, de esquerda, não temos nada a ver com isso.

Eu vi, Judith, o quanto você foi compreensiva com a burrice dessa gente. “A maioria das pessoas que assinam esse tipo de petição formam sua própria ideia do que seja ‘gênero’ e ‘Butler’ a partir de comentários feitos nas redes sociais e em sites conservadores. Nesses espaços, a teoria de gênero é descrita como uma caricatura, o que causa medo e ansiedade”, você disse, em entrevista ao Estadão. “As mudanças sociais conquistadas pelo feminismo, pelas políticas LGBTQ e por mobilizações contra o racismo geraram ansiedade naqueles que baseiam suas ideias de gênero, desejo ou parentesco em uma noção fixada a respeito do que é natural ou determinado por Deus. Se gênero é uma forma de falar sobre os vários significados que o corpo pode assumir, a consequência é que a intimidade das pessoas conservadoras, os arranjos sociais nos quais elas confiam, suas ideias de família e de nação estão ameaçadas.”

Ufa! Me sinto aliviada de perceber que você entendeu tudo, que vivemos hoje em um lugar de gente manipulada por notícias falsas e sites de direita patrocinados sabe-se lá por quem. Vou te contar, até pouco tempo atrás não era assim. Inclusive elegemos uma mulher presidenta da República, sabia? Essas pessoas que você viu hoje em frente ao Sesc Pompeia começaram a sair do esgoto recentemente, incentivadas por uma mídia que apostou no obscurantismo como tática para arrancar o PT do poder. E agora finge que não tem nada a ver com isso.

Nos últimos anos, querida Judith, a imprensa brasileira, em vez de cumprir seu papel social de disseminar conhecimento, resolveu investir na ignorância. Colocou para assinar artigos em suas páginas gente desprezível, sem estofo intelectual algum, com o objetivo de influenciar pessoas com pouco conhecimento e dificuldade cognitiva como as que estiveram no Sesc Pompeia. Um dos líderes do movimento contra você, por exemplo, um jovem com cabeça de velho do século passado, foi colunista de um jornal que se autointitula “o maior” do país.

A imprensa, em vez de cumprir seu papel social de disseminar conhecimento, resolveu investir na ignorância como tática para derrubar o PT

Nossa mídia, controlada por meia dúzia de famílias, contratou direitistas do mais baixo nível intelectual possível para escrever barbaridades e assim conseguir formar uma massa de manobra antiesquerdista. Conseguiu. Mas agora essa turba ignara se volta também contra os jornais e TVs que os criaram. Cría cuervos y te sacarán los ojos, sei que você conhece essa frase, Judith.

A única coisa que posso fazer neste momento de master vergonha alheia diante de tão ilustre convidada estrangeira é pedir desculpas. Da próxima vez, espero que você encontre uma nação diferente. Costumávamos ser bons anfitriões, Judith. O ódio ao PT nos transformou nisso que você viu: um país de ignorantes que só falam em censura, em religião e em intervenção militar. Viramos uma nação de tapados.

 

 

 


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Amnéris Maroni em 07/11/2017 - 18h45 comentou:

Também sinto muita vergonha e sinto vergonha, entre outros motivos, porque a direita deste país é muito burra e, por incrível que possa parecer, a burrice é contagiosa. Nos contagia por que nos desmobiliza. Conversar com pessoas inteligentes, pessoas que, de fato, existem aumenta nossa criatividade, floresce nosso espírito…agora falar com tapados e burros é o exato contrário: faz com que nosso mental murche, nossa criatividade desfaleça. Uma tristeza. Parabéns pelo tom do artigo.

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    Loide em 11/11/2017 - 21h39 comentou:

    Maroni, vc que é um gênio me explique então: por que ao nascermos já temos o sexo definido? Por que os órgãos sexuais não se desenvolve depois que já temos capacidade intelectual de definirmos o que queremos ser?

janice em 07/11/2017 - 21h12 comentou:

Fora Judith……………………………ridículos defensores de algoque nem sabem o que é…………………………………

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Vera Graziano em 07/11/2017 - 21h44 comentou:

E mais uma vez, Cynara Menezes, você foi perfeita! Meus parabéns.

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Rodrigo Dias em 08/11/2017 - 00h18 comentou:

Muito bom o texto. Quero acrescentar que não só a imprensa, mas também a universidade nas últimas décadas, “em vez de cumprir seu papel social de disseminar conhecimento, resolveu investir na ignorância”. Isso é o que concluímos de “filósofos” como Boaventura de Sousa Santos (que tive o desprazer de ler numa disciplina) que confundem opinião com verdade, “ser” com “estar”, ontologia com epistemologia, ciência com religião, darwinismo biológico com darwinismo social, qualquer darwinismo com imperialismo, e assim por diante. E antes mesmo que estudantes de humanas saibam o que é a seleção natural, já foram doutrinados a negar Darwin, Wallace, Mendel, Simpson, Fisher, Mayr, Wilson e outras incontáveis mentes brilhantes, trabalhadoras e produtivas que contribuíram por mais de 150 anos de pesquisas sérias em biologia. Aí depois a igreja ganha força, o país retorna à barbárie, e a turma que diz ser de esquerda ainda jura que não entende o porquê! Vocês estão sendo enganados por esses “posmodernos” que nunca foram de esquerda! Eles conseguiram o que queriam, e vocês ainda pensando se o que estou falando faz sentido ou não (quando pensam)!

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Rodrigo Dias em 08/11/2017 - 00h49 comentou:

Outra coisa: deve haver um aumento sim, do número de homossexuais, não só pela maior liberdade que supostamente está acontecendo, como também pela mudança biológica de uma espécie que se encontra em superpopulação: com indivíduos demais e recursos de menos. A homossexualidade é também uma saída para tal cenário (ou seja, já devia existir desde a pré-história, não surgiu agora), assim como a violência – ambos, homossexualidade e violência, são observados em outras espécies de mamíferos, sob circunstâncias semelhantes. A nossa religião dominante parece preferir a violência, já que é contra os gays. Os posmodernos, jogando a biologia na “lixeira” (ainda que de forma sutil e disfarçada), fazem as massas ignorarem a sutilidade biológica da questão, tornando-se vítimas fáceis da demagogia religiosa. Religião, aliás, que ganhou de volta o seu “direito à verdade”, agora que a verdade “está na cabeça de cada um”, e não existem mais debates acadêmicos onde se mostre se algum de nós — ou ambos! — estamos errados. A palavra “errado” virou um “politicamente incorreto” nesses ambientes, mas é daí que estão saindo profissionais de humanas, do direito, da mídia… Quando vamos debater este assunto?

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Edleuza em 08/11/2017 - 01h01 comentou:

O pior é q as bruxas estavam do lado de fora. Cada figura fria com cara de gente sem noção. A vestida de princesa era a própria bruxa (isto para eles q beiço é algo feio) pois na minha concepção, as bruxas no real sentido da palavra sã o mulheres livres de alma linda, felizes….

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Sergio em 08/11/2017 - 10h20 comentou:

Infelizmente, é de lado a lado! Quando a blogueira Yoani Sánchez desembarcou, foi hostilizada aqui no Recife por um bando de ideológicos esquerdistas. Obviamente, isso não justifica a hostilidade à figura da Sra. Judith. Mas, se viesse alguém, de porte conservador, que defendesse valores cristãos para os comportamentos das pessoas, sofreria a mesma “toscolândia”, só que do outro lado. Desgraçadamente temos uma sociedade dividida em que os extremos (esquerda e direita) é quem tomam o protagonismo dso debates. Se alguém defende o feminismo, toma pancada da direita! Se defende a família segundo Deus, toma pancada da esquerda! Como uma corrente ou outra fosse amordaçada. Isso precisa parar!

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    Cynara Menezes em 08/11/2017 - 11h06 comentou:

    a diferença é que teve gente do nosso lado que criticou. eu, por exemplo http://www.socialistamorena.com.br/nao-sao-os-eua-que-financiam-yoani-e-cuba-e-a-esquerda-arcaica/

    André Flores em 12/11/2017 - 09h23 comentou:

    Nos Estados Unidos, fizeram um abaixo-assinado, proibindo Bolsonaro de dar uma palestra. Qual é a diferenca? O mundo está polarizado, isso sim.

    Cynara Menezes em 13/11/2017 - 10h26 comentou:

    abaixo-assinado é igual bater numa mulher com cartazes no aeroporto. é igual queimar uma boneca da mulher como se fosse uma bruxa. igualzinho

Marlyson Alvarenga em 08/11/2017 - 17h55 comentou:

Sabem porque estão chamando Butler de bruxa? Imaginem a desconstrução nos moldes patriarcais provocados por uma mulher que com seus chás e conhecimentos sobre ervas poderia curar alguns tipos de moléstias? A bruxa é essa que nos recoloca em um lugar do qual fomos tirados: a natureza. A bruxa descoloca a transcendência cristã da salvação e por isso posso negar a vida, devo reprimir meu corpo. A Bruxa nos re-coloca em um lugar que possui sentido, em um lugar onde o afeto pode/deve acontecer. Por isso ela assusta tanto, ela toca a matéria e faz com que o façamos. A Bruxa é uma mulher ganhando espaço em mundo completamente masculino, heteronormativo, classista, eurocentrado. A bruxa vai sempre assustar, porque nos lembra da possibilidade do diferente. Nos lembra de uma história que perdemos porque somos apenas sujeitos que trabalham. Butler é bruxa sim, nesse sentido, uma poderosa Bruxa.

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Armandonoel em 08/11/2017 - 21h32 comentou:

IDEOLOGIA DE GÊNEROS

Judith Butler é uma filósofa pós-estruturalista estadunidense, uma das principais teóricas da questão contemporânea do feminismo, teoria queer, filosofia política e ética. Ela é professora do departamento de retórica e literatura comparada da Universidade da Califórnia em Berkeley . Desde 2006 Judith Butler atua como Hannah Arendt Professor de Filosofia no European Graduate School, Suíça. (Ideologia de Gêneros).
Apesar de não ser uma ideia nova, porem seu atual formato, esse sim é novíssimo, ou seja, as inúmeras formas de propagação mundo afora. As suas, discursões desabaram de forma tal que mais parece um verdadeiro furacão devastador por todas as mídias. Esse atual assunto foi largamente abraçado primeiramente por Governos e Políticos, em países pelo mundo, nas buscas de demonstração do rompimento dos chamados preconceitos de comportamento humano sexual e posteriormente adentra junto as filosofias em novos formatos Educativo Escolar, e logo em seguido ganha um novo corpo nas linguagens “RELIGIOSAS”. Aí começam os chamados grandes debates. Eu particularmente fico imaginando, o quanto deve estar feliz, agradecida e solicitada por todo o Planeta Terra e sorrindo de canto a canto de sua boca, a Sra. e Dra. Judith, acredito que jamais imaginava que suas novas ideias, que de novo não tem nada, a não ser o formato de como fora exposto pela mesma, o quanto lhe deve estar rendendo bons e excelentes dividendos financeiro, fama e muito sucesso. Vejam, senhores, o mundo resolve notadamente discutir um só assunto em todos os quadrantes, chegando a ponto de deixarem de lado outros importantes assuntos, pois o momento e o alvo primordial das, discursões é sem dúvida a proteção e a guarda entre aspas da “FAMÍLIA”, que vem sendo ameaçada pela teoria dessa senhora na chamada “IDEOLOGIA DE GÊNEROS”. Agora a grande sacada dos chamados profissionais da religião, é a forma e o formato pelo qual se utilizam dessas informações. Como eles são inteligentes e sabem muito bem planejarem seus discursos, normalmente colocaram a frente o já famoso e milenarmente conhecido vilão das histórias, o “DIABO”, aquele mesmo que incute ao medo, pavor e desesperos aos seus fiéis seguidores em suas buscas de salvação e proteção prometidas. E assim vão construindo nas mentes dos fieis as premissas do protecionismo descabido, pois sem um personagem poderoso, não torna possível desenvolver tal questão. Afinal, qual será o resultado primário de tudo isso? Naturalmente e logico, sem dúvidas é a garantia do arrebatamento da confiança e arrecadação financeira dos membros fieis como objetivo principal. Cada período tem seu ponto culminante e suas forças necessárias sempre para se alcançar tais objetivos. Não estou aqui fazendo qualquer julgamento do que é certo ou errado e nem me submetendo a apontar qual caminho seguir. Estou apenas analisando essa situação como ponto crucial dos inúmeros discursos observados nos chamados profissionais da “RELIGIÃO”. Vamos analisar como critica natural de qualquer acontecimento novo, por exemplo: Se surge algo novíssimo, tipo seja lá o que for, uma vez surgido, aquilo começa a ser visto e observado naturalmente e de forma minuciosa, daí aquilo começa a evoluir e as percepções começam e crescer em torno daquilo. A medida que vai crescendo, vai aumentando de velocidade sua propagação natural. Pois bem, quanto mais se falam, quanto mais é debatido, ou entre aspas é combatido, mais aquilo cresce a ponto de se agigantar transpondo fronteiras momento, até que vai aos poucos cessando e caindo nos esquecimentos, pois logo surge outra grande ideia nova sucedendo a anterior. É assim que funcionam as ideias novas. Quais os resultados disso tudo? Naturalmente, muitos lucros de todas as espécies, principalmente a financeira, claro. Eu acredito e a Ciência já provou isso que só vai para frente uma ideia nova quando aquilo que é além de notado, também é largamente debatido. Se a tal ideia nova mesmo que notada, ela não é debatida, sua propagação cai por terra e ela naturalmente se sucumbe desaparecendo por completo. Assim fica a dica, quanto mais se bate, mais se propaga e mais se cresce. Porque a ideia de se debater em torno do assunto novo? Só tem uma única explicação, “LUCRO FINANCEIRO”. Deus e Diabo juntando com qualquer outro ingrediente, dão um lucro tremendo. Podemos debater a situação sem esses dois personagens importantes que respeito muito.
O AUTOR: ARMANDONOEL 2017.

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Rodrigo Dias em 09/11/2017 - 11h57 comentou:

Cynara, por favor me explica uma coisa. Como é que alguém de esquerda pode achar “chato” investigar uma tendência/técnica que vem destruindo a esquerda por dentro? Estou cansado de denunciar essa tendência/técnica e gente “de esquerda” fingir que não ouviu. O que é que está acontecendo, afinal? Você e o resto que não quer saber do assunto, será que acham que os “filósofos europeus” são boas pessoas? São santos? São mesmo geniais? Nietzsche já havia denunciado a maioria dos filósofos no seu Anticristo (última página, censurada na maioria das edições, obviamente, por essa corja de mentirosos). Mas a esquerda continua achando que deve estar “antenada” com as últimas novidades filosóficas que emanam do velho continente… Que leseira! A esquerda nunca foi tão BURRA como hoje, isolada, “cada um no seu quadrado”. Os dominadores batem palmas!

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Sergio em 09/11/2017 - 19h20 comentou:

Não diferença Sra. Socialista, se há você que de um lado critica posições extremistas, do outro lado idem. O que eu quero dizer que tanto direita e esquerda possuem vozes extremistas, e infelizmente, têm soado mais forte que as vozes da tolerância.

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Gerson Machado de Avillez em 10/11/2017 - 21h06 comentou:

Gosto da esquerda quando ela luta contra a desigualdade econômica e social, mas algumas coisas parecem ser feitas apenas para atacar famílias que apenas lutam honestamente para terem suas vidas.
Assinei a petição, mas tirando o fato de não ter lido o livro dela não sou nada do que é afirmado no texto, leio cerca de 30 livros por ano, vou a exposições e palestras, tenho 134 de QI e sou asperger, mas convenhamos argumentar que tal escolha é burrice é um sofisma grosseiro assim como apelar a ofensa como argumentação.
Apenas creio que impor a sexualização da infância é biologicamente errado e moralmente reprovável, deveria ao menos ter pudor de classificar a faixa etária pois ao contrário de prostestar como exercício democrático não é um crime como a pedofilia, mas não, as exposições que ofendem a fé alheia, isto sim é um micão, promover até mesmo zoofilia na cara de pau pra criança ver. A vergonha é a degeneração vendida como arte que sem limites éticos ou morais acha-se menos vergonha de que gente honesta que quer criar os filhos com decoro e que são a maioria no pais. Ficar cutucando um o ânus dos outros, ou criancinhas “brincarem” com um cara pelado não é no mínimo mico, acho que seu bom senso deve estar afetado.
Sinceramente não preciso ler um livro o qual aparentemente o resultado é o conhecido, assim como não necessito ler o Mein Kempf para condenar o nazismo.

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    Cynara Menezes em 11/11/2017 - 11h50 comentou:

    mas é justamente essa a questão: ler mein kampf não torna ninguém nazista. assim como assistir a uma palestra não torna ninguém “adepto” de nada. o que vocês querem é CENSURA, mas só em relação ao pensamento de esquerda. e, sim, quem assinou aquela patética petição é tapado

Rodrigo Dias em 11/11/2017 - 15h07 comentou:

Pow Cynara, nem um comentário? Que esquerda é essa que vê uma denúncia de que estão destruindo a esquerda por dentro (denúncia corroborada por gente do calibre de Noam Chomsky e Eric Hobsbawm!) e faz cara de paisagem? É incrível! Vocês realmente acham que os “intelectuais” europeus estão acima da crítica?! Até quando vão fingir que nossos estudantes não estão sendo alimentados com LIXO anti-intelectual? Eu vi com meus próprios olhos! Por que você finge que nada demais acontece? Eu mostrei as referências, por que você finge de surda e cega? Quer saber? Perdeu um seguidor.

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Ana em 11/11/2017 - 20h17 comentou:

Vc também sentiu vergonha alheia qdo a Yoani Sanchez foi estupidamente atacada no Brasil por pessoas da esquerda?

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Rocha em 15/11/2017 - 05h17 comentou:

É uma heresia utilizar a expressão “pelo amor de Deus” nesse texto cujo conteúdo não revela nada de amor as leis e decretos que Ele nos deixou na Bíblia. Antes de falar o nome de Deus em vão, procure estudar a Bíblia e entender qual é a vontade e os desígnios Dele para a humanidade.

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    Cynara Menezes em 15/11/2017 - 12h50 comentou:

    são vocês, fundamentalistas tapados, que estão usando o nome de deus em vão, o tempo todo, para oprimir as pessoas, espalhar ódio e tentar transformar o brasil numa teocracia do demônio. não vão conseguir

Paulo em 25/12/2017 - 21h05 comentou:

Uhuuu… Direitista falando aqui rsrsrsrs Bem… Vou simplificar. Basta se erguer um muro bem alto dividindo o Brasil (Se bem que esse muro já existe ideologicamente) Um muro que a Esquerda fique para lá e a Direita fique para cá. Depois é só esperar pra ver qual dos dois lados desenvolve primeiro, progride primeiro, tem o menor índice de pobreza. Acho perda de tempo e hipocrisia, as discussões, já que os “resultados ” de cada polo diz tudo.

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