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Mais reaças que o rei

Entre todos os candidatos presentes ao primeiro debate entre os presidenciáveis na rede Bandeirantes, nem mesmo o pastor evangélico assumidamente de direita foi capaz de dizer que existe uma ameaça à democracia no Brasil sob o governo do PT. Nenhum deles falou que o PT defende censura à imprensa. Nem que os índios estão tomando […]

Cynara Menezes
27 de agosto de 2014, 21h50

(Marina, Aécio e Dilma no debate da Band. Foto: Miguel Schinchariol/divulgação)

Entre todos os candidatos presentes ao primeiro debate entre os presidenciáveis na rede Bandeirantes, nem mesmo o pastor evangélico assumidamente de direita foi capaz de dizer que existe uma ameaça à democracia no Brasil sob o governo do PT. Nenhum deles falou que o PT defende censura à imprensa. Nem que os índios estão tomando a terra dos “brasileiros”. Quem fez isso foram dois jornalistas, Boris Casoy e José Paulo de Andrade, escolhidos pela emissora para fazer perguntas (ou editoriais disfarçados de perguntas) aos candidatos.

Casoy e Zé Paulo conseguiram ser mais reaças do que todos ali. Nunca vi, num debate, jornalistas se comportarem como opositores dos candidatos no caso, Dilma Rousseff, do PT, e Marina Silva, do PSB, porque com o tucano Aécio Neves foram só levantadas de bola para ele cortar. Nunca vi, num debate, um jornalista fazer pergunta para um candidato criticando outro concorrente. Sobriedade mandou lembranças.

Mas o que mais me espantou é que nem Dilma nem Marina e nem mesmo Luciana Genro, do PSOL, candidatas mais à esquerda no espectro político, foram capazes de denunciar, de retrucar com veemência, posturas tão arcaicas quanto às demonstradas pelos dois jornalistas, certamente com o aval dos patrões.

Colhi algumas das pérolas da noite, confiram.

De José Paulo para Luciana com comentário de Dilma:

 A questão indígena, que até no Rio Grande do Sul se agrava, com índios essa semana fazendo policiais de reféns. Na Bahia, como ocorreu em Roraima com a Raposa Serra do Sol, brasileiros trabalhadores estão sendo expulsos da terra onde estavam há gerações. A crítica à Funai é que só antropólogos determinam a política indigenista. Recentemente, em audiência na Câmara, o ministro da Justiça falou em fortalecimento da Funai, mas até agora nada se fez. A pretexto de incluir os excluídos, exclui-se os incluídos. Candidata, somos ou não iguais em direito? Qual seria sua política indigenista?

De José Paulo para Aécio com comentário de Dilma:

 O governo federal criou por decreto o Conselho de Participação Social. É uma instância direta vista com apreensão por muitos setores: seria uma ameaça ao Congresso Nacional e consequentemente ao equilíbrio institucional. Seria uma bolivarização do Brasil nos moldes chavistas e agora a própria candidata acaba de lançar a ideia de um plebiscito para fazer a reforma política, o que, me parece, deixa de lado o Congresso Nacional. Como o candidato vê a movimentação dessas peças no tabuleiro político?

(Aécio, é claro, surfa na onda da “preocupação” em “garantir a democracia”, mas Dilma dá uma boa resposta: “É estarrecedor que se considere plebiscito algo bolivariano. Então a Califórnia pratica o bolivarianismo.”)

De Boris para Marina com comentário de Aécio:

 Setores da economia criticam o que classificam, candidata, de seu “radicalismo ambientalista”. Segundo eles, esse tipo de posição tem criado obstáculos para o desenvolvimento da economia do país. Citam o exemplo da usina de Belo Monte, que poderia produzir 11 mil megawatts e, por exigências ambientais consideradas exageradas, só vão produzir 4 mil. Como a senhora responde a essas críticas?

De José Paulo para Everaldo com comentário de Aécio:

 Os candidatos de oposição temem perder votos com posições que não sejam favoráveis à manutenção dos programas sociais do governo, que acabam sendo cabos eleitorais importantes, e nisso exageram, prometendo aumentar os benefícios que no fim vão pesar na carga tributária já elevada, como é o caso da Poupança Jovem do candidato Aécio. Se há uma justificativa a curto prazo para incluir os brasileiros menos favorecidos, quando é que vamos ensiná-los a pescar?

(Até o Aécio acha Zé Paulo reaça demais neste momento.)

De Boris para Eduardo Jorge com comentário de Dilma:

 Por considerar um assunto importante e grave, que envolve a liberdade no país, vou voltar à questão do controle social da mídia. O partido da presidente, o PT, insiste num plano de censura à imprensa, que eufemisticamente chama de democratização da mídia. A bem da verdade, a presidente Dilma, a candidata Dilma, não adotou, criou uma barreira, não tem colocado em prática, apesar da insistência do partido, essa ideia. Eu queria perguntar: se eleito, o candidato Eduardo Jorge vai levar esse plano adiante?

(Eduardo Jorge, para riso geral, diz concordar com Dilma.)

Quando vejo os planos dos coronéis da mídia para o Brasil, transmitidos por seus funcionários em um debate supostamente jornalístico e “imparcial”, percebo o quão diferentes são minhas críticas ao governo Dilma das deles. Percebo o quanto minha ideia, meus sonhos de País, se diferenciam dos proprietários dos meios de comunicação como a Rede Bandeirantes.

Critico a Dilma porque ela precisava ser mais atenta à questão indígena e à ambiental a mídia acha que Dilma precisava ser ainda mais permissiva com os fazendeiros e o grande poder econômico (e o mesmo desejam de Marina).

Critico a Dilma por não ter concretizado a democratização da mídia, pondo fim à propriedade cruzada dos meios de comunicação, por exemplo, proibida em vários países. Isso nada tem a ver com censura eufemismo quem usa são eles, ao dizer que democratizar a mídia é censurar. Os donos da mídia não querem a democratização porque temem perder seu poder, derivado do fato de que menos de uma dúzia de famílias (como os Saad, da Band) detém a maioria dos meios de comunicação no País.

Aplaudo o PT pelos programas sociais que incluíram milhões de brasileiros e acho que deve haver cada vez mais inclusão a mídia acha os programas sociais, assim como as cotas nas universidades, desnecessários e excessivos.

Critico o PT por não ter batalhado mais pela reforma política e aplaudo a iniciativa de propor um plebiscito para fazê-la a mídia aponta o plebiscito como “antidemocrático”, sendo que ouvir a população sobre este tema seria justamente o contrário. Curioso é que eles são contrários a ouvir a população sobre a reforma, mas foram a favor de plebiscito para dar direito às pessoas de terem armas… No fundo, não querem a reforma política porque são contra o financiamento público de campanha. A mídia sabe que o financiamento privado favorece os candidatos com maior poder econômico os seus, e portanto é melhor que continue assim.

O País dos reaças da mídia não me interessa. Ele é pior do que o que temos hoje. Mais injusto, mais desigual, mais concentrado nas mãos de poucos. Exatamente como a própria mídia.

 


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Lenir Vicente em 27/08/2014 - 22h16 comentou:

O que é pior : é essa mídia reaça que manda na pauta das camapanhas. Mas creio na Dilma.Na capacidade dela de realizar em seu segundo mandato, o que não conseguiu no primeiro.Entre os projetos, a regulamentação da mídia. E claro, não esperemos refresco desses jornalixos. Eles não passam de um bando de amestrados.Dilma tira essa cambada de letra. Sua tranquilidade e elegância valeram. esse foi só o começo. Nos outros ela se solta mais e manda ver. Já imaginou qd for com o bonequinho de ventríloco da Globo?

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    Prof Paulino em 29/08/2014 - 00h32 comentou:

    Agora em relação a Dilma era de se esperar isto mesmo, estes destes reacionários,porém ela se saiu muito bem e é um bom espaço para ela mostrar sua administração e la fez e fará com muita capacidade e quanto mais atacada ela for mais espaço para ela crescer.Certeza é que esta mídia jamis será isenta ,eles têm lado e a população com um pouco de discernimento sabe identificar.

harley em 27/08/2014 - 22h42 comentou:

show de bola esse texto!

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Maria Elena Taques em 27/08/2014 - 22h48 comentou:

Parece que a globo ta fazendo escola, acabei de ver parte da edição do debate no jornal da band, com os melhores momentos do Aécio, pegaram leve com Marina e exibiram os piores momentos de Dilma.
Quando a gente pensa que já viu tudo … pode ficar pior!

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Natalie em 27/08/2014 - 23h04 comentou:

Sua colocação é perfeita. As criticas ao governo atual é justamente não ter sido mais progressista, mas, pelo histórico da presidenta não acredito que tenha sido falta de vontade. Achei a Luciana Genro bem representante do Psol mas deu saudade do Plinio.

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André em 27/08/2014 - 23h16 comentou:

Parabéns Cynara por uma leitura sóbria da palhaçada de ontem!!! Apesar de saber qual a posição desta mídia, não imaginava que veria opiniões tão reacionárias tão abertamente!!!! Chamar as boas ações sociais de assistencialismo e cabos eleitorais, a participação social de bolivarianismo e regulamentação da mídia de censura, foi algo que eu não esperava!!!!!

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Elaine em 28/08/2014 - 02h01 comentou:

Vc expressa em palavras, meus pensamentos!! Parabéns.

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Edvaldo em 28/08/2014 - 02h12 comentou:

Essa situação que rolou por parte dos jornalistas da tv bandeirantes, lembra muito um quadro do espetáculo Noticias Populares do Grupo de comédia Melhores do Mundo.
É muito bizarro, pra que assiste o jornal que o Boris apresenta, vê claramente a infelicidade dele com o PT no governo do Brasil, mesmo em tempos de Lula, que até PSDB concordou, Boris falava que o cara tava afundando o Brasil. Ele deve ter sido um dos que ficaram tristes ao ver o pobre pegando avião, frequentando lugares comerciais antes destinados apenas aos de renda "diferenciada." Com toda certeza, deve ser contra as faixas exclusivas de ônibus que estão sendo criadas em São Paulo… 🙁

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Stravinskyi em 28/08/2014 - 03h59 comentou:

Assim como o PT decretou que classe média é quem ganha a partir de R$ 291/mês (http://www.sae.gov.br/site/?p=17351), movendo magicamente 40 milhões de cidadãos de uma classe para outra, a reforma ortográfica irá eliminar boa parte dos 100 milhões de semianalfabetos, o maior e óbvio legado do socioconstrutivismo. O caos social vivido no Brasil nada mais é do que a transição para um novo regime totalitário.

"O diabo se delicia tanto com estatísticas quanto citando as escrituras." – H. G. Wells

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    Fernando Campos em 30/08/2014 - 10h01 comentou:

    Pelo amor de Deus, vcs não conseguem fazer uma crítica decente ao governo sem apelar pra preconceito e paranóia?

Sérgio em 28/08/2014 - 04h16 comentou:

Muito sóbrio seu texto. Censura da mídia houve na prática em Minas Gerais, quando foi tirado do ar o site do Novo Jornal, que tecia críticas ao governo de Aécio Neves, sob a desculpas de "suspeitas de crimes" praticados pelo jornalista responsável (2008). São tantas as incoerências apresentadas por uns candidatos e mentiras e afirmações claramente de oposição a tudo no governo atual espalhadas pela mídia, que mais textos como o seu precisam ser divulgados. Escreva sempre, escreva mais e nos ajude nesse processo de "desmonização" do atual governo, que longe de ser perfeito, tem tentado, mesmo que a duras penas, fazer o melhor pro país. Um abraço!

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Paulo em 28/08/2014 - 04h54 comentou:

Mas, no final, a Luciana falou que o "jornalista" Zé Paulo não entendeu os protestos de junho de 2013 (com desaprovação do Fidelix)

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Renata Furigo em 28/08/2014 - 12h43 comentou:

Cynara: não entendi o último trecho do texto – o que vem depois de "(Eduardo Jorge, para riso geral, diz concordar com Dilma.)".
Este trecho expressa ideias suas ou é extrato do que falou Eduardo Jorge?
Eu não assisti o debate, mas amei esse trecho. Se foi o Eduardo Jorge que falou, fiquei com vontade de votar nele! rsrsrsrs

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    morenasol em 28/08/2014 - 15h07 comentou:

    renata, o eduardo jorge disse concordar com a dilma em não "censurar a mídia", como o jornalista da band falou que o PT queria. foi engraçado. tem link pro debate no próprio texto, destacado em vermelho logo no começo. basta clicar

Edson Mestieri em 28/08/2014 - 12h55 comentou:

Sabe o que é pior? A Band teve por décadas, a tradição de ser imparcial, de fazer um jornalismo crédulo, de serem sérios. De uns 10 anos pra cá, tudo mudou. Até jornalistas como José Paulo de Andrade, que tinha esta reputação, também mudou. Dá até a entender que gostaria que o Brasil voltasse ao regime militar, pelas idéias retrógradas que ele tem tido em suas tribunas.

As pessoas mudam de opinião de acordo com seus interesses mesmo. No ocaso de suas carreiras, em vez de se libertarem das correntes empregatícias, parece que acontece exatamente o contrário.

Lamentável a atitude desses senhores…

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Rafael em 28/08/2014 - 13h39 comentou:

Não são os jornalistas da BAND que são reaças, são os da Carta Capital que são comunas contra a liberdade de expressão.

Responder

    Jonas Couto em 28/08/2014 - 19h24 comentou:

    já sei Rafael! Você não saber ler ou foi alfabetizado pela mesma professora do Aécio!
    Carta Capital comuna… Não faltava mais nada para ouvir!!!!!

    Gustavo em 28/08/2014 - 22h19 comentou:

    Esse tipo de comentário já deu o que tinha que dar!!!
    Credo, parece que o mal do Brasil são comunistas… O pior é que eles nem sabem o que são comunistas…

    karen em 29/08/2014 - 13h19 comentou:

    Isso parece Copia e cola em tudo que é comentário. Pra quem vocês trabalham heim…Fazem parte dos 9000 cabos eleitorais virtuais de Aécio?

    Alessandro em 29/08/2014 - 14h45 comentou:

    Putzgrila… leitor de Veja detectado!

    Democratizar a mídia e regulamentá-la é ser contra a liberdade de expressão?

    O que dizer do Reino Unido, então, onde não só existe sólida regulamentação, como ainda em casos como o do "News of the World" houve punição adequada à publicação criminosa?

    Tsc, tsc… dá pena tamanha indigência mental…

Guilherme S em 28/08/2014 - 14h18 comentou:

Luciana Genro retrucou uma pergunta sim, que não foi mencionada aqui. Uma das perguntas que mais evidenciaram a escrotidão da Band.

Era sobre maioridade penal e reformas na polícia. O jornalista introduz a pergunta com "Será que os políticos não ouviram o clamor do povo nos protestos de junho" pra falar do código penal!

NINGUÉM EM JUNHO TAVA PEDINDO PRA CRIANÇA DE 16 ANOS SER PRESA.

Introdução absurda pra iludir leigos que viam o debate, a pergunta foi pro Fidelix que defendeu a redução da maioridade penal. Luciana Genro deu um coice sim, disse que os jornalistas que formularam a pergunta não entenderam o recado de junho.

Podiam editar a notícia e incluir essa pergunta (Y)

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Vito Gemaque em 28/08/2014 - 14h54 comentou:

Muito bom o texto Cynara. Só para esclarecimentos, Eduardo Jorge disse não concordar com a regulamentação da mídia, e apoiar a barreira que a presidente Dilma criou para o projeto. No entanto, é preciso ter uma certa ressalva, porque como bem mostrou Cynara a pergunta do Boris Casoy foi muito escorregadia, cheia de adjetivos e preconceitos para defender o monopólio da mídia.

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francisquismo22 em 28/08/2014 - 17h05 comentou:

Nada tenho contra a divisão do governo em departamentos e com sistemas de inclusão populares, conseguimos apurar a candidatura de alguns partidos à tempo de simplificar a estrutura do governo para dois segmentos… Aqueles que ganham com a popularidade e aqueles que precisam dela.

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Francisco em 28/08/2014 - 20h25 comentou:

De fato a democratização da mídia se mostra cada vez mais necessaria, imagino eu se a idéia fosse de um francês com nome chique se os brasileiros taxariam a quebra do monopolio de censura…………

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Gustavo em 28/08/2014 - 22h22 comentou:

Parabéns pelo texto Cynara Menezes!
Certamente, Boris e Jose Paulo representam a opinião da Band: que é contra qualquer tipo de democratizar a mídia

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Paulo Gomes em 29/08/2014 - 01h04 comentou:

Espetacular, Cynara.
Uma análise muito sóbria da atuação do governo com muito senso (auto) crítico.
Espero que a política de inclusão adotada em detrimento de demandas das minorias e movimentos sociais, que já nos custou a perda de muitos formadores de opinião da esquerda, também não nos faça perder a eleição.
O mais irônico e cruel é termos feito tantas concessões aos evangélicos em nome da governabilidade
e ver agora este eleitorado ratificando em massa a vitória de Marina no 2ª turno, segundo o Ibope.
Mas continuaremos lutando.

Responder

Tony em 29/08/2014 - 01h31 comentou:

Maior atenção a questão indígena? Deve estar brincando, 12% do território nacional são reservas indígenas! O que querem mais??

Responder

Claudio em 29/08/2014 - 03h45 comentou:

É sempre bom ler CARTA CAPITAL. Quanto mais eu leio, mais eu sei em quem eu vou votar. "Tô" sempre aqui. Muito Obrigado!

Responder

Rattle em 29/08/2014 - 06h39 comentou:

Em 2013, o governo Dilma Rousseff, do PT, gastou R$ 2,3 bilhões com propaganda. Trata-se de um recorde histórico nas despesas com publicidade do governo federal, desde o ano 2000, quando esse tipo de dado passou a ser divulgado. Com essa dinheirama toda, o governo se tornou o quarto maior anunciante brasileiro, atrás somente de empresas como Unilever e Casas Bahia. Dilma torrou mais até mesmo do que a gigante de bebidas Ambev, que investiu R$ 1,8 bilhão.

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Armando em 29/08/2014 - 11h55 comentou:

Texto maravilhoso e bom saber que há pessoas que comungam as mesmas ideias e defendem não apenas um governo ou um partido, mas uma visão de mundo solidária e generosa (como diz o Olívio Dutra aqui em Porto Alegre).
Embora seja muito mais complexo do que isto, estes jornalistas são contra qualquer democratização da mídia ou qualquer proposta de ouvir a opinião popular, pois "se acham" a voz do povo. Então porque consultar a população, se eles já falam em nome do povo? Uma boa terapia resolvia isto. Indico uma consulta ao Analista de Bagé para uma terapia do joelhaço.

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Felipe em 29/08/2014 - 12h54 comentou:

Muito bom o texto.

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Karen em 29/08/2014 - 13h16 comentou:

Fiquei me perguntando, desde Cid Moreira, Boris Casoy é encora, pulando de galho em galho, me pergunto quando que esta criatura ira aposentar o corpo, porque a cabeça já está em clima de descanso a muito tempo…

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Alessandro em 29/08/2014 - 14h43 comentou:

Esperar o quê do Sr. Casoy, que na juventude fez parte do que de pior existe na política estudantil deste país?

Para quem não sabe: este "ilustre" senhor fazia parte do infame CCC – Comando de Caça aos Comunistas, autores de ações altamente "democráticas" como espancar elenco e corpo técnico de peças teatrais (!!!)…

O que esperar de pulhas como esse?

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@CrisFleurs em 29/08/2014 - 15h08 comentou:

Fico feliz com análises como estas, fiquei engasgada quando assisti ao Debate. Que bom confirmar que não estou equivocada!

Responder

Marcia Correa em 29/08/2014 - 20h34 comentou:

Muito bom o texto. Esta impossível ler os "grandes jornais" ou assistir os programas televisivos. Algo tem que ser feito . Qualquer campanha eleitoral descamba frente a esta mídia ruim e parcial. Boris Casoy( ex CCC) e o velho cão de guarda janista Ze Paulo são dinossauros de uma mídia conservadora e retrógrada.

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roberto em 29/08/2014 - 22h36 comentou:

José Paulo de Andrade já é um velho, em todos os sentidos, crítico dos avanços sociais e dos governos do PT. Tem um programa na Radio Bandeirantes onde diz que deseja a volta da ditadura. Enquanto o Boris Casoy é um velho conhecido, foi membro do CCC ( Comando de Caça aos Comunistas), editor da folha de São Paulo no regime militar e recentemente foi processado pelos limpadores de rua por desprezá-los em comentários em öff"no jornal da Band. Estas figuras é que vivem dizendo que marco regulatório da mídia e censura. São reacionários de direita da pior espécie.

Parabéns pelo texto, acho que Dilma e Marina deveriam ter salientado e exigido nova formulação da pergunta.

Responder

    morenasol em 29/08/2014 - 23h14 comentou:

    boris casoy nega ter pertencido ao CCC. é preciso comentar com responsabilidade.

    Tonio em 30/08/2014 - 14h57 comentou:

    Claro, é preciso comentar com responsabilidade, assim como faz a CartaCapital, que nunca espalha notícias e opiniões mentirosas. E que nunca modera o comentário de ninguém.

Fernando Império em 29/08/2014 - 23h54 comentou:

Oi Cynara, lembra quando eucritiquei a Eliane Cantanhede lá no Twitter? Jornalistas parecem comprar a ideia dos patrões e reproduzem essa onda (ou seria um tsunami?!) reacionária e conservadora.
Decepção da categoria.

Responder

Luiz em 30/08/2014 - 04h10 comentou:

E quais suas críticas à Marina Silva?

Responder

Fernando Campos em 30/08/2014 - 09h59 comentou:

Muito bom o texto. Não vi o debate, mas lendo agora, fiquei assustado com o que os jornalistas falaram. "Argumento" nojento de que o governo precisa ensinar a pescar, como se quem recebe os benefícios não precisasse trabalhar, não passasse por muitas dificuldades e tivesse com a vida ganha. Imbecis.
E sobre esse decreto da participação social, parece ser bom, mas queria conhecer um pouco melhor o projeto. Teria como escrever um texto explicando o decreto, Cynara?

Responder

Rodrigo SB em 31/08/2014 - 20h02 comentou:

Até aí tudo bem, não vejo o menor problema, em um "debate contra" jornalistas, a presidente ser atacada. O maior problema mesmo é o cara usar algum programa do governo, como o Prouni ou o Pronatec, saber que a vida da família melhorou muito em doze anos, mas mesmo assim compartilhar mensagens de ódio e teorias conspiratórias (Eduardo Campos assassinado, por exemplo) contra Dilma e o PT no Facebook. Isso é de doer. Isso é o mais louco e absurdo dos absurdos. Não tem comparação com os "debates" e "entrevistas" na TV, nem com o cacete recebido diariamente pelos jornais.

Responder

Old Bull Lee em 02/09/2014 - 05h30 comentou:

Esse blog parece uma agência de propaganda do governo federal.

Responder

Rodrigo Cabral em 02/09/2014 - 14h12 comentou:

Cynara, nunca vi você falar uma vírgula sobre a imprensa em Cuba, na China, na Rússia, etc. E vem reclamar das perguntas livremente feitas pelos jornalistas. Eu gostaria de saber sim, o que vai ser feito com as milhares de famílias de agricultores, que estão à 100 anos e agora estão sendo retirados para alojar meia dúzia de indigenas. Qual o problema?

Responder

    morenasol em 02/09/2014 - 17h59 comentou:

    nunca estive em cuba, na china ou na rússia. mas não sei se você sabe, a rússia não é mais comunista desde a década de 1990. no entanto, lá não existe liberdade de imprensa até hoje.

Guilherme Scalzilli em 02/09/2014 - 15h24 comentou:

Marina e a governabilidade

A coligação da campanha presidencial de Marina Silva inclui PSB, PPS, PRP, PHS e PSL. Os partidos totalizam atualmente 32 deputados federais e quatro senadores. Na falta de pesquisas disponíveis, suponhamos que dobrem suas representações, atingindo 64 deputados e oito senadores em outubro. Caso seja eleita, Marina precisaria atrair cerca de 200 votos na Câmara e 40 no Senado, fora do seu arco original de alianças, para chegar à maioria legislativa simples.

A polarização da disputa, as diferenças programáticas e os ressentimentos de todas as partes impedirão que os acordos contemplem as legendas da atual base governista. Assim, apenas a centro-direita parlamentar garantiria a governabilidade para Marina: aproximadamente 70% do apoio total que ela construir na Câmara e 80% no Senado pertenceriam a PSDB, DEM, PSD, SD, PMN, PEN, PTB, PTC e a quadros do PMDB fisiológico.

O realinhamento das forças antipetistas em torno de Marina será crucial para sua vitória no segundo turno. Isso exigirá compromissos na formação do futuro ministério, como ocorre em qualquer disputa eleitoral. Somando as articulações posteriores no Congresso, é provável que também os principais escalões executivos de um eventual governo da pessebista sejam ocupados pela atual oposição a Dilma Rousseff.

De acordo com as perspectivas citadas, portanto, a gestão Marina teria uma identidade política semelhante à do último governo FHC. Mesmo que a Rede atraia meia dúzia de figuras eleitas pelo PT e outras legendas da base governista atual, ela servirá de arrimo para uma boa maioria de oportunistas ávidos pelos benefícios do poder. Algo que o PSB faz nos estados há tempos.

Essa afinidade conservadora expõe os limites de um projeto que se fantasia de inovador e alternativo. E explica por que os interesses historicamente alinhados ao tucanato migraram com tamanha facilidade para a tal “terceira via”.
http://www.guilhermescalzilli.blogspot.com.br/

Responder

Mauro em 06/09/2014 - 22h17 comentou:

Infelizmente os grupos revisionistas existem e sempre irão existir. Felizmente o socialismo existe e sempre irá existir.

Responder

narod em 08/09/2014 - 17h50 comentou:

A grande mídia conservadora sempre esteve a serviço das elites daqui e de fora, e agora não seria diferente. Hoje, ela assumiu abertamente seu papel de oposição, por que os partidos que deveriam cumprir esta tarefa não têm nada de melhor para oferecer ao país. Seus programas, se existem, são inconfessáveis. Os meios de comunicação apuram, julgam e condenam, arvorando-se no papel da Polícia, Ministério Público e Judiciário. Omitem, distorcem e mentem. Indignam-se de forma seletiva. A construção do aeroporto do Aécio não rendeu muito assunto, assim como a droga encontrada no helicóptero do deputado e a origem do avião do PSB. A fúria iracunda de nossos analistas isentos foi despertada quando uma brasileira ganhou dentes novos. Portanto, algumas reformas são indispensáveis pra que a nossa democracia possa ganhar mais vitalidade, entre estas a REGULAÇÃO DA MÍDIA.

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