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Se as pesquisas não são feitas para acertar, para que são divulgadas?

Após a apuração das eleições no domingo, alguém no twitter comparou, com picardia, os critérios científicos das pesquisas de opinião feitas no País ao horóscopo. De fato, os institutos de pesquisa colecionaram vexames em vários Estados este ano e mesmo na eleição para a presidência estiveram bem longe de acertar o resultado. Virou uma lei […]

Cynara Menezes
08 de outubro de 2014, 15h25
bocadeurna

(As discrepâncias entre as pesquisas e as urnas no RS. Fonte: Zero Hora)

Após a apuração das eleições no domingo, alguém no twitter comparou, com picardia, os critérios científicos das pesquisas de opinião feitas no País ao horóscopo. De fato, os institutos de pesquisa colecionaram vexames em vários Estados este ano e mesmo na eleição para a presidência estiveram bem longe de acertar o resultado.

Virou uma lei não escrita no Brasil que é proibido contestar as pesquisas de opinião, como se elas fossem absolutamente científicas e infalíveis. Desde 2010 está provado que não são. Naquele ano, todos os institutos de pesquisa foram incapazes de detectar a subida da candidata Marina Silva, então no PV, o que acabou estancando sua arrancada e a impediu de ir ao segundo turno, dando lugar a José Serra, do PSDB, para quem se direcionaram os chamados votos úteis. A partir daí, pessoalmente parei de divulgar pesquisas, sejam boas ou más para os meus próprios candidatos. Não posso provar que elas estejam erradas –nem que estejam certas. Portanto, passei a ignorá-las.

Em 2010, especialistas criticaram o excesso de pesquisas e afirmaram que a metodologia utilizada possui falhas graves. Chamados a explicar-se, os institutos de pesquisa admitiram que não é possível obter resultados precisos e que seriam necessários “ajustes pontuais”, mas defenderam a metodologia utilizada no Brasil, que não é a mesma de alguns países, como a Inglaterra. Segundo os diretores dos institutos, seria “inviável” usar outro método porque não há cobertura de telefonia fixa em todo o País e não seria possível fazer as pesquisas por meio de celulares porque não existem listas de proprietários dos aparelhos (veja a reportagem da própria Folha sobre o assunto aqui). Isso explicaria as eventuais discrepâncias entre as tendências de voto e o resultado propriamente dito. Não me parece uma explicação satisfatória.

Nesta eleição, os dois maiores vexames foram protagonizados pelo Ibope na Bahia e no Rio Grande do Sul. Na Bahia, o instituto errou fragorosamente o resultado pela terceira vez consecutiva. Repetiu-se o ocorrido em 2006: naquele ano, o candidato do PT, Jaques Wagner, iria, segundo o Ibope, perder no primeiro turno para o candidato do DEM, Paulo Souto; ocorreu o exato oposto e Wagner foi eleito governador na primeira volta. Este ano, no dia 4 de outubro, na véspera do pleito, após meses dando o mesmo Paulo Souto na frente, o instituto apresentou pela primeira vez um empate técnico entre ele e o petista Rui Costa. Apenas na pesquisa de boca-de-urna Rui apareceu na frente –e ganhou no primeiro turno. Detalhe: um instituto local, o Bapesp, foi ridicularizado por mostrar, todo o tempo, resultado oposto –bem como os trackings da campanha petista.

No Rio Grande do Sul, aconteceu algo pior: o Ibope conseguiu errar de forma espantosa a própria pesquisa de boca-de-urna (também errou no Rio de Janeiro). Depois de meses dizendo que a candidata Ana Amélia Lemos, do PP, era a franca favorita para vencer a eleição a governador, o instituto insistiu em colocá-la empatada em segundo lugar na pesquisa feita no próprio dia da eleição, que, por ser feita na “boca da urna”, tem uma margem de erro ínfima. Apurados os votos, não só Ana Amélia não passou ao segundo turno como o vencedor foi Ivo Sartori, do PMDB, que aparecia em terceiro lugar. Tarso Genro, do PT, ficou em segundo. A diretora do Ibope, Márcia Cavallari, disse que o erro aconteceu porque a boca-de-urna “usa metodologia totalmente diferente e tecnicamente não tem o mesmo rigor”. Ora, se não tem rigor, por que é divulgada?

Chama a atenção, tanto no caso do Rio Grande do Sul quanto no caso da Bahia, que os candidatos derrotados (e beneficiados pelas pesquisas durante meses a fio) possuam ligações com as afiliadas da Rede Globo em ambos os Estados. Ana Amélia é ex-funcionária do grupo RBS; Paulo Souto era o candidato de preferência da TV Bahia, propriedade da família do falecido senador Antonio Carlos Magalhães e do prefeito ACM Neto, do DEM. Detalhe: as pesquisas do Ibope foram feitas sob encomenda das emissoras de TV. Como não ficar com a pulga atrás da orelha?

Ibope e Datafolha também protagonizaram erros no Estado de São Paulo que prejudicaram o candidato do PT, Alexandre Padilha. Padilha chegou a 18,22% na apuração final, apenas 3% a menos que o candidato Paulo Skaf, que pontuou em segundo lugar durante toda a campanha. Na última pesquisa feita pelos institutos, Padilha aparecia com 11%, segundo o Ibope –só a boca-de-urna mostrou resultado próximo à realidade, com o petista aparecendo com 20%. Segundo o último levantamento do Datafolha, que não faz boca-de-urna, Padilha teria 13%. Os 7% a menos, em média, para o PT nas pesquisas viraram uma praxe dos institutos em todas as eleições em São Paulo (clique aqui para ver um levantamento). Ratifico: apenas com os candidatos do PT a “falha” ocorre.

Alguém dirá: “mas são ninharias, apenas percentuais”. Uma ova. O fato de pontuar abaixo dos dois dígitos nas pesquisas durante quase toda a campanha trouxe uma série de prejuízos a Alexandre Padilha. A Rede Globo, por exemplo, deixou de cobrir suas atividades diariamente sob a justificativa de que o petista ia mal nas pesquisas –como um nanico qualquer. Nos telejornais da emissora apareciam apenas as campanhas de Paulo Skaf e Geraldo Alckmin, do PSDB. Para um político pouco conhecido no Estado como Padilha, é óbvio que aparecer nas telas da principal emissora de TV ajudaria a impulsionar sua candidatura.

Teve mais. Na edição do sábado, véspera do dia da eleição, a Folha de S.Paulo publicou artigos escritos pelos candidatos ao governo e simplesmente ignorou Padilha: somente Alckmin e Skaf escreveram seus textos, intitulados, respectivamente “São Paulo, terra da inovação permanente” e “Chega de pasmaceira, SP merece renovação”. Era como se o candidato petista não existisse. A justificativa dada mais uma vez foi a de que o petista pontuava mal na pesquisa que o instituto Datafolha, do mesmo grupo Folha, fez –e errou. Como compensar este prejuízo? Silêncio.

Novamente chamados a explicar as diferenças entre as pesquisas e as urnas, os diretores do Datafolha e do Ibope lançaram mão de explicações pífias. O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, disse que as pesquisas não são elaboradas para fazer previsões, mas para “contar a história da eleição até a manhã de sábado”. Cavallari, do Ibope, foi na mesma toada, e disse que “o que se divulga representa sempre o momento para trás, não para frente”. Apelou-se até à “troca de idéias entre amigos e familiares” como fator para as discrepâncias nos resultados. Mas não era científico o negócio?

Estamos começando agora o segundo turno das eleições e é a vez de os institutos de pesquisa (assim como os veículos de comunicação a que são ligados) responderem a algumas perguntas, em nome da lisura do pleito. Se a metodologia não é a melhor possível, por que as pesquisas têm tanto destaque? Se não são feitas para acertar, apenas para “indicar tendências”, para que são divulgadas? Se são um retrato do passado, por que são tratadas pela mídia como se fossem capazes de prever o futuro? As pesquisas induzem o voto e têm o poder de modificar resultados. Isto os próprios institutos de pesquisa admitem. Deviam, no mínimo, ser tratadas com mais reserva.

UPDATE: A revista Época tirou da cartola pesquisa de um tal instituto Paraná na qual Aécio Neves aparece com 54% e Dilma Rousseff com 46% no segundo turno. Apesar de o instituto ser totalmente desconhecido, a revista da Globo destacou a pesquisa que mostra o tucano na frente curiosamente em um momento em que é necessário uma pesquisa positiva para exibir no horário eleitoral.

UPDATE 2: Já apareceu outro instituto desconhecido, um tal de Veritas, “coincidentemente” dando o candidato do PSDB na frente. E agora a revista IstoÉ, que de repente começou a fazer campanha pró-Aécio, também apareceu com uma pesquisa… Até a eleição não vai parar de aparecer pesquisas. Ignore-as. Tanto as favoráveis quanto as contrárias. Não dá para confiar em nenhuma.


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Diogo em 08/10/2014 - 17h22 comentou:

Curioso que a Cynara não menciona as pesquisas do Vox Populi/Carta Capital. Por que será?

Responder

    morenasol em 08/10/2014 - 17h33 comentou:

    todos os institutos são alvos da crítica. mas não houve pesquisas vox na reta final nem na boca-de-urna. e justiça seja feita: o vox foi o primeiro instituto a dar a possibilidade de aécio ir ao segundo turno.

    Diogo em 08/10/2014 - 19h31 comentou:

    Foi o primeiro a dar essa possibilidade pelo momento em que ocorreu a sua pesquisa. Ou você está sugerindo que os métodos deles são melhores que os demais? Já que é "da casa", seria o mais propício para investigar as metodologias usadas.

    Enfim, acho que para uma análise crítica desse tipo, é uma questão de ética mencionar que a Carta Capital também tem seu instituto de pesquisa.

    Comentário à parte: o jornal inglês The Economist têm uma matéria recente falando justamente sobre esse assunto: a deficiência das pesquisas de intenção eleitoral no Brasil.

    Vitor em 08/10/2014 - 19h41 comentou:

    Ano passado o Vox foi o único que errou, apontou vitória de Dilma no primeiro turno…

    Júlio em 09/10/2014 - 14h56 comentou:

    Teve eleição no ano passado? Eu hein…

    Vitor em 13/10/2014 - 20h08 comentou:

    Eleição passada… de presidente! Em 2010! Vai argumentar o que agora?

    Felipe em 08/10/2014 - 19h56 comentou:

    Urra

Fabricio em 08/10/2014 - 19h28 comentou:

Sei do viés que a Carta tem para o PT e respeito isso, pois isso dá mais transparência ao leitor, mas dizer que somente o PT foi prejudicado acho que é forçar a barra… No RS foi o candidato do PT quem liderou durante toda a campanha, segundo as pesquisas… Acho que o erro ocorreu de todos os lados.

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    morenasol em 08/10/2014 - 19h49 comentou:

    não é verdade. ana amélia lemos liderou durante toda a campanha. sugiro pesquisar antes de falar

    MovimentoDasIdeias em 08/10/2014 - 20h51 comentou:

    http://eleicoes.uol.com.br/2014/pesquisas-eleitor

    Ta ai a pesquisa n eh soh falar para a pesso ler , seria legal mostrar os fatos. E outra a carta capital poderia ser mais inparcial..

    Aqui mostra que i IBOPE erro 2/3 das pesquisas todos foram prejudicados…
    http://www.otempo.com.br/blogs/pol%C3%ADtica-19.2

    CARLOS C em 08/10/2014 - 22h38 comentou:

    Em uma democracia não existe imparcialidade ,nossa mídia tradicional é o mais notório exemplo disto,diz que é imparcial mas nunca foi.Basta ver o papel desempenhado por ela desde o governo Collor ,promovido e eleito por ela.Agora, para ela a bola da vez é o Aécio.

    MovimentoDasIdeias em 09/10/2014 - 13h17 comentou:

    Uma coisa é a midia não ser imparcial outra é mostrar somente um ponto de vista.. As midias tradicionais querendo ou não mostram os 2 pontos de vista …

    davenir em 14/10/2014 - 17h06 comentou:

    Me dê exemplos, por favor.

    Jean P. Coutinho em 10/10/2014 - 15h43 comentou:

    É preciso também apontar os acertos das pesquisas. Em nível Brasil, outro rumo poderia ter acontecido se as pesquisas apontasse que a diferença entre os dois candidatos que estão no segundo turno fosse a verdadeira. Assim, levando essa lógica, o PT foi beneficiado no Brasil. Em MG, o PT liderou a pesquisa durante todo o tempo, e o resultado se confirmou.
    Então, longe de discordar do que tá escrito, mas acho o texto muito bom pra quem defende a todo custo a Eleição do PT.

MovimentoDasIdeias em 08/10/2014 - 19h34 comentou:

Carta capital eh que nem a globo do norte , fala conforme os interesses n existe mais noticias imparicias na internet.

Responder

    Túlio em 09/10/2014 - 14h59 comentou:

    Pesquise, Movimento das Ideias: não existe e nem nunca existiu notícia, pessoa e veículo de Comunicação imparcial. Nem você é imparcial e essa condição não depende de você, pois é uma condição humana. Se você é humano, então você é parcial.

Alexandre em 08/10/2014 - 20h44 comentou:

E o que dizer sobre as pesquisas relativas a Aécio e ao Alckmin? Se dependessem de pesquisas, Aécio seria carta fora do baralho. Como dizer que el foi beneficiado, se ficou sempre em terceiro? Nesse caso, beneficiada foi a Dilma, do PT.

Responder

    Pedro em 09/10/2014 - 19h45 comentou:

    O q a Dilma ganhou com isso?

Glauber em 08/10/2014 - 20h51 comentou:

Quando é que vamos enxergar que não há democracia de fato enquanto não houver democratização dos meios de produção e distribuição, inclusive produção e distribuição de informação? Chega de querer defender eleição de fulano ou sicrano, não é isso que vai mudar coisa alguma profundamente, da maneira como queremos e precisamos!

Responder

Guilherme em 08/10/2014 - 21h08 comentou:

No Maranhão aconteceu a mesma coisa, Flávio Dino, o candidato de oposição à família Sarney, dona da afiliada da rede globo, não apareceu em nenhum momento nas pesquisas próximo aos 63% dos votos válidos que obteve nas urnas. As pesquisas mostravam 48% para ele e 33% para o candidato da família Sarney.
Acredito que pesquisas deveriam ser proibidas de serem divulgadas. Cada partido que contrate a sua para análise própria se desejarem.

Responder

Marcos em 08/10/2014 - 22h37 comentou:

Excelente texto Cynara – é claro e toca na ferida do problema.

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Fellipe Z. em 08/10/2014 - 23h16 comentou:

Hahaha, engraçado que ela não cita a principal, que seria o erro por mais de 10 PONTOS de Aécio Neves, e lá esta ele, no segundo turno.
Imagino se fosse da Dilma..ela ja teria esperniado desde o primeiro paragráfo.

Responder

    morenasol em 08/10/2014 - 23h58 comentou:

    aécio, graças em parte à pesquisa anterior, estava em tendência de alta. era óbvio que ia dar mais alto. os institutos são tão ruins que não pegaram nem isso

    Matheus em 09/10/2014 - 14h43 comentou:

    Graças à pesquisa anterior ele subiu 10 (DEZ) pontos? Como assim?
    Reclamar de pesquisa é que nem torcedor reclamando de juiz, só vê os erros contra o seu time

raqs em 09/10/2014 - 00h26 comentou:

Cynara, o Pimenta da Veiga, em Minas, também teve uma votação muito maior do que indicavam as pesquisas.

Responder

Aleandro Chavez em 09/10/2014 - 00h36 comentou:

Cynara, você mencionou como os dois maiores vexames os casos do RS e da BA, onde candidatos do PT tiveram mais votos do que as pesquisas indicaram, e por isso teriam sido prejudicados. Por que não incluiu o caso da eleição presidencial, onde Aécio também teve mais votos do que as pesquisas indicaram? Pela mesmo lógica, ele também teria sido prejudicado. Eu conheço diversas pessoas que são antipetistas e votaram na Marina por acreditar que ela teria mais chance.
Assim, a teoria de que as pesquisas sempre prejudicam o PT teria um ponto falho.
Aliás, em 2010, as pesquisas também erraram contra o PSDB no primeiro turno. Serra teve bem mais votos do que as pesquisas mostravam, e Dilma bem menos.

Responder

Vicente em 09/10/2014 - 01h13 comentou:

Interessante a blogueira questionar a fidedignidade das pesquisas eleitorais somente quando há indicativo de virada do candidato Aécio, não acham?

Muita desonestidade intelectual de sua parte, não acha dona Socialista?

Responder

    morenasol em 09/10/2014 - 01h27 comentou:

    claro, antes o primeiro turno já tinha acabado, né? ~inteligente~

    Antonio em 09/10/2014 - 12h17 comentou:

    O Vicente parece ser simpatizante do Aécio. Quando a política neo-liberal voltar a ser implantada no país e o Vicente perder o emprego e não ter dinheiro para pagar sua dívidas, talvez mude de ideia e passe a não gostar mais do Aécio.

lafaierty em 09/10/2014 - 03h00 comentou:

A Globo tratou Padilha como 'nanico' pois a emissora representa os interesses da elite. O PT e seus militantes precisam entender que é necessário bater de frente com a burguesia. Os avanços tímidos do governo petista em diversos temas tem colocado-o à beira de um precipício, no qual, um sopro qualquer, pode levá-lo à morte. Os partidos mais combativos de esqerda são justamente os 'peqenos'. Seria bom se todos os candidatos tivessem o mesmo tempo na TV. Sem nenhum privilégio eleitoral. Mas como o PT continua atrelado a uma ideia pequenez de conseguir um carguinho político aqui ou acolá, a única coisa qe vai acontecer é morrer nas mãos da direita

Responder

Gilberto de Oliveira em 09/10/2014 - 05h38 comentou:

No caso específico da Bahia, é preciso lembrar que o carlismo sempre teve em torno de 30 por cento dos votos, isso desde 1990. E quando "ganhou", foi sempre com essa minoria de um terço.

Responder

Antonio em 09/10/2014 - 12h11 comentou:

Sábado, véspera da eleição o que mais se via na mídia era pesquisa de intenção de voto. A pesquisa de intenção de voto deveria ter sido divulgada somente até quinta-feira data do último debate. Falar tanto sobre pesquisa influencia o eleitor a votar mal. Parece uma gincana de quem vai ganhar. Tem que impor limites.

Responder

Vairson Cassio em 09/10/2014 - 12h17 comentou:

O que acho de verdade é que pesquisas e debates não deveriam acontecer, já que tanto aquelas quanto esses acabam servindo de trampolim ou âncora para um ou outro candidato. Já é um saco aturar a propaganda "suja" eleitoral gratuita de todos os partidos e coligações, ainda mais esses momentos que em nada são aproveitados pelos candidatos, senão para confrontos, embates e ofensas desnecessários. Até porque quem sabe dizer a que veio o fará com ou sem propaganda gratuita. Basta dar uma espiadela no sucesso obtido pelo candidato Jean Willys. E para piorar, os embates que aconteciam só entre os candidatos há muito passou a acontecer também entre os veículos de comunicação. No fundo estamos à beira de transformarmo-nos quase todos em apolíticos dada a insatisfação com os nossos "supostos" representantes. Queria ver se haveria tanta gente almejando a política se não houvesse em troca os altos salários e todas as regalias que ela oferece.

Responder

Tcmagal em 09/10/2014 - 12h22 comentou:

Era só o que faltava! Não acredita em pesquisas? Não vote baseado nelas. Mas daí a dizer que um instituto que se baseia em critérios técnicos estatíscos não serve pra nada é pura ignorância, principalmente vindo de uma pessoa que recentemente publicou uma reportagem com um economista onde se gabou de que não entendia nada de economia e nem queria entender. Economia se baseia muito em estatística. Vai ver a repórter também acha o máximo ser ignorante em estatística.

Responder

Bruno em 09/10/2014 - 12h57 comentou:

Olha, como aluno de Estatística, eu não sou um especialista, mas eu tenho uma opinião mais técnica. Se fosse realizada corretamente a pesquisa teria um nível de significância de 95%, ou seja, de cada 20 pesquisas, 1 não estaria naquela margem de erro, o porém é que como a amostragem é feita de forma errada, a margem de erro é errada (não são 2%) e além disso é incalculável. A pesquisa mostra a opinião da população naquele momento, então logicamente ela influencia no resulta da pesquisa. E exite um professor da Unicamp (eu esqueci o nome dele) que bate nas pesquisas eleitorais faz muito tempo, então essa questão não é de agora…

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Gustavo em 09/10/2014 - 14h17 comentou:

Não aguento esse mimimi… As pesquisas erraram muito e para todos os gostos. Tenta fazer uma ligação dos erros das pesquisas com a Globo e uma suposta perseguição ao PT. As pesquisas erraram a favor e contra o PT e PSDB. E há anos também que o PSDB sempre ganha mais votos na eleições do que nas pesquisas para presidente.

Responder

Joedson em 09/10/2014 - 18h21 comentou:

No RN para o Senado o IBOPE apontava empate entre as candidatas Fátima Bezerra (PT) e Wilma de Faria(PSB), o resultado foi Fátima com 54,8% e Wilma 43,2%.

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Roberto Silvio em 09/10/2014 - 20h01 comentou:

Interessante a blogueira não mencionar os 10 pontos que Aécio conseguiu. Os erros das pesquisas que colocavam Aécio com 195, Marina com 23%, à frente de Aécio. Dilma com 47%. Disso não se fala. Ai vem reclamar de Padilha? Fala sério.

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Conrado em 09/10/2014 - 23h54 comentou:

"Ratifico: apenas com os candidatos do PT a “falha” ocorre."

Então com o Aécio Neves não foi falha? Institutos dando para ele 26% e ele termina em praticamente 34%? Isso não é jornalismo. Isto é torcida organizada!

Responder

Andresa em 10/10/2014 - 10h40 comentou:

O que eu acho interessante é que, enquanto a Dilma estava à frente nas pesquisas, elas não tinham problema algum que merecesse um post neste blog. Agora, repentinamente elas devem ser crucificadas – convenientemente após todas elas apontarem vantagem para o Aécio no segundo turno.

Por quê será?

Responder

Will em 10/10/2014 - 21h28 comentou:

O Paraná Pesquisas faz pesquisas pra governador do estado desde que me conheço por gente. Interessante suas colocações, e, de fato, digno de desconfiança essa relação entre políticos donos de emissoras de rádio e tv e os institutos de pesquisa.

Responder

joão em 11/10/2014 - 01h59 comentou:

Estou pasmo em um Brasil Democrático, a Rede Globo sonega mais de R$ 1 bi, não sai uma notinha no rodapé de qualquer Jornal, em boatos dizem que foi quitado a divida, não publica nada, não se tem certeza da quitação, este assunto sim que interessa ao Brasileiro, afinal qualquer noticia contra o Governo, ou pessoas contraria a Rede é entoado nos melhores plantão de audiência, então o Brasileiro deve sair para as ruas exigir já uma mídia Democrática. Há evidencia do GOLPE esta igual a de 1989 Collor e Lula.

Responder

Hugo Teixeira em 11/10/2014 - 15h35 comentou:

No "Instituto Socialista Morena", Dilma já venceu no 1o turno.

Responder

Paulo Cezar Soares em 13/10/2014 - 00h47 comentou:

Na verdade, as pesquisas eleitorais não têm mais credibilidade. Servem apenas como manipulação para os candidatos da elite econômica. O excesso de pesquisas já um sinal de que as pesquisas não retratam a realidade. A explicação dos diretores dos institutos é ridícula. Não vale a pena comentar, o mesmo ocorrendo em relação à revista Época.

Responder

Fernando em 02/11/2014 - 22h57 comentou:

Senhores, li alguns dos textos da blogueira! Me encomoda a premissa de que ser de direita ou considerar idéias liberais como aceitáveis esteja vinculado ao radicalismo, a falta de sensibilidade com o próximo ou do desejo de ver um Brasil justo e menos desigual ! A bondade e a virtude também existem do lado de lá !

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