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O sommelier de luta alheia e outros sabotadores da esquerda nas redes sociais

Há alguns esquerdistas que parecem dedicar mais tempo a atacar gente que está no mesmo lado da luta do que no lado oposto

Esquerda sabotando esquerda. Ilustra: Spy vs Spy, de Antonio Prohías
Cynara Menezes
14 de fevereiro de 2018, 20h30

Um sonho de todo esquerdista: ver a esquerda unida. Mas será que a esquerda realmente se move neste sentido? O que se vê nas redes sociais é o contrário, uma briga fratricida entre pessoas que, no fundo, desejam o mesmo, apesar das divergências. Há alguns esquerdistas que parecem dedicar mais tempo a atacar gente que está no mesmo lado da luta do que no lado oposto. É muito desperdício de energia e desejo de autopromoção.

Reunimos neste post alguns destes “sabotadores” que preferem atuar em favor da cizânia dentro da esquerda e não na direção de qualquer espécie de diálogo. Enquanto isso, a direita gargalha.

O sommelier de luta alheia – “Sua luta é menor que a minha!”, bradam estes gourmets de lutas, sempre dispostos a diminuir a luta dos outros e enaltecer a sua própria. A luta por igualdade vira uma disputa pueril sobre quem tem mais ou menos privilégios, quem é mais ou menos oprimido. Feministas atacando prostitutas e transexuais, feministas negras atacando feministas brancas, feministas brancas atacando “esquerdomachos”, homens de esquerda atacando LGBTs… Já teve até representante do movimento negro atacando os veganos, juro. Não, sua luta não é maior do que a de ninguém. Todo mundo sabe onde o calo aperta. O que afeta a vida de um ser humano não vai afetar a de outro da mesma maneira, e não é desmerecendo a causa do próximo que a sua se torna mais importante.

Para conseguir o troféu “esquerda de verdade”, é obrigatório se declarar marxista (mesmo que boa parte deles nunca tenha lido Marx) e defender a revolução armada (mesmo que na hora agá saíssem correndo)

O fiscal de marxímetro – Como se houvesse um medidor capaz de apontar quem é mais vermelho, os fiscais de marxímetro estão sempre ligados nas páginas de esquerda das redes sociais que mais odeiam para atacar quem consideram “menos socialistas” e “menos comunistas” do que eles. Seu principal “argumento” contra socialistas ou comunistas que não respeitam como tal é acusá-los de serem “social-democratas” ou “petistas”. Para conseguir o troféu “esquerda de verdade”, é obrigatório se declarar marxista (mesmo que boa parte deles nunca tenha lido Marx) e defender a revolução armada (mesmo que na hora agá saíssem correndo). Também precisa ficar apegado a lendas do passado, como Che Guevara, Fidel Castro e até o genocida Stalin. Se você acredita que há outras visões de socialismo, não será aceito no clube.

Os ouvido-absolutistas com um pé na misoginia e na homofobia – Este é um raro perfil que consegue reunir gente de esquerda e de direita, porque independe de ideologia. Trata-se de gente que acha possuir o melhor gosto musical do universo. Curiosamente, este ouvido absoluto só deu o ar da sua graça agora, ao surgirem nas paradas cantoras de funk e da periferia como Anitta, Ludmila e Jojo Toddynho ou cantores não facilmente enquadráveis em gênero e orientação sexual, como Pabllo Vittar, Johnny Hooker e Liniker. Para mostrar que “em sua época era melhor”, os neocríticos musicais chegaram a espalhar nas redes uma lista que se comprovou falsa dos hits brasileiros de 1987, comparando-os com os de hoje. Dizem que o problema está na voz destes cantores, que seria “insuportável”, mas nunca houve críticas parecidas em relação aos sertanejos esganiçados aparentemente heteros que fazem sucesso no Brasil há pelo menos 30 anos. Uma coisa é certa: não deveria haver mais espaço para machistas e homofóbicos na esquerda. Muito menos com um indisfarçável elitismo e preconceito de classe.

A lista falsa de “sucessos de 1987” que viralizou

Os isentões midiáticos de esquerda – São os esquerdistas “críticos” midiáticos da esquerda. Para manter as boas relações e o espaço na grande mídia, estão sempre dispostos a bancar os isentões capazes de fazer a crítica da esquerda dentro da esquerda, verdadeiros fenômenos da dialética. Em geral olham para o “lulopetismo” ou o “lulodilmismo” com desdém, de uma posição superior. O malabarismo verbal é uma das maiores características do isentão midiático. Ele é tão escorregadio que é capaz de publicar um texto de página inteira sobre o golpe contra Dilma sem citar em nenhum momento o papel central que a imprensa comercial desempenhou no processo. Cioso de criar uma imagem “respeitável” diante dos jornais, o isentão pretende se descolar dos “radicais”, que na verdade são apenas esquerdistas que consideram a crítica de mídia indissociável do papel da esquerda hoje. Afinal, a imprensa comercial é a própria encarnação da elite, da concentração de poder, a porta-voz da manutenção do status quo. Como ser de esquerda e não denunciar isso?

Cioso de criar uma imagem “respeitável” diante dos jornais, o isentão pretende se descolar dos “radicais”, que na verdade são apenas esquerdistas que consideram a crítica de mídia indissociável do papel da esquerda hoje

A esquerda Panda – “Só nós somos a verdadeira esquerda, a esquerda pura, a esquerda raiz”, grita a esquerda Panda, a esquerda “fofa”, a que não oferece risco nenhum aos donos do poder. Críticos ferrenhos do pragmatismo, afirmam que qualquer esquerda capaz de fazer pactos não é digna de respeito. É preciso governar sozinho, sem alianças, apenas com os “castos”, os que nunca pecaram. Com a cabeça nas nuvens do alto de suas árvores, parecem não ter a consciência exata do momento que o Brasil está vivendo e preferem agir como se a democracia em nosso país não estivesse em risco, como se não houvesse um movimento para destruir a esquerda como um todo, eles inclusive, não só o PT. Mas, como é inofensiva, é plenamente aceita pelo establishment midiático, que costuma acolhê-la de braços abertos. A não ser quando, ocasionalmente, consegue a façanha de chegar ao poder. Só aí cai na real e abandona a picuinha com os prováveis aliados que desprezou.

 

 


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Pedro Ramos em 14/02/2018 - 21h05 comentou:

Em suma, os “tipos” da esquerda desagregadora condensam todos aqueles que, de uma forma ou de outra, reservam críticas ao PT e seus dirigentes.

Afinal de contas, este é um post que clama pela concórdia, né?

PS1: O PT é, já há muitos anos, uma frente partidária. Algumas de suas correntes são de esquerda. A Corrente Majoritária que manda no partido e abandonou a Presidenta aos Leões não é uma delas. Se o PT é um partido de esquerda é passível de debate. Decerto não é um partido socialista. E nunca se propôs a ser.

PS2: Você já leu Marx? Mera curiosidade.

Responder

EUGÊNIO em 14/02/2018 - 21h10 comentou:

Olá, Cynara,

porreta você apresentar esta crítica “fora de hora”, todo mundo falando só no Diabão da Tuiuti…
(Acho que com excesso de otimismo…)

Assim de chofre, escrevo só para acusar a minha condição de (humilde?) ouvido-absolutista.

Claro que sem o tal pé na homofobia ou na misoginia,

o que tem de merda entrando em nossos ouvidos é inacreditável!

E não vem do povão, é da mídia comercial, sempre ela, a tal lista bota Roberto Carlos,

coisa nenhuma, tenho até saudade do que se chamava brega, Jane e Erondi, Valdique e etc. e tal.

Ando com tapões nos ouvidos, é tudo um escândalo cacofônico.

E aí vem a escola que mostra o vampirão – diabão…

Eis a questão (só pra cutucar e, como disse, escrevo de chofre inspirado pelo seu texto): Isto é “povão?”
https://www.youtube.com/watch?v=aykxVYBHyEk

Responder

    L. em 15/02/2018 - 08h26 comentou:

    Já andava com ‘tapões’ nos anos 90 ou gosta mesmo de É o tchan?

zeca em 14/02/2018 - 21h30 comentou:

Fico incomodado quando usam o termo “é da periferia” pra justificar a qualidade musical de alguns artistas.

Da periferia saíram Racionais, Criolo, Emicida, Cartola, Nelson Cavaquinho. Adoniran, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Patativa do Assaré, etc.

Fazer musica de qualidade não é privilégio das classes mais altas.

O que acontece é que a periferia aprendeu a fazer dinheiro fácil com músicas fáceis, assim como diversos artistas de classe média ou alta, como os artistas de Axé. Música fácil que se consome rápido até gerar um próximo hit. E isso vai se perpetuando.

O cara que escreveu “Meu pau te ama” poderia ter escrito “Crisantemo” do Emicida, (um dos poemas mais belos que li/ ouvi). Enquanto um tem 330 milhões de visualizações no YouTube o outro tem 1,5 milhões. Direito dele, fazer a musica que quiser e ganhar a grana dele. Mas ninguém é obrigado a gostar…

Liniker é maravilhosa, canta muito e compõe muito. Pablo Vitar, pra mim não dá. Pra mim as letras são ruins e não canta bem. Há que se considerar que é um homem tentando cantar em voz feminina, não é fácil. Mas para quem viu Edson Cordeiro, fica difícil evitar a comparação, e isso não é saudosismo barato.

O Funk é sim uma cultura da periferia, que explora o corpo da mulher como forma de sua identidade. Aconteceu o mesmo preconceito com o samba no início, por ser uma música negra e de periferia. No entanto, o samba não depende apenas das mulheres negras rebolando. Sim, há letras machistas e sexistas no samba, mas também há poemas divinos. O funk por enquanto, vive da sexualização da mulher. Enquanto não tiver uma letra que vá alem de “bum bum”, “tan tan”, “pau”, “roça o peru nela que ela gosta” (cantado por uma criança). Desculpe, mas não vou ouvir.

Responder

    Cynara Menezes em 14/02/2018 - 23h15 comentou:

    no passado tinha “segura o tchan, amarra o tchan, segura o tchan, tchan, tchan, tchan, tchan”. era melhor?

    Davi Pascoal em 15/02/2018 - 06h50 comentou:

    Penso da mesma forma que o Zeca, uma coisa é você elitizar a música ou qualquer outra forma de arte e criticar negativamente qualquer coisa que venha da periferia, outra coisa é criticar a qualidade musical/técnica/poética do que se escuta. Sem falar no excesso de espaço, investimento e retorno em cima de algo que nitidamente tem uma qualidade inferior, diria até sem personalidade, já que para se manter na mídia é preciso seguir uma cartilha de opiniões pré-formatadas de pensamento, ou seja, dificilmente veremos a Pablo criticar a globo por exemplo (a exemplo dos Insentões Midiáticos). Então, nada contra Pablo, Jojo ou qualquer outr@ fazerem o que gostam e obterem sucesso, até porque a arte tem o total direito de ser apenas divertida (para quem acha), porém vai continuar sendo exemplo desse capitalismo selvagem que procura dominar e moldar tudo a sua maneira, inclusive a arte. E a crítica, seja ela positiva ou negativa (≠ofensiva) faz parte do debate

    zeca em 15/02/2018 - 07h09 comentou:

    De jeito nenhum, o que não tinha antes é uma patrulha dizendo que a gente era obrigado a gostar dessa música “por ser popular”.

    Musica boa e música ruim sempre existiram, pode ser MPB, Rock, RAP, Samba, Funk, Sertanejo, etc.

    Depois que escrevi o texto, lembrei de um funk que fala da realidade social do refrão “Eu só quero ser feliz.” mas deve ter uns vinte anos. De lá pra cá, não surgiu nada parecido, pelo menos para quem não acompanha o ritmo com tanta intensidade.

    Nasci em SP e sou filho de nordestinos quando eu era criança ouvia que Luiz Gonzaga era música do povo, que maravilha! Se vc pegar as letras das músicas bregas, eram muito mais ricas que o bum bum bum bum de hoje. Se tinha a Gretchen rebolando e gemendo umas frases em inglês e francês. Tinha o Odair José cantando “Pare de tomar a pílula”. “No Hospital” é outro clássico do Amado Batista.

    Lulu Santos não estava errado quando disse que a música brasileira se fixou na fase anal. Quando se afirma que o funk e uma cultura da periferia, é verdade, mas parece que quando vc faz uma crítica a esse ritmo, está criticando toda a periferia, e que por estar na periferia, haveria uma certa limitação cultural que impediria ser feito algo de diferente. E pode, exemplo não falta. O funk é uma parte da periferia, não é o seu todo.

Cláudio em 14/02/2018 - 22h27 comentou:

Faltou um tipo: a esquerda extremista de centro (essa é do Tariq Ali), se propaga como progressista, mas no fim, quando chega no poder, assume toda a dieta dos liberais e da mídia, alegando que não haveria alternativas. Pactuam com tudo e todos… É o reflexo da Panda. E mandam a coerência para o espaço, e quando apontam seus erros dizem que os outros são divisionistas…

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Kerley em 14/02/2018 - 23h03 comentou:

Muito obrigada por este texto inteligente. Ganhei minha noite lendo ele.

Responder

Carlos Henrique Moraes em 14/02/2018 - 23h32 comentou:

Sei que a conquista da unidade, seja ela em qual pensamento ideológico ocorra, é uma utopia. Mas, no momento em que estamos passando, com nossa democracia a beira do precipício…seria muito mais útil para todos, que tentássemos a busca dessa unidade de todas as “frentes” progressistas.
No meu modestissimo ponto de vista, a esquerda peca por teorizar muito…
De toda forma; adorei o texto…
💐📒

Responder

João Junior em 15/02/2018 - 01h37 comentou:

Pessoalmente, não me posiciono contra o pensamento liberal. Procuro compreende-lo e não é difícil faze-lo. Pedindo licença para uma analogia, gostaria de comparar a utopia com a teoria do gás ideal, apenas para evidenciar o que é ideologia.

O modelo de gás ideal considera que todo gás estará sempre na forma de gás em qualquer condição de pressão e temperatura. Na prática, os gases mudam para líquidos, ou mesmo para sólidos, quando submetidos a baixas temperaturas e/ou altas pressões. Evidentemente, o gás ideal não existe na prática, mas imagina-lo ajuda a compreender os fenômenos que levam os gases reais a deixar de ser gases, indo a líquido ou sólido dependendo da circunstância. É útil conhece-lo como um modelo para entender a realidade, para critica-la e buscar soluções para problemas práticos.

Avançando na analogia, tanto o pensamento socialista quanto o liberal preveem modelos que poderiam realizar a utopia, mas partem de muitas simplificações da realidade. Não discuto que a lei de oferta e procura funciona, mas observo que a utopia liberal inicia-se com pelo menos duas premissas irreais, primeiro, a de que a competição no mercado é igual, e, segundo, a de que o mercado não é manipulável. Dois erros grosseiros. A competição é desigual porque o mercado é manipulável. A igualdade de condições no mercado é o que se deve buscar e não toma-la por preexistente ou condição dada. Mas os liberais realmente acham que isso é uma condição dada. Não é.

Do lado do socialismo, o problema é o Estado. O socialismo parte da premissa, irreal, de que o Estado pode ser logo apropriado pelo povo. Não pode. E por que não? Por que o Estado é corruptível. A corrupção, aliás, é o meio pelo qual a burguesia se apropria dele, desviando-o da finalidade de servir à sociedade, ao povo, pelo processo que conhecemos como aparelhamento ideológico. Combater a corrupção é combater o aparelhamento ideológico do Estado, motivo pelo qual a corrupção seja bastante difícil de erradicar. O Estado não-aparelhado é uma condição necessária, mas irreal, ao socialismo utópico. Mesmo os soviéticos sofreram com isso. E daí vem, semanticamente, o termo capitalismo, que é privilegiar o capital em detrimento da sociedade, pelo que se aparelha o Estado e não a pôr o Estado permanentemente com a finalidade social a que se destinaria utopicamente.

Ainda que as ideologias liberal e socialista sejam modelos simplificados, ajudam a compreender a realidade e a buscar soluções práticas para o problema real da desigualdade. De um lado e de outro, pelas premissas que assumem e pelos resultados que perseguem, liberalismo e socialismo ajudam a compreender que a maior resistência a uma e à outra é o capitalismo, a concentração de capital. E de poder, consequentemente. O discurso liberal de hoje não passa de um certo verniz liberal associado ao capitalismo que mantém a aparência, uma certa confusão semântica, de que capitalismo é sinônimo de liberalismo. Mas, não é, julgando pelas premissas que adota, ao mesmo empo em que sustenta que o comunismo é péssimo porque depende do desaparelhamento do Estado, o que vem a ser a mesma coisa que o fim do predomínio burguês.

Como a ideologia pode ser tida como um ponto de vista a partir da qual se encaminha para a avaliação da realidade, mais ou menos como o gás ideal para o gás real, é uma necessidade conhece-la para a crítica dos problemas atuais e diagnóstico da realidade para, só então, começar a transformar a realidade.

Responder

Felipe Basto em 15/02/2018 - 09h20 comentou:

Que tal começarmos a dar nome a esses bois?

Responder

    Cynara Menezes em 15/02/2018 - 12h15 comentou:

    se o post é contra a treta, você sugere que eu dê nome aos bois para quê? para aumentar a treta?

Marcos F. em 15/02/2018 - 10h53 comentou:

Quero acreditar que parte dessa esquerda seja fruto de incompreensão. De qualquer forma, ótimo texto.

Responder

Carlos Orium em 15/02/2018 - 17h53 comentou:

Podemos entender que o outro tem a própria maneira de pensar, que sua história de vida é peculiar e suas bagagens podem ser totalmente diferentes das nossas. Podemos compreender que as verdades alheias, por mais que nos soem ilógicas e absurdas, são do outro tão somente e não necessariamente nossas. Desde que não nos firam, as escolhas do outro não nos dizem respeito. Desde que o outro esteja feliz, sem pisar em ninguém, não temos como tentar intervir em estilos de vida que não são nossos.

Parabéns Cynara pelo excelente texto. Sou consumidor nato dos seus textos!

Responder

Daniel em 15/02/2018 - 19h38 comentou:

O que acontece é que a própria esquerda está cansada em acreditar em santos de barro.
Tem muita gente que simplesmente viu a lástima social que foi no governo Dilma. E que continua com o governo Temer.
Tem muita gente que simplesmente não acredita na inocência do Lula, até pq para isso basta ter um pouco de raciocínio e parar de falar que não tem provas né?
Essa esquerda “cega” que vc prega é a esquerda mais nociva. E a que está desaparecendo, graças a informação que temos hoje em dia.

Responder

Rodrigo Dias em 17/02/2018 - 20h04 comentou:

“Um sonho de todo esquerdista: ver a esquerda unida.” Será mesmo? Por que então ninguém investiga o chamado “pensamento posmoderno”, que vem há décadas nos empurrando em direção ao individualismo e ao obscurantismo? Será que só intelectuais de outros países (como Noam Chomsky) conseguem enxergar a lambança?

Responder

Diogo Rocha em 26/02/2018 - 20h32 comentou:

E a esquerda que abandona suas bandeiras de luta de décadas e se aliam aos piores exemplares do centrão quando chega ao poder até desmoralizar todo campo esquerdista, como se chama?

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