Socialista Morena
Politik

Não são só os políticos que precisam de aulas de ética

Em viagem de férias pelo Nordeste, vi este cartaz em tudo quanto é biboca de beira de estrada em Pernambuco e Alagoas. Me senti profundamente indignada, não só porque é o milionésimo anúncio de cerveja que usa a mulher como chamariz para vender álcool. Trata-se de uma propaganda imoral pelas seguintes razões: 1. O trocadilho […]

Cynara Menezes
07 de agosto de 2013, 20h20

Em viagem de férias pelo Nordeste, vi este cartaz em tudo quanto é biboca de beira de estrada em Pernambuco e Alagoas. Me senti profundamente indignada, não só porque é o milionésimo anúncio de cerveja que usa a mulher como chamariz para vender álcool. Trata-se de uma propaganda imoral pelas seguintes razões:

1. O trocadilho utilizado a título de “humor” vulgariza a primeira vez sexual de alguém, ao associá-la ao consumo de álcool. Transar pela primeira vez é um acontecimento inesquecível, único, e me parece triste e repulsivo que seja utilizado para vender cerveja.

2. Se você não pensar em sexo, só em cerveja, o anúncio continua a ser imoral por escancarar o apelo da indústria de bebidas para que o jovem se inicie no álcool cada vez mais cedo. Só isso já seria o suficiente para proibir o anúncio, mas infelizmente, em nosso país, a publicidade de bebidas é permitida em todas as mídias.

3. Subliminarmente, é um anúncio degradante da condição feminina, porque dá a entender que a atriz está se oferecendo para transar com o consumidor em troca de cerveja.

Mas o que mais me intriga é o fato de uma mulher famosa e influente ter aceitado participar de algo tão abusivo quando, há menos de dois meses, celebridades se juntavam às pessoas nas ruas para pedir ética na política. Eu pergunto à bela atriz Alinne Moraes, que protagoniza o anúncio: querida, você acha mesmo ético ajudar a atrair jovens para a bebida? Você sabia que causa enorme preocupação no Brasil, hoje, o fato de os adolescentes beberem cada vez mais cedo? Não é antiético receber dinheiro para incentivar isso? Ou só políticos precisam ter ética?

A cada hora vejo, na TV, jornais, revistas e na internet, celebridades brasileiras, ao mesmo tempo que se engajam em campanhas contra os políticos, sem vergonha alguma de aceitar dinheiro para propagandear produtos questionáveis como instituições financeiras, construtoras, produtos de limpeza, remédios ou empresas de telefonia. É o caso do “bom moço” Luciano Huck, garoto-propaganda de uma infinidade de produtos e pai de três filhos, que não acha antiético anunciar suplementos vitamínicos cuja necessidade a ciência questiona, nem fazer propaganda de uma empresa de celular, a Tim, quando ao que tudo indica é usuário de outra, a Vivo (leia aqui). É ético mentir para vender um produto? Ou mentir só é condenável quando se trata de políticos?

O que dizer então da cantora Ivete Sangalo, que aceitou cachê de 650 mil reais do governo do Ceará para se apresentar na inauguração de um hospital que na verdade ainda se encontra em obras? Aliás, convenhamos que fazer show em inauguração de hospital, em si, já é uma aberração. “Mas a culpa é de quem a contratou.” Desculpa, não só. Se você é uma artista multimilionária que gosta de apontar o dedo para os malfeitos dos políticos, poderia muito bem passar uma peneira nos eventos para os quais é contratada. Ou será que, como os políticos que critica, está interessada mesmo é na grana?

Quando se trata de ética, não dá para ter dois pesos e duas medidas. A ética é uma só, na política e fora dela. Só vou deixar de fazer muxoxo para o engajamento de artistas em protestos contra a classe política no dia em que eu vir algum deles encampando, por exemplo, a defesa do projeto de lei que circula na Câmara dos Deputados restringindo a propaganda de bebidas no país. A mesma que rende ao mercado publicitário mais de um bilhão de reais por ano, parte deles embolsado pelas celebridades que protagonizam as campanhas. Ou quando vir famosos dizendo que se recusam a participar do anúncio de alguns produtos.

Até lá, para mim, eles serão tão demagogos quanto os políticos que acusam.

Em tempo: não adianta acionar o Conar contra a publicidade imoral da Devassa. O órgão “auto-regulatório” já absolveu a campanha, denunciada por consumidores pela “associação da cerveja à iniciação sexual” e  por estimular jovens a “assumir um comportamento de risco”.

 


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Fernando Campos em 07/08/2013 - 20h35 comentou:

Excelente o texto. Concordo que há propagandas, como essa, que são totalmente babacas e imorais.
Porém, não entendi uma coisa: se você é a favor da prostituição, por que escreveu esse item 3, que escancara justamente uma prostituta se oferecendo? É muita contradição, hein!

Responder

    Roger Mendes em 08/08/2013 - 04h32 comentou:

    E você esperava alguma coerência nos textos dela?

    Fernando Campos em 08/08/2013 - 21h36 comentou:

    É, infelizmente a contraditória Cynara não vai responder mesmo. Deixa pra lá

    Giovanne em 09/08/2013 - 17h29 comentou:

    Poxa, seu comentário é meio desconexo, não?
    Ser a favor dos direitos das prostitutas e da afirmação de uma profissão como todas as outras é uma coisa, agora reclamar que a propaganda sugere sexo por cerveja é outra.
    Não vejo relação entre essas coisas. A 1º sugere não a prostituição como defendida em alguns meios, mas sim a prostituição no sentido mais extenso, na prostituição que muitas mulheres (e homens) são expostas como jeito de ser.

    henriquealdias em 09/08/2013 - 09h05 comentou:

    Ser a favor das prostitutas não é o mesmo que ser a favor da condição degradante que é trocar sexo por algum bem material. Dinheiro ou cerveja, prostituição é algo degradante, mas qualquer cidadão de bem não julga as prostitutas por isso, elas são vítimas dos erros da sociedade.

    Vitor em 09/08/2013 - 16h32 comentou:

    Tem muitas mulheres que tiveram condições iguais ou piores e nem por isso viraram prostitutas! Que mania que esse povo tem de justificar tudo!

delima em 07/08/2013 - 20h41 comentou:

cansei de mandar reclamação pro conar… quem julga é um conselho formado pelos "mesmos de sempre". o conar é ridículo!

Responder

    henriquealdias em 09/08/2013 - 09h07 comentou:

    O Conar é composto e presidido por publicitários e, entre publicitários, a intocabilidade da indústria cervejeira é lei.

carloscareqa em 07/08/2013 - 20h42 comentou:

Bravo Cynara. Podemos pedir ética. Lembrei do Paulo Freire neste texto.É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática PF.

Responder

Rafael em 07/08/2013 - 21h31 comentou:

Concordo que a propaganda é infeliz ao fazer da mulher um objeto do homem, mas acho que você interpretou a frase slogan da campanha de marketing errado.

Diz "sua primeira vez com uma devassa". Isso pode ser interpretado como a primeira vez COM uma devassa, o que significa que pessoas que já tiveram sua primeira vez com outros tipos de pessoas também estão incluídas, não só "virgens"…
Não é para chamar os jovens, eles miram em qualquer um mesmo…

O caso do Luciano Huck recomendar TIM invés da VIVO que ele usa… Qual é o problema? Você nunca recomendou um produto que você não usa? Cada um tem suas necessidades, e se você conhece as necessidades de um amigo e vê que a VIVO não o serviria melhor (financeiramente, o custo/benefício, as funcionalidades do produto, etc), qual o problema em indicar a TIM?

Responder

    Mário em 09/08/2013 - 18h45 comentou:

    ética… Não leu o texto?

    Lidia em 09/08/2013 - 19h44 comentou:

    Isso não tem nada a ver com ética, Luciano Huck tem um contrato para protagonizar anúncios da Tim, não para obrigatoriamente utilizá-la. Não há nesse caso nenhum problema ele utilizar os serviços de outra empresa. É a mesma coisa que eu trabalhar para um supermercado X e ter de comprar os produtos de lá, isso não existe!

    O texto no geral é muito bom, mas essa parte foi bizarra.

    Eu mesmo em 10/08/2013 - 02h52 comentou:

    Lê e não entende. Por isso vai na do Luciano playboy. Como consumidor vc é pequenina e despercebida, sem ninguém saber nem se vc consome algo! Já com GP vc expõe seu nome e sua personalidade em apoio à marca!!
    Entende?
    Se não avisa que eu desenho.

    Lccunuz em 09/08/2013 - 20h20 comentou:

    Concordo com sua análise Rafael. Imagine se para anunciar qualquer produto, teriamos que compra-lo, usa-lo. Seja quem for o cara é contratado para fazer um anúncio publicitário. Se ele não está anunciando produtos ilícitos, tambem não vejo problema. Ou para anunciar uma Ferrari, o cidadão terá que comprar e usar uma em seu dia a dia?

    Ana em 10/08/2013 - 03h53 comentou:

    De certo a Gisele usa Pantene. Aham, senta lá Cláudia.

Savio Roz em 07/08/2013 - 21h38 comentou:

Entendo sua indignação, Cynara. Mas vejo tudo isso como sintoma de uma sociedade carregada de miasmas. Primeiro que as relações de sexualidade e gênero não são frutos de uma "massiva propagação de idéias" pela Indústria Cultural, mas, sim, o contrário: A IC busca agradar um público específico com discursos presentes no mesmo. "Transar pela primeira vez" é único, "inesquecível" num discurso machista que valoriza a mulher que idealiza romanticamente o amor. Então esse discurso é tão errôneo quanto o da propaganda acima. A propaganda se vale somente do discurso, não promove a banalização do sexo, mas a mudança de um público alvo (homem, jovem-adulto, heterossexual) para seu produto: Devassa. O nome do produto já lhe encarrega de um teor libidinoso, legitimamente.
Outro perigo é ver o "devasso", o libidinoso, o sexual, como vilão. Não é vilão. Erotismo não pode ser demonizado a pode de ser separado como "sexualidade vulgarizada" X "amor puro e belo". A propaganda se vale de um discurso machista de centenas de anos (principalmente no nordeste): O homem (cabra macho) precisa ter sua primeira vez com uma devassa (puta, de preferência). E nossa sociedade valoriza o consumo de álcool às portas abertas e outros consumos às portas fechadas. Essa visão de que uma propaganda incentiva o consumo de álcool é IGUAL a que trata como "careta" quem não fuma maconha. São discursos de grupos. Valorizam seus signos próprios. Imoral? Aí depende sempre do conceito de moralidade, tão vago quanto de baliza ampla. A degradação do feminino não é uma mão de via única de um anúncio, está inserida em diversos discursos, muitas vezes até feministas. O exemplo disso é se pensar a degradação em mulheres que estão nos meios de produção "vendendo" seu corpo. Para muitas delas (vide Valesca Popozuda), seu condicionante é uma liberdade: social e sexual. Chama-la de "horror" é cair no discurso machista de que mulher tem que "se dar ao respeito, transar muito bonito na primeira vez, não dar pra qualquer um, etc".
O discurso em Luciano Huck é igualmente perigoso: Constrói um tipo idealizado de homem mediano. Bom pai, bom moço, como você mesma frisou eficazmente. E o homem que não segue esse padrão? Que não casa? Que nega o conceito de família? Que quer amizade e sexo? Vamos demoniza-lo? As construções dos discursos valorizam um homem viril (pegador) e exigem da mulher o sonho de um príncipe. No fim, todas comem SAPOS com dupla moral: O pai de família (bom pai e bom marido) que às escuras trai, e muito).
Ética é uma produção reflexiva pessoal (individual ou de um grupo) através das balizas de conhecimento e das escolhas de certo e errado, construindo socialmente a moral. Se é moral ou imoral, suas raízes estão na ética e como ela é vivida por uma sociedade. Uma sociedade hipócrita, que espanca o filho que é gay, mas perdoa o filho que é corrupto, vai gerar uma moral hipócrita. Fácil, assim, entender o que pode ser "legal" ou não na questão da mentira.
No dia que a sociedade não sentir representada em discursos como esses da propaganda, tais discursos serão extintos naturalmente. Enquanto esse dia não chega, não adianta apedrejar uma coba num mar de serpentes.
faz tempo que não escrevo tanto, seu texto produziu reflexão! Adoro ler!

Responder

    Vanda em 09/08/2013 - 14h27 comentou:

    Também adoro ler. E o seu nos remete a uma reflexão inteligente. Tem um leque de abordagens, ela fixou somente em políticos. Parabéns, Savio.

    Atila em 11/08/2013 - 08h47 comentou:

    Obrigado, Savio, por contribuir com pontos de vista antagônicos, porém com muita educação e clareza. Vejo como hipocrisia toda e qualquer repúdia à propaganda (que é parcial, ao contrário do que deveria ser o jornalismo) com bases morais, com apelos do tipo politicamente correto. Não há problema em sonhar com príncipe encantado e esperar o casamento nem em fazer sexo com vários. O problema é querer escolher um caminho como o "certo" e impor sobre os outros, determinar e enfiar goela abaixo um ponto de vista como verdade absoluta. Isso é tirania intelectual, castração cultural. Associar sexo à cerveja? Oras, sexo está associado a tudo na psiquê humana! Seria "errado" associar cerveja ao universo infantil (crianças não "devem" beber)…

samuelvmoreti em 07/08/2013 - 22h14 comentou:

Cara Cynara.

Bom…. então eu sou um santo. Em 15 anos trabalhando e tendo uma agência de propaganda, jamais aceitei chamados para atender a empresas de bebidas alcoólicas, cigarros e, quando era permitido, bingos. Tudo bem que não foram tantos.
Dentro da missão da minha empresa está um trecho importante, cito: "Hei de divulgar o bom produto e o bom serviço".
Talvez por isso mesmo esteja contando moedas até hoje para pagar as contas.
Raras vezes atendi a políticos e seus projetos esportivos que tinham como objetivo receber verba e jamais assistir às crianças.
NENHUMA vez aceitei pagar qualquer parte do meu serviço que não seja prevista em orçamento para qualquer vagabundo que se nomeia representante do povo e vem me pedir comissão.

Talvez por isso eu não seja famoso, não seja tão convidado para jantares e campanhas publicitárias, mas jamais verão o bumbum que mamãe passou talco se oferecendo em cartazes com chamadas parecidas com essas aí.

Sempre penso na minha família olhando algo e dizendo: "Pô, que chato isso. É meu filho nessa porcaria".
Tudo tem limite.

Parabéns por mais esse texto. Nisso tudo eu concordo demais com vc, uma jornalista que tem condições e tenta de todas as formas, transformar.

Responder

    Emily em 09/08/2013 - 20h26 comentou:

    Concordo contigo Samuel! matéria muito boa!

Jorge Silva Pontual em 07/08/2013 - 23h09 comentou:

Galera, qual o problema de vocês? Ninguém gosta de sexo aí, não? Ninguém toma cerveja? Parem com essa chatice de religião, porque isso só deixa a vida de vocês sem graça. Basta de hipocrisia. A garota é linda, cerveja gelada é uma delícia e sexo faz parte da vida. Ao contrário de tentar "esconder" dos seus filhos essas coisas, procurem um caminho um pouco mais honesto – apesar de menos fácil – e os eduquem para a vida. Eles vão transar e tomar cerveja, quer vocês queiram, quer não. O melhor a fazer é ensiná-los sobre as consequências e parar com idiotice na internet.

Responder

    Armando Divan em 09/08/2013 - 16h59 comentou:

    O problema é que tem gente fazendo disso um negócio e ganhando muito dinheiro com isso. Não há problemas em fazer sexo ou tomar cerveja, desde que isso seja feito de forma natural e por quem tem a idade certa e condições psíquicas para tanto. O sistema nervoso do adolescentes ainda não está completamente formado e o uso abusivo de álcool pode ter graves consequências para o jovem com sequelas permanentes para o resto da vida, portanto, se para você isto é indiferente, ao menos não tenha filhos.

    Wagner em 09/08/2013 - 19h14 comentou:

    Caro Jorge, você passa a imagem de um dono de cervejaria ,ou então, proprietário de um prostibulo. Tenho seis filhos, nenhum deles jamais tomou um gole sequer de qualquer bebida que contenha álcool. Eu pessoalmente também não tomo a mais de 28 anos. Não sinto a menor falta desses produtos. Quanto a ter relação sexual, que você vulgarmente chama de transar, todos os seres humanos devem fazer com a devida responsabilidade e total respeito a outra parte envolvida e também com o devido respeito a sociedade onde vive.

    Luiz em 09/08/2013 - 21h20 comentou:

    o/ Alguém lúcido!! o/

    Mordida em cachorro esse texto…

    marcio braune em 12/08/2013 - 01h14 comentou:

    Parabens meu amigo! Bem que eu ia comentar, mas vc já disse tudo! Essa época do politicamente correto já está enchendo o saco. Eu vi o comentário do mocinho "Hei de divulgar o bom produto e o bom serviço". Que pretenção! As dificuldades que essa gente de bom gosto passa é simplesmente porque tem ética, e as pessoas que são bem sucedidas, só atingiram seus objetivos por serem antiéticos……. Claro!!!! Por isso que ele conta os tostões, porque ele é ético, caso contrário ele estaria milhonário!!!!!

Débora em 07/08/2013 - 23h35 comentou:

o conar é uma piada. esse cenário é nojento. maravilhosa tua matéria!

Responder

H.92 em 08/08/2013 - 01h36 comentou:

Uma sociedade que estimula a corrupção cobra ética de seus representantes.

No fundo os artistas e muitos políticos querem mesmo é faturar, como o texto diz: o duro é o ~cidadão de bem~ apontar o dedo, sendo que faz o mesmo, em grau maior ou menor.

Lembram do Cansei? O maior aglomerado de coxinhas, reaças, bem nascidos, sonegadores, corruptos, rentistas e hipócritas cobrando corruptos, hehe

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Ligia em 08/08/2013 - 02h34 comentou:

Religião?????? Vc reparou que o blog é socialista?

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Fernando em 08/08/2013 - 03h19 comentou:

Em meados de 2012, o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) apresentou um projeto que pretende vetar a participação de atletas e de artistas em propagandas de bebidas alcoólicas.
http://drrosinha.com.br/voce-e-a-favor-da-restric

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Roger Mendes em 08/08/2013 - 04h35 comentou:

Quem não gostou da cerveja, é fácil, é só não comprar dela. Eu já não compro porque ela é muito ruim, mas se fosse boa eu comprava. Não acho que a propaganda seja ofensiva.

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Luiz Moraes em 08/08/2013 - 05h17 comentou:

A radio terceira colocada em numero de audiência no Rio de janeiro AM, está praticamente sem anunciantes…

Motivo: >>>>>> Nesta radio, é proibido propaganda de fumo e álcool… [ drogas ].

Mesmo assim, só perde em audiência, para duas rádios pequenininhas… [grobu e CBMENTE].

Por que será, que as agencias não anunciam nessa rádio?…

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kempvictor em 08/08/2013 - 12h06 comentou:

Acredito que todas as lutas são válidas, pessoas públicas ou não devem engajar-se politicamente, para a construção de uma sociedade melhor. O problema é que na atualidade as lutas se tornam individuais, são válidas desde que não atinjam seu status quo, como é o caso das celebridades que aceitam dinheiro por propagandas antiéticas enquanto cobram ética na política.

Responder

LeoContesini em 08/08/2013 - 12h22 comentou:

Mas você quer que a ética surja de onde? Que ela brote lindamente no coração de cada brasileiro? Quando o último bastião da ética política no Brasil decepcionou todos os não-fanáticos pelo partido a gente simplesmente perdeu o rumo. Hoje pode-se tudo, basta fazê-lo em nome de uma causa aceita universalmente (algo que é cada vez mais abrangente devido à nossa falta de ética).

Só não pode ser branco, liberal e rico. Aí vc tá fodido.

Responder

Paulo Longo em 08/08/2013 - 12h26 comentou:

O mais engraçado é que ontem vi uma matéria usando o sexo como proselitismo ideológico comunista, o que é positivo. Por outro lado, na matéria de hoje, o sexo é visto como algo imoral por ser usado em uma propaganda de cerveja, ou seja, como instrumento do capetalismo. Assim, dependendo do lado no qual o sexo é utilizado como ferramenta pode ser bom ou ruim. Típico maniqueísmo esquerdista.

Responder

    Vinicius em 09/08/2013 - 12h47 comentou:

    Me pergunto se esse comentário é de quem leu o artigo ou só o título e a foto. A ideia não é a de que o sexo é imoral por ser usado em propaganda de cerveja ou em qualquer circunstância. É a propaganda que passa uma mensagem no mínimo duvidosa ao associar o consumo de álcool à prática sexual, o segundo como resultante do primeiro.
    E, preciso dizer, o quão contraditória é a sua última frase. Quer dizer que o maniqueismo é do campo da esquerda? Olha só quem caiu na própria armadilha…

    Paulo Longo em 10/08/2013 - 01h42 comentou:

    É porque no meu comentário eu usei o maniqueísmo de direita rsrs. Na realidade eu conheço todos os males da direita e os pontos positivos da esquerda, mas o fato é que a página é de esquerda, portanto a crítica recai sobre a esquerda, alem do que me parece claro estar havendo um monopólio político e midiático em direção à esquerda e equilíbrio nunca é demais, inclusive, se você pôr todo o peso em um lado da canoa com certeza ela acaba afundando. Mas o seu comentário foi perspicaz.

    Armando Divan em 09/08/2013 - 17h19 comentou:

    Você deveria citar qual a matéria faz proselitismo ideológico com sexo, se não cita é porque é invenção sua. A matéria não trata de questões morais, mas sim de questões éticas. Não é ético associar o nome de uma personalidade de projeção social (mesmo que artista de telenovelas) a um produto (no caso uma droga lícita) cuja ação sobre o indivíduo e sociedade tem efeitos prejudiciais. Não há nenhum discurso moralista, o que se discute na matéria é o uso cada vez mais precoce do álcool, por jovens que não tem a maturidade suficiente para fazer o uso saudável da bebida.

    Augusto em 10/08/2013 - 03h36 comentou:

    Muito bom, eu ia escrever mais ou menos isso. E ela consegue escolher os argumentos (ou tradução) errados em ambos, impressionante. Se fosse a presidente acho que ela ia declarar que acredita no ET de Varginha…

Roselize santos em 08/08/2013 - 12h58 comentou:

Cara Cynara, estou totalmente com vc. Muitas vezes me vi procurando estabelecer contato com algumas celebridades para lhes fazer algumas perguntas do tipo: Você é usuário desse produto? Você sabe como essa empresa trata os seus consumidores? Você não tem vergonha de assinar campanha desse produto sabendo que a empresa bate estatistica de reclamação no PROCON? Você faz realmente tudo por dinheiro?
Eu acho que sua colocação é certíssima, essas pessoas tem tantas responsabilidades ou mais ainda do que os políticos, porque os políticos infelizmente são "famosos quem" pra eleitor que votou e nem sabe em quem.
Essas celebridades sim são mais conhecidas do que os políticos, são formadoras de opinião e tem muita responsabilidade quanto diz pra você consumir uma porcaria qualquer porque ela consome. A propaganda criativa e divertida tem seu lugar, seu valor e seu reconhecimento.
A publicidade brasileira é maravilhosa e não deveria deixar que a falta de ética mudasse essa visão tão importante que torna nossos profissionais da Propaganda respeitáveis e admirados. Por outro lado realmente percebo que tem anunciante totalmente sem noção, tem cara que aprova cada campanha sem o menor senso, tem dinheiro, mas não paga uma pesquisa de mercado.
Enfim Cynara, apoio seu texto e suas ideias e sempre que puder vou me mover a respeito do que acredito assim como você.

Responder

Felipe Araujo em 08/08/2013 - 13h31 comentou:

Esse texto tem um mérito: surpreendente a cada linha. Começou mal, ficou péssimo e, quando pensei ser impossível, começou a me enojar. Porém, vamos por parte. Para começar, o socialismo já se mostrou ser um sistema político e financeiro totalmente ineficiente e utópico. No discurso é lindo, mas apenas uma massa alienada e sem olhar crítico para engolir um modelo assim que nada contra o instinto humano, contra as leis da natureza. Mas o socialismo não é o foco de meu comentário, mas sim os socialistas, aqui representados por uma morena, em um texto altamente subjetivo e sem verdadeiro conhecimento da causa, algumas palavras bonitas e um discurso furado em prol da ilusão social. É ridículo depositar tamanha responsabilidade na publicidade. Esta é uma maneira dos anos 20 de enxergar o público, leitor, telespectador como agente passivo. Hoje em dia, é cientificamente provado, que somos agentes ativos em qualquer processo de comunicação. Ou que levante o dedo alguém que pense: "Olha a Alinne Moraes na propaganda. Vou comprar agora.". Ou que me responda alguém que tenha levantado do sofá e comprado Devassa por causa da propaganda. Duvido que exista. O fato é que ninguém mais quer assumir seus verdadeiros papéis na sociedade. É mais fácil e cômodo apontar o dedo para o outro e culpá-lo. Um assaltante entra em uma pizzaria, rouba e mata. De quem é a culpa? Da sociedade. Uma criança sofre bullying, de quem é a culpa? Da sociedade. Ou da mídia, ou do governo, ou da publicidade. Reparem, apenas culpados genéricos. Nada conclusivo. Afinal, é mais fácil dissolver a responsabilidade em uma classe do que cada indivíduo assumir seu papel de tomar de decisão. A educação das crianças não é responsabilidade do Estado, mas sim dos pais. A formação da opinião não é feita pela mídia, mas sim por cada um com seu censo crítico. A ética não é exclusiva a políticos, mas a todos os cidadãos. O objeto de consumo não é decidido pela publicidade, mas pelas vontade individuais de cada um. Paremos de hipocrisia e comecemos a assumir nossos deveres antes de exigir nossos direitos. Do contrário, continuaremos a construir um ambiente cada vez mais chato e politicamente correto, limitando tudo e todos justamente em tempos que a internet veio para nos dar mais liberdade e poder de expressão.

Responder

    Vinicius em 09/08/2013 - 14h06 comentou:

    Se o mérito do artigo, como diz você, é ser surpreendente a cada linha, não se pode dizer o mesmo do seu comentário que reproduz os chavões mais esfregados pelo senso comum, utilizando-se de uma linha argumentativa binária e que mais se preocupa em desqualificar o interlocutor do que combater argumentos.

    Se, como diz você, ninguém compra por causa da publicidade porque “o objeto de consumo não é decidido pela publicidade, mas pela vontade individual de cada um” e, portanto, “é ridículo depositar tamanha responsabilidade na publicidade”, faltou só avisar isso para as pequenas, médias e grandes empresas que despejam centenas de milhões de reais todos os meses em campanhas publicitárias. Se isso é verdade há anos elas jogam dinheiro no lixo!

    A grande valia da boa publicidade está em saber colocar o desejo no espectador e ao mesmo tempo fazé-lo crer que o desejo é só seu.

    “Olha a Alinne Moraes na propaganda. Vou comprar agora", é uma caricatura do processo que não se dá de forma linear, mas associando a marca e o produto a situações e valores que são caros ao público. Entendo que isso esbarra na noção de livre-arbítrio mas, sejamos maduros o bastante para admitir que não somos assim tão senhores da nossa vontade como gostaríamos de ser.

    A suposição de que “a formação da opinião não é feita pela mídia, mas sim por cada um com seu censo crítico” é insuficiente. Eu lhe pergunto: e esse censo crítico a que você se refere é formado e balizado por quais valores e oriundos de onde? Se você me respondesse família, Igreja e tradição eu ainda acreditaria se nós estivéssemos no Brasil da década de 30.

    O outro processo que você caricatura, o de culpar “a sociedade” por tudo, é simplesmente o outro lado da moeda do culpar o indivíduo por tudo. Não se trata de eximir ninguém de suas responsabilidades mas da noção de que nossas atitudes são moldadas pela conjuntura social em que nos encontramos e o que dá o tom disso são as relações de classe. A margem de manobra que temos para fazer nossas escolhas “autônomas” encontra seu limite aí.

    O primeiro argumento que você usa para desqualificar esse blog – e os socialistas – é o fracasso do socialismo. Pergunto: e o capitalismo, onde deu certo? De fato, pode-se citar alguns exemplos, cada um deles a custa de uma dezena de outros que deram e continuam dando muito errado.

    Armando Divan em 09/08/2013 - 17h29 comentou:

    Esse texto tem um mérito: surpreendente a cada linha. Começou mal, ficou péssimo e, quando pensei ser impossível, começou a me enojar. Aplica-se inteiramente ao teu comentário. Pertinência ao assunto: zero; Argumentação: medíocre. Teu texto sofre dos mesmos males que enxergas na matéria comentada.

vanessa em 08/08/2013 - 14h37 comentou:

Quanto recalque, hein Cynara?
Para de criticar o conteúdo da publicidade e dá uma olhada pra dentro das agências. Quer escrever algo útil? Já que vc escreve para um blog socialista, que tal abortar o tema da escravidão dentro da publicidade? Quer saber mais, imprime a lista das 10 mais e faz uma visita às 2h da manhã. Tenho certeza que alguém vai te receber pra tomar um cafézinho. Mas se vc quiser dormir cedo, pode dar uma passadinha às 22h que tá todo mundo lá, há 12h, 14h ou 16h trabalhando, como um boliviano no Bom Retiro. Dá uma olhadinha nisso e depois vem falar de ética. O problema é muito mais fundo do que seu olhar moralista consegue ver.

Responder

    morenasol em 08/08/2013 - 15h05 comentou:

    recalque do que, gente? faltaram adjetivos? ; P

    vanessa em 10/08/2013 - 20h16 comentou:

    Pois é, e vc é tão superficial que de tudo o que eu escrevi a única coisa que te importou foi a palavra "recalque". Por favor…

Celso em 08/08/2013 - 16h54 comentou:

ontem o Zeca Pagodinho disse que não é "pau d'água" e sim bebedor de cerveja 9 será que tem alguma imgem ou aparição pública dele sem um copo de cerveja?)..pronto , agora a cerva não é mais um bebida alcoólica, vamos colocar nas merendas escolares..haja sofismas para aguentar tanta hipocrisia..

Responder

João em 08/08/2013 - 18h42 comentou:

Essa caneta na sua boca eu achei sensual. Vai apagar? Fora que esse texto mostra que o tal viés esquerdista tem dislexia.

Responder

    morenasol em 08/08/2013 - 19h19 comentou:

    dã?

João Pedro em 08/08/2013 - 18h56 comentou:

E os meninos da suposta nova forma de fazer jornalismo, os chamados "mídia ninja"? Tem menos de 30 anos e já se venderam, ética total estes…

Responder

anonimo em 09/08/2013 - 03h05 comentou:

Você é socialista, comunista, esquerdista, e ainda vêm falar de ética, deve ser miragem, ó minha filha mostra sua cara e joga conversa fora com o desarmamento, homossexualidade, culto ao líder, agressão à liberdade individual, e porque devemos odiar os paladinos da justiça, quer dizer, imperialistas norte-americanos, com imagens horrentes de crimes contra a humanidade no museu de tortura norte-koreano. Me faça rir mais ó bandeirinha vermelha da ética das cuecas até às solas do pé. Pede uma bicicleta a seu aliado Pyonyang, para você viajar até o nordeste sua aproveitadora do livre sistema monetário. Confusão e esquedismo são aliados e se tornam mato, de tanto que prolifera na vida de quem cai. HaHaHa é cada uma…

Responder

Miranda em 09/08/2013 - 13h52 comentou:

Cynara, concordo em tudo com sua materia. Não vi que tenha o texto nenhuma conotação contra a sexualidade, ja que fala tambem da linda e carismatica cantora Ivete Sangalo cantado na inauguração de um hospital ainda em construção. Quando vejo essas celebridades se prestando a divulgar produtos tão questionaveis, fico pensando como que uma pessoa que tem tanto dinheiro não se propõe a escolhas mais éticas. Afinal, essas pessoas não podem dizer que fizeram aquilo por necessidade. Pode-se concluir dai que muitas dessas celebridades pautam sua vida pela mesma ética questionavel.

Responder

Vitor em 09/08/2013 - 14h46 comentou:

Não costumo concordar muito com você, até pelo seu "esquerdismo way of life" que já é uma incoerência, masssssss concordo em quase tudo com você neste texto! Acho que a propaganda de bebidas alcoólicas deveria sofrer as mesmas restrições que a de cigarro! Em relação aos artistas, que façam o que quiserem (dentro da lei), mas depois não venham posar de santo e defensor da moral e bons costumes!

Responder

    Dandi em 09/08/2013 - 20h57 comentou:

    Já parou pra pensar que o "esquerdismo way of life" pode ser uma sátira? Sei lá, só uma hipótese.

Milton Robson Veiga em 09/08/2013 - 15h09 comentou:

R$ 650000,00,,, é muito dinheiro, haja ética,, Não exija que pessoas famosas sejam diferentes, ou tenham mais ética que outros. São pessoas comuns, iguais a todos. Talvez deveríamos esperar mais ética de padres. freiras e ou filósofos? Acho que também não, pois conhecer e praticar o conhecimento é raro, tanto que Jesus ficou famoso por fazer isso. Dizem alguns psiquiatras que só 5% da população é Lucida, e acredito que essa porcentagem não vai diferenciar em seguimentos específicos, tais como artistas, advogados, médicos, pedreiros, varredores, pintores de parede e etc..

Responder

Paulo em 09/08/2013 - 15h10 comentou:

Concordo com o teor da matéria e com os argumentos. Porém, fica uma pergunta: por que, em meio a tantos artistas, intermináveis, atores, atrizes, músicos, comediantes, que ganharam milhões em comercial de bebidas, foi escolhida exatamente esta atriz para ter sua imagem vinculada e, de certa forma, denegrida?

Responder

    Dandi em 09/08/2013 - 20h58 comentou:

    Porque foi ela que teve a imagem atrelada ao nojento slogan "E você, tá esperando o que pra ter sua primeira vez com uma devassa?". Simples.

Viviane em 09/08/2013 - 15h32 comentou:

Não adianta esperarmos que algum órgão nos salve da tenebrosa propaganda abusiva!Nós, jovens brasileiros, precisamos nos conscientizar e beber de forma comedida, no mínimo, entretanto evitar a bebida alcoolica é substancial.

Não é justo, também, que essas propagandas usem de instrumentos de forma irrestrita e não sejam punidos.Brasil merda.

Responder

Fábio de O. Ribeiro em 09/08/2013 - 15h40 comentou:

Enquanto o Estado brasileiro não começar a responsabilizar civilmente as cervejarias, agências de publicidade e atrizes gostosonas pelos danos lhe acarretados (o aumento de despesas do SUS com o tratamento de lesões provocadas por colisões de veículos e atropelamentos decorrentes da bebedeira induzida pela massiva propaganda que glorifica o consumo de alcoólicos), esta putaria não vai acabar. Não se trata de socializar as relações de produção, mas de socializar os prejuízos estatais com os co-autores desta verdadeira epidemia cuja origem é a ganancia de alguns setores industriais e publicitários com o lucro à qualquer custo.

Responder

Marcos em 09/08/2013 - 16h05 comentou:

É isso muitos brasileiros reclamam da classe política, mas a maioria também só pensam em se dar bem, obter vantagens a qualquer custo e como desculpa dizem : se eles roubam porque o pobre também não pode roubar ?, e são esses que compram documentos, metem o prego nos relogios de leituras, usam de serviços públicos que não fazem jus e por ai vai.
Esquecem ou não sabem que não podemos nem devemos esperar exemplos destes cidadãos, depende do povo sofredor e paga os tributos uma mudança radical na politica do Brasil.
Marcos

Responder

lucas em 09/08/2013 - 16h46 comentou:

A Cynara é linda. Por acaso é proibido mulher inteligente ser bonita? Quanto a ética, vai demorar muito essa coisa se espalhar por toda a sociedade. Por enquanto só os políticos são cobrados. Sempre leio os aratigos da Cynara e é difícil não concordar com ela.

Responder

Elzilene Nóbrega em 09/08/2013 - 16h53 comentou:

Excelente texto.
Parabéns!

Responder

Inácio Melo em 09/08/2013 - 17h25 comentou:

ESCUTEI, NA TV – SE NÃO ME FALHA A MEMÓRIA, NO CAFÉ FILOSÓFICO, DO FILÓSOFO E PROFESSOR DE ÉTICA DA USP:

ATITUDE NÃO ÉTICA É AQUELA QUE CRITICAMOS NOS OUTROS MAS QUE ACHAMOS NORMAL QUANDO SE TRATA DA GENTE MESMO.

Responder

Luiza em 09/08/2013 - 17h26 comentou:

Sou super a favor de uma discussão séria sobre o tema, mas condenar, ou mesmo, questionar a atriz por fazer esse tipo de campanha é ridículo. Principalmente ela que não fica com discursos puritanos ou querendo ser um exemplo para a sociedade e que faz seu trabalho muito bem e não viu problema algum em fazer uma mulher fatal numa propaganda de Cerveja.

O problema é que existe hoje um sensacionalismo generalizado, ou tudo é permitido ou tudo é condenado. Meio termo não existe mais. Tudo é ofensivo!!! Não pode ser assim, pois desvincula o foco da discussão e nunca sobe o nível dessa.

Responder

João em 09/08/2013 - 18h47 comentou:

No Caso da Ivete é normal, ela é uma autentica representante do Movimento Cansei, a ética dela é pra lá de duvidosa.

Responder

Annie em 09/08/2013 - 18h52 comentou:

Não adianta acionar o CONAR para o que quer que seja. Digo por experiência própria! Tudo é julgado como não pertinente…

Responder

erika em 09/08/2013 - 19h14 comentou:

Não consigo entender como de um lado temos uma política antidrogas tão severa e de outro temos apologia ao álcool, como se esse não fosse responsável por tantos problemas sociais. Defendo a legalização de todos as drogas, por entender que tornar a venda e consumo de drogas atos ilegais não resolve a questão e fomenta muito mais crimes e problemas de várias ordens na sociedade, entretanto, não acho correto o estado permitir a apologia!

Responder

Zigli em 09/08/2013 - 19h22 comentou:

Penso que o teor da propaganda é coerente com a qualidade da cerveja: um lixo.

Responder

Roberto Locatelli em 09/08/2013 - 19h34 comentou:

Além do mais, é uma propaganda enganosa: ninguém vai conseguir uma transa porque bebeu cerveja ou ofereceu cerveja a alguém. Aliás, o mais provável, no caso do homem, é que a cerveja o deixe, digamos, calminho, calminho…

Responder

Anonimo em 09/08/2013 - 21h19 comentou:

Ao ler o título pensei se tratar de um texto interessante, mas creio que a autora não foi feliz na abordagem do tema.
Acho ridículo atribuir culpa a atores ou publicitários. O produto está aí, a realidade está posta. Se a propaganda 'funciona', atrai consumidores, mérito dos atores/publicitários. Se o produto é destrutivo e alguém o consome (aqui vale lembrar que cada um é livre para fazer o que bem entender) falta consciência e educação dos consumidores, mas fazer um juízo de valores como o do texto acima é no mínimo hipócrita.

Responder

alê em 09/08/2013 - 21h57 comentou:

"Subliminarmente, é um anúncio degradante da condição feminina, porque dá a entender que a atriz está se oferecendo para transar com o consumidor em troca de cerveja."

Então transar em troca de dinheiro tbm é degradante ,ou não ? só em troca de cerveja que é … haha

Responder

Tiago em 09/08/2013 - 22h00 comentou:

UUUUUUUUUUUFFFFFF!!!

Alguém disse isso! Que alívio!

Muito obrigado Cynara, ganhou um fã.

Responder

Gilberto Y. em 09/08/2013 - 23h06 comentou:

PERFEITO!
Eu também teria mencionado o multimilionário boleiro, transformado pela nossa mídia perfídia em ídolo da criançada … boleiro este que fez propaganda de cerveja assim que conquistou a Copa-2002 (e certamente não passaria fome se tivesse recusado); que deixou a esposa grávida em casa pra pegar 3 travecos com a alegação "pensei que fossem prostitutas" e NÃO PERDEU seu título de "embaixador da Unicef" * ; que prefere estádios porque "não se faz Copa com hospitais"… e por aí vai.

Unicef—> Como vemos, essa cobrança unilateral e parcial por ética não é restrita ao Brasil.

Responder

Bruna Carolina Bueno em 09/08/2013 - 23h10 comentou:

Pra mim não é errado associar cerveja com sexo. Aliás, acho um momento bastante propício pra uma bebidinha heheh. Só que eu sou adulta.
A propaganda é abusiva ao incentivar o uso de álcool a menores, já que está à vista de todos. E isso não só essa propaganda, mas TODAS as propagandas de cerveja. As crianças e adolescentes são, aliás, as maiores vítimas da indústria do consumo, com roupas, brinquedos, caderninhos coloridos ou qualquer besteira do tipo (como se elas precisassem disso para se auto afirmarem, se sentirem "felizes"). Ter acaba sendo um título de nobreza e de pertencimento à turma. Só que no caso da cerveja, é mais preocupante, por produzir indivíduos vulneráveis, inclusive fisicamente em festas e bares.
Não quero banir a cerveja e muito menos o sexo. Mas que isso aconteça quando a pessoa quiser. Que essa escolha não seja influenciada pela "tchurma", que por sua vez é influenciada pela propaganda (e não me venha dizer que a propaganda é reflexo da sociedade, pq eu conheço o seu poder manipulador, não sejamos inocentes ou idiotas).
No mais, isso é só reflexão.

Responder

Carlos Amorim em 09/08/2013 - 23h26 comentou:

Poucas vezes li tanta besteira em um texto tão curto. "transar pela primeira vez é um acontecimento inesquecível, único", em que século o ser que digitou essa bobagem vive? Há muito que a primeira vez deixou de ser inesquecível e tornou-se apenas o primeiro de muitos e banais acontecimentos,. Muita gente tem a primeira transa por curiosidade, pra não ficar pra trás; muita gente tem a primeira vez com prostitutas, com namoradinhos/as sem nenhum significado. Pouca gente transa por amor, muita gente transa simplesmente por desejo.
"porque dá a entender que a atriz está se oferecendo para transar com o consumidor em troca de cerveja", a autora precisa rever o ciclo de amizades ( deve andar com gente infantilíssima); alguém que suponha que vai transar com a atriz A ou B se consumir determinada cerveja dever ser urgentemente internado num manicômio.

Responder

João Augusto em 10/08/2013 - 00h41 comentou:

Socialista é maluco mesmo! Mesmo! Quando é FUNK, relar o piru na xoxota, xoxota no piru é cultura! Recebe dinheiro do governo etc etc,, Enfiar objeto de culto religioso nas partes intimas tbm é legal! Cultura! Mas se é a iniciativa privada, se sáo os ricos, se é pobre é legal, é ético, é pobre, é certo. Se é rico é imoral, BANDO de MALUCO, relativistaa

Responder

Leonardo em 10/08/2013 - 01h12 comentou:

Uma observação muito válida e interessante, que poucas pessoas percebem – e menos ainda tem coragem de escrever.

Responder

phlavissima em 10/08/2013 - 03h31 comentou:

Vou imprimir e panfletar!

Responder

Jair Almansur em 10/08/2013 - 07h03 comentou:

O texto seria ótimo se tivesse investido contra o fabricante da cerveja ou a empresa publicitária ou ainda o estado brasileiro que permite esse tipo de anúncio. Mas não, você investe contra um dos trabalhadores que participaram do anúncio. Essa moça é peça de menor importância na engrenagem. Se não fosse ela a publicidade seria feita do mesmo jeito com milhares de outras à disposição. Não acho justo investir contra o trabalhador.

Responder

Holanda em 10/08/2013 - 13h06 comentou:

"E chegamos ao nosso mundo de gente que sonha em ficar com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar, mas com saúde. A vida e a sociedade dominadas pela busca do bem-estar parecem tornar o homem menos homem".
O politicamente correto não cansa. Não cansa de acreditar que a razão impera sobre o indivíduo, sobre o sentimento-desejo. Não cansa de acreditar que o ser "humano" é bom. Mal sabem eles que todos nós, sem exceção, somos podres. É o que Diria se pudesse falar nosso mundo subterrâneo: o esgoto da cidade..com fetos,espermas e sangue. E os fetiches? Eles devem ser eternamente segregados da vida "pública"? … E a política? Política é concordar e não concordar. Luciano Hulck não é menos político pelas suas escolhas que se diferenciam das suas. Aline Morais não é menos mulher. Talvez,até sejam mais verdadeiros.

"E quem é que tendo se afundado nos vincos de sua consciência, poderá respeitar-se?"

Não estou discutindo a qualidade do texto, pois sem dúvida é de excelência.

Responder

Roberto Pedroso em 10/08/2013 - 15h17 comentou:

Seria também a atitude de Tom Zé reprovável? Claro que uma campanha de refrigerantes é diferente de uma campanha de cerveja,que sem duvida é muito mais prejudicial, mas a atitude de Tom Zé não é negativamente surpreendente ainda mais partindo de um artista como ele?

Responder

nemomaxime em 10/08/2013 - 16h51 comentou:

Pagando bem que mal tem?

Responder

Herbo em 10/08/2013 - 20h03 comentou:

Nunca li tanta besteira junta, quem foi seu professor de semiótica mesmo ? Explica como está ímplicito que a mulher oferece o sexo em "troca de cerveja" ?

Até onde vai a loucura humana ?

Responder

Joana Albuquerque em 10/08/2013 - 22h31 comentou:

Falar que os comerciais de cerveja são apelativos beleza, mas falar que o a propaganda dá a entender que degrada a mulher pois sugere que a atriz está se vendendo por cerveja é tão apelativo quanto, ou até mais. Acho que você deveria no mínimo assistir à propaganda e não forçar uma interpretação errada a respeito da propaganda. Os anúncios de cerveja usam sim a sexualidade para atrair consumidores, mas vocês feministas exageram MUITO também né.
Vamos ser racionais e não inventar falsas acusações para dar ''força'' a argumentação

Responder

igor em 11/08/2013 - 02h41 comentou:

Você fez a mesma pergunta para as atrizes que cederam a imagem para eleger politico corrupto? Se não fez então deixa ser hipócrita e querer ser o da ética.

Responder

DiAfonso em 12/08/2013 - 00h09 comentou:

Olá, Cynara!

Eu já havia feito uma observação sobre a falta de ética de algumas peças publicitárias, no que diz respeito ao estímulo a certos comportamentos pouco ou nada ético.
http://profdiafonsoeducacional.blogspot.com.br/20

Responder

Ricardo B. em 12/08/2013 - 14h47 comentou:

"Transar pela primeira vez com uma devassa" é diferente de "transar pela primeira vez"; "dá a entender que a atriz está se oferecendo para transar com o consumidor em troca de cerveja"… Onde? Que o comercial é uma porcaria, de acordo; mas sua interpretação é forçada.

Responder

Irina e Rafael em 13/08/2013 - 15h04 comentou:

Rafael e Irina da Argentina. Sem ser politicos,lemos seu artigo e nós o achamos muito interesante. Em nosso pais tambem ocorre o mesmo do que voce fala: A pouca coerência das pessoas que exigem condutas éticas dos politicos mas enquanto eles tiver oportunidade tiram proveito para obter seu proprio benefício.
Nós ansiamos poder ler seu proximo artigo.

Responder

Paulo Ribeiro em 13/08/2013 - 17h10 comentou:

Cynara,
Faltou uma pergunta a Marilena: qual classe ela pertence, a burguesa, a proletária ou a classe média ?
Será que toda classe média é reacionária ?
ab
Paulo Ribeiro

Responder

Emanuel em 19/08/2013 - 03h58 comentou:

Morena,

As vitaminas são um problema diário por aqui. Sou farmacêutico que não tenta ser médico e não tem vocação para ser balconista. Me resta ser farmacêutico, mesmo que a população não saiba para que serve um.

As redes de farmácia normalmente passam o seguinte treinamento para os balconistas: ofereça vitamina para TODOS os clientes, alguns irão comprar. Para o balconista uma boa comissão (pode chegar em torno de sete reais em um polivitamínico, um real em uma vitamina C efervescente). Para o gerente uma cobrança mensal de centenas ou milhares de unidades, e o desespero quando não alcança a meta.

Quando comecei a informar a todos os clientes sobre os efeitos colaterais e contraindicações das vitaminas além da surpresa dos clientes, afinal é uma vitamina e vitamina não tem problema nenhum, me tornei um mal profissional. Que farmacêutico é esse que diminui as vendas da loja? Se a informação não beneficiar a farmácia não é pra falar.

Responder

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