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Lula e Dilma criaram universidades; PMDB-PSDB acabam com a primeira

Parecer do ministério da Fazenda exige extinção da UERJ, primeira universidade a adotar cotas, e demissão de servidores em troca do socorro financeiro ao Estado

Alunos e servidores da UERJ fazem manifestação em defesa da universidade. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Katia Guimarães
05 de setembro de 2017, 19h58

O governo Temer inicia o desmonte do ensino público no país e exige o fim da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) em troca do socorro financeiro ao Estado. Esta é a primeira vez que a extinção de uma instituição de ensino é documentada. Vale lembrar que no âmbito federal várias universidades já estão à míngua com o corte de verba de universidades e pesquisas científicas.

Entre as outras medidas, estão a demissão de servidores ativos, a extinção de benefícios previstos para servidores estaduais e a criação de uma alíquota extra para a Previdência. A denúncia foi feita pelo site UERJ Resiste que publicou o documento do Ministério da Fazenda para as tratativas da adesão do Rio ao chamado Regime de Recuperação Fiscal.

Segundo o site, o governador Pezão (PMDB) alega que, com isso, conseguirá pagar os salários atrasados e estabelecer um calendário de pagamentos. Mas um parecer do Tesouro Nacional impõe outras medidas de arrocho, como a extinção de mais empresas públicas, o fim da oferta de Ensino Superior, a reforma do Regime Jurídico Único dos Servidores, demissão de servidores ativos, contribuição previdenciária para inativos e uma alíquota extra de contribuição previdenciária, além dos 14% já aprovados pela Assembleia Legislativa do Estado.

Em 12 anos de governos de Lula e Dilma, foram criadas 422 escolas técnicas e 18 universidades federais. O número de matrículas no ensino superior dobrou: passou de 3,5 milhões em 2002 para mais de 7,1 milhões em 2014.

 

Esse é mais um passo da agenda neoliberal, defendida pelo PSDB, que vai levar o país ao Estado mínimo sob a batuta do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. No twitter, a revolta  já começou.

Não deve ser por acaso que um governo ilegítimo que tem atentado, desde que assumiu, contra os pobres e contra as minorias, exija o fechamento justamente da primeira universidade brasileira que aderiu ao sistema de cotas, e com indicadores positivos: os cotistas têm menor índice de evasão escolar do que os não-cotistas.

 

 


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