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Banksy abriu (e já vai fechar) “loja” sem portas em Londres

Após empresa de cartões postais tentar roubar seu nome e registrá-lo, artista resolve vender online seus próprios produtos

A loja sem portas de Banksy. Foto: divulgação
Da Redação
14 de outubro de 2019, 18h00

O artista e ativista anônimo que assina como Banksy decidiu criar uma “loja” para seus produtos em Croydon, sul de Londres, após uma empresa de cartões postais tentar roubar dele o próprio nome e registrá-lo. A distópica loja “Gross Domestic Product” (“Produto Interno Bruto”), aberta duas semanas atrás, será fechada nesta terça-feira, 15 de outubro. Segundo Banksy, era apenas um showroom, uma forma de exibir alguns dos produtos, que agora serão vendidos virtualmente no site grossdomesticproduct.com, ainda em construção, sem data para começar a funcionar.

“Uma empresa de cartões está disputando a marca que uso em minha arte, e tentando tomar meu nome para poder vender falsos produtos de Banksy legalmente. Acho que eles estão bancando a ideia de que eu não aparecerei diante da Justiça para me defender”, declarou o artista em um comunicado, onde afirma que uma disputa legal é “possivelmente a razão menos poética” para um trabalho artístico.

“Uma empresa de cartões está disputando a marca que uso e tentando tomar meu nome para poder vender falsos produtos de Banksy legalmente”, declarou, afirmando que uma disputa legal é “a razão menos poética” para um trabalho artístico

Mark Stephens, um advogado de direitos autorais que está aconselhando ele neste assunto disse ao jornal the Guardian que Banksy está numa posição difícil, “porque não produz sua própria linha de bugigangas e a lei é bastante clara: se o detentor de uma marca não a está usando, ela pode ser transferida para qualquer um que deseje fazê-lo”.

Os produtos estarão à venda por preços a partir de 10 euros e serão produzidos a partir de sucata. A renda será revertida para as ações políticas de Banksy.

Sem poder entrar, curiosos se acotovelavam diante da vitrine da “loja” nas últimas duas semanas, de acordo com o site My London. Animados, comerciantes e moradores do bairro já imaginavam que a iniciativa do mundialmente famoso e internacionalmente desconhecido artista poderia transformar Croydon em uma atração turística.

Veja alguns dos produtos que estarão à venda na loja abaixo.

A vitrine da “não-loja”

Uma bolsa feita de tijolo

O machado e a flor

Tríptico com a famosa imagem do “terrorista”

Relógio de parede

A caça em conserva

Globo-capacete


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