Socialista Morena
Maconha

Maconha é incluída na categoria “plantas medicinais” em lista oficial da Anvisa

A Cannabis Sativa L., popularmente conhecida como maconha, foi incluída pela Anvisa na categoria “plantas medicinais”, ao lado de outras 19 novas substâncias, produtos biológicos, princípios ativos, excipientes e plantas de interesse da indústria farmacêutica. A inclusão da maconha na lista das Denominações Comuns Brasileiras (DCB) significa que se um fabricante, por exemplo, pedir o […]

(Foto: divulgação)
Cynara Menezes
16 de maio de 2017, 14h45
(Foto: divulgação)

(Foto: divulgação)

A Cannabis Sativa L., popularmente conhecida como maconha, foi incluída pela Anvisa na categoria “plantas medicinais”, ao lado de outras 19 novas substâncias, produtos biológicos, princípios ativos, excipientes e plantas de interesse da indústria farmacêutica. A inclusão da maconha na lista das Denominações Comuns Brasileiras (DCB) significa que se um fabricante, por exemplo, pedir o registro de um medicamento, as substâncias precisam aparecer na lista para que ele faça o pedido e a Anvisa inicie a análise, independentemente do resultado. Qualquer processo só começa a ser analisado se a substância já constar na lista.

Ou seja, a inclusão não altera as regras para importação de medicamentos com canabidiol ou outros extratos da maconha, mas é mais um passo para que medicamentos utilizando a Cannabis passem a ser produzidos no país. Em 2015, a agência já havia retirado o canabidiol da lista de substâncias proscritas. Graças à mobilização de pacientes e familiares de pessoas com condições de saúde para as quais o uso do canabidiol tem se mostrado útil, a Anvisa tem, nos últimos anos, flexibilizado a importação de medicamentos com a substância.

A Justiça também tem autorizado o plantio de maconha em casa para tratar doenças, como aconteceu no ano passado, no Rio de Janeiro. A família de Sofia, uma menina de 7 anos com um tipo de epilepsia rara, foi autorizada a plantar maconha e extrair uma substância da erva que ajuda a controlar os sintomas da doença.

A Anvisa afirma que estar na lista não significa uma autorização ou reconhecimento da Cannabis como planta medicinal nem, obviamente, que tenha mudado algo em relação ao que diz a lei sobre uso e plantio da maconha no Brasil. Porém, é um reconhecimento de que a planta poderá constar em remédios, como já acontece com o Mevatyl, o primeiro medicamento aprovado no Brasil que contém substâncias extraídas da Cannabis, o canabidiol e o THC (tetraidrocanabiol).

O Mevatyl foi liberado pela Anvisa em janeiro, e é destinado ao tratamento clínico de pacientes não responsivos a medicamentos antiespásticos (para controlar convulsões). O medicamento está aprovado em outros 28 países, incluindo Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Suíça e Israel.

Registrado lá fora como Sativex, o Mevatyl não é indicado para o tratamento de epilepsia, pois o THC, uma de suas substâncias ativas, possui potencial de causar agravamento de crises epiléticas. O medicamento também não é recomendado para uso em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade devido à ausência de dados de segurança e eficácia para pacientes nesta faixa etária.

Atualmente, há mais de 10 remédios fabricados pela indústria farmacêutica (alguns ainda com venda não-autorizada) utilizando a Cannabis, para combater males como náusea e vômitos decorrentes de tratamentos quimoterápicos, dores crônicas, hipertensão, perda de memória e perda de apetite.

(Com informações da assessoria da Anvisa)

 

 


Apoie o site

Se você não tem uma conta no PayPal, não há necessidade de se inscrever para assinar, você pode usar apenas qualquer cartão de crédito ou débito

Ou você pode ser um patrocinador com uma única contribuição:

Para quem prefere fazer depósito em conta:

Cynara Moreira Menezes
Caixa Econômica Federal
Agência: 3310
Conta: 000591852026-7
PIX: [email protected]
Nenhum comentário Escrever comentário

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião da Socialista Morena. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Deixe uma resposta

 


Mais publicações

Cultura

“Uns dias Capra, uns dias Kafka”: o jornalista Nirlando Beirão enfrenta ELA


Repórter mescla a história do amor proibido dos avós paternos ao relato cru, sem floreios, sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica

Politik

Perguntei para os leitores: “E quando acabar a pandemia, o que você quer fazer?


Elucubrando sobre o "novo normal" no país com o azar de enfrentar um presidente estúpido e uma pandemia ao mesmo tempo