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Beleza africana: as fotos de Holanda Cavalcanti + a música de NGola Ritmos

Nos últimos 18 anos, a fotógrafa Holanda Cavalcanti tem aproveitado as inúmeras idas e vindas ao continente africano a trabalho, como fotógrafa da revista da Odebrecht, para retratar a beleza de crianças e adultos nas ruas de Moçambique, Angola ou da Libéria, assim como já fazia em sua Bahia natal. Em setembro, expôs algumas das fotos numa […]

Cynara Menezes
20 de novembro de 2014, 13h49
angolaholanda

(Angola)

Nos últimos 18 anos, a fotógrafa Holanda Cavalcanti tem aproveitado as inúmeras idas e vindas ao continente africano a trabalho, como fotógrafa da revista da Odebrecht, para retratar a beleza de crianças e adultos nas ruas de Moçambique, Angola ou da Libéria, assim como já fazia em sua Bahia natal. Em setembro, expôs algumas das fotos numa galeria em Luanda, sob o título Gente Bela. As imagens também foram reunidas no livro Ê, Povo, Ê (Versal), onde Holanda fazia um divertido jogo de adivinhação entre fotos da Bahia e de Angola. “Eles são muito parecidos, fisicamente e nos costumes, na alegria e na música”, diz.

O NGola Ritmos foi um grupo fundado nos anos 1950 por Carlos Vieira Dias, conhecido como Liceu ou Tio Liceu, considerado o pai da música popular angolana. Nele despontou a cantora Lourdes Van-Dúnem, a Tia Lourdes, uma das maiores cantoras de Angola. Escreviam suas letras em quimbundo (língua do grupo banto falada no noroeste do país africano) e se caracterizavam por misturar a percussão africana com o violão. Liceu, um dos fundadores do MPLA (Movimento pela Libertação de Angola), acabou perseguido por suas atividades políticas, foi preso e deportado para Cabo Verde e só voltou a Luanda dez anos depois. Em sua ausência, os NGola Ritmos se consolidaram como o grupo musical que mais denunciou as injustiças do colonialismo.

Como parte das comemorações do Dia da Consciência Negra no blog, um pouco das fotos de Holanda com trilha sonora de NGola Ritmos. Espero que curtam.

angola4

(Angola)

moçambique

(Moçambique)

 

Monami

liberia

(Libéria)

angola5

(Angola)

Manazinha

moçambique2

(Moçambique)

angola3

(Angola)

N’Zagi

 


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(8) comentários Escrever comentário

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Dulce Cabral em 20/11/2014 - 23h06 comentou:

Nasci em Angola e recordar os N'Gola Ritmos foi uma viagem ao passado muito bela. Só uma correção. O nome da lindíssima cantora dos N'Gola Ritmos é Lourdes Van-Dúnem e não Van Dumen como está na matéria. Grata

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    morenasol em 21/11/2014 - 04h10 comentou:

    corrigido, obrigada!

Ngola Kiluanji em 21/11/2014 - 01h51 comentou:

Não há fotografias dos que têm sido sistematicamente expulsos dos assim denominados "bairros anárquicos (populares)" em Luanda, com os próprios tratores da Odebrecht? Política externa que depende de braços culturais de empresas transnacionais produz certas ilusões reducionistas de cotidiano. Maka séria Morena.

Responder

Tímon em 21/11/2014 - 02h01 comentou:

Gostaria apenas de fazer um registro. Embora Cynara tenha total autonomia para aceitar ou não os comentários, em post a respeito do dia da Consciência Negra, as críticas a versão apresentada pela blogueira ao Zumbi e aos bandeirantes, não agradaram a gregos e troianos. Qual a solução adotada? A mais democrática possível: o espaço foi fechado.

Responder

Lenir Vicente em 21/11/2014 - 16h08 comentou:

Belíssimas fotos ! A fotógrafa identificar as semelhanças entre a Bahia e os países africanos que ela retratou ,nada mais natural. Temos uma África dentro do Brasil. Ela se chama Bahia, mas seus filhos estão espalhados por todos o país. No ritmo e na alegria que persiste, apesar do preconceito

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Antonio em 21/11/2014 - 19h44 comentou:

Odebrecht!!!! kkkkkkk hahahahahahhahaha
Vamos Lula!!

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JONATHAN em 21/11/2014 - 23h13 comentou:

Sim belissimas fotos agente ve a beleza quando prestamos atençao em toda essa bio diversidade existente com toda essa riqueza de detalhe cada parte desconhecida das coisas mais belas que Deus ja fez , nós ,Sem contar Ngola ritimos coisa que que nunca vi , muito belo !!

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Sevy Madureira em 24/11/2014 - 19h09 comentou:

A nossa matriz conduz a uma mistura de sentimentos que se entrelaçam sem nó para desatar, Vergonha e Orgulho. Que a força da beleza e do sangue forte sejam caminhos para resgatar, valorizar e alimentar nossa esperança pelo Brasil e pela África e um continuar de lutas. Que este momento visto e ouvido seja de reflexão
para hoje e amanhã.

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