Comissão de Assuntos Sociais do Senado rejeita relatório da reforma trabalhista
Vitória da oposição a Temer e dos trabalhadores: a Comissão de Assuntos Sociais do Senado rejeitou nesta terça-feira, 20 de junho, por 10 votos a 9, o relatório feito pelo senador tucano Ricardo Ferraço (ES), que nunca trabalhou e é político profissional desde os 18 anos. Com a rejeição, a presidente da CAS, Marta Suplicy (PMDB-SP), […]
Vitória da oposição a Temer e dos trabalhadores: a Comissão de Assuntos Sociais do Senado rejeitou nesta terça-feira, 20 de junho, por 10 votos a 9, o relatório feito pelo senador tucano Ricardo Ferraço (ES), que nunca trabalhou e é político profissional desde os 18 anos.
Com a rejeição, a presidente da CAS, Marta Suplicy (PMDB-SP), pôs em votação o voto em separado do petista Paulo Paim (RS) pedindo a rejeição integral do texto, que foi aprovado em votação simbólica. O parecer segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Na quarta-feira, 21 de junho, deverá ser lido o relatório de Romero Jucá (PMDB-RR) e os prováveis votos em separado da oposição.
Paim criticou a postura do relator Ferraço de não usar a prerrogativa revisora do Senado para alterar a proposta e de votar o texto de forma açodada. “É só olhar as redes sociais, ninguém está entendendo essa loucura. O Senado está abrindo mão de seu direito de legislar. Não tem mais razão de viver e existir o Senado, se isso for aprovado dessa forma. O Senado não pode ser uma Casa que é só ficar carimbando, carimbando. O Senado tem a obrigação, pela seriedade e responsabilidade desse momento da história, de votar com alma, coração, fibra, lágrimas se for preciso, mas votar pelo povo brasileiro, e não contra ele”, afirmou o petista.
O discurso parece ter funcionado, porque a oposição ganhou três votos: o senador Otto Alencar (PSD-BA) votou contra a reforma, como suplente de Sérgio Petecão (PSD-AC), que estava ausente. Helio José (PMDB-DF) e principalmente o tucano Eduardo Amorim (SE) surpreenderam ao votar pela rejeição do texto. O placar esperado pelo governo era de 11 votos favoráveis e 9 contrários, segundo o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). Ele já anunciou que manterá na CCJ o relatório anteriormente aprovado pela CAE.
Ricardo Ferraço e Romero Jucá foram as únicas vozes que saíram em defesa do projeto durante todo o debate na CAS. Ferraço ressaltou sua convicção sobre o acerto e a necessidade da reforma para corrigir distorções estruturais do mercado de trabalho e assegurou que ele não retira direito algum previsto na Constituição, embora especialistas digam exatamente o contrário.
(Com informações da Agência Senado)
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