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Relator da “reforma” trabalhista, senador Ricardo Ferraço nunca trabalhou na vida

do Sindipúblicos do ES O relator da “reforma” trabalhista de Temer, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), nunca trabalhou formalmente fora da política e nem sequer concluiu o curso superior de Economia. Como Aécio Neves ou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é mais um “meritocrata hereditário” que não precisou ralar e entrou para a política cedo, impulsionado […]

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Cynara Menezes
07 de junho de 2017, 21h35
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(O relator da “reforma” trabalhista, Ricardo Ferraço. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

do Sindipúblicos do ES

O relator da “reforma” trabalhista de Temer, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), nunca trabalhou formalmente fora da política e nem sequer concluiu o curso superior de Economia. Como Aécio Neves ou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é mais um “meritocrata hereditário” que não precisou ralar e entrou para a política cedo, impulsionado pelo sobrenome: desde os 18 anos Ferraço é político profissional devido à influência de seu pai, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo Theodorico Ferraço, conhecido político da região de Cachoeiro de Itapemirim, que colocou o filho para seguir sua trajetória.

Soa incoerente que um político sem nenhuma vivência prática, nem mesmo como executivo de empresas na coordenação de trabalhadores, queira propor mudanças profundas nas relações trabalhistas dos brasileiros. A falta de experiência poderia ter sido amenizada com a ampla participação dos trabalhadores na “reforma”, o que não tem sido garantida pelo governo. Pelo contrário, estão apenas escutando o chororô de parte do empresariado, que quer sempre maior produtividade, com menor número possível de profissionais, menor remuneração, para sempre garantir lucros maiores.

Mesmo sem ter sido trabalhador na vida, Ferraço tem ido à mídia dizer que suas propostas irão melhorar as relações trabalhistas. E ainda ignora a importância dos sindicatos e da Justiça do Trabalho na mediação de conflitos, colocando como válida a livre negociação patrão-empregado. Quem trabalha sabe bem como é tênue essa relação, por melhor que seja, e a fragilidade do trabalhador diante das propostas patronais.

ferracobio

A comunicação do sindicato buscou a assessoria do senador com as perguntas abaixo quanto à atuação dele no mercado de trabalho, visto que sua página oficial não cita nenhuma atividade profissional que tenha desenvolvido na vida, fora a política. Também foi feita uma pesquisa e nada foi detectado de atividade laboral do senador.

 Qual a vivência do senador no mercado de trabalho? 

– Quanto tempo de atuação profissional, quais empresas, ou órgãos públicos, atuou e cargos desempenhados?

– Quanto tempo de registro em carteira de trabalho o mesmo possui?

– Qual a formação acadêmica do senador Ricardo Ferraço?

Até o fechamento desta reportagem não nos responderam.

 

 


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