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Após enxurrada de críticas, governo errático de Temer recua e tira o Exército das ruas

Menos de 24 horas depois de baixar um decreto em que autorizava o uso das Forças Armadas para reprimir manifestações contra seu governo e e a favor de eleições diretas, o presidente Michel Temer recuou e ordenou a retirada das tropas das ruas da capital federal. Temer revogou o decreto publicado em edição extra do […]

(Soldados do Exército na Esplanada. Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Cynara Menezes
25 de maio de 2017, 14h21
(Soldados do Exército na Esplanada. Foto: José Cruz/Agência Brasil)

(Soldados do Exército na Esplanada. Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Menos de 24 horas depois de baixar um decreto em que autorizava o uso das Forças Armadas para reprimir manifestações contra seu governo e e a favor de eleições diretas, o presidente Michel Temer recuou e ordenou a retirada das tropas das ruas da capital federal. Temer revogou o decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União na manhã desta quinta-feira, 25 de maio, após uma enxurrada de críticas de juristas, especialistas, de políticos da oposição e até da situação.

O presidente da Câmara chegou a pedir ao ministro da Defesa, Raul Jungmann, que “repusesse a verdade” após afirmar que o governo estava colocando soldados nas ruas a pedido de Rodrigo Maia. Ao revogar o decreto, o governo admitiu que a decisão de convocar as tropas havia sido do próprio Michel Temer. Maia pedira o apoio das Forças Nacionais, não do Exército.

De acordo com o Planalto, a decisão de Temer de usar as Forças Armadas foi tomada porque “não havia” policiais da Força Nacional suficientes para atender à solicitação de Maia. “O Presidente da República, após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo Presidente da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no Artigo 142 da Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas”, diz um trecho da nota divulgada no início da noite de ontem.

A desculpa usada pelo governo para colocar soldados na Esplanada, coisa que não acontecia desde a ditadura militar, foi garantir a integridade dos prédios públicos e dos servidores depois que um grupo de cerca de 50 pessoas usando máscaras no rosto promoveu um quebra-quebra e incendiou dois ministérios. Ninguém sabe até agora a quem este grupo estava ligado. Na manifestação, segundo os organizadores, havia cerca de 150 mil pessoas. A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB, pediu investigação sobre os autores dos incêndios. Senadores da oposição denunciaram a existência de agentes infiltrados.

Jungmann disse que vai haver perícia nos locais onde houve “atos de vandalismo e barbárie”. O governo não mencionou a extrema violência policial na manifestação, que deixou 49 feridos, quatro deles ainda internados no Hospital de Base em Brasília. Houve ainda uso de arma de fogo por policiais do Distrito Federal contra os manifestantes, quando a norma é utilizar apenas balas de borracha. Segundo a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, eles já foram identificados.

(Com informações da Agência Brasil)

 

 

 


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