Socialista Morena
Direitos Humanos

Jean Wyllys: “os esquerdomachos (como Ciro) têm muito a aprender com Lula”

Em entrevista exclusiva, o ex-deputado fala sobre seu livro, a vida em Harvard e a covardia da esquerda diante das pautas identitárias

Jean Wyllys em seu escritório em Harvard. Foto: arquivo pessoal
Cynara Menezes
02 de outubro de 2019, 21h14

Nove meses. O tempo que Jean Wyllys está longe de nós praticamente coincide com a posse de Jair Bolsonaro como presidente do Brasil. No dia 24 de janeiro deste ano, Jean, uma das maiores lideranças LGBTs do país, anunciava sua renúncia ao terceiro mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro e a decisão de morar fora do Brasil, diante das ameaças que sofria à sua vida e à de seus familiares. O primeiro exilado político desde que a ditadura militar acabou, em 1985.

Me parece que esses conservadores de esquerda estão com medo de dividir os espaços de poder com as mulheres, os negros, LGBTS e indígenas. É melhor que comecem a se acostumar. Não deixaremos mais que falem de nós sem nós

Foi tão simbólico do “novo” momento pelo qual passa o país que, sem nenhuma surpresa, vimos o presidente, em vez de tomar providências como chefe da Nação que é, sair comemorando: “Grande dia”. Para o ex-deputado federal, desde setembro atuando como professor-visitante no Instituto de Pesquisa Afro e Latino-Americana da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, tampouco surpreende o desastre internacional, administrativo, ambiental e social do governo Bolsonaro. “Convivi e fui vítima desse escroque ignorante e violento por oito anos. Não esperava que reunisse em torno de si gente diferente dele, ao contrário”, diz Jean.

Mas o jornalista baiano também tem lá suas mágoas com a esquerda, inclusive com o PSOL, seu partido, a quem acusa, no livro O Que Será (editora Objetiva/Companhia das Letras), de tê-lo escondido durante o segundo turno da campanha de Marcelo Freixo à prefeitura do Rio, em 2016, para não melindrar o eleitorado conservador. “Mais que covardia, um equívoco” diante das questões identitárias e de temas polêmicos, como a descriminalização das drogas e do aborto, que enxerga em toda a esquerda atualmente, para ele ainda dominada pelos “esquerdomachos” brancos. “O Brasil deveria aprender com a esquerda norte-americana, que incorporou as questões identitárias e são estas, hoje, que a fazem conquistar tantos corações e mentes”, defende.

O livro, escrito em parceria com a jornalista Adriana Abujamra, conta a história da vida de Jean: a infância humilde em Alagoinhas, as conquistas nos bancos escolares, a faculdade, a vitória no Big Brother Brasil, a entrada na política –para a qual garante que não voltará–, o assassinato da amiga Marielle Franco, a renúncia, o exílio…

Jean Wyllys falou com exclusividade ao site, por e-mail.

Socialista Morena – Como você está se sentindo como exilado, morando longe do Brasil, seu país?
Jean Wyllys – O exílio é uma longa insônia, como disse Victor Hugo. Embora eu esteja me reinventando, a distância da minha família e dos amigos dói. Desde que saí, em função de ameaças de morte formalmente denunciadas e documentadas pela CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) da OEA, o Brasil se tornou ainda mais perigoso para mim. Então, concilio o sentimento de segurança, por estar longe do perigo que esse governo e as organizações criminosas relacionados a ele representam para mim, com a saudade, lutando desde aqui.

– E a vida em Harvard?
– Muito bem, obrigado. Leitura, pesquisa, aulas, conferências… Vivendo a vida de um professor-pesquisador visitante. Harvard tem uma excelente infraestrutura para quem gosta de adquirir e compartilhar conhecimentos, que é meu caso. Abriga algumas mentes brilhantes, assim como as universidades latino-americanas e europeias, que são de qualidade e gratuitas. Tão importante quanto estar aqui foi ter dado, antes, conferências em instituições de prestígio como a Sorbonne, a École de Hautes Études en Sciences Sociales e a Universidade de Tübingen, na Alemanha, para citar apenas três.

O fato de me limarem da propaganda de Freixo não me impediu de seguir tocando essa agenda. O máximo que conseguiram foi fazer dele, naquele momento, um covarde. Assim como o PT fez de Dilma uma covarde ao orientá-la a enterrar o Escola Sem Homofobia

– Você diz no livro que a esquerda precisa atentar para as novas questões, que agora não é só “o proletariado” do qual falava Marx. Mas não há como pensar nas questões identitárias sem pensar em classe, correto? Como você mesmo diz: “sou gay, mas vim da pobreza”. O ideal é este, aliar as questões identitárias à luta de classe?
– Sim. Esse debate não é novo na esquerda, por incrível que pareça. Em minhas pesquisas, descobri que intelectuais judeus de esquerda que se estabeleceram nos EUA após fugirem do nazismo sofreram rejeição e tiveram espaços reduzidos por tentar colocar, na agenda tradicional da esquerda (a ‘luta de classes’) as questões de sexualidade e gênero e étnicas, as hoje chamadas questões identitárias. Ou seja, o horror do nazismo –que matou milhões de pessoas em função de sua etnia, orientação sexual e identidade política, e não em função do fato de serem pobres– não foi suficiente para que a esquerda norte-americana se abrisse às questões identitárias à época. A esquerda europeia, antes da emergência do fascismo, tampouco era sensível para as questões identitárias implicadas no colonialismo e seus genocídios. Me parece óbvio que a pobreza agrava todos os horrores; que a desigualdade social potencializa as outras misérias advindas da desigualdade de gênero, sexual e racial. Eu não estou propondo nem nunca propus que se abandonasse a ideia de luta de classes. Apenas proponho que se faça um mergulho mais profundo nessa luta e se possa ver que, dentro de uma classe, entre os pobres por exemplo, há hierarquias e opressões que não podem ser ignoradas sob nenhum argumento. As mulheres vítimas de feminicídio por homens trabalhadores pobres e negros, e os gays, lésbicas e pessoas trans espancados e/ou postos para fora de casa por mulheres pobres estão aí para provar isso.

– Você também mostra no livro, como os políticos, inclusive da esquerda e do PSOL, fogem de temas polêmicos durante a campanha, como aborto e descriminalização das drogas. “Muitos políticos jogam para a platéia”, como escreveu. Você acha que este é um caminho equivocado a longo prazo?
– Equivocadíssimo! De quantas derrotas vamos precisar para entender isso? A vitória do fascismo no Brasil se deve, em parte,  ao fato de o PT ter acreditado que bastava botar comida na mesa dos brasileiros pobres e inseri-los no mercado de consumo de mercadorias, formando a chamada ‘nova classe C’, para que se transformassem e se identificassem com os valores democráticos. Não bastou. Há gente nas esquerdas que gosta de falar em ‘disputa de corações de mentes’ do proletariado ou da classe média, mas, quando vê diante de si a chance de conquistar o voto dessas pessoas abrindo mão dessa disputa, agarra-a como Smeagol agarra o anel na ficção de Tolkien. 

– Como você está vendo o surgimento de uma esquerda conservadora nos costumes, sob a desculpa de que o eleitorado “é conservador”? Não é papel da esquerda ser didático também? Não é covardia abrir mão das questões identitárias em troca de votos? Ou, nas palavras de Erundina que você usa no livro: “O papel da esquerda não é ganhar, mas transformar o mundo”?
– Mais que covardia, é um equívoco. Não se repara as injustiças sociais sem se levar em conta as questões identitárias e ambientais. Não se pode falar hoje em combate às desigualdades sociais aprofundadas por um capitalismo pós-industrial e financeiro sem levar em conta as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global, a desigualdade de gênero e o racismo. Nesse sentido, meus mandatos foram de vanguarda, pois articulavam todas essas questões mais a da novas tecnologias da comunicação, embora a homofobia social no Brasil impeça o reconhecimento disso por parte de setores da esquerda. O que me parece é que esses conservadores de esquerda estão com medo de dividir, de verdade, os espaços de poder com as mulheres, os negros, LGBTS e indígenas. É melhor que comecem a se acostumar. Não deixaremos mais que falem de nós sem nós. O Brasil deveria aprender com a esquerda norte-americana, que, após a luta pelos direitos civis dos anos 1960, incorporou as questões identitárias e são estas, hoje, que a fazem conquistar tantos corações e mentes, por meio de pessoas que a vocalizam de maneira clara e sem medo, como, por exemplo, Alexandria Ocasio-Cortez. Martin Luther King era anticapitalista, mas combinava essa luta com o enfrentamento do racismo, que também afetava os negros capitalistas. Ou seja, a esquerda brasileira tem o que aprender com a esquerda dos EUA também.

Não se pode falar hoje em combate às desigualdades sociais aprofundadas por um capitalismo pós-industrial e financeiro sem levar em conta as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global, a desigualdade de gênero e o racismo

– Você conta que foi vetado da campanha de Freixo em 2016. Se sente decepcionado com o PSOL? Pensa mudar de partido se voltar a disputar cargo eletivo ou não pensa em disputar eleição novamente?
– Penso em não disputar mais. Acho que já dei minha contribuição nesse sentido. Creio que posso contribuir para um país e um mundo melhores de outra forma. Mas também não posso dizer que dessa água não beberei de novo, para citar um dito popular. A vida é surpreendente e circunstâncias podem me fazer mudar. O que posso dizer é que meu sentimento hoje é o de quem não quer disputar mais cargo eletivo. Quanto ao PSOL, este partido nasceu de um racha no PT, logo, conservou vícios ainda presentes no PT, como a guerra fratricida e irresponsável entre correntes, menos pelo rumo ideológico e pelo programa do partido e muito mais pelo aparato. O PT ao menos consegue passar uma ideia de unidade enquanto partido. A unidade do PSOL só existe até agora na atuação da bancada no Legislativo. Eu não me sinto decepcionado com o PSOL. Eu conheci a ânima do partido já na minha filiação, contra a qual muitos no Rio de Janeiro se colocaram pelo fato de eu ter feito o BBB. Mas era ainda o melhor partido à época no Rio para fazer o que pretendia fazer e fiz com os meus mandatos. Levei o imaginário do eleitor a identificar o partido com causas sem participar das disputas internas, sem me ligar a correntes e grupos de militantes ‘orgânicos’. O fato de coordenadores da campanha de Freixo terem me limado da propaganda eleitoral do candidato na esperança de que ele não fosse identificado, pelo eleitor conservador e reacionário, com a luta pelo aborto legal, lei de identidade de gênero, legalização da maconha, respeito ao povo de santo e regulamentação da prostituição não me impediu de seguir tocando essa agenda nacionalmente e associando-a ao partido. O máximo que conseguiram com isso foi fazer de Freixo, naquele momento, um covarde. Assim como o PT apenas conseguiu fazer de Dilma uma covarde no episódio em que a orientou a enterrar o Escola Sem Homofobia para ‘dialogar’ com os reacionários da base do governo. Tenho orgulho de, em ambas ocasiões, ter me mantido de cabeça erguida.  Abri caminho para os ativistas dessas causas que se filiaram ao PSOL depois de mim e por minha causa. Tenho orgulho disso. Ninguém vai apagar essa história.

– Em sua opinião, os esquerdomachos brancos, como você nomeou, dominam o PSOL e a esquerda como um todo?
– Ainda sim, infelizmente. Há mudança em curso, mas, apesar da mudança que está vindo por aí e por causa dela, que é inevitável, os esquerdomachos como Ciro Gomes estão metendo os pés pelas mãos. Ciro escolheu o pior caminho para ‘dialogar’ com o eleitorado conservador reacionário: fortalecer os seus preconceitos. A menção à palestra de Márcia Tiburi foi mais que infeliz, foi uma covardia. E aí nós vemos o PDT agindo como o PT agiu no episódio do Escola sem Homofobia, como o PSOL no segundo turno das eleições municipais do Rio de 2016 e como o PCdoB em relação a Manuela D’Ávila quando ela se tornou o alvo preferencial das fake news no segundo turno das eleições de 2018, permitindo que ela fosse apagada da campanha para ‘o bem’ da chapa. Com todo o respeito que tenho a Haddad, ele não passou por um quinto do que ela passou. E a melhor forma de se proteger das fake news não é deixar suas vítimas preferenciais sozinhas com as hienas. O correto seria os partidos e/ou as coligações fortalecerem as vítimas, criarem um escudo discursivo e de desmentidos que as protegesse e mostrasse que não estão sós. Só agora eu vejo algum movimento para levar a sério o que passamos. Então, voltando aos esquerdomachos, há aqueles com disposição para se reinventar, de ouvir as novas vozes, de se abrir para as novas agendas. Lula é o melhor exemplo nesse sentido; e olha que se levamos em conta a idade de Ciro Gomes, Haddad e Marcelo Freixo comparada à de Lula, Lula se torna um exemplo mais admirável. Mesmo gente mais nova, como é caso do Túlio Gadelha, acaba sendo menos aberto à divisão de poder do que Lula, que indicou o primeiro negro para o STF e fez de uma mulher sua sucessora. Os esquerdomachos têm muito a aprender com ele.

Há esquerdomachos com disposição para se reinventar. Lula é o melhor exemplo. Mesmo gente mais nova acaba sendo menos aberto do que Lula, que indicou o primeiro negro para o STF e fez de uma mulher sua sucessora

– Você cita algumas vezes os insultos proferidos por Alexandre Frota, hoje “arrependido” de ter apoiado Bolsonaro. Você acredita nesta conversão não só dele, como de gente que estimulou o ódio à esquerda na mídia, como Reinaldo Azevedo e Sheherazade?
– Acredito que pessoas inteligentes podem mudar, rever as posições equivocadas. Então, acho que Azevedo e Sheherazade mudaram, caminhando para o centro político em menor velocidade com que a maioria do eleitorado se descolou para a extrema direita em 2018. Porém, reconhecer que eles mudaram não implica esquecer o que fizeram.

– Como está vendo o governo Bolsonaro? É ainda pior do que imaginava?
– Não estou surpreso. Convivi e fui vítima desse escroque ignorante e violento por oito anos. Não esperava que reunisse em torno de si gente diferente dele, ao contrário. E sabia que este fascista com novos e maiores poderes colocaria em risco ou eliminaria direta ou indiretamente a vida de todos os que contrariam sua visão torta de mundo.

– Qual a saída que você enxerga para a situação brasileira?
– União das esquerdas contra o fascismo, o que implica em levar os esquerdomachos a entenderem que não podem nos rifar para eleitores conservadores reacionários e que têm que nos ouvir; articulação com a esquerda internacional e resistência de todas as formas possíveis para garantir a liberdade do Lula, as eleições dos próximo ano e as de 2022, onde poderemos vencer e começar a reparar os danos que o fascismo causou.

Livro: O Que Será (A história de um defensor dos direitos humanos no Brasil)

Autor: Jean Wyllys (com Adriana Abujamra)

Editora: Objetiva/Companhia das Letras, 224 págs., R$49,90

 


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João Ricardo em 02/10/2019 - 23h31 comentou:

Jean é muito cínico ao se referir ao Ciro, ou ele não viu a entrevista. Ciro elogiou a Marcia, apenas disse que seu discurso estritamente identitário não conversa nesse momento com o povão que quer saúde, educação, segurança e emprego. A prova que Ciro está certo são os 5% de votos que Tiburi alcançou no RJ.

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Marcos Serres de Oliveira em 03/10/2019 - 02h55 comentou:

Gente, essa entrevista do Jean foi fantástica. Quero muito ler o livro dele mas, como estou desempregado infelizmente não posso comprar, mas vou dar um jeitinho, não posso deixar de ler, Jean é uma inspiração e foi um dos principais motivos de eu ter saído da direita reacionária e ter me aceitado como LGBT. Obrigado, Jean, por me salvar do ódio.

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José Airton da Silva em 03/10/2019 - 03h13 comentou:

Sou gay e este senhor não me representa, era da esquerda e hj não quero nem ouvir falar desta esquerda corrupta brasileira

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WEBER HENRIQUE NASCIMENTO MARQUES em 03/10/2019 - 05h05 comentou:

Esse rapaz é um lixo e um sem moral para falar de Ciro. Sua covardia absurda e mentirosa para sair vitimizado do País é um ato de puro cinismo. Lixo humano!

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    Cynara Menezes em 03/10/2019 - 11h24 comentou:

    parece bolsominion falando. em que você se difere deles?

Geraldo Genio em 03/10/2019 - 05h58 comentou:

Se há esquerdomacho, há esquerdoboboca?

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Carlos André em 03/10/2019 - 06h46 comentou:

Também não compreendo essa estupidez ou seja, mentira que o Jean continua divulgando sobre o Ciro. Repete essa ladainha sempre tutelando o Ciro “exemplo”de Lula. É uma baixaria, finge não compreender a natureza dos fatos.
Agora, tem essa conversa de “esquerdomachos” pra sair cuspindo farpas contra o Freixo, o Haddad, novamente o Ciro, também relacionando-os todos sob o manto do “exemplo” de Lula.
Aí a gente vê o Ciro outro dia recepcionando no PDT a mulher mais votada da história de Minas Gerais, que é trans, ela mesmo que já deu declarações desmentindo o Jean.
Parece-me já pura má fé.
Daqui a pouco, segundo essa lógica do Jean, a esquerda será dividida e classificada em: “esquerdobicha”, “esquerdopreta”, “esquerdofêmea”…
Não dá pra levar a sério esse discurso.
Poupe-me.

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Natália em 03/10/2019 - 07h04 comentou:

Concordo que Ciro é esquerdomacho,as todos são. E se for pesar isso em relação a lula, outro esquerdomacho pior, realmente, ele não tem muito que aprender com a rainha de copas brasileira, tem mesmo é que ensinar.

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Ricardo Maia em 03/10/2019 - 07h09 comentou:

Só não é possível chamar o Ciro de ladrão e/ou incompetente! Pra mim, já eh suficiente!

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Vinicius Sousa em 03/10/2019 - 11h57 comentou:

O foco da esquerda não DEVE ser o trabalhismo ou DEVE ser a questão identitária.
O foco da esquerda DEVE ser o que a demanda popular exige e o que lhe representa.

Tão perigoso quanto o domínio ‘falocentrista’ é a hipocrisia da esquerda e o culto a lideranças, sempre inquestionáveis e deidificadas, que afastaram uma grande parcela da população das lutas sociais e que repetidamente na história afastam os partidos da base.
Agora mais perigoso ainda para a luta dos trabalhadores é manter o foco em pautas que são facilmente absorvidas pelos liberais, que dão PODER simbólico a minorias, enquanto arrasam economicamente os direitos dos trabalhadores e as condições de vida dos mais pobres como um todo.

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dimi éter em 03/10/2019 - 12h21 comentou:

jean acerta ao dizer que a esquerda tem que se unir e se reunir, mesmo com todas as diferenças, pois a luta de classes adaptada aos novos tempos exige inclusão e não exclusão, é necessário voltar às bases, para depois fazer campanha e não fazer campanha para só aí voltar às bases…excelente entrevista.

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jairo thiago freitas da silva em 03/10/2019 - 13h02 comentou:

O Jean se refere ao Ciro como coroné, portanto não passa de um esquerdoxenófobo, reclama de preconceito, mas é preconceituoso com nordestinos, hipócrita!

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Paulo Guerreiro em 03/10/2019 - 13h04 comentou:

Muito a aprender, tipo como conciliar classes por 8 anos de governo sem fazer nenhuma reforma estrutural no país; endossar a candidatura à presidência de uma política inexperiente, que nunca havia administrado nada, como a Dilma, que se sustentou por 6 anos; apoiar Michel Temer, sabidamente corrupto, como vice-presidente da Dilma e que golpeou o governo assim que pôde; se aliar a golpistas logo após o golpe, achar que ganharia qualquer eleição sozinho e finalmente entregar o país pro Bolsonaro, apoiando a insanidade que foi a candidatura de Haddad. Parabéns esquerda cirandeira! Fazem o serviço do Bolsonaro melhor do que os bolsominions e, se não mudarem esses discursos de microesquerda requentados, com estética bolchevique e proposição de lib-left, não vão ganhar nem eleição de centro acadêmico até 2022.

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Damian em 03/10/2019 - 13h12 comentou:

Realmente não da pra levar mais a sério a Jean, primeiro que ele não leu ou ouviu o que Ciro disse da Marcia, e depois ele não está aqui no Brasil na sua pátria, quem esta lutando contra os retrocessos que estamos vendo que acontece todos os dias é o Ciro Gomes, ironia parece que ele não é cobrado por isso (fugiu para Paris) como sempre quem não pertence ao círculo de esquerda lacradora e que tem o Mantra Lula na cabeça é desprezado por estes seres que só disseminam ódio contra aqueles que não compartilham as mesmas ideias, sou gay alguma vez me senti representado por ele, hoje vejo que ele não soma nada para nenhuma causa, humildade é o que falta para este ser humano

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ANTONIO ROCHA NETO em 03/10/2019 - 13h13 comentou:

A história se repete. A esquerda se divide e transforma aliados em inimigos. A direita tem muito a nos ensinar sobre unidade Jean.

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Sr Pereira em 03/10/2019 - 13h20 comentou:

Ciro Gomes não é de esquerda, é um cavalo de troia da direita. As causas identitárias são utilizadas pelo imperialismo para dividir e confundir a esquerda. Jean Willis nunca defendeu Lula, em Amsterdam chegou a comparar Lula com Aécio Neves. Só agora está defendendo o Lula por que percebeu a furada que seria não fazê-lo. A esquerda pequeno-burguesa não aprende nunca. Este site deveria mudar o nome para “Burguesa Morena”.

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Alessandra em 03/10/2019 - 13h35 comentou:

Não entendo essa veneração por Ciro. Ele é uma versão intelectualizada de Bolsonaro, sabe se pronunciar, tem o dom da oratória, realmente é inteligente. Contudo o Ceará conhece muito bem sua truculência e seu poder, temos um governador petista (Camilo Santana) fantoche dos Ferreira Gomes, enfim não há diferença entre eles e as demais oligarquias que sempre fizeram parte da política nordestina. Esse diálogo com a esquerda é apenas uma estratégia de se manter no poder.

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Felipe em 03/10/2019 - 14h42 comentou:

Meu deus quanta abobrinha. O que fizeram a Jean foi covardia, reconheço que ele sofreu, mas essa campanha contra Ciro é estúpida e sem fundamento. Ele se doeu pelo que Ciro falou-se Tiburi, porém ambos distorceram o que Ciro quis dizer – que enquanto ficar em pauta identitária e deixa o pobre, trabalhador de fora da questão (sem entender de onde vêm e sua formação conservadora) a esquerda vai ficar fora do poder por muito tempo. Enfim, a única coisa que me dá esperança é que fizeram tanta promoção de Bolsoanro de forma descuidado que acabaram o elegendo. Pelo menos agora o alvo da vez (Ciro) é alguém que tem projeto de país e quer conciliar o Brasil.

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João Pereira Lima em 03/10/2019 - 14h54 comentou:

Jean é professor de onde? Harvard? Vocês estao de brincadeira ….esse instituto alugou instalação Harvard para dar credibilidade a esse curso …esse curso poderia ser ministrado em qualquer lugar ….esse crachá que esse mentiroso divulga ….sabe porque ….para entrar nos campos de Harvard precisa ter um crachá ….Jean nunca foi e nem será professor de Harvard …para de mentir e enganar os brasileiros.

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    Cynara Menezes em 04/10/2019 - 11h35 comentou:

    “a inveja é uma merda”

Amarildo em 03/10/2019 - 17h02 comentou:

Ciro? Sou mais FlávioDino. Depois de Lula, claro.

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Marcelievsky em 03/10/2019 - 17h52 comentou:

Você não tem moral nenhuma para falar de Ciro Gomes, seu covarde matusquela. Tu, assim como Bolsonaro não passam de políticos do baixo clero. Lula alçou um cargo político em 2002, na presidência. Nunca passou por qualquer outra experiência senão fazendo o contraditório. PESQUISE a vida política de Ciro Gomes e lave bem esta boca antes ser falar dele.

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João em 03/10/2019 - 17h58 comentou:

Como é triste ler uma matéria dessa natureza. Não tem dimensão da situação que se encontra o país. É fácil fazer a crítica, quero ver fazer a autocrítica. Estereotipar alguém que tem lutas em comum, só mostra quem está certo na história. Quanto mais fizerem esse papel ridículo mais perderão espaço. Estou fora, menos um que vou deixar de acompanhar

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Gustavo Rodrigues em 03/10/2019 - 18h00 comentou:

Pra variar, o Jean continua com a costumeira histeria de quem nunca aceitou contrariedade. A diferença agora é que usa de subterfúgios covardes pra ficar fazendo palanque pro PT, já que não tolera outras lideranças de esquerda. Covarde auto-exilado.

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Alê em 03/10/2019 - 19h42 comentou:

Só fazem nove meses que ele se foi? Parece que foi ontem!!! Não tá fazendo nenhuma falta. Que continue onde está até o fim dos tempos..

Responder

Alê em 03/10/2019 - 19h45 comentou:

Já foi tarde!

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Geralda Brandão em 03/10/2019 - 20h59 comentou:

Ciro é o nome mais buscado nas redes hoje em dia,sua popularidade cresce a cada dia e com isso desperta os sentimentos de amor e ódio. Vejo um projeto de parte da esquerda destruir a reputação do Ciro. Quais os motivos?
Talvez medo de perderem suas boquinhas no PT!

Responder

Renan Pedrosaem em 03/10/2019 - 22h31 comentou:

A esquerda ao invés de se unir, começa a criar focos de polêmicas para ter vantagem sobre outros candidatos, inclusive os da própria esquerda. É tão óbvio que essa matéria serviu somente para denegrir a imagem do Ciro que chega a ser ridículo.

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    Cynara Menezes em 04/10/2019 - 11h32 comentou:

    “denegrir” é um verbo racista

José Marsch em 03/10/2019 - 22h39 comentou:

Jean é uma decepção pra quem, como eu, votou 2 vezes nele. Fugiu da luta, não respeitou nossos votos, e agora vem com esse discurso idiota de esquerdomacho. Quanto a Ciro, Jean não leu a entrevista de Ciro. Vomitou esse discurso idiotisado sem ler. Ciro elogiou a Marcia Tiburi, apenas disse que discurso dela, estritamente identitário, não tem apelo com o povão que quer saúde, educação, segurança e emprego. A prova que Ciro está certo, e o PT errou, são os inexpressivos 5% de votos que Tiburi alcançou no estado do RJ.

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    Cynara Menezes em 04/10/2019 - 11h31 comentou:

    marcia obteve quase 6% dos votos. idêntico percentual do candidato do PDT, que depois apoiou witzel

Gabriel em 04/10/2019 - 11h58 comentou:

Ruim, título parcial, disputa baixa. Não é esquerda, vocês estão jogando fora a luta social por uma disputa raivosa, só porque tão vendo que tão perdendo seu espaço pra novas forças progressistas que não pertencem ao curral do PT.

Responder

Marcos Videira em 04/10/2019 - 12h00 comentou:

CYNARA: uma característica do “jornalismo anticapitalista” é copiar o que de pior tem a Globo ? Você deu um destaque ao nome de Ciro na manchete. Essa manipulação fica evidente para quem ler a matéria. Portanto, a própria entrevista aponta a manipulação infame que você fez. Por que isso, minha cara ?
Outro ponto: o Jean continua divulgando fake news sobre a referência de Ciro à filósofa Tiburi. Como Jean é muito inteligente, tenho duas opções: (a) ele não viu a entrevista; (b) ele viu a entrevista e está deturpando deliberadamente o exemplo ao que Ciro se referiu para mostrar o quanto o identitarismo obtuso pode prejudicar uma eleição.

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    Cynara Menezes em 04/10/2019 - 14h10 comentou:

    não tem fake news alguma. ciro falou literalmente na entrevista à BBC que márcia faz “apologia do cu”, comportando-se como a extrema direita e repetindo o que ela diz. falou, agora aguenta. que mimimi é esse?
    jornalismo é escolher a melhor frase para uma entrevista. este site nunca deixará de seguir princípios jornalísticos para agradar o grupo A ou B

Ric em 04/10/2019 - 13h39 comentou:

Essa mania dos identitários de rotular as pessoas é uma coisa de gente muito, muito infantil. Por isso que o identitarismo nunca agrega, só separa, delimita, rotula e cria categorias cada vez mais excludentes, na verdade isso é uma ideologia da direita neoliberal capitalista americana. E os bobinhos lacradores daqui reproduzem tudo como se fossem eles que tivessem criado.
Mas, entrando na onda de vocês:
Cynara, você é uma mulher hetero branca cisgênero heteronormativa esquerdomacha! Ah! E babaca!!

Responder

    Cynara Menezes em 04/10/2019 - 14h08 comentou:

    e o que será você, então?

Reinaldo Santos Paim Filho em 04/10/2019 - 21h36 comentou:

As comparações e as rotulações são grosseiras, para não dizer desonestas. Comparar Lula, que por duas vezes foi presidente, a Gadelha, que mal entrou para política como um simples deputado federal, dizendo que o petista deu mais oportunidade de representação aos minoritários…É uma comparação tosca! O poder de nomeação de um Presidente é absurdamente mais amplo que qualquer outro cargo eletivo. Ciro e Freixo jamais foram presidentes. Ciro, quando governador e quando a defesa das pautas identitárias eram tímidas, equilibrou a proporção entre homens e mulheres em todo secretariado do CE e criou a PFem…Eu acho super justo e legítimo as pautas minoritárias, mas a forma como elas são postas em prática é algo surreal!…E é esse tipo de reativismo que afasta o processo de conscientização sobre causas justas…Chamar os outros de machista, misógino, homofóbico gratuitamente não é um comportamento digno, e nem de longe é uma tática política inteligente.

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Kerstin jackellyne da cunha ruas em 05/10/2019 - 18h55 comentou:

Jean acerta ao falar da união da esquerda para reverter esse quadro tenebroso que se assolou no Brasil, também quando fala da associação com a esquerda internacional. Esconder a luta das chamadas minorias e identitárias é uma grande covardia da esquerda. Mas o que vi de garotinhos raivosos defendendo o Ciro, 😂

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Emerson em 06/10/2019 - 07h13 comentou:

Para uma certa esquerda, a esquerda deve se unir desde que seja em torno de um nome do PT, isso se não for em torno do próprio Lula. Votei no partido, com exceção da última, por seis vezes. Aí eu votei no Ciro, e por manifestar minhas críticas ao PT, a Socialista Morena me bloqueou no Twitter, assim como Stanley Burburinho e outros. Essa esquerda precisa perder mais algumas eleições para perceber a cagada que estão fazendo.

Responder

Rita de Oliveira. em 06/10/2019 - 18h52 comentou:

Jean sempre lúcido, inteligente e dono de uma Cultura Singular.
É um vencedor.
Quanto aos idiotas acéfalos bolsominions aqui presentes, é lamentável a grosseria, o ódio, a sordidez e vilania que vocês sentem pelo Lula, seus apoiadores e Intelectuais que são amigos e fãs deles.
Vocês são muito toscos, mal-educados e precisam ser estudados não mais pela NASA, mas sim, por Felipe Pinel, O Pai da Psiquiatria Moderna.
Lula:
Cidadão Honorário de Paris.
Chupem! Bolsominions.

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Ric em 06/10/2019 - 22h25 comentou:

Volta pro parquinho, vai.

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