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Fiocruz cancela edital para a compra de 3 toneladas de cloroquina

PT quer criar a CPI da Cloroquina para investigar o possível desperdício de dinheiro público na fabricação do medicamento pelo Exército

Produção de cloroquina no Laboratório de Química do Exército. Foto: divulgação
Da Redação
30 de julho de 2020, 21h06

A Fiocruz informou que cancelou o edital para a compra de 3 toneladas de cloroquina a uma empresa indiana. A informação havia sido veiculada ontem pelo Socialista Morena. Em nota, a fundação afirmou: “O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição vinculada ao Ministério da Saúde (MS), informa o cancelamento do edital 65/2020, de aquisição do insumo farmacêutico ativo difosfato de cloroquina, para produção de cloroquina”.

Até o momento, porém, não tivemos mais detalhes sobre por que o edital foi aberto, em primeiro lugar, já que o governo federal possui um estoque grande de cloroquina, com 4 milhões de comprimidos do medicamento, cuja eficácia foi descartada pela própria Fiocruz. Um documento elaborado por técnicos do Ministério da Saúde também advertiu para que novas compras não fossem efetuadas sob o risco de que não tivessem utilidade. A Fiocruz não esclareceu tampouco o porquê de o edital ter sido cancelado. Continuamos à espera de mais esclarecimentos.

“É estranho que o governo federal não enfrente de maneira responsável a pandemia e prefira valer-se de charlatanismo propagandeando medicamento de eficácia duvidosa”, disse o deputado federal Rogério Correia ao justificar o pedido de CPI

Nesta quinta-feira, o PT enviou requerimento para a abertura de uma CPI sobre o desperdício de dinheiro e possíveis irregularidades na fabricação do medicamento pelo Exército, mesmo sem qualquer base científica que comprove a eficácia da cloroquina. “O Exército produziu, a pedido do presidente, milhões de doses de hidroxicloroquina –medicamento eficaz para o tratamento da malária–, elevando os estoques do remédio para o consumo pelos próximos 18 anos”, denunciou o partido. Não se sabe por quê, em vez de abrir o edital, a Farmanguinhos não solicitou o medicamento ao próprio Exército.

“É estranho, para dizer pouco, que o governo federal não enfrente de maneira responsável a mais grave pandemia da nossa história, e prefira valer-se de charlatanismo propagandeando medicamento de eficácia duvidosa”, disse o deputado federal Rogério Correia, autor da proposta.

O requerimento da CPI da Cloroquina pergunta: “Quem determinou aos laboratórios das Forças Armadas a produção de cloroquina? Desde quando estão produzindo o medicamento? Qual o volume de comprimidos de cloroquina já produzidos? Quais parâmetros científicos foram utilizados para determinar a produção da cloroquina nesses laboratórios?”

Além disso, os parlamentares petistas cobram esclarecimentos sobre o total gasto na fabricação do medicamento, quem são os fornecedores e como o remédio está sendo distribuído.

Com informações da Agência PT


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