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Cultura

Stalin matou Lenin? Por Leon Trotski

Onze dias antes de ser assassinado no México, Leon Trotski publicou um artigo bombástico em que acusava Josef Stalin de ter envenenado seu antecessor

Lenin após o terceiro derrame, em 1923. Ele tinha 53 anos; essa foto foi proibida na URSS na época
Cynara Menezes
08 de abril de 2015, 23h01

Onze dias antes de ser assassinado no México, em 21 de agosto de 1940, Leon Trotski publicou na revista norte-americana Liberty um artigo bombástico em que acusava Josef Stalin de ter envenenado seu antecessor, o primeiro presidente da União Soviética Vladimir Lenin. O trio havia liderado, em 1917, a revolução comunista na Rússia. Pouco antes de sua morte, em janeiro de 1924, Lenin, um homem até então ativo de pouco mais de 50 anos, tivera sua saúde debilitada aparentemente por ter sofrido três derrames consecutivos e estava em uma cadeira de rodas, sem poder falar ou andar e com o olhar perdido.

Não se sabe exatamente até hoje do que ele morreu. Cogitou-se que Lenin poderia ter sido vítima de sífilis ou que adoecera em consequência de uma bala que ficara alojada em seu pescoço durante uma tentativa de assassinato que sofreu aos 48 anos. Sabe-se que quatro anos após a revolução russa, em 1921, já se queixava de não conseguir dormir à noite e de dores de cabeça frequentes.

Em 2012, em uma conferência na Universidade de Maryland, nos EUA, cientistas chegaram à conclusão de que a tese de envenenamento é bastante plausível, já que Lenin tivera convulsões antes da morte pouco compatíveis com um acidente vascular cerebral (leia aqui). Sem mencionar que a Rússia é pródiga em histórias de envenenamentos, antes, durante e depois do período soviético… Em 1938, Trotski já havia acusado Stalin de ter envenenado o escritor Máximo Gorki (1868-1936), em um artigo publicado pelo New York Times.

Se não matou Lenin, Stalin sem dúvida mandou assassinar Trotski no México e executou milhares de outros que se colocaram em seu caminho. Traduzi o artigo dele sobre o rival para muita gente que critica o comunismo por causa de Stalin poder entender que o que mais fez Stalin foi matar comunistas. Boa leitura.

stalinlenin

Lenin e seu “amigo” Stalin em 1922, menos de dois anos antes de morrer

***

Stalin Matou Lenin?

Por Leon Trotski

Durante os dez anos do meu presente exílio, os agentes literários do Kremlin têm sistematicamente aliviado a si mesmos da necessidade de responder de forma pertinente tudo que eu escrevo sobre a União Soviética aludindo ao meu “ódio” por Stalin –mesmo que Stalin e eu estejamos separados por acontecimentos tão ardentes que consumiram em chamas e reduziram a cinzas qualquer coisa pessoal. Stalin é meu inimigo. Mas Hitler também é, assim como Mussolini e muitos outros. Hoje permanece em mim tão pouco sentimento por Stalin quanto pelo general Franco ou o Mikado (imperador japonês).

Apresento neste artigo fatos chocantes sobre como um revolucionário provinciano se tornou o ditador de um grande país. Cada fato que menciono, cada referência e citação pode ser provada tanto por publicações oficiais soviéticas quanto por documentos preservados em meus arquivos.

O ultimo período da vida de Lenin foi de intenso conflito com Stalin, que culminou em uma total ruptura entre eles. Como sempre, não havia nada pessoal na hostilidade de Lenin em relação a Stalin. Mas, à medida que o tempo passava, Stalin foi tirando vantagem das oportunidades que seu posto lhe dava para vingar-se de seus oponentes. Pouco a pouco, Lenin foi se convencendo de que algumas características de Stalin eram hostis ao partido. Daí partiu sua decisão de reduzir  Stalin a um membro ordinário do Comitê Central.

A saúde de Lenin ficou ruim de uma hora para outra no final de 1921. O primeiro derrame aconteceu em maio de 1922. Por dois meses ele ficou impossibilitado de se mover, falar ou escrever. Em julho, ele começou lentamente a convalescer. Em outubro, retornou do campo para o Kremlin e retomou seu trabalho. Em dezembro, ele abriu fogo contra as perseguições de Stalin. Confrontou Stalin na questão do monopólio do comércio exterior e começou a preparar, para o próximo congresso do partido, uma declaração que seria “uma bomba contra Stalin”.

“Vamos falar francamente”, escreveu Lenin em 2 de março. “O Comissariado de Inspeção não goza hoje da menor autoridade… Não há pior instituição entre nós que o Comissariado do Povo para a Inspeção”. Stalin era o chefe da Inspeção. Ele entendeu bem as implicações de tais palavras.

Em meados de dezembro de 1922, a saúde de Lenin o obrigou a se ausentar do congresso. Stalin, por sua vez, ocultou de Lenin muita informação. Medidas de bloqueio foram instituídas contra pessoas próximas a Lenin. Lenin estava inflamado com alarme e indignação. Sua principal fonte de preocupação era Stalin, cujo comportamento se tornava mais ousado à medida que os relatórios médicos de Lenin ficavam menos favoráveis. Nestes dias, Stalin estava taciturno, rosnando, seu cachimbo firmemente preso entre os dentes, um brilho sinistro nos olhos amarelados. Seu destino estava em jogo.

Várias linhas ditadas por Lenin em 5 de março de 1923, para um estenógrafo de confiança, anunciava secamente o rompimento de “qualquer relação pessoal e de camaradagem com Stalin”. A nota é o último documento de Lenin em vida. Na noite seguinte ele perdeu de novo o poder da fala.

O chamado “testamento” de Lenin foi escrito em duas instâncias durante sua segunda enfermidade: em 25 de dezembro de 1922 e em 4 de janeiro de 1923. “Stalin, desde que se tornou secretário-geral”, declara o testamento, “tem concentrado um enorme poder em suas mãos, e eu não estou seguro de que ele sempre sabe como utilizar este poder com a prudência necessária”. Dez dias depois, Lenin acrescentou: “Proponho aos camaradas que achem uma maneira de destituir Stalin e substituí-lo por outro homem”, que seria “mais leal, menos caprichoso” etc.

Quando Stalin leu o texto, disparou palavras furiosas contra Lenin. O testamento não só falhou em acabar com a briga interna, que era o que Lenin desejava, mas ampliou-a em um nível febril. Stalin já não tinha dúvidas de que o retorno de Lenin à ativa seria sua morte política. Somente a morte de Lenin poderia limpar o caminho para ele.

Acompanhei o decorrer da segunda enfermidade de Lenin dia a dia, através do médico que tínhamos em comum, Dr. Gaitier.

“É possível, Fedor Alexandrovich, que seja o fim?”, minha esposa e eu lhe perguntamos várias vezes.

“Não se pode dizer isso de maneira alguma. Vladimir Ilyich vai ficar em pé novamente. Ele tem um organismo forte.”

“E suas faculdades mentais?”

“Basicamente permanecerão intactas. Não tudo, talvez, irá manter sua pureza inicial, mas o virtuoso permanecerá virtuoso.”

No entanto, em um encontro entre os membros do Politburo, Zinoviev, Kamenev e eu, Stalin nos informou, após a saída do secretário, que Lenin tinha subitamente o chamado e pedido por veneno. Lenin estava perdendo novamente a faculdade da fala, considerava sua situação incurável, temia sofrer um novo derrame e não acreditava nos médicos. Sua mente estava perfeitamente clara e o sofrimento era insuportável.

Lembro o quão extraordinário, enigmática e em desacordo com as circunstâncias me pareceu o rosto de Stalin então. Um sorriso doentio estava fixo em sua face, como uma mascara. Vejo diante de mim um pálido e silencioso Kamenev, que amava Lenin sinceramente, e um Zinoviev perplexo, como em todos os momentos difíceis. Eles sabiam sobre o pedido de Lenin? Ou Stalin soltou isso como uma surpresa a seus aliados no triunvirato assim como para mim?

“Mas é claro que nós não podemos nem sequer considerar este pedido!”, exclamei. “Gaitier não perdeu a esperança. Lenin ainda pode se recuperar.”

“Eu falei tudo isso a ele”, Stalin respondeu, não sem um sinal de irritação. “Mas ele não ouviria a razão. O velho está sofrendo. Ele disse que quer ter o veneno à mão. Ele o usará quando estiver convencido de que sua condição é irremediável.”

“O velho está sofrendo”, Stalin repetiu, olhando vagamente para nós. Nenhum voto foi tomado, já que não era um encontro formal, mas nos despedimos com o entendimento implícito de que não poderíamos nem sequer considerar enviar veneno a Lenin.

“De qualquer maneira é fora de questão”, insisti. “Ele poderia sucumbir diante a um estado de espírito passageiro e tomar uma decisão sem volta.”

Apenas poucos dias antes, Lenin havia escrito seu posfácio impiedoso ao testamento. Alguns dias depois ele rompeu todas as relações pessoais com Stalin. Por que faria a Stalin, entre tanta gente, este pedido trágico? A resposta é simples: ele viu em Stalin o único homem que poderia fazê-lo, já que estava diretamente interessado nisso. Ao mesmo tempo, é possível que quisesse testar Stalin: quão afoitamente Stalin aproveitaria esta oportunidade? Naqueles dias, Lenin pensava não somente na morte, mas no destino do partido.

Mas Lenin realmente pediu veneno a Stalin? Ou a versão foi totalmente inventada por Stalin para preparar seu álibi? Ele não teria razões para temer uma verificação, porque ninguém poderia questionar o enfermo Lenin.

Mais de dez anos antes dos infames julgamentos de Moscou, Stalin confessou a Kamenev e Dzerjinski, seus aliados então, que um de seus maiores prazeres na vida era manter um olho afiado sobre um inimigo, preparar tudo meticulosamente, vingar-se sem piedade, e depois ir dormir.

Durante seu último grande julgamento, que teve lugar em março de 1938, um lugar especial no banco dos réus era ocupado por Henry Yagoda. Algum segredo unia Stalin a Yagoda, que tinha trabalhado na Cheka e na GPU (polícia secreta) por 16 anos, primeiro como chefe-assistente, depois como diretor, e todo o tempo como o assessor de maior confiança de Stalin contra a oposição. O sistema de confissões de crimes que nunca tinham sido cometidos eram obra de Yagoda. Em 1933, Stalin condecorou Yagoda com a Ordem de Lenin, e em 1935 o promoveu ao cargo de Comissário Geral de Defesa do Estado –isto é, Marechal da Polícia Política. Na pessoa de Yagoda foi elevada uma nulidade, olhada com desprezo por todos. Os velhos revolucionários trocaram olhares de indignação.

Nos tempos da grande “purga”, Stalin decidiu liquidar seu companheiro que sabia demais. Em abril de 1937, Yagoda foi preso e em seguida executado.

Foi revelado naquele julgamento que Yagoda, um ex-farmacêutico, possuía um armário próprio para venenos, do qual retirava frascos para dar a seus agentes. Tinha à sua disposição vários toxicologistas, para quem ele organizou um laboratório especial, dotando-o de todos os meios, sem limite e sem controle. Naturalmente, é impensável que Yagoda tenha feito tudo isso para suas próprias necessidades.

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Gorki com Yagoda, o envenenador oficial da URSS, que também acabou executado por Stalin como “traidor”

Suspeitas de que Stalin de alguma maneira ajudou a destrutiva força da natureza no caso de Máximo Gorki pipocaram imediatamente após a morte do grande escritor. O julgamento de Yagoda também serviu para livrar Stalin de qualquer suspeita. Por isso as repetidas declarações de Yagoda, dos médicos e de outros acusados de que Gorki era “um amigo próximo de Stalin”, “uma pessoa confiável”, um “stalinista” entusiástico. Se só a metade disso fosse verdade, Yagoda não teria tomado para si a tarefa de matar Gorki, e muito menos confiado a trama a um médico do Kremlin, que poderia tê-lo destruído simplesmente telefonando a Stalin.

Durante os dias do julgamento, as acusações, como as confissões, me pareceram fantasmagóricas. Informação subseqüente e análises me forçaram a alterar aquela percepção. Nem tudo ali era uma mentira. Nem todos os envenenadores estavam sentados no banco dos réus. O chefe deles estava conduzindo o julgamento pelo telefone. Somente Yagoda tinha desaparecido; seu armário de venenos permaneceu.

No julgamento de 1938, Stalin acusou Bukharin de ter preparado, em 1918, um atentado contra a vida de Lenin. O naïf e apaixonado Bukharin venerava Lenin, o adorava, não podia ter ambições pessoais. Todas as acusações dos julgamentos de Moscou tinham um mesmo padrão. Stalin via a melhor maneira de dissipar suspeitas contra ele mesmo atribuindo o crime a seu adversário e forçando-o a “confessar”.

Lenin pediu o veneno –se é que o fez– no final de fevereiro de 1923. No começo de março, ele estava de novo paralisado. Mas seu organismo poderoso, apoiado em sua vontade inflexível, reafirmou-se. Ao longo do inverno ele começou a se recuperar lentamente, a se mover mais livremente; ouvia leituras e lia ele mesmo; sua faculdade de fala começou a voltar. As opiniões dos médicos se tornaram cada vez mais esperançosas.

Stalin estava em busca do poder, de todo o poder, não importa como. Ele já tinha um firme controle sobre isso. Seu objetivo estava próximo, mas o perigo emanando de Lenin continuava ali. Ao seu lado estava o farmacêutico Yagoda.

A notícia da morte de Lenin me pegou e a minha esposa no caminho para o Cáucaso, para onde eu tinha ido me curar de uma infecção cuja natureza permanece uma incógnita para meus médicos. Imediatamente telegrafei para o Kremlin: “Acho necessário voltar a Moscou. Quando é o funeral?” A resposta veio depois de mais ou menos uma hora: “O funeral será no sábado. Você não conseguirá voltar a tempo. O Politburo considera que por causa do seu estado de saúde você deve seguir para Sukhum. Stalin”. Por que a pressa? Por que precisamente sábado? Mas eu não achei que deveria pedir o adiamento do funeral apenas por minha causa. Somente quando cheguei a Sukhum soube que tinham mudado para domingo.

Era mais seguro sob todos os aspectos me manter afastado até que o corpo tivesse sido embalsamado e as vísceras cremadas.

Quando perguntei aos médicos em Moscou sobre a causa mortis de Lenin, que eles não esperavam, ficaram perdidos em responder. A autópsia foi feita com todos os ritos necessários: Stalin pessoalmente tomou conta de tudo. Mas os cirurgiões não procuraram por veneno. Eles entenderam que a política está acima da medicina.

Não retomei as relações pessoais com Zinoviev e Kamenev até dois anos depois, quando eles romperam com Stalin. Eles evitaram qualquer discussão sobre a morte de Lenin. Só Bukharin fez, aqui e ali, tête-à-tête, alusões inesperadas e estranhas. “Oh, você não conhece Koba (Stalin)”, disse com seu sorriso trêmulo. “Koba é capaz de qualquer coisa.”

Quando o telhado desaba e as portas e janelas caem, fica difícil viver numa casa. Hoje, rajadas de vento sopram ao redor de nosso planeta inteiro. Todos os tradicionais princípios de moralidade estão cada vez piores, e não apenas aqueles que emanam de Stalin. Mas uma explicação histórica não é uma justificativa. Nero também foi um produto de sua época. Após sua queda, porém, suas estátuas foram derrubadas e seu nome varrido de tudo. A vingança da história é mais terrível que a vingança do mais poderoso secretário-geral.

(Texto publicado originalmente em 10 de agosto de 1940. Em inglês aqui)

 


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(46) comentários Escrever comentário

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NARENDRANATH MARTINS COSTA em 04/08/2017 - 14h20 comentou:

Esta é uma das maiores asneiras que já li na minha vida.

Responder

    Vinicius em 12/09/2017 - 14h09 comentou:

    Trotsky postou uma opinião construtiva, e é bem provável que Stalin tenha matado Lênin e o Trotsky no México, então ao invés de ficar postando merda aponta aonde ele errou e justifica, porque desprezar toda a postagem e fácil, mas eu quero ver se você consegue argumentar contra.

Claudio Vigas em 26/08/2017 - 15h26 comentou:

….”Traduzi o artigo dele sobre o rival para muita gente que critica o comunismo por causa de Stalin poder entender que o que mais fez Stalin foi matar comunistas (?!) -grifo meu -. Boa leitura.”

Ôh… morena Cynara, menos!

Responder

Claudio Vigas em 26/08/2017 - 15h28 comentou:

NARENDRANATH… a tradução, ou o “prefácio” da Morena Cynara?

Responder

Marlon Franco em 28/09/2017 - 13h40 comentou:

Quanta bobagem, Trotsky e teorias da conspiração me dão nojo

Responder

Eduardo Rodrigues Vianna em 07/01/2018 - 17h23 comentou:

Trotski também acusava Stálin se ser um “oriental”, e é claro que oriental só pode fazer caca: já o próprio Trotski era um judeu de cultura europeia, de família rica, portanto muito mais “civilizado”, muito mais capaz para tudo, segundo aquela espécie de direito divino que o indivíduo burguês sempre reivindica para si. “Esse montanhês”, assim se referia a Iossif Djugashivili (“esse georgiano admirável” na opinião de Lênin), como se o fato de ser da periferia agregasse qualquer coisa contra o rival. Trotski também dizia que Stálin era um analfabeto que só se comunicava por meio de grunhidos e rosnados, o que absolutamente não era verdade, o autor de uma infernal burocracia política por meio de uma conspiração, como se algum homem fosse capaz de um feito desse tamanho, em qualquer época ou país. Trotski também julgava inteiramente impossível a restauração do capitalismo na União Soviética, enquanto Stálin alertava para isto já nos anos 1930. E por aí vai.

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Leone em 03/03/2018 - 09h33 comentou:

É uma esquerdista postando isso?É o fim do mundo.

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lets em 19/05/2018 - 20h12 comentou:

muito boa a publicação..È bom saber de novas coisas,pelo que esta escrito da para perceber que o stalin não era la um mocinho não e verdade!?kkk

Responder

John em 08/07/2018 - 20h47 comentou:

ACHO PERTINENTE MOSTRAR ESSA INTRODUÇÃO DO LIVRO DE LOSURDO, SINTO AS VEZES NAS CRITICAS DE MUITOS COMPANHEIROS UMA AUTOFOBIA DANOSA PARA O MOVIMENTO DA ESQUERDA EM GERAL E POR ISSO ACHO PERTINENTE COLOCAR ESSE TEXTO AQUI

Em 1818, em plena Restauração, e em um momento no qual a
falência da Revolução Francesa tornava-se evidente, mesmo
aqueles que, inicialmente, a haviam visto com bons olhos se
preocupavam em manter distância da experiência histórica
iniciada em 1789: tinha sido um equívoco colossal, ou, pior,
uma vergonhosa traição de nobres ideais. Neste sentido, Byron
cantava: “Mas a França se inebriou de sangue para vomitar
delitos. E as suas Saturnais foram fatais à causa da Liberdade,
em qualquer época e em toda a Terra”. Devemos hoje
tornar nosso esse desespero, limitando-nos apenas a substituir
a data, 1917 por 1789, e a causa do socialismo pela “causa
da Liberdade”? Os comunistas devem se envergonhar de sua
história?
A história das perseguições sofridas por grupos étnicos
ou religiosos nos coloca diante de um fenômeno singular. Em
um determinado momento, as vítimas tendem a adotar como
seu o ponto de vista dos opressores e começam até mesmo a
desprezar e odiar a si mesmas. O Selbsthass ou Self-hate, a
autofobia é pesquisada sobretudo em relação aos judeus, objeto
há milênios de uma sistemática campanha de discriminação
e difamação. Mas algo análogo se verificou no curso da
história dos negros, também esta trágica, deportados de seus
países, submetidos à escravidão e opressão, e privados da
própria identidade: em um certo momento, as jovens afroamericanas,
mesmo aquelas dotadas de esplêndida beleza, começaram
a desejar e a sonhar ter a pele branca, ou pelo menos
que o negro de sua pele se atenuasse. Tão radical pode ser a
adesão das vítimas aos valores dos opressores…
O fenômeno da autofobia não concerne apenas aos
grupos étnicos e religiosos. Pode atingir classes sociais e
partidos políticos que sofreram uma derrota severa, sobretudo
se os vencedores, deixando de lado ou em segundo pia/
I
no as verdadeiras e reais armas, insistem em sua campanha
mortífera, atualmente garantida pelo poder de fogo da
multimídia. Entre os vários problemas que afligem o movimento
comunista, o da autofobia não é certamente o menor.
Deixemos de lado os ex-dirigentes e ex-expoentes do PCI
que chegam a declarar ter aderido no passado ao partido
sem jamais terem sido comunistas. Não por acaso, eles admiram
e até mesmo invejam Clinton, que, quando de sua
reeleição, agradeceu a Deus por ter nascido estadunidense.
Uma forma ainda que sutil de autofobia é estimulada em
todos aqueles que não tiveram a sorte de fazer parte do
povo eleito, o povo ao qual a providência divina confiou a
tarefa de difundir no mundo, através de todos os meios, as
idéias e as mercadorias made in USA.
Mas, como dizia, convém deixar de lado os ex-comunistas
que lamentam nostalgicamente não terem nascido
anglo-saxões e liberais, e que foram colocados, por uma
sorte madrasta, longe do sagrado coração da civilização.
Desgraçadamente, porém, a autofobia alinha também em
suas fileiras aqueles que, mesmo continuando a se declararem
comunistas, se mostram obcecados com a preocupação
de reiterar seu total distanciamento em relação a um passado
que, para eles, como para seus adversários políticos, é
simplesmente sinônimo de abjeção. Ao soberbo narcisismo
dos vencedores, que transfiguram a própria história, corresponde
a substancial autoflagelação dos vencidos.
É óbvio que a luta contra a praga da autofobia resultará
tanto mais eficaz quanto mais radicalmente crítico e sem
preconceito for o balanço da grande e fascinante experiência
histórica iniciada com a Revolução de Outubro. Porém,
apesar das assonâncias, autocrítica e autofobia constituem
duas posições antitéticas. Em seu rigor, e até mesmo em seu
radicalismo, a autocrítica exprime a consciência da necessidade
de acertar as contas com a própria história; a autofobia
é a fuga vil desta história e da realidade da luta ideológica e
14
cultural que sob ela ainda arde. Se a autocrítica é o pressuposto
da reconstrução da identidade comunista, a autofobia
é sinônimo de capitulação e de renúncia a uma identidade
autônoma.
Urbino, fevereiro de 1999

Responder

Mauricio em 27/11/2018 - 10h42 comentou:

Faz sentido. Em 1956, no tal discurso “secreto” de Krushev, a própria burocracia soviética stalinista (lutando pela própria sobrevivência)reconheceu os crimes de Stálin nos Processos de Moscou se encarregou de jogar Stalin na lata de lixo da história.

Responder

Mauricio em 27/12/2018 - 19h19 comentou:

Trotsky, quanta lucidez

Responder

Sandro em 30/12/2018 - 17h39 comentou:

Stalin, foi um dos maiores facínoras da história. È fato! Só sobrou comida para o povo russo porque o “monstro” mandou matar dezenas de milhões… Era o “comunista” mandando matar “comunistas”! Aff!

Responder

Marcos em 03/01/2019 - 00h59 comentou:

Stalin foi um monstro! Um dos mais perversos seres q sequer atrevo chamar de humano…. Contudo, Lenin e Trotsky, no apogeu de sua lucidez sovietica, foram incapazes de eliminar este mal. Pq?

Responder

Vitor em 17/02/2019 - 07h40 comentou:

Não entendi muito bem a intenção do site. Todo mundo que se entitula socialista, tem uma visão própria do que seria este modo de produção, diferente do capitalismo, por exemplo, que é um concenso entre os capitalistas. Por isso, invariavelmente, todas as experiências socialistas terminaram em ditaduras genocidas, paranóicas, regadas a fome e miséria.
Esse artigo é verdadeiro e expressa verdades sobre o regime soviético do Stalin.
Todas as atrocidades desse regime e outros regimes embasados na mesma ideologia, erremessaram o mundo moderno de cabeça no capitalismo, que estava fazendo a vida das pessoas melhorarem muito mais que o inferno bolchevique e suas filiais.
Pq um Jornal Anticapitalista publicaria uma matéria que é uma foto clara do motivo da ruína do socialismo?

Responder

    Cynara Menezes em 20/02/2019 - 12h52 comentou:

    porque não tememos o debate. e porque o socialismo é muito maior (e inclusive anterior) a líderes totalitários que mataram e oprimiram o povo em nome do socialismo. são iguais aos capitalistas que matam e oprimem, não há diferença

Gabriel em 17/03/2019 - 17h31 comentou:

Revisionista demais você quanta mentira e dor de cotovelo de Trosko, Trotsky nunca chegou aos pés de Stalin, não sou eu que digo Lenin chamou ele de porco, Che não gostava dele, Fidel, mao mas é difícil vocês aceitarem ai falam asneiras ne, vergonha.

Responder

Antonio em 28/04/2019 - 22h09 comentou:

Fontes por favor. Senão não dá pra acreditar em você não.

Responder

    Cynara Menezes em 29/04/2019 - 10h10 comentou:

    que fontes? este é um artigo escrito pelo trotski, não deu para entender?

Sajay pandit em 30/05/2019 - 12h52 comentou:

Stalin é uma figura emblemática na história da humanidade.
Porém, tinha que ser ele para que mal pior não mergulhasse o mundo em uma era das trevas.
Possivelmente nenhum outro venceria o poderosíssimo exército fascista de Adolf Hitler (Este sim o pior é mais covarde assassino da história recente), e a Alemanha teria dominado o mundo.
Também no caso da “Operação Drposhot”, na qual os Estados Unidos planejavam ataques nucleares a centenas de cidades da Rússia e da China, Stalin “em um último e glorioso instante”, deflagrou a primeira bomba nuclear soviética para efeito de teste, frustrando as intenções imperialistas da execução de um projeto que destruiria a humanidade pela radiação nuclear.
O maior exemplo de líder que confere minha consciência foi Gandhi, socialista fabiano. Porém naquelas horas e naqueles locais, onde foram decididos os destinos da humanidade, tinha que ser Stalin. Nenhum Mahatma conseguiria destruir a “besta fascista” nem coibir “loucura imperialista”.
Diz um ditado árabe: Quem poupa o lobo condena as ovelhas”. Embora esta frase não seja aqui perfeitamente apropriada, nos indica que nem sempre as “flores vencem os canhões”. Me perdoe mestre Vandré!

Responder

Jhonatan Melo Silva em 06/09/2019 - 12h04 comentou:

Parei de ler na parte do “Em 2012, em uma conferência na Universidade de Maryland, nos EUA, cientistas chegaram à conclusão de que a tese de envenenamento é bastante plausível”. EUA kkkkkkkkkkkk trotskistas são muito engraçados mano.

Responder

Silvio Ribeiro em 05/10/2019 - 08h00 comentou:

Leitura muito interessante. Claro que que depois da denuncia “de” Khrushchev não resta dúvida da natureza de Stalin. Mas, de qualquer forma, foi bem interessante e esclarecedor ler um parecer anterior a 1954 vinda de alguém ligado tão intimamente com o projeto de Lênin.
Mas gostaria de dizer algo a respeito de alguns comentários que apontam uma aparente contradição entre a defesa da ideologia de esquerda e a divulgação de escritos como esses que mostram as barbaridades da ditadura de Stalin por canais de defesa ao projeto de esquerda.
Em primeiro lugar, a esquerda, assim como a direita (que vamos lembrar têm uma quantidade abismal de ramificações como o neoliberalismo, anarcocapitalismo etc…) não é uniforme, mas que independente da vertente têm como cerne as ideias de Karl Marx. De forma que, a respeito disso, cabe dizer que essa personalidade era, antes de tudo, um filósofo materialista, e portanto um analista histórico fervoroso (que foi da água que bebeu para tecer sua teoria). Tanto que desatou da corrente Hegeliana devido a um acontecimento na região da Mosela que ocasionou a expropriação do direito consuetudinário da população local de coletar lenha em florestas comunais.
Dessa forma todo o defensor do socialismo que se prese precisa conservar essa base histórica. E portanto não existe contradição alguma em dizer os males que Stalin causou, afinal, contradição seria em não dizê-lo.
Contudo, para os defensores do capital que tomam o regime de Stalin como argumento para refutar a esquerda por inteiro, cuidado. O regime desse ditador não reflete os fundamentos comuns da corrente de pensamento esquerdista dada a acumulação de poder na mão de poucos. Justamente o alvo de Marx, que via o capital como uma meio para garantir a acumulação desigual de poder.
Mas se existe insistência em tocar tantas vezes nessa mesma tecla, vale lembrar das inúmeras ditaduras na África e na Ásia estimuladas pelo neocolonialismo em prol da aquisição de mercado consumidor e matéria prima por parte das potências burguesas atuais, sem falar na experiência ultra liberal de Milton Friedman (personalidade diretamente ligada a escola austríaca de economia e a Friedrich Hayek e Ludwig von Mises) na ditadura do Chile. O que é revelador a medida que Friedman visitando o Chile de Pinochet quando indagado sobre o regime do país disse disse: “mais vale um estado autoritário liberal que uma democracia socialista” o que revela um flerte da doutrina capitalista atual (o liberalismo) com os governos não democráticos, deixando a mostra o teto de vidro da direita. Então cuidado ao querer refutar a esquerda com base em Stalin.

Bem, é isso… Um bom dia a todos : )

Responder

Carlos de Vale em 02/11/2019 - 20h10 comentou:

Stalin foi o maior líder mundial do seu século. Fez da Rússia um país grande, que em tempo recorde saiu da sociedade agrária para desbravar o espaço. Um país que nos livrou dos nazistas. Tudo isso porque tinham um GRANDE LÍDER. Se houvessem mais stalinistas no Brasil não existiria essa “esquerdinha” fraca, cirandeira e identitária. Essa “esquerda” que é odiada pelo homem comum pois se ocupa em destruir os valores que dão coesão social ao país. Essa “esquerda” petista e psolenta que fica afrontando o homem comum com com lutas que fragmentam a sociedade e tiram o foco da luta unificada contra a desigualdade. Mas não me iludo, é tudo por dinheiro. Criam bolhas para explorar essas bolhas. Foi essa “esquerda” que elegeu Bolsonaro. Uma vergonha.

Responder

Caio em 26/11/2019 - 23h02 comentou:

Tenho duas palavras a dizer: para, bens!

Responder

pedro de A. Figueira em 26/01/2020 - 22h54 comentou:

Está na hora de discutir seriamente a vitória do anticomunismo com o fim da União Soviética. Uma coisa parece indiscutível: desde então a barbárie vem tomando conta do mundo. A África, por exemplo, foi transformada em laboratório de experiência daquele extermínio que era o objetivo de Hitler expresso no seu livro Minha Luta.

Responder

José Silva em 04/05/2020 - 22h38 comentou:

A história já é amplamente conhecida: Stalin foi um ditador sangrento. Nada pode justificar a matança de companheiros de causa. O que ainda persiste sâo as motivaçôes de Stalin para que cometesse suas atrocidades. me refiro a motivaçôes secretas, alianças espúrias e coisas deste tipo.
Parabéns pelo texto, Socialista Morena.

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Meu nome é Stalin em 05/05/2020 - 07h40 comentou:

Estúpidos camaradas,

Sei que fui um monstro, mesmo assim tem pessoas que cultivam que fiz, sei que essas pessoas não tem amor próprio; por isso, dizem ser revisionistas de Max, tentando implantar o comunismo, tolos!

Nós socialista só levamos fome e desgraça para o mundo em busca de um fururo bem melhor, mas que esse tal futuro nunca veio e assim vamos enganando os bestas.

A tão sonhada revolução do proletariado ainda virá, tudo para o futuro, por isso não devemos ser julgados pelo presente e nem por nossas atitudes vis do passado, pois destruir, matar, roubar sabemos fazer muito bem, tivemos mestres nestas artes.

O que está faltando para dominarmos o mundo é mais mentiras, guerras, fomes e, depois de feito, coloquemos culpa nos capitalistas pois eles têm o dever de nos sustentar.

Avante camaradas, detruiremos este mundo e com as nossas atitudes façamos um outro mundo!

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Alexyevy em 05/05/2020 - 09h17 comentou:

Um leitura interessante sobre estas passagens, com base em fatos reais, O Homem que Amava os Cachorros, do Cubano Leonardo Padura!

Bom, tem que ler muitos documentários livros etc.

Mas a minha conclusão é , o georgiano era paranóico, genocida e com requintes de crueldade fora de qualquer medição!

Outro filme interessante que aborda o culto a personalidade do homem de ferro, é uma serie da HBO com Robert Duvall de 1992

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Afonso Miranda em 05/05/2020 - 11h53 comentou:

O final do artigo reflete bem a realidade dos fatos. Acho que Stálin teve ,discretamente, apoio dos Estados Unidos.Nada melhor que um idiota para destruir o maior dos ideais.

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Tarciso em 19/06/2020 - 14h09 comentou:

Eu tenho absoluta certeza, que urrs começou a ruir quando kruchev resolveu falar o que não devia, tinha que jogar tudo pra debaixo do tapete e por Que? A União soviética tava no auge e kruchev jogou tudo na lata do lixo e os inimigos da União soviética se deliciaram , mas depois ele foi deposto, mas a merda já estava feita, Leonid brejnev tentou ressuscitar Stálin , mas não conseguiu, kruchev morreu, e teve 4 linhas sobre a sua morte no pravda, e depois ele ressuscitou de novo na figura de mikael Gorbatchov, é desta vez não teve jeito, quando os camaradas acordaram já era tarde demais o mal já tinha sido feito, Gorbatchov fez o que kruchev fez, agora sem retorno, acabar com urss e assim foi feito.

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Jaci Lopes em 02/08/2020 - 17h36 comentou:

Cynara Menezes, por gentileza, onde você conseguiu esse texto? Me consiga as referências, eu tenho interesse nesse assunto e nesse período da Revolução Russa

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alvr em 05/08/2020 - 03h13 comentou:

há algum tempo li “o homem que amava cachorros”, do cubano leonardo padura. livro de ficção mas todo baseado nas biografias de trotsky e nos seus textos publicados durante as fases de seu exílio. esse traduzido aqui me parece é um dos mais contundentes e na minha memória coincide com muitas das colocações que o padura remete ao personagem de trotsky. aliás, quanto a acusação de ter matado principalmente os comunistas era coisa q trotsky mais repetia: quase todos senão todos os principais companheiros de Lênin, todos os sovietes da velha guarda que instituíram a urss foram sistematicamente eliminados. outro detalhe interessante é como surpreende o tanto de clareza que trotsky tinha da conjuntura anterior à guerra e de seu início, a ponto de prever o acordo de não agressão com hitler. esses textos certamente podem ser encontrados, pois foram publicados em períodos, revistas e jornais relativamente conhecidos, à época. não pesquisei mas acredito que haja publicação desse material aqui no brasil, não?
enfim, sempre bom vasculhar as fontes, td quanto estiver a disposição. foi um livro de ficção q me fez despertar a curiosidade. acho que a medida do tempo se transtorna quando redirecionamos o olhar pra historia com atenção e alguma disposição, aí então ela se mostra como complexidade, não como mero objeto pra nossa ridícula fome de certezas e de fatos. infelizmente cada vez mais percebo q essa atenção e essa disposição natural das pessoas para conhecer encontram-se atrofiadas na raiz, não sei pq ranço decorrente do simplismo com que alguns interpretam a história

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André em 05/08/2020 - 18h48 comentou:

Acredito que Stalin foi um produto da revolta associada a violência. Entendo que o governo dos czares não estava sendo bom para o povo russo, que precisava mudar e tudo o mais, porém, toda revolução onde os revolucionários, para obter seus objetivos se utilizam da estratégia de canalizar o ódio e a revolta das pessoas, traz em si o risco de colocar no lugar do que se combate, algo pior do que lá está, subvertendo algum ideal que esta pudesse ter. Por isso a revolução russa, feita com a retirada sangrenta dos czares, massacres e afins, criaram as bases para Stalin subverter seus ideais. Na Alemanha, o desejo de mudar o governo do Kaiser, onde a Alemanha sofria no pós primeira guerra, foi canalizado através dos discursos inflamados e emocionados do partido nazista com Hitler, levaram a um regime pior do que o antes vigente, As ditaduras militares na América Latina, Os governos de países comandados por extremistas religiosos e afins são exemplos de quão malfadados são os exemplos de tomadas do poder por algo que não seja a revolução silenciosa, feita através do debate, da reflexão, do convencimento, da negociação, do ouvir e demais instrumentos pacíficos. Armas, lutas são e devem ser sempre a última solução para um conflito e usadas com cautela, de modo proporcional e sempre prontos a se abrir mãos desses meios quando possível. Importante também saber ser vencedor, pois uma grande repressão e violência, traz sempre uma reação oposta e de igual intensidade (ás vezes até maior). Jamais se impor algo as pessoas, evitar extremismos. Somente através da tolerância e respeito, do desejo e criação de uma cultura de paz poderemos construir uma sociedade melhor e de paz duradoura.

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Jaci Lopes em 02/09/2020 - 07h48 comentou:

Cynara, http://www.libertymagazine.com/mysteries_trotsky.htm este link está invalido! Não há outra referência? Por gentileza!

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Paulo em 26/05/2021 - 12h05 comentou:

Petista e Trotskista são duas desgraças a serviço dos Democratas Norte americanos trabalhando contra os ideais de Marx, pior que isso só a Kamala Harris de baixo orçamento dona desse blog…

Os interessados nem precisam estudar muito, basta ler esse paper do PHD professor Grover Furr da universidade pública de Montclair em NJ nos EUA, pesquisado em documentação original russa sobre as mentiras de Trotsky.

https://msuweb.montclair.edu/~furrg/research/gf_tatalk_bj16.pdf

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Paulo em 26/05/2021 - 12h29 comentou:

STALIN, PRIMEIRO VIDA LOKA DA HISTÓRIA

“Tu discorda de Stalin? Mermão, então dá poder na mão do Pedreiro. Dá uma faixa presidencial praquela empregada que tua mãe demitiu por que quebrou o vaso. Coloca como chefe maior do Exército o Porteiro da tua Faculdade. Vê o que acontece. JOSEPH STALIN É O QUE ACONTECE. Vou te contar o porquê.

Ele era mal mesmo. Desgraçado da cabeça. Ele era sujo. Ele jogava pra ganhar. Não sabia brincar mesmo não. Sabe por que? Pobre aprende desde cedo que a vida bate doído. E que você, cedo ou tarde, mesmo que seja uma única vez, precisa RESPONDER. Precisa bater mais forte e mais pesado do que a vida. Stalin era o cara que pode dar uma resposta aquela vez, e de uma vez por todas.

E Stalin era do gueto amigo. Stalin era fodido. Filho de sapateiro com lavadeira. Criado Na Geórgia. Já foi em Japeri? Caxias? Capão Redondo? A Geórgia era o Capão redondo do Império Czarista mano. Já te disse que Stalin era um fodido? Sim, sim Stalin era pobre. Proletário. Proletário com P maiúsculo de pisoteado.

Em uma sociedade onde não havia a complexificação da nossa depauperada modernização conservadora no capitalismo tardio. Em uma sociedade onde haviam milhares de pessoas e quase nenhum indivíduo. Onde a mão de obra assalariada convivia com a servidão feudal. Uma sociedade que não te dava chance nenhuma. Stalin viveu cada porrada, cada castração moral, cada silenciamento, do velho mundo classista.

Stalin era o produto de milênio sobre milênio da violência Eslava. Ele tinha uma dieta muito fitness: Comia na mão do Czarismo o pão que o Diabo amassou todos os dias. Tu acha que o favelado ouve John Lennon?! Favelado, essa criatura que precisa se humilhar pra um cretino branco muito parecido com esses trotskistas de facebook pra arranjar emprego, essa criatura que passa quatro horas no trânsito, dez no trampo, com sorte ,seis dormindo e duas com a família….

Tu acha que uma pessoa que foi pisoteada pela vida, castrada de toda e qualquer possibilidade de desenvolver seus potenciais, vilipendiada pelo estado, estigmatizada pela sociedade… tu acha que esses caras vão ser gentis, serenos, tolerantes e capazes de indulgir? Olha a quantidade de vídeo de ladrão sendo linchado na favela, estuprador castrado, etc. A Revolução Marxista-leninista é a Catarse que liberta das profundidades sujas da alma civilizada essa bestialidade toda.

Stalin era o Favelado da Rússica cara. Cansei de conviver com Historiadores de nascimento que viraram eletricistas. Juristas abençoados pelos deuses que viraram pedreiros. Artista plástico que teve que ser operário. Atriz que vai parar no telemerketing. Escritor que morre analfabeto.

São pessoas reais essas. Não as inventei, existem. Cansei de ver nessa vida bastarda de subúrbio gente com todo o talento do mundo que teve que desperdiçar suas horas trabalhando pra fazer um burguês lucrar. Amiúde às vistas de um chefe ou capataz, merda qualquer de classe média, provavelmente pai irmão, tio de trotskista. Stalin queria ser poeta não conseguiu. Tentou ser padre e não tinha fé. Saiu do seminário para a guerrilha. Da guerrilha foi de soldado raso a general. De general a presidente. De presidente a Lenda.

As pessoas falam da revolução como se fosse uma catarse lírica de sonhos entrelaçados de milhões. “”Sonho que se sonha junto vira realidade”. Não, não. Essa é a superfície que sobra depois da ‘estoriografía’ romantizar e lavar o sangue das praças. A revolução é uma facada nas costas, um tiro que estoura a cabeça do pai na frente do filho. A revolução é uma garganta cortada. Um incêndio que devasta um quarteirão. As revoluções são um teatro trágico de ódio e vilania.

Não sejamos ingênuos. Os antigos guerreiros inventaram o Bushidô, A Conveção de Genebra, os Códigos da Cavalaria ou a Ética da Cosa Nostra, A Política de massas do M26, o Zen dos Guerreiros Shaolin, As Instruções do Tio Ho aos Vietcongs ou o Gramscianismo de raíz… tudo isso existe pela força daquele notório aforismo de Romero Jucá: “Tem que estancar a Sangria”. Uma hora as cabeças vão parar de rolar na guilhotina, a Guarda Vermelha vai voltar pra casa e morar com os pais, Unita e MPLA vão fazer as pazes.

Uma hora um dos lados vence ou da empapate. Sejam eles ou a gente. E é a hora da civilização.

Qual Rei, Imperador, alto-mandatário de nação imperialista iria tolerar sentar a mesa com o pobretão Stalin? Qual intelectual ocidentalizado trotskista iria tolerar ser governado pelo baixo, curvo, escarificado georgiano? Por que os Kulaks ucranianos, Patriarcas do Holodomor, abririam os silos e distribuiriam comida ao povo? Por Stalin nãos seria.

Ele não tinha Espaço para criar ali, entre 1923 e 1947 este grande acordo da paz e do amor geral em sua agenda. Ele tinha que vencer ou morrer. Pra sorte dele, ele não era tão burro como a Cercei do Game of Thrones. Chamam o cara de ditador… Stalin tinha nas suas mãos o poder concentrado de um líder típico de uma sociedade anterior a 3a revolução industrial. Churchil, Getulio Vargas, Ataturk, Perón… qual deles não concentrou informação, poder, decisão, formulação em suas políticas?

A idéia da democracia como tolerância e expressão é muito nova na vida política do capitalismo. E sempre adotada com grande hipocrisia. Stalin em sua repressão é produto de sua época. Produto da violência e do terror que viveu sua classe. Produto possível do Marxismo Leninista, que plantou as sementes da censura, do assassinato, do monadismo. Vão ler os livros de Lênin sobre estado e vejam que ele não era santo também não. Ainda bem que não.

A Esquerda defende Stalin? Não.

O que mais vi é que na esquerda o chamam de corrupto, louco, babaca, ignorante, privilegiado, etc. Foda-se: Stalin quando morreu só tinha 7 uniformes, um pra cada dia da semana no armário. Seu salário? Ele doava pros amigos de infância. Sua família? Ele optou pela União Soviética.

Stalin encarnou com rara austeridade o papel de simbolizar toda uma classe. Austeridade moral, não austeridade Miseana. Coisa que textão do Mauro Iasi não tem. Vídeo da Djamilla não tem. Musica do Pablo Vittar não tem.

Enfim, eu não defendo Stalin por ser comunista ou de esquerda. O defendo pelo mesmo motivo de eu ser comunista e de esquerda: sou pobre. Devo o dobro do meu salário pro banco, sou um bastardo do cu do mundo, vivendo de aluguel. E me orgulho disso. Stalin era pobre também. E se tem uma coisa que a vida me ensinou é:

POBRE NO SUFOCO SE DEFENDE, mermão.

Obrigado a Stalin. MUITO OBRIGADO.”

Texto retirado do grupo da CPL – Contra o Pensamento Liberal escrito por um professor de história da rede Pública em SP.

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Rogerio em 09/09/2021 - 09h14 comentou:

Melhor texto!

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Eduardo Henrique em 27/01/2022 - 09h01 comentou:

Adolf Hitler sendo pior que Josef Stalin, Sajay pandit? Na minha opinião, os dois eram uns monstros covardes, só que cada um com requintes de crueldades diferentes. Eu acho que você nunca deve ter ouvido falar no Holodomor ucraniano não né?

Olha uma fonte boa para você saber mais sobre o que foi o Holodomor de Stalin: https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/holodomor.htm

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Clara em 07/08/2022 - 11h47 comentou:

Com Lenin doente, é esperado que todos já imaginassem que ele estava perto de sua morte. Stálin pode ter aproveitado as condições de saúde de Lenin e o envenenou. Não sei se podemos ter certeza dessas coisas, afinal, tudo está no passado, e nada pode mudar isso. Tudo o que nos resta, é imaginar o que pode ter acontecido de verdade.

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Muammar Al Gaddafi em 24/04/2023 - 17h29 comentou:

Texto maravilhoso. Infelizmente isso só pode ser acredito pelos entusiastas e pelas afinidades que cada um tem com Trotsky (ou Stalin, desmentidas). Mas eu não desacredito muito de que ele tenha cometido isto; esse pessoal todo leu Maquiavel filho! Mas eu concorco com um dos comentários de cima, q a derrocada da União Soviética foi Khrushchov acusar Stalin (msm sendo vdd); o principal q não era para arregar na guerra fria (corrida espacial). Isso instituiu toda a derrota da comunismo mundial! Criando esse “esquerdismo infantil” (ass. Lenin) contrarrevolucionário, anti armamentista, identitário, capitalista. E hoje temos os isolados países se reerguendo graças China e a força Nuclear da Coreia Do Norte. Mesmo assim, por culpa do Khrushchov a Líbia perdeu pro Imperialismo, o Iraque perdeu pro Imperialismo; graças a não força da revolução soviética, os países se renderam ou foram tomados. O Brasil com essa esquerda Allendista jogou 14 anos de pré Revolução no lixo; perdemos a revolução verdadeira. E hoje temos q conquistar tudo novamente. Tudo graças à moral estúpida e covarde, e sua arregada política, Nikita Khrushchov.

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Marxista Mao zedong em 11/05/2023 - 19h08 comentou:

Esse mito já foi refutado por Ludo Martens e, mais recentemente, por Grouver Furr. Tenho certeza que os Trotskistas sequer vão ler as obras deles para criticar, pois a verdade dói. LENIN sempre foi contra Trostky e Stalin seguiu o seu exemplo. Abaixo o Revisionismo! Viva o Maoismo!

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Marxista Mao zedong em 11/05/2023 - 19h21 comentou:

O Mesmo caminho percorreu McNeal, do qual já sabemos que em nada agrada a defesa de Stálin.

Esta ilusão foi utilizada por vários escritores, Trotsky o mais eminente, que argumentaram que Stalin assassinou Lenin. Lênin não estava tão mal, eles sustentam, então não é estranho que ele tenha morrido tão repentinamente? Pela natureza das coisas, a inocência de Stalin não pode ser provada e, na história, ao contrário de alguns sistemas judiciais, não pode ser presumida. Mas força a imaginação acreditar que o relato oficial da esclerose arterial de Lenin foi fabricado. Além disso, a impressão geral das táticas de Stalin em todo esse período, aproximadamente 1922-28, é que ele considerava que o tempo estava do seu lado e era notavelmente paciente em esperar para ver se os acontecimentos se desenrolariam a seu favor. É improvável que no início de 1924 ele temesse que Lenin pudesse reviver e causar problemas.

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Marxista Mao zedong em 11/05/2023 - 19h24 comentou:

Radzinsky afirma que Stálin sabia que se cumprisse o pedido de Lênin isto seria usado contra ele no futuro e, portanto, achou por bem jamais fazer o procedimento para envenenar Lênin.

Stalin recebeu um pedido que imediatamente relatou por escrito aos membros do Politburo. Em 17 de março, Krupskaya, “no mais estrito sigilo… comunicou-me o pedido de Lenin para obter e repassar a ele uma quantidade de cianeto de potássio…. Krupskaya disse que o sofrimento de Lenin era inacreditável…. Devo declarar que não tenho forças para cumprir o pedido e sou obrigado a recusar esta missão… e por meio deste informar o Orgbureau em conformidade.” O infeliz Líder [Lenin] agora mal conseguia pensar. A própria Krupskaya estava tentando realizar seu desejo anterior e poupá-lo de mais sofrimento. Na verdade, Stalin informou a seus amigos do triunvirato, Zinoviev e Kamenev, que “Krupskaya disse… que ela ‘tentou dar-lhe cianeto’, mas ‘não conseguiu’, e por isso estava ‘pedindo o apoio de Stalin’. ” Mas Stalin era um conhecedor de caráter. Ele sabia que seus parceiros posteriormente o acusariam. Não, Lenin deve obedecer morrendo sem ajuda. Os membros do Politburo naturalmente aprovaram sua decisão. Então agora suas mãos estavam limpas.[62]
Radzinsky também alça depoimentos médicos que são da mesma origem dos de Sakharov. Com base nestes depoimentos ele desmente Trotsky e o movimento trotskysta.

Trotsky mais tarde falaria do “veneno de Stalin”. Mas isso é irrelevante. O professor V. Shklovsky, filho do médico iminente M. Shklovsky, encontrou nos registros de seu pai o testemunho [originalmente destinado a ser destruído] de V. Osipov, um dos médicos seniores que atendem Lenin, e um fonoaudiólogo S. Dobrogayev. Lemos em particular que “o diagnóstico final descarta as histórias do caráter sifilítico da doença de Lenin, ou do envenenamento por arsênico. Era aterosclerose, afetando principalmente os vasos sanguíneos cerebrais. O depósito de cálcio era tão espesso que durante a dissecação as pinças faziam um barulho como se estivessem batendo na pedra. Os pais de Lenin também morreram dessa doença.” Mas a história de que Lenin foi envenenado nunca morreria.

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Marxista Mao zedong em 11/05/2023 - 19h27 comentou:

Os arquivos, no entanto, guardam um documento mais confiável – uma carta “estritamente secreta” de Stalin ao Politburo, datada de 21 de março de 1923: “No sábado, 17 de março, no mais estrito sigilo, a camarada Krupskaya me contou sobre ‘o pedido de Vladimir Ilitch a Stalin’, a saber, que eu, Stalin, deveria assumir a responsabilidade de encontrar e administrar a Lenin uma dose de cianeto de potássio. Em nossa conversa, Krupskaya disse, entre outras coisas, que ‘Vladimir Ilitch está sofrendo inacreditavelmente’, que ‘continuar vivendo é impensável’, e ela teimosamente insistiu que eu ‘não recuse o pedido de Ilitch’, em vista da insistência de Krupskaya e também porque Ilitch estava exigindo minha concordância (Lenin ligou duas vezes para Krupskaya para ir até ele durante minha conversa com ela em seu escritório, onde estávamos conversando, e emocionalmente pediu o ‘acordo de Stalin’, fazendo com que interrompemos nossa conversa duas vezes), senti isso impossível recusá-lo, e declarou: “Gostaria que Vladimir Ilitch ficasse tranquilo e acreditasse que, quando for necessário, atenderei sua demanda sem hesitação.” Ilitch ficou realmente tranquilo. Devo, no entanto, declarar que não tenho forças para cumprir o pedido de Ilitch e tenho que recusar esta missão, por mais humana e necessária que seja, e por isso comunico isso aos membros do Politburo. As reações do Politburo foram resumidas em uma resolução informal: “Eu li. Proponho que a “indecisão” de Stalin está correta. Deve haver uma troca de opinião estritamente entre os membros do Politburo. Sem secretários (administrativos). Assinado Tomsky, Zinoviev, Molotov, Bukharin, Trotsky, Kamenev

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Lauro em 29/01/2024 - 10h12 comentou:

O relato da doença de Lênin sugere fortemente ter sido um caso de Saturnismo (intoxicação por chumbo), o que ocorre com quem mantém fragmentos de bala no corpo. São absorvidos lentamente e se acumulando, provocando manifestações neurológicas e metabólicas muito sérias, levando ao óbito se não tratado com quelantes, etc.
É conhecido por todos que no atentado sofrido por Lenin, restaram a não remoção das balas no corpo.
Essas versões de Stálin mandando matar Trotsky é ridícula, e com cheiro de CIA.

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